terça-feira, 28 de novembro de 2017

Novas perspectivas em tratamentos contra o câncer

A evolução alcançada no controle do câncer se deve, em grande parte, aos esforços empreendidos para diagnosticá-lo mais precocemente. Como regra, mesmo quando não é possível alcançar a cura, os tratamentos permitem que o paciente conviva com a doença por um longo tempo, preservando sua qualidade de vida.

Para atingir esse objetivo, os médicos têm a sua disposição uma combinação de terapias consagradas — como a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia — e um novo arsenal terapêutico, composto por drogas-alvo, que cresce a cada ano.

Completam a lista de boas notícias medicamentos capazes de controlar eficazmente os efeitos colaterais do tratamento, como náuseas e diarreia


Terapia-alvo

A área mais promissora do tratamento de câncer é a terapia-alvo

Esses novos medicamentos, mais efetivos contra as células cancerosas e menos agressivos para as células normais, têm renovado as esperanças de um maior controle do câncer.

Os primeiros fármacos utilizados nesse tipo de terapia — anticorpos monoclonais que atuam nos receptores presentes na superfície das células cancerígenas, impedindo seu crescimento —, surgiram no final da década de 1990, para o tratamento do câncer de mama (trastuzumabe) e linfoma (rituximabe).

Outra molécula pioneira para o tratamento da leucemia mieloide crônica (imatinibe) surgiu na mesma época, transformando definitivamente o prognóstico dessa doença.

Hoje, já existem mais de 20 medicamentos da classe das terapias-alvo aprovados no Brasil, para vários tipos de câncer.

Boa parte desses medicamentos interfere nas vias de sinalização das células, interrompendo os comandos para seu crescimento e multiplicação ou favorecendo diretamente sua destruição. Outros podem estimular o sistema imunológico a atacar o câncer.

Um terceiro grupo interfere na formação dos novos vasos sanguíneos, estimulada pelo tumor, a angiogênese. Os inibidores da angiogênese interrompem esse mecanismo vital das células neoplásicas, inviabilizando a existência do tumor.

A terapia-alvo poderá ser usada isolada ou combinada à quimioterapia, de acordo com cada tipo de doença. Ela também pode ser usada associada à radioterapia.

O tratamento do câncer em um futuro próximo

O uso do diagnóstico molecular vem trazendo uma nova e mais completa compreensão do câncer. Aos poucos, essas doenças serão subclassificadas de acordo com as alterações genéticas que lhes deram origem. Para cada uma delas, haverá um tratamento específico. E a contribuição de uma nova ciência, a bioinformática, transformará significativamente o tratamento do câncer.



Drogas-alvo em uso no Brasil

Veja a seguir a relação das drogas-alvo que podem ser encontradas no Brasil e as indicações que aparecem na bula. Seu uso deve ser prescrito e acompanhado por um médico oncologista.



Fonte: Oncologistas Associados

As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.

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Anticorpo criado em Ribeirão pode auxiliar tratamento do câncer

Anticorpo desenvolvido em laboratório no campus de Ribeirão Preto já teve sucesso em modelo animal para tumor de mama e de ovário


Combinação da droga hoje utilizada com o novo anticorpo foi mais eficiente na redução do tumor do que quando as drogas foram utilizadas isoladamente – Foto: Domínio público via Wikimedia Commons


Cientistas desenvolveram um tratamento coadjuvante para barrar o avanço do câncer de mama. Uma empresa startup que começou suas atividades no campus da USP em Ribeirão Preto, com apoio do Supera Parque de Inovação e Tecnologia, produziu um anticorpo monoclonal (proteína criada em laboratório para atingir alvo específico) que mostrou eficiência nos testes em animais. Com resultados promissores, os pesquisadores depositaram, em nome da startup Veritas, patente desse novo anticorpo nos Estados Unidos.
O descobrimento de moléculas biológicas que posteriormente possam ser interessantes para as empresas farmacêuticas desenvolverem novos medicamentos precisa passar e ser aprovado em vários testes, e as pesquisas ainda estão em fase pré-clínica, que são os testes em modelos animais, explica Sandra Faça, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Veritas. Desde 2009, contudo, os estudos com a nova molécula para terapia e diagnóstico do câncer vêm avançando com sucesso.
“É preciso paciência, uma vez que, de forma geral, o tempo para o desenvolvimento de um novo medicamento pode chegar a 14 anos. São cinco anos de pesquisa básica, dois anos de testes em modelos animais e cinco anos de desenvolvimento clínico”, diz a pesquisadora, ao explicar que, na fase de desenvolvimento clínico, serão avaliadas a segurança e a eficácia dos anticorpos em pacientes. “Depois disso, ainda serão necessários mais dois anos para que o medicamento chegue ao mercado.”
Os anticorpos monoclonais são designados para destruir as células cancerosas sem atingir as células normais – Ilustração: Veritas

