quinta-feira, 11 de agosto de 2016

SUPERAÇÃO – Diagnóstico de câncer de mama não impediu a conclusão do curso superior

O que poderia ter sido um obstáculo ou mesmo a justificativa para uma desistência do curso superior, serviu apenas para alavancar o sonho da bacharel em Direito Simone Brito, recém formada pelo Centro Universitário Estácio da Amazônia.

Diagnosticada com a doença em 2015 , ela não deixou de frequentar as aulas, participar das atividades e se formar este ano. “Meu diagnóstico aconteceu em outubro [de 2015], justamente no mês de conscientização para prevenção da doença”, lembra. A mãe da Simone tem 65 anos e foi diagnosticada com o câncer há seis anos, passou por procedimento cirúrgico e realizou a mastectomia. Porém, o tumor voltou no mesmo período em que a filha descobria ter a mesma doença.

O câncer de mama atinge milhares de mulheres em todo mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para este ano é de mais de 57 mil novos casos a serem detectados. Simone conta que estava em São Paulo, mas preferiu manter a descoberta em silêncio para que a mãe não ficasse mais fragilizada. “São coincidências que Deus coloca em nossas vidas. Eu reuni a família aqui e pedi para que eles não comentassem nada com ela sobre meu caso”, disse.

Ela diz que chegou a comentar sobre os exames de rotina, mas insistiu para que a mãe permanecesse em São Paulo para continuar com o tratamento. A primeira pessoa, a saber, foi a filha mais nova. “Quando eu peguei o resultado do exame estava com minha filha menor ai eu falei pra ela ‘minha filha, deu câncer’”, lembra.

Simone Brito concluiu recentemente o curso de Direito com apoio de colegas e professores

Ao receber o diagnóstico, Simone chegou a pedir para a líder de turma retirar seu nome da participação da festa de formatura. Para ela, dali em diante o futuro seria incerto. “Eu não estava em condições”, revela.


 Mas a reação dos colegas foi totalmente o contrário, e eles impediram que ela desistisse.


Ela conta que o médico orientou a trancar a faculdade por diversas vezes. “Ele me disse que não aguentaria por causa da quimioterapia. Era época para defesa do meu artigo científico, eu tinha que apresentar”, diz. Segundo Simone, a história começou a se espalhar entre alunos e professores, e a cada dia o apoio crescia. “Eu tomava a quimioterapia e ia para aula. As primeiras foram as mais debilitantes, até o corpo se acostumar. Eu sentia sono, estava mais ‘preguiçosa’, mas não faltava”, ressalta.

E foi com essa determinação que ela conseguiu concluir o curso e se formar recentemente, participando de todas as etapas e se formando com a mesma turma com quem iniciou o curso, e meio a diversas homenagens feitas por colegas e professores. “Isso aqui [Estácio] é uma forma de eu não pensar tanto na doença. Todos nós estamos passíveis de, a qualquer momento, sermos acometidos por esta doença, agora a forma de como você vai enfrentar isso é que são elas”, conclui.

Fonte: educarr.

Entrevista Com Walkíria Miranda - Superação: Câncer de Mama

Entrevista Com Walkíria Miranda - Superação: Câncer de Mama

Entrevista Com Walkíria Miranda - Superação: Câncer de Mama

 7 Perguntas Para Uma  História de Superação!
Neste espaço você vai se surpreender e se inspirar com histórias de pessoas que viveram experiências difíceis,  sentiram emoções dolorosas, mas que de alguma forma, à sua maneira, encontraram força para “agir e conseguir vencer”.  Segundo o dicionário esta frase significa: SUPERAÇÃO.

Uma entrevista com apenas 7 perguntas  apresentará  uma história real, com um relato sincero e generoso de alguém  que acredita que ao compartilhar sua experiência terá a oportunidade de alcançar outro ser humano que irá refletir sobre seus problemas, semelhantes ou não, para também encontrar seu caminho de esperança e superação.

À você, pessoa especial que decidiu se doar neste espaço expressando amor ao próximo, nosso respeito e gratidão.

