domingo, 21 de junho de 2020

AS 8 PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE PRÓTESE MAMÁRIA DE SILICONE

As 8 principais dúvidas sobre prótese mamária de silicone

Silicone e protese

De acordo com pesquisa da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) divulgada em dezembro de 2019, o Brasil está no topo do ranking mundial dos países que mais realizam cirurgias estéticas. Entre os procedimentos mais procurados, a colocação de prótese mamária de silicone está no topo da lista.

Indicado para tratar mamas pequenas, flácidas ou pouco projetadas, o aumento mamário com prótese promete trazer mais firmeza e melhor contorno aos seios, além de maior simetria ao corpo. A prótese é formada por uma cápsula externa e gel interno de silicone. Já as opções de formato, tamanho, método de colocação do implante e local da cicatriz são variadas, levando pacientes aos consultórios com inúmeras dúvidas sobre o procedimento.

“Apesar do grande número de cirurgias de colocação de prótese mamária de silicone realizadas pelo país, os questionamentos são frequentes no consultório. Desde se a paciente realmente deve colocar a prótese até quanto tempo levará para voltar à rotina”, explica a médica cirurgiã plástica do Instituto Dermatológico de Curitiba Priscilla Balbinot.

De acordo com a especialista, a conversa entre paciente e cirurgião plástico antes de se decidir pela colocação ou não do implante é extremamente necessária. Ela é determinante para responder as principais perguntas e para que o resultado esperado possa ser alcançado.

Para auxiliar com informações relacionadas à prótese mamária e sua colocação, Priscilla elencou as oito principais dúvidas recebidas em seu consultório. Acompanhe!

1. Como definir o melhor tamanho e o formato da prótese
Alguns fatores são levados em conta, como formato e volume da mama, quantidade de glândula mamária existente e desejo da paciente. O volume é muito relativo (300 ml para uma paciente pode ficar exagerado e, para outra, pode ficar pequeno). Procuro conversar longamente, fazer medidas do tórax e das mamas, usar medidores chamados de “mama sizers” e até simulação virtual.

2. Técnica a ser aplicada
Cada paciente pode ser submetida a uma técnica, conforme o seu caso. Existem dois grupos de cirurgia de mama com prótese: mamoplastia de aumento (colocação de prótese sem necessidade de elevação da mama) e mastopexia de aumento (é necessário elevar aréola e mamilo e retirar pele. As cicatrizes resultantes são periareolar, em L, em T invertido etc.).
Costumo dizer que não há técnica melhor ou pior, assim como local de cicatriz mais indicado. Apresento os prós e contras de cada um. Além da cicatriz, outro ponto importante a ser discutido é o local de colocação da prótese (plano submuscular, plano subfascial, plano subglandular ou mesmo o dual plane – parte na frente e parte atrás do músculo peitoral maior). O plano que mais gosto é o subfascial, que é intermediário. Na cirurgia, colocamos a prótese abaixo da fáscia do músculo peitoral maior, que é uma “membrana” firme que recobre o músculo.

3. Locais e tipos de cicatriz
O local de incisão (cicatriz) mais comum é embaixo da mama (no sulco mamário), mas também utilizo muito pela axila ou pela aréola. As cicatrizes mais comuns são: no sulco inframamário (embaixo da mama), na região axilar e ao redor da aréola. Nos casos em que é preciso retirar pele e levantar a mama (mastopexia), podemos utilizar a cicatriz em T invertido.
Em consulta, avaliamos a anatomia da paciente. A maioria é candidata a pelo menos duas incisões. Apresento as vantagens de cada uma delas e decidimos em conjunto. Pelo sulco a recuperação é mais rápida e a cicatriz fica pouco aparente; pela axila não há cicatriz na mama; pela aréola podemos reposicionar aréola e mamilo.

4. Vantagens do uso do silicone
No Brasil, para cirurgia estética, utilizamos próteses cheias de silicone médico. Em outros países, podem ser utilizadas próteses vazias, que serão preenchidas de soro. Isso porque as brasileiras querem mamas com aspecto mais firme, que não é tão fácil com próteses salinas (aquelas cheias de soro). Mas o material indicado sempre é silicone de uma empresa confiável, certamente.

Silicone e protese

5. Possíveis contraindicações ou riscos
A maioria das pacientes é candidata sim a colocar prótese de mama. Em mulheres com mamas muito grandes, podemos utilizar o próprio tecido mamário em vez de retirá-lo e substituí-lo por uma prótese. As complicações mais comuns são hematoma (formação de coágulos/sangramento no pós-operatório recente) e contratura capsular (endurecimento por cicatrização ao redor do implante).

6. Cuidados no pré e pós-operatório
No pré-operatório, pedimos para hidratar bem a pele, além de exames como mamografia, ultrassonografia ou ressonância. No pós-operatório, solicitamos evitar levantar peso nos primeiros 30 dias. Movimentos de amplitude moderada e higiene liberal são liberados. A paciente deve evitar dirigir por 15 dias e usar sutiã modelador por três meses.
Entre 30 e 45 dias, liberamos para alguns esportes, mas peço de 60 a 90 dias para exercícios de peitoral. Cada caso é avaliado conforme o plano de colocação (subglandular, subfascial ou submuscular).

7. Troca de prótese
As próteses atuais são supermodernas e não exigem trocas em 10 anos, mas as pacientes com prótese devem ser acompanhadas com consultas anuais ou bianuais. Em 10 anos, se estiver tudo bem com a cirurgia, solicito uma ressonância magnética para checar como está a mama e o implante.

8. Amamentação X prótese de silicone
Dificilmente uma paciente que fez mamoplastia de aumento (só colocou a prótese sem precisar retirar glândula) tem dificuldade para amamentar, pois nessa técnica quase não há lesão de ductos mamários. Para casos de redução mamária de grande volume ou mastopexia em T invertido, pode acontecer sim uma dificuldade para amamentar.

Por: Dra. Priscilla Balbinot.

As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.

É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos.

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