Apesar do longo tempo de desenvolvimento, os resultados têm sido promissores: o novo anticorpo inibe uma proteína alvo envolvida em metástase e evita a migração celular para outras partes do corpo. “Além disso, o anticorpo reconhece o alvo na superfície das células de câncer de mama, e também de ovário, obtidas de tecidos tumorais de pacientes.”
Nos estudos in vivo realizados em camundongos de laboratório, o anticorpo não apresentou toxicidade e mostrou-se eficiente na redução do crescimento de tumores preexistentes. “Ele também potencializa a ação da droga que já é utilizada, atualmente, no tratamento de pacientes”, comemora Sandra.
Em modelo animal, continua a pesquisadora, foi verificado que “a combinação da droga hoje utilizada com o nosso anticorpo foi mais eficiente na redução do tumor do que quando as drogas foram utilizadas isoladamente”. Sandra prevê que este é o futuro das terapias contra o câncer: as combinações de drogas e uma medicina mais personalizada.
De acordo com a cientista, nos últimos anos, o tratamento do câncer com anticorpos monoclonais tem sido uma das estratégias mais bem-sucedidas e importantes. “Os anticorpos são reconhecidos por terem alta especificidade ao alvo e baixa incidência de efeitos colaterais”, diz.  “Exemplo disso são os anticorpos utilizados para o tratamento do câncer que incluem a Herceptin, que é um anticorpo para o câncer de mama dirigido à proteína HER-2.”


Futuro de nova droga depende de mais parceiros

A ideia da pesquisa surgiu a partir de experiência pessoal de Sandra. Após o nascimento de seu primeiro filho, a pesquisadora notou um nódulo grande na mama. Felizmente não era maligno, mas, se fosse, garante que  haveria pouco a ser feito pois a progressão desses tumores “é realmente rápida”. Por isso, alerta para a importância do diagnóstico precoce, quando é possível ainda tratar e curar a doença. “Retirei o nódulo mas o susto foi muito grande.”
Sandra então se uniu a outros dois pesquisadores e criou a Veritas. Diz que o trabalho também conta com apoio de agências de auxílio para as atividades de pesquisa, entre elas a Fapesp, o CNPq e a Finep. Além desse aporte, sua empresa conta com recursos próprios gerados a partir de prestação de serviços na área de pesquisa e análise de proteínas.
Mas alguns estudos ainda precisam ser realizados antes que a nova molécula seja testada em pacientes, ou, como se diz na área médica, atinja o estágio de pesquisa clínica. “Considerando que encontremos um parceiro para viabilizar esse processo em breve e que os resultados apresentem benefícios aos pacientes tratados, acreditamos que levaria mais cinco ou sete anos para atingir a etapa de comercialização para tratamento de seres humanos”, ressalta.
O próximo passo será identificar os pacientes mais indicados para o tratamento com o anticorpo e expandir o estudo para outros modelos de câncer mais letais, como os de ovário, cervical, pulmão e pâncreas. “Esperamos fechar com sucesso um ciclo de desenvolvimento de um produto biotecnológico inovador no País e conseguir parcerias com uma grande empresa farmacêutica e um hospital para seu desenvolvimento clínico e comercial.”


Supera Parque de Inovação e Tecnologia



Instalado no campus da USP em Ribeirão Preto, o Supera Parque de Inovação e Tecnologia é resultado de parcerias da própria USP com a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e a Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo.
Gerido pela Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde (Fipase), o Supera abriga a Supera Incubadora de Empresas, o Supera Centro de Tecnologia, a associação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Saúde, o Polo Industrial de Software (Piso), além do Supera Centro de Negócios.
Fonte: Jornal da USP

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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Tratamento de câncer de mama

Este artigo aborda o tratamento do câncer de mama.
Se quiser conhecer o que é, as causas, sintomas e diagnóstico do câncer de mama aceda ao artigo câncer de mama

O seu médico determinará as opções de tratamento de câncer de mama com base no seu tipo de câncer, no seu estágio e grau, tamanho e no facto das células cancerosas serem ou não sensíveis aos hormônios. O seu médico também deverá considerar a sua saúde e as suas preferências.