Nome: Walkíria Miranda
Idade atual: 46 anos
Experiência dolorosa: Câncer de Mama em 2007

1) Como ocorreu o problema e em quais circunstâncias?
O diagnóstico foi conhecido na  minha 1ª ressonância quando tinha  37 anos, em jun 2007,  a pedido do meu ginecologista já que informei que a minha tia , irmã da minha mãe mais velha estava  se submetendo a quimioterapia em função de ca de mama , na época ela tinha 68 anos. E, foi quando ele , meu médico falou “Walkíria é importante que faça  a mamografia já que a árvore genealógica pelo lado da sua mãe já apresenta a doença .” Vamos acompanhar ...”

2) Quais os sentimentos que você experimentou ao se deparar com o problema? 
No dia quando fui pegar o resultado do laudo da biópsia, o meu ginecologista pediu para comparecer no consultório dele, após o trabalho que quando li o laudo ...vi “ca ductal infiltrante “.... ele não precisou falar nada , fiquei de cabeça baixa lendo e tudo rodando na minha cabeça , literalmente um filme de maremoto .... levantei a cabeça chorando e perguntei para ele : Eu vou morrer disso ? E, ele me respondeu disso não ... morrerá de outra coisa ...disso tenho certeza que não ... será necessário fazer isso ... no mesmo dia já tinha marcado uma consulta com o Dr João Carlos , médico cirurgião de órgãos moles que me atendeu por volta das 19:30h no mesmo dia , e , que me deu todo o direcionamento do tratamento e tudo “cronometrado “ das fases que iria passar em relação ao diagnóstico e tudo que envolve o tratamento do câncer de mama .

3) Qual a etapa ou situação mais difícil você enfrentou?
Bem , tive 02 etapas a 1ª foi quando o Dr João Carlos em consulta checando a mamografia , após examinar  , me falou que a melhor condução em função da minha idade e qualidade de vida seria a mastectomia radical , e, em seguida a quimioterapia preventiva . A segunda etapa que foi a mais difícil para mim , pois o meu cabelo ía cair todo ... e , ele disse,   que a queda representava a assertividade do tratamento , e que depois meu cabelo voltaria a crescer de novo . Mas, sem dúvidas nenhuma foi a etapa mais dolorida do tratamento, pois a retirada da mama , uma blusa escondia , mas o cabelo não ..... O cabelo moldura o rosto da mulher, é o seu cartão de visita ...Na época como tinha acabado de ser promovida comprei uma peruca parcelada em 10x na Fizpan . A questão da promoção do meu trabalho me motivou muito nesta jornada para a  utilização da peruca durante a quimioterapia que foi por quase 6 meses , com o protocolo de 21 em 21 dias .

4) Houve dúvidas se conseguiria superar ou não?
Sim ... a 1ª vez que tive febre quase morri de tanto medo ( eu imaginava que quando falavam em queda de imunidade , febre a pessoa com esta doença poderia morrer ) Liguei imediatamente para o meu oncologista ... Mas, só precisei tomar 1 antibiótico , e em seguida não tive mais febre . Sempre muito atenciosa e disciplinada com a minha alimentação em função das hemácias e para que não deixasse de realizar a quimio em função do exame de sangue . Graças a Deus, tudo fluiu muito bem nesta jornada ...nunca deixei de realizar uma quimioterapia agendada . A coloração da minha quimio por ser preventiva era branca e vermelha , durava mais ou menos uns 40 min .

5) Como, exatamente, conseguiu superar?
Foi essencialmente me preparando e me planejando para viver  cada fase ... lembro que o Dr João Carlos me falou que todo tratamento levaria em torno de 9 meses ..., pois como tinha acabado de ser promovida não queria entrar de licença INSS . Apenas fiquei 15 dias de licença médica em função da cirurgia da
 mastectomia . Todo o meu tratamento de quimio e radio realizei trabalhando. As sessões de quimio eram realizadas as sextas feiras após o meu expediente. Assim que tive ciência de tudo que envolve o tratamento principalmente com a queda do cabelo , fui até a minha cabelereira Andreia ,que me ajudou muito me dando total apoio desde a escolha  da peruca até o corte que realizou na época  na altura do ombro . Pintou meu cabelo de preto , pois estava muito comprido e com luzes ... e já me preparando para a utilização da peruca cortou até a altura do ombro e pintou meu cabelo . Lembro que na época fui convidada para um casamento da minha funcionária e aproveitei o momento. Assim que soube do diagnóstico em menos de 15 dias cortei o meu cabelo para que assim me preparasse,  mas esta etapa da queda foi muito dolorida e me revoltava algumas vezes , quando chegava em casa jogava  a peruca para o chão , e a minha filha de 5 anos na época falava “ mamãe não faz isso , não ... amanhã você irá precisar dela “ , e pegava a peruca do chão para mim e a penteava ...

