terça-feira, 23 de junho de 2015

Diagnóstico de câncer de mama não deve ser mais encarado como 'sentença de morte'

Novos medicamentos podem proporcionar sobrevida com mais qualidade. Entretanto, acesso ao tratamento é entrave na rede pública.

São Paulo – O diagnóstico de câncer de mama cai como uma bomba na vida de qualquer mulher. O calvário do tratamento com todos os efeitos colaterais, incluindo a queda do cabelo, e a possibilidade de retirada de uma das mamas (mastectomia) são alguns dos desafios. Ainda mais difícil é descobrir a doença na fase de metástase, já que, por muitos anos, o câncer de mama metastático foi encarado com “sentença de morte”.
Entretanto, esse diagnóstico não é o fim. Há tratamento para as mulheres nesta fase da doença e a sobrevida pode ser com muita qualidade de vida. É isso que a campanha “Por mais tempo”, criada pela Fenama e o Instituto Oncoguia e lançada na quarta-feira (17/11) em São Paulo, defende. Uma petição solicita ainda ao Ministério da Saúde a incorporação de tratamentos mais adequados para as pacientes com o câncer de mama metastático. “Um diagnóstico desse muda seu olhar sobre a vida. Tirei o pé do acelerador. Passei a trabalhar menos para viver mais”, relata a empresária Adriana Leão Venâncio, de 50 anos, que descobriu um câncer de mama metastático há quatro anos.
A doença havia atingido o fígado. Ela iniciou os tratamentos de quimioterapia e radioterapia. “Fiquei dois anos careca. Isso mexe muito com a mulher. Para mim a questão da beleza é ainda mais forte, porque sou proprietária de um salão, onde ajudo as pessoas a escolherem sua imagem. Mas resolvi levantar, sacudir a careca e ir à luta”, relembra. Ela teve que fazer a mastectomia radical e, ainda assim, enfrentou recidivas da doença. Nada, porém, lhe retirou a vontade de viver. Apesar do diagnóstico, não perdeu a esperança e resolveu enfrentar o câncer de mama metastático de frente. Bem disposta, maquiada e com os cabelos arrumados, ela era uma das mulheres que foram ao lançamento da campanha. Um dos objetivos que a fazem prosseguir é acompanhar a vida das duas filhas. Adriana espera realizar o sonho de ver a filha Amanda Leão Venâncio, de 23, entrar na igreja de véu e grinalda em agosto.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima pelo menos 57 mil casos novos de câncer no Brasil este ano. Não há uma estatística precisa sobre os casos metastáticos, porém, é importante atenção para essa fase da doença. São cerca de 8 milhões de mortes por ano em todo mundo causados pelo câncer de mama. “As pessoas têm muito medo de falar da doença. Mas a realidade pode ser outra. Temos disponíveis novos medicamentos e tratamentos para dar mais tempo de vida a essas mulheres. No entanto, o acesso a esses tratamentos não é universal”, diz Maira Caleffi, chefe de Mastologia do Hospital Moinhos de Ventos de Porto Alegre.
AVANÇOS
O cenário do tratamento da doença, no entanto, mudou muito nos últimos 50 anos. “Na década de 1970, todas as mulheres diagnosticadas com câncer metastático faleceram com menos de 30 meses”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Ruffo de Freitas Júnior. Atualmente, se elas tiverem acesso aos medicamentos adequados, cerca de 30% delas vivem em média cinco anos.
Apesar dos avanços, ainda há muito desconhecimento da população brasileira em relação à doença e ao tratamento. Pesquisa realizada pelo DataFolha, entre 31 de março e 4 de abril, com 2.907 entrevistados, demonstrou que 49% não conhecem o câncer de mama metastático. Esse percentual representa um universo de 51 milhões de brasileiros. A pesquisa também apontou que cerca de 5 milhões de mulheres, com idade entre 40 e 69 anos, nunca fizeram nenhum exame para detecção da doença – mamografia, ultrassonografia da mama e mesmo o exame clínico do toque.
A identificação precoce da doença é a melhor forma de se alcançar a cura. No entanto, algumas mulheres identificam o problema no estágio avançado. Em alguns casos, mesmo tendo sido diagnosticada de forma precoce, a doença evolui para o estágio mais agressivo. “Nesses casos, a prioridade é que a mulher tenha acesso ao tratamento adequado. Também é importante que o câncer não vire o foco da vida dela”, pontua Rafael Kaliks, oncologista do Hospital Albert Einstein. Para que o tratamento possa ser eficiente é importante que seja personalizado. Entre as opções estão a quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal, terapia alvo e a mastectomia. Cada caso exige uma delas ou até a combinação. Com a evolução das pesquisas, os médicos identificaram que existem diferentes subtipos de cânceres e, consequentemente, os tratamentos podem ser mais ou menos eficientes em relação a cada um deles.
DIFERENÇAS NO TRATAMENTO
Cerca de 70% dos cânceres de mama têm em sua superfície o Her 2. A identificação do marcador abriu um amplo campo de tratamento, as terapias alvo. “Para querer mais, é preciso saber que é possível. Muitas mulheres não sabem que existem esse tratamento disponível”, diz Kaliks. Para ele, outro fator agravador é que cerca de 63% das mulheres não são examinadas de forma rotineira por seus ginecologistas.
A diferença de oferta de tratamento no serviço público e no particular é apontada pelo oncologista Max Mano, chefe do grupo de câncer de mama do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Ele também atua no Hospital Sírio-Libanês, da rede complementar. “Podemos dizer que em relação a alguns tratamentos do Her 2 positivo estamos 15 anos atrasados. No Sistema Único de Saúde (SUS), as mulheres podem ter até três anos a menos de sobrevida”, afirmou. Os médicos criticaram o fato de alguns medicamentos não serem contemplados pelo SUS. A prevenção inclui hábitos saudáveis, a realização periódica dos exames e a prática de exercícios físicos.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Alunos cancelam viagem de formatura e usam dinheiro para bancar tratamento contra câncer de professora

Estudantes juntaram uma quantia de R$ 25 mil.