A maioria das mulheres são submetidas a cirurgia para câncer de mama e também recebem tratamento adicional antes ou após a cirurgia, como quimioterapia, terapia hormonal ou radioterapia.

Existem muitas opções para o tratamento deste câncer, e você pode sentir-se oprimida quando tem de tomar decisões complexas sobre o seu tratamento. Considere a busca de uma segunda opinião de um especialista da mama num centro de saúde ou clínica. Converse com outras mulheres que enfrentaram a mesma decisão.


Cirurgia de câncer de mama

Operações utilizadas para tratar o câncer de mama incluem:
  • Remoção do câncer de mama (lumpectomia). Durante a lumpectomia, que pode ser referida como cirurgia da mama ou poupadora de ampla excisão local, o cirurgião remove o tumor e uma pequena margem de tecido saudável circundante. Normalmente, a lumpectomia é reservada para tumores menores.
  • A remoção de toda a mama (mastectomia). Mastectomia é uma cirurgia para remover todo o seu tecido mamário. A maioria dos procedimentos de mastectomia removem todo o tecido da mama (os lóbulos, ductos, tecido adiposo e um pouco de pele, incluindo o mamilo e aréola (mastectomia simples)). Numa mastectomia poupadora de pele, a pele sobre o peito é deixada intacta para melhorar a reconstrução e aparência. Dependendo da localização e do tamanho do tumor, o bocal também pode ser poupado.
  • A remoção de um número limitado de gânglios linfáticos. Para determinar se o câncer se espalhou para os gânglios linfáticos, o seu cirurgião irá discutir com você a importância de remover os nódulos linfáticos, que são os primeiros a receber a drenagem linfática do seu tumor. Se o câncer não for encontrado nesses nódulos linfáticos, a probabilidade de encontrar o câncer em qualquer um dos restantes nódulos linfáticos é pequena e não existem outros nódulos que precisem de ser removidos.
  • Remoção de vários linfonodos. Se o câncer for encontrado nos linfonodos sentinelas, o seu cirurgião irá discutir com você o papel de remover linfonodos adicionais na sua axila.
  • Remoção dos dois seios. Algumas mulheres com câncer numa mama podem optar por ter a sua outra (saudável) mama removida (mastectomia profilática contralateral), se elas tiverem um risco muito aumentado de câncer na outra mama, por causa de uma predisposição genética ou histórico familiar forte. A maioria das mulheres com câncer de mama num peito nunca vai desenvolver câncer na outra mama. Discuta o seu risco de câncer de mama com o seu médico, juntamente com os benefícios e riscos deste procedimento. As complicações da cirurgia de câncer de mama dependem dos procedimentos que você escolher. Cirurgia de câncer de mama acarreta um risco de dor, sangramento, infecção e braço inchado (linfedema). Algumas mulheres optam por ter uma reconstrução da mama após a cirurgia. Discuta as suas opções e preferências com o seu cirurgião. Considere ser encaminhada para um cirurgião plástico antes da sua cirurgia de câncer de mama. As suas opções podem incluir reconstrução com um implante mamário (silicone ou água) ou reconstrução utilizando o seu próprio tecido. Estas operações podem ser realizadas no momento da sua mastectomia ou numa data posterior.

Terapia de radiação

A radioterapia utiliza raios de alta potência de energia, tais como raios-X e prótons, para matar as células cancerosas. Normalmente, a radioterapia é implementada usando uma grande máquina que visa os feixes de energia para o seu corpo (radiação externa). Mas a radiação também pode ser feita colocando material radioativo dentro do seu corpo (braquiterapia).

Radiação externa é comumente usada após lumpectomia para câncer de mama em estágio inicial. Os médicos também podem recomendar a terapia de radiação para a parede torácica, após mastectomia para câncer de mama maior ou câncer que se propaga para os gânglios linfáticos. Os efeitos colaterais da terapia de radiação incluem fadiga e uma erupção vermelha com aspeto de queimaduras solares, onde a radiação é destinada. O tecido da mama também pode aparecer inchado ou mais firme. Raramente, problemas mais graves podem ocorrer, tais como danos no coração ou nos pulmões ou, muito raramente, um segundo câncer na área tratada. 