Além de me preparar, pois “cronometrei” cada fase ... tenho muita ! Em  2006 me batizei nas águas e frequentava um grupo de oração de mulheres na Tijuca e também quando podia ía à Igreja . A  questão aqui não é a religião , mas sim acreditar em algo maior que nos move e nos faz permitir respirar ...Deus ! Independente dos caminhos todos levam a Ele! Quando ía tomar banho sempre ouvia louvores, era um momento que eu tinha para ter intimidade com Ele, quando também chorava e orava ... A questão da fé para mim foi tão essencial e necessária pois nesta época meu casamento estava “naufragando” ... me separei em jul 2008 , ainda não tinha feito a reconstrução . Tanto o trabalho, a minha promoção como coordenadora ,  como crer em algo que não podemos ver , mas sentir, me fizeram chegar onde hoje estou! Escrevendo este depoimento para todas as pessoas que possam se alimentar desta  leitura ... Qdo ía fazer os exames de sangue que antecedem a quimio , sempre ouvia ou cantava um louvor “Deus cuida de mim “ ... e  “Deus de Aliança “ que ouço e canto até hoje em todos os meus exames que faço de rotina .

Outra situação, é que nunca deixei de viver ... de sair com minha filha e meu ex marido ... mesmo careca nos finais de semana eu usava lenços . Nas últimas sessões de quimio ia para churrascaria ... Às vezes aos sábados me batia uma  tristeza onde ficava no quarto refletindo, às vezes nervosa ..triste   ... só eu e Deus .... é necessário também se permitir a isso , pois somos humanos , só que quando temos que interagir com o mundo , com as pessoas , com as situações e inseguranças ,  há 02  tipos de sentimentos que precisamos escolher :  o positivo ou  o negativo , eu sempre optei por mais insegura que ficasse a ter um posicionamento positivo  ...não Poliana “Mas sempre me perguntava em que este sentimento vai me agregar  ? Eu passeava ..viajava .. fazia minhas caminhadas .. ia a praia ... andava muito de bicicleta , foi um período que viajava muito com uns amigos para Araruama . Afinal tinha na época uma filha de 5 anos . Só fui pensar em fazer falta para a minha filha quando meu cabelo começou a crescer , após 02 meses do término da quimio ,  e ela me fazendo carinho me disse mamãe vc está curada ! E, foi aí que a minha ficha caiu neste sentido ..., e percebi o quanto este Deus é perfeito em tudo o que faz , me direcionou e cuidou de todos os lados da minha vida . Imagina se eu pensasse isso no início com a descoberta e o meu casamento que não estava bem .... Na hora de dormir lia muito a Bíblia, principalmente os salmos, e um que me acompanha até hoje em todos os meus exames e “inseguranças” o Salmo 23 .( “ ainda que eu andasse sob o vale da morte ... o teu cajado está contigo ...)

6) Qual a transformação ocorrida em você? Como está sua vida no momento?
Percebi que quando uma pessoa de fato gosta de vc ... ela se encanta pelo seu tom de voz , pela maneira que vc conduz , pelo seu olhar  ,  pelos seus valores e não pela sua imagem .. ou , pelo seu cabelo ... sua roupa ... A falta do meu cabelo e a utilização da peruca que só usava para trabalhar me fez refletir muito sobre esta questão  ...

Não posso deixar de mencionar meus gestores que na época quando souberam da minha doença , e mesmo assim me promoveram , a minha gestora direta em especial , Gisele Garuzi ,” esperarei você voltar , e aí sim sairei daqui para que você ocupe a sua nova atividade “.. Sou muito grata por isso, pois só Deus sabia que era nesta “âncora”   que eu estava me motivando  em prosseguir já que estava a espera deste reconhecimento há mais de 10 anos .  Com isso e por isso me tornei uma pessoa mais paciente e  a ouvir as pessoas , e meus funcionários , principalmente seus  problemas pessoais , pois até eu ter a doença era uma gestora que achava que os problemas pessoais deviam  ficar em casa a partir do momento que o funcionário botou o pé  na empresa ... Mas , entendi que os problemas pessoais , eles nos acompanham e por isso o nosso local de trabalho e o nosso jeito de lidar com os funcionários como gestão fazem toda a diferença para que seu funcionário faça o trabalho com mais envolvimento , confiança e proximidade quando há uma genuína preocupação com ele .  