Quimioterapia

A quimioterapia usa drogas para destruir células cancerígenas. Se o câncer tiver um alto risco de voltar ou de espalhar-se para outra parte do seu corpo, o médico pode recomendar a quimioterapia para diminuir a chance de que o câncer se repita. Isto é conhecido como quimioterapia adjuvante.

Por vezes, a quimioterapia é dada antes da cirurgia em mulheres com tumores de mama maiores. O objetivo é reduzir um tumor para um tamanho que torne mais fácil a sua remoção com a cirurgia.

A quimioterapia também é usada em mulheres cujo câncer já se espalhou para outras partes do corpo. Quimioterapia pode ser recomendada para tentar controlar o câncer e diminuir os sintomas causados pelo câncer.

Efeitos secundários da quimioterapia dependem das drogas que você recebe. Os efeitos secundários comuns incluem a perda de cabelo, náuseasvômitos, fadiga e um aumento do risco de desenvolvimento de infecções. Efeitos secundários raros podem incluir menopausa precoce, infertilidade (se estiver na fase pré-menopausa), danos no coração e nos rins, danos nos nervos, e, muito raramente, câncer das células sanguíneas.


A terapia hormonal

A terapia hormonal (talvez mais apropriadamente chamada de terapia de bloqueio hormonal) é muitas vezes utilizada para tratar câncer da mama que é sensível aos hormônios. Por vezes, os médicos referem-se a esses tipos de câncer como cânceres de receptor de estrogênio positivo e receptor de progesterona positivo.

A terapia hormonal pode ser usada antes ou após a cirurgia ou outros tratamentos para reduzir a possibilidade do seu câncer retornar. Se o câncer já se espalhou, a terapia hormonal pode diminui-lo e controlá-lo.

Os tratamentos que podem ser utilizados em terapia hormonal incluem:
  • Medicamentos que bloqueiam a possibilidade dos hormônios se anexarem a células cancerosas. Moduladores seletivos do receptor estrogênio agem ao não permitir que o estrogênio se possa anexar ao receptor de estrogênio sobre as células cancerosas, retardando o crescimento de tumores e matando células tumorais. Estes incluem o tamoxifeno, o raloxifeno (Evista) e toremifeno (Fareston). Os efeitos colaterais incluem afrontamentos, suores noturnos e secura vaginal. Riscos mais significativos incluem coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral, câncer uterino e catarata.
  • Medicamentos que impedem o organismo de produzir estrogênio após a menopausa. Chamados de inibidores de aromatase, estes medicamentos bloqueiam a ação de uma enzima que converte androgénios no corpo em estrogénio. Estes medicamentos são eficazes apenas em mulheres pós-menopáusicas. Os inibidores de aromatase incluem o anastrozol (Arimidex), letrozol (Femara) e exemestane (Aromasin). Os efeitos colaterais incluem afrontamentos, suores noturnos, secura vaginal, dores articulares e musculares, bem como um aumento do risco de fragilidade óssea (osteoporose).
  • Uma droga que marca os receptores de estrogênio para serem destruidos. As drogas fulvestrant (Faslodex) bloqueiam os receptores de estrogénio em células de câncer e os sinais para a célula, para destruir os receptores. Fulvestrant é utilizado em mulheres pós-menopáusicas. Os efeitos secundários que podem ocorrer incluem ondas de calor e dor nas articulações.
  • Cirurgia ou medicamentos para parar a produção de hormônios nos ovários. Nas mulheres que se encontram na fase pré-menopausa, a cirurgia para remover os ovários ou os medicamentos para  fazer com que os ovários deixem de produzir estrogênio podem ser um tratamento hormonal eficaz.


Medicamentos direcionados


Tratamentos com medicamentos direcionados atacam anormalidades específicas dentro das células cancerosas. Medicamentos direcionados utilizados para tratar o câncer de mama incluem:
  • Trastuzumab (Herceptin). Alguns cânceres de mama produzem quantidades excessivas de uma proteína chamada receptor do factor de crescimento epidérmico humano 2 (HER2), que ajuda as células de câncer de mama a crescer e sobreviver. Se as células de câncer de mama produzirem muito HER2, trastuzumab pode ajudar a bloquear essa proteína e fazer com que as células cancerosas possam morrer. Os efeitos colaterais podem incluir dores de cabeça, diarreia e problemas cardíacos.
  • Pertuzumab (Perjeta). Esta pode ser utilizada no câncer de mama metastático em combinação com trastuzumab e quimioterapia. Esta combinação de tratamentos é reservada para as mulheres que ainda não receberam outros tratamentos com medicamentos para o câncer. Os efeitos colaterais do pertuzumab podem incluir diarreia, perda de cabelo e problemas cardíacos.
  • Ado-trastuzumab (Kadcyla). Esta droga combina trastuzumab com uma droga para matar células. Quando a droga combinada entra no corpo, ajuda a trastuzumab a encontrar as células cancerosas. Ado-trastuzumab pode ser uma opção para as mulheres com câncer de mama metastático que já tentaram o trastuzumab e quimioterapia.
  • Lapatinib (Tykerb). Esta pode ser utilizada no câncer de mama avançado ou metastásico. Lapatinib pode ser utilizado em combinação com quimioterapia ou terapia hormonal. Os potenciais efeitos colaterais incluem diarreia, mãos e pés dolorosos, náuseas e problemas cardíacos.
  • Palbociclib (Ibrance). Palbociclib é usado com inibidores da aromatase em mulheres com avançado câncer de mama de receptor hormonal positivo. Efeitos secundários podem incluir risco de infecções e aumento de fadiga e náusea.
  • Everolimus (Afinitor). Everolimus tem como alvo uma via que desempenha um papel importante no crescimento de células cancerosas. Este é usado em combinação com exemestano em mulheres com câncer de mama avançado. Os efeitos colaterais podem incluir feridas na boca, aumento do risco de infecções, erupções cutâneas e problemas pulmonares.

Cuidados de suporte (Paliativos)

Os cuidados paliativos são cuidados médicos especializados que se concentram em fornecer alívio da dor e de outros sintomas de uma doença grave. Os especialistas em cuidados paliativos trabalham com o paciente, com a sua família e com outros médicos para fornecer uma apoio extra que complementa o seu cuidado contínuo. Os cuidados paliativos podem ser usados quando uma pessoa tiver de se submeter a outros tratamentos agressivos, como cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.

Quando os cuidados paliativos são usados em conjunto com todos os outros tratamentos adequados, as pessoas com câncer podem sentir-se melhor e viver durante mais tempo.


Os cuidados paliativos podem ser fornecidos por uma equipe de médicos, enfermeiros e outros profissionais especializados neste tipo de cuidados. Equipas de cuidados paliativos têm como objetivo melhorar a qualidade de vida de pessoas com câncer e dos elementos das suas famílias. Esta forma de tratamento é oferecida juntamente com tratamentos curativos ou com outro tipo de tratamento que possa estar a receber.

Fonte: Saúde com Dieta

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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Cultura da felicidade causa avanço da depressão

Doença que acomete 11,5 milhões de pessoas no Brasil; Um dos pontos chaves é descobrir se a tristeza é sintoma da enfermidade ou reflexo pontual de algum fato da vida


Foto: Rafael Furtado/ Folha de Pernambuco

Há saídas para vencer o transtorno

A cultura da felicidade a todo custo tem minado o gerenciamento das emoções e conduzido homens e mulheres a um dos mais graves e incapacitantes problemas de saúde pública: a depressão. O transtorno teve, nos últimos dez anos, um salto de quase 20% no planeta, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). São mais de 320 milhões de pessoas com a doença no planeta, sendo cerca de 50 milhões nas Américas e 11,5 milhões no Brasil. Números que podem continuar em expansão e multiplicar situações dramáticas, caso políticas públicas incisivas não forem tomadas, afirmam especialistas. Os gargalos estão na oferta de terapias de empoderamento, no desenvolvimento de fármacos e na superação de estigmas sociais.

“Estamos numa cultura onde é quase proibido a pessoa entristecer”, alerta o psicólogo Severino Souza. Ele aponta que essa é uma conduta duplamente perigosa. Primeiro, porque o paciente com o transtorno pode acabar encobrindo um estado depressivo, ao querer demonstrar a todo custo que “está bem”. Segundo, porque pode minar o psicológico de quem ainda não tem a doença, mas que se frustra ao buscar uma felicidade plena que não existe. “A pessoa pode estar se utilizando desses artifícios para encobrir um estado depressivo e não querer preocupar amigos e parentes. Só que, quando o estado se agrava, não há mais como esconder, porque há um isolamento. Essa cultura também leva à doença, porque cobra do sujeito um estado permanente de felicidade, que existencialmente é impossível”, explicou.