7) É possível que a pessoa que está lendo seu depoimento esteja passando por um problema parecido ou experimentando sentimentos que você experimentou. O que você gostaria de dizer para esta pessoa que agora conhece sua história e que transformação gostaria que ela experimentasse também?
Eu quero dizer do fundo do meu coração e razão , que é possível sentir paz e alegrias em meio aos problemas  ... que nada acontece sem a permissão de Deus . E, que há tempo para todas as coisas aqui na terra. Precisamos de fato nos “cronometrar “, no sentido de nos focar e planejar ...viver uma dia após o outro dia .. um dia e uma noite com a plenitude de viver ... Viver a Vida sem vergonha de ser feliz ! ...Confiar nos seus médicos é essencial , costumo dizer que a minha equipe é um time de Ouro ... não há divergência de opiniões para uma biópsia ou um diagnóstico como câncer ou metástase   , mas há abordagens e direcionamentos pela parte médica que faz toda a diferença  para  assertividade do sucesso do tratamento do paciente .  Confiar no seu médico e na sua equipe é fundamental! Há algo muito importante que deixarei aqui para conhecimento de todos, há 9 anos tive o câncer , e meu protocolo são de 10 anos , há 9 tomo o tamoxifeno regularmente , e faço meus exames de rotina anualmente . Está tudo bem, graças a Deus o meu câncer era altamente agressivo, mas foi descoberto bem no início. Tenho 02 primas de 1º grau que também tiveram câncer de mama, mais jovens que eu , a Monica teve reincidiva no mesmo local após 02 anos do 1º câncer de mama, e está bem !E, a  Paola hoje com 34 anos está com metástases na coluna e no fígado após 02 anos do câncer de mama . A questão genealógica nesta geração é muito forte e agressiva na minha família por parte de pai . De fato é um ponto a ser  considerado , mas esta situação me faz pensar que ficamos tão cheios de expectativa com o futuro , até quando ....que verdadeiramente temos que nos focar em aproveitar o tempo que temos da melhor forma , ou seja viver da melhor forma, e eu como prima e amiga aproveitar a companhia dela da melhor forma com muito carinho , pois não há maior exagero que a gratidão e o amor , pois só Ele sabe onde vai  o nosso limite e até quando suportamos . Há hoje muitas medicações para sobrevida e daqui alguns  anos imagino que teremos uma sobrevida muito maior em relação ao câncer metástico. A fé é tão primordial não só para alcançar a vitória, mas principalmente para ser o remédio e apoio em nosso caminhar independente das circunstancias ... Este é o lado mais difícil e bacana da fé, mas que tudo é possível!
Tenho uma música que para mim é um hino de sabedoria e ritual de vida, e que ouço sempre :

É Preciso Saber Viver (Titãs)
Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver

Toda pedra do caminho
Você pode retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver

É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
Saber viver, saber viver! (Autoria: Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

 Walkíria Miranda

 Fonte: SaudeeSuperacao.

Entrevista com Laura Leite - Superação: Câncer de Mama

7 perguntas para uma  história de superação!

Neste espaço você vai se surpreender e se inspirar com histórias de pessoas que viveram experiências difíceis,  sentiram emoções dolorosas, mas que de alguma forma, à sua maneira, encontraram força para “agir e conseguir vencer”.  Segundo o dicionário esta frase significa: SUPERAÇÃO.

Uma entrevista com apenas 7 perguntas  apresentará  uma história real, com um relato sincero e generoso de alguém  que acredita que ao compartilhar sua experiência terá a oportunidade de alcançar outro ser humano que irá refletir sobre seus problemas, semelhantes ou não, para também encontrar seu caminho de esperança e superação.

A você, pessoa especial que decidiu se doar neste espaço expressando amor ao próximo, nosso respeito e gratidão.

Nome: Laura Leite
Idade atual: 48 anos
Experiência dolorosa: Câncer de mama em 2012

1) Como ocorreu o problema e em quais circunstâncias?
Descobri o nódulo por acaso, e tenho que confessar que estava meio negligente, acho que já tinha uns três anos que não fazia uma mamografia. Estava deitada e meu cachorrinho pulou no meu seio, e começou a doer, vi que tinha um nódulo, e não era pequeno, mas antes dele pular em mim não dava pra sentir.