A cobrança social do "parecer bem” busca varrer para debaixo do tapete o confronto com a realidade cotidiana, onde a dor, a perda, a frustração, são sentimentos reais e normais. O resultado de fechar os olhos a isso gera, de acordo com Souza, a inabilidade para lidar com situações difíceis e deixa a porta entreaberta para a chegada da depressão como doença. Um dos pontos chaves é descobrir, apoiada por psicólogos ou psiquiatras, se a tristeza é sintoma da enfermidade ou reflexo pontual de algum fato da vida. O outro é tomar consciência das formas de superar o estado, que inclui o autocontrole da mente.


A reprogramação do pensamento

Apesar do vasto leque de opções terapêuticas em torno do transtorno, a terapia cognitiva tem ganhado notoriedade devido aos resultados. Desenvolvida primordialmente para a depressão, ela parte do pressuposto que não são as coisas em si que afetam o sujeito, mas, sim, o que sujeito pensa sobre as coisas é o que o afeta. “Boa parte dos sintomas depressivos que os pacientes têm são decorrentes da forma de pensar. Da forma como ele interpreta a si mesmo, da forma como ele interpreta o mundo e as circunstâncias”, disse o psiquiatra e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Amaury Cantilino. Superar a depressão é o que a terapia cognitiva tem como fim. “A ideia é utilizar algumas técnicas para flexibilizar a forma de pensar e fazer com que o paciente consiga produzir pensamentos e interpretações alternativas. O paciente aprende estas técnicas de reestruturação do pensamento e aplica nas diversas situações de vida”, prossegue.

Seguindo a linha de reestruturação do pensamento contra a depressão, a terapia mindfulness é o atual coringa de alguns processos. Nela, a mente é treinada para uma atenção maior do agora, para o momento presente. “É muito frequente nas pessoas com o transtorno ficar ruminando mágoas antigas, ficar remoendo culpas. Quando você está mais atento às coisas que estão acontecendo há menos espaço para pensamentos que ficam te consumindo em relação ao passado”, reforçou o médico. Aqui, também um desafio surge: falta direcionamento no SUS sobre a aplicação da terapia cognitiva.


A farmacologia

Como transtorno do humor, a depressão tem vários fatores desencadeantes, assim como várias formas de se expressar. Contudo, a forma clássica gira em torno de um desinvestimento na existência, tanto do trabalho, das relações sociais e até com o cuidado consigo mesmo. Diante da pluralidade de espectros, um desafio é a escolha dos remédios que podem ajudar o paciente a reagir melhor. Comentou se, nos anos 1970 e 1980, que, devido à enxurrada de efeitos colaterais, a regra era eleger os casos mais graves para tratar. A partir da década de 1990, a evolução dos remédios permitiu abranger o trato dos pacientes leves e moderados. “É por isso, que hoje temos mais pessoas buscando tratamento, mas, no entanto, isso não significa que as medicações atuais são mais eficazes que as dos anos 1970. O que se busca agora, e já com algum sucesso, são os antidepressivos com ações em determinados grupos de sintomas de depressão”, disse o professor da UFPE.


A personalização

Cantilino explicou que a personalização do tratamento inclui relacionar os espectros do transtorno e quais as substâncias que melhor interagem para coibir aquela manifestação. Por exemplo, qual é o antidepressivo que funciona melhor quando o paciente se queixa mais de falta de energia ou dificuldade de concentração, sentimento de culpa, ansiedade, dificuldade cognitiva? Para ajudar na escolha, já existe até um exame genético, chamado enzima citocromo P450, que busca no DNA os genes relacionados à metabolização dessas drogas. Esses resultados orientam melhor uma escolha farmacológica, que nos últimos anos era feita quase às cegas. A novidade diagnóstica, no entanto, ainda esbarra no custo: R$ 4 mil. E o valor não é coberto por planos de saúde ainda - muito menos pelo SUS. 

No quesito remédios, as drogas usadas hoje atuam nos neurotransmissores serotonina e noradrenalina - associados ao estado afetivo das pessoas -, mas cientistas já começaram experimentos animadores com os receptores de glutamato, que têm respostas muito mais rápidas. Outra opção terapêutica que já é realidade é a neuromodulação, que através de estimulação magnética transcraniana, acorda áreas do cérebro que têm pouca atividade em pacientes depressivos.