2) Quais os sentimentos que você experimentou ao se deparar com o problema? 
Foi horrível receber o diagnóstico, é como se tivesse sido uma sentença de morte. Eu fiquei pensando como seria isso tudo para meus filhos e marido, fiquei com muita tristeza por mim e por eles, meu filho mais novo estava apenas com 15 anos, e achei tão triste alguém perder uma mãe tão cedo. Tive muito medo também de ser esquecida, é estranho dizer isso, mas no inicio era o que eu pensava...daqui a uns breves anos serei esquecida...

 3) Qual a etapa ou situação mais difícil você enfrentou?
Foi a quimioterapia. Após a segunda sessão eu já comecei a ficar bem debilitada, quando eu fazia a quimio ficava quase cinco dias sem conseguir beber água, o gosto era horrível, após a terceira sessão fiquei acamada, não tinha ânimo para nada, nem para conversar, meu marido me levava para a sala, para eu sair um pouco da cama e ficar conversando com ele e com os meninos... e logo eu,  uma pessoa que adora conversar, não conseguia abrir a boca, minha mente ficava inerte. Meu filho às vezes chegava da faculdade e me perguntava, porque eu não lia um livro, já que adoro ler, mas eu não conseguia, não conseguia nem folear uma revista de decoração que tanto gosto... sei lá, minha mente ficou estranha, fiquei parecendo catatônica.

4) Houve dúvidas se conseguiria superar ou não?
Sim, no inicio eu achava que não iria superar, como disse era como uma sentença de morte, acho que a culpa é dos filmes de hollywood (ahahah). Mas sério o que esses filmes fazem acho um absurdo, toda vez que tem uma história triste de um personagem, ou é porque vai morrer de câncer ou porque perdeu o filho, a esposa ou o marido, assim não dá. Porque não encontram outra forma sem usar essa doença? Porque não encontram outras histórias sem usar doença nenhuma? Você fica meio que condicionado a achar que todo mundo que tem câncer morre.

5) Como, exatamente, conseguiu superar?
Eu queria viver, eu queria ficar com meu marido e filhos, essa foi minha motivação. Sou Católica, tenho muita fé, creio nos milagres de Deus, e me apeguei em Deus, me apeguei nas promessas Dele. Tenho certeza que no meu caso a fé e a vontade de viver foi o que me salvou.

6) Qual a transformação ocorrida em você? Como está sua vida no momento?
Primeiro eu estou sempre feliz, não importa o que, porque todos os dias eu me lembro que Deus me deixou viver, e eu tenho que viver da melhor forma, e porque eu sobrevivi me sinto tão feliz que nem sei explicar. Outra coisa que mudou muito em mim foi só dar importância ao que realmente importa. Coisas que sempre me feriram ou que sempre me aborreceram, deixei para trás, não me permito mais conviver com certas coisas. E hoje tento na medida do possível não me estressar, levo uma vida mais leve. Me aborrece? Sinto muito! Deixo de lado, tenho que seguir em frente.

7) É possível que a pessoa que está lendo seu depoimento esteja passando por um problema parecido ou experimentando sentimentos que você experimentou. O que você gostaria de dizer para esta pessoa que agora conhece sua história e que transformação gostaria que ela experimentasse também?

Em primeiro lugar, quero dizer que não acredite em tudo que vem de Hollywwod ahahahah, isso é fundamental! Coma coisas mais coisas saudáveis, durante meu tratamento minha alimentação principal era verduras, frutas e legumes, comia tudo mais natural possível, tentava fortificar meu organismo, e sabia que ingerindo industrializados não iria me ajudar em nada. Quero falar sobre o cabelo, eu não me preocupei com a queda do meu cabelo, porque eu ficava pensando o tempo todo em como fazer para ficar viva, mas sei que tem gente que se preocupa muito com a queda do cabelo, vi muito isso quando eu ia aos médicos ou estava na quimio, não se preocupe com a queda do seu cabelo, porque ele irá nascer de novo depois e mais bonito ainda! Tenha confiança nos seu médicos e tenha muita fé!

Quero deixar para todos vocês meu beijo e minhas orações! Beijos, beijos e beijos!!

Fonte: SaudeeSuperação.