Fonte: Folha PE

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4 maneiras de que a mirra (Commiphora myrrha) sustenta um corpo saudável


O relato bíblico do presente sagrado da mirra para o recém nascido Cristo, juntamente com incenso e ouro por homens sábios do Oriente é uma história familiar para os cristãos em todo o mundo. Mas a consideração da mirra ( Commiphora myrrha ) como uma substância preciosa de grande valor se estende muito além do espiritual, pois suas várias preparações e extratos também possuem uma extensa história de uso em terapêutica.
Embora seja talvez o mais conhecido por seu odor picante e perfumado, tradicionalmente usado para embalsamar os mortos, a mirra também foi usada como anti-séptico natural para a purificação na limpeza de feridas e prevenção de infecções . A essência purificadora desta seiva resinosa é similarmente amplamente apreciada como tendo um efeito calmante quando inalado, dando credibilidade ao seu uso generalizado como incenso.
Ambos empiricamente ao longo dos tempos e cientificamente nos tempos modernos, a mirra provou ser inestimável para uma variedade de propósitos especiais. E especialmente nos tempos modernos, a ciência descobriu ainda mais as propriedades únicas da mirra que indicam sua utilidade em uma variedade de outras aplicações de saúde.
Aqui estão alguns dos benefícios de saúde mais notáveis ​​da mirra que foram relatados na literatura científica.

# 1 - Myrrh Contém Compostos Anti-Inflamatórios da Planta

Existem duas classes de compostos ativos primários em mirra que proporcionam sua eficácia no suporte de uma resposta imune saudável: sesquiterpenos e terpenoides.Ambos os compostos são encontrados em uma variedade de fontes de alimentos e plantas . Estudos mostram que os sesquiterpenos e os terpenoides apoiam o corpo em áreas inflamadas calmantes, ao mesmo tempo que protegem contra danos celulares e a formação de doenças crônicas. 1Isto é particularmente verdadeiro no trato intestinal, onde a mirra demonstrou benefícios para ajudar a proteger a barreira intestinal contra danos.
Condições genéticas gastrointestinais como colite ulcerativa foram mostradas na literatura científica para responder positivamente ao uso de mirra, que parece exercer efeitos protetores e curativos quando tomadas em quantidades suficientes. Um estudo, de fato, descobriu que a mirra conseguiu auxiliar o organismo a proteger contra três diferentes tipos de colite 2 , enquanto outro revelou benefícios específicos contra a colite ulcerativa induzida pelo ácido acético. 3
Alguns dentífricos e produtos para cuidados bucais contêm mirra para o mesmo propósito, pois seus extratos foram mostrados para ajudar a proteger dentes e gengivas contra os tipos de inflamação que podem levar a coisas como doenças das gengivas, gengivite e piorréia. Na Alemanha, o pó de mirra é realmente aprovado pelo governo para tratar a inflamação da boca e da garganta , sendo os taninos em sua resina reconhecidos como os principais ingredientes ativos neste processo. 4 Pesquisas realizadas pelo Centro de Pesquisa Odontológica na Faculdade de Odontologia da Universidade do Tennessee também descobriram que o óleo de mirra é citotóxico contra fibroblastos gengivais e células epiteliais. 5
Muitos desses mesmos benefícios ocorrem quando a mirra é aplicada na pele inflamada, ajudando a aliviar e aliviar o inchaço, promovendo elasticidade e envelhecimento saudável . Aplicar mirra tópica também pode suportar o corpo na cicatrização de infecções da pele e promover uma cicatrização mais rápida de feridas e feridas.
# 2 - Myrrh tem alto potencial antioxidante


Além de abordar a inflamação causadora de doenças, a mirra também parece apoiar o corpo na redução do estresse oxidativo causador de doenças. Um estudo publicado na revista Food and Chemistry Toxicology , por exemplo, descobriu que o potencial antioxidante da mirra é tão alto que pode suportar a função hepática saudável. 6 Com um valor de Capacidade de Absorção Radical de Oxigênio (ORAC) de 379.800 μTE / 100g (para colocar isso em perspectiva, as laranjas têm um valor ORAC de 750), a mirra tem potencial para ajudar em muitas outras áreas também. 7
Em um estudo sobre ratos diabéticos, descobriu-se que o extrato de Mukul myrrh (C. mukul) da Índia tinha um efeito benéfico nas enzimas marcadoras de estresse oxidativo e nas enzimas marcador hepáticas. Em seu relatório, os pesquisadores concluíram: "nossos dados indicam o papel preventivo de C. mukul contra o estresse oxidativo diabético induzido por STZ; portanto, esta planta poderia ser usada como terapia adjuvante para prevenção e / ou tratamento de diabetes e estado antioxidante agravado " 8.

# 3 - Myrrh Fights Bacteria, Parasites, Vírus e Fungos


Seja dentro do corpo ou na pele, os agentes patogénicos causadores de infecção são outro alvo para a mirra.Os estudos revelam que o potencial de aumento da imunidade da mirra pode ser eficaz no suporte ao organismo contra condições que vão desde dor de garganta, acne e resfriado comum, até condições de saúde mais graves, como pneumonia e até Candida albicans .
Em geral, a mirra protege contra a putrefação, a toxicidade e vários outros fatores que contribuem para as infecções. Isso, novamente, sendo o motivo pelo qual foi usado historicamente na preparação do falecido. Ele também suporta o reparo saudável do tecido celular em todo o corpo.
A esquistossomose é uma infecção parasitária de um tipo de risco de sangue comum em toda a Ásia, África e América tropical. O tratamento da esquistossomose é a quimioterapia com a droga praziquantel. Mas, devido à resistência a medicamentos, pesquisadores testaram mirra em 204 pacientes com esquistossomose para determinar se era efetivo livrar o corpo de dois tipos diferentes de parasitas: S. haematobium e S. mansoni .
Os pesquisadores relataram em The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene que: "A droga [mirra] foi administrada em uma dose de 10 mg / kg de peso corporal por dia durante três dias e induziu uma taxa de cura de 91,7%. O re-tratamento de casos que não respondem com uma dose de 10 mg / kg de peso corporal / dia durante seis dias deu uma taxa de cura de 76,5%, aumentando a taxa de cura geral para 98,09%. A droga foi bem tolerada e os efeitos colaterais foram leves e transitórios. Vinte casos forneceram espécimes de biópsia seis meses após o tratamento e nenhum deles apresentou óvulos vivos ". 9

# 4 - Myrrh contribui para Hormônios saudáveis ​​e felizes



A contrapartida constituinte dos terpenoides na mirra, ossesquiterpenos servem seu papel exclusivo para ajudar a equilibrar o sistema glandular, incluindo o hipotálamo, que é reconhecido como o centro emocional do corpo humano . É aqui que o sistema endócrino se conecta ao sistema nervoso, regulando a liberação e a inibição da produção de hormônio em todo o corpo.
De acordo com Robert M. Sargis, MD, o objetivo principal do hipotálamo é manter a homeostase, ou o equilíbrio interno, dentro do quadro humano. Suas funções principais incluem a regulação de quase todos os componentes do sistema, incluindo a freqüência cardíaca e pressão arterial, temperatura corporal, equilíbrio de fluidos e eletrólitos, apetite e peso corporal, secreções glandulares no estômago e intestinos, a produção de várias substâncias necessárias para a glândula pituitária para liberar hormônios, bem como ciclos de sono. 10

Myrrh possui propriedades anti-câncer?


Além de sua capacidade de apoiar o organismo na luta contra o estresse oxidativo e a inflamação, existem inúmeros estudos publicados e em curso que examinam a relação da mirra com o câncer. Estudos sugerem que inibe a angiogênese, um processo pelo qual os novos vasos sanguíneos se desenvolvem para fornecer "alimentos" aos tumores de câncer.
Por exemplo, em um estudo de ratos publicado na revista Chemico-Biological Interactions em 2017, o extrato de mirra relatou ter ajudado a melhorar as enzimas marcador de função hepática e prevenir a proliferação de células cancerígenas . Os pesquisadores declararam: "esses resultados fornecem evidências de que a resina de C. molmol [mirra] possui uma potente atividade quimiopreventiva, possivelmente por regular a sinalização Nrf2 / HO-1 e atenuação da inflamação, angiogênese e estresse oxidativo". 11
Em um estudo de 2011 publicado no Journal of Medicinal Plants Research , pesquisadores chineses analisaram o efeito da mirra em células de câncer ginecológicas humanas. Eles concluíram que "extratos e compostos de mirra podem ser úteis para prevenir e tratar a doença do câncer ginecológico humano". 12
Nada disso deve significar que a mirra de qualquer maneira previne ou cura o câncer. No entanto, além de outras práticas saudáveis ​​(ou seja, boa nutrição, sono, movimento e redução do estresse), a pesquisa parece mostrar que a mirra pode ajudar a suportar um sistema imunológico saudável que seja capaz de afastar a doença.

Fonte: Organixx -  (tradução Google)

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