Após ficarem sabendo que uma de suas professoras, Courtney Vashaw, preferidas estava em uma batalha contra um câncer muito raro e agressivo, alunos de uma escola do estado de Nova Hampshire, nos Estados Undios, resolveram usar todo o dinheiro arrecadado para a viagem sua viagem de formatura para bancar o tratamento necessário para que Courtney pudesse ficar saudável novamente. 
Eles haviam juntado uma quantia equivalente a R$ 25 mil (US$ 8 mil) para realizar uma viagem às montanhas em Nova York. Segundo eles, a decisão de dar o dinheiro para a professora foi unânime e partiu de um dos ensinamentos dela.


— Ela nos deu tanto que nós só queríamos retribuir esse favor — Ian Baker revelou aoWMUR —  Ela se importa muito e não é nem um pouco egoísta e nós queríamos ter essa postura também. 
Em um vídeo hospedado pela CNN, a professora aparece emocionada enquanto recebe a homenagem rodeada de aulos. Ela revelou que é "muito díficil aceitar essa proposta" e que não haviam palavras para descrever esse sentimento e agredecer aos seus alunos. 
Apesar de estarem a alguns dias da formatura, os estudantes deixaram uma coisa clara para Courtney: eles não vão deixar de visitá-la e de criar programas para conseguir doações para auxiliar nos custos de seu tratamento.

Soja atenua os efeitos da menopausa e melhora o colesterol

Repleto de benefícios, o grão previne câncer de mama e é indispensável no cardápio da mulher.


Uma das maiores safras de soja está sendo colhida no Brasil este ano. Não é à toa: o grão é riquíssimo em proteínas e auxilia a reduzir o colesterol ruim (LDL) enquanto aumenta o bom (HDL). Entre seus bons componentes, estão as isoflavonas, muito úteis para melhorar os efeitos da menopausa e combater a perda de massa dos ossos.
A soja começou a ser cultivada há 5 mil anos, na Ásia, mas sua exploração no Brasil é bastante recente, datando de 1950. Por aqui, ela era utilizada como alternativa à plantação de trigo, durante o inverno. Proteínas, gorduras, vitaminas, cálcio, ferro, fósforo, magnésio, zinco e fibras fazem parte da composição da planta.
Que tal conhecer mais benefícios e incluir o grão no cardápio?

soja
O leite de soja é facilmente encontrado nas gôndolas dos mercados. Foto: iStock, Getty Images

Soja: O grão amigo da mulher

Suor, calorões, irritação, sensibilidade à flor da pele e insônia durante a menopausa? Calma, tudo isso pode ser atenuado com o consumo de soja durante o período climatério. O grão funciona equilibrando os hormônios, pois a isoflavona, uma das substâncias que o compõe, tem uma grande semelhança com a função do estrogênio no organismo feminino.
Apenas três colheres de sopa são necessárias para reduzir os sintomas, fazendo com a que mulher passe por essa fase como se os hormônios estivessem sendo repostos constantemente. No entanto, o consumo do grão não proporciona a reposição hormonal de fato, funcionando apenas com sinais leves da menopausa.
colesterol é outro beneficiado com o grão. De acordo com estudos da Universidade de São Paulo (USP), a soja é capaz de diminuir os índices de colesterol ruim (LDL) no organismo, ao mesmo tempo em que proporciona o aumento do colesterol bom (HDL).
Como é rica em gorduras poli-insaturadas e ômega 6, ela pode ser considerada uma alternativa ao tratamento de reposição hormonal feminino, no caso de mulheres que passam por problemas do coração e dos vasos sanguíneos.

Intestino e ossos blindados com a soja

De acordo com o Ministério da Saúde, são necessários apenas 100g do grão num dia. Porém, o alimento também não deve ser ingerido diariamente, mas três vezes por semana, já que as isoflavonas em alta quantidade podem causar problemas de desregulação hormonal.
Os ossos são outros que se beneficiam das propriedades da soja. Como é rica em cálcio, ela auxilia a proteger a massa óssea.As isoflavonas também protegem o osso, mas não garantem que osteoporose e outras doenças genéticas se manifestem, servindo mais como um meio de prevenção.
As isoflavonas são igualmente poderosas para evitar câncer de mama. De acordo com estudos divulgados pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, mulheres que consumiam essa substância diminuíam pela metade o risco de desenvolver o tumor maligno no seio.
Devido à sua riqueza em fibras, o grão também melhora o trânsito intestinal, protegendo-o de problemas como a prisão de ventre e a constipação. Você pode comê-lo puro, quando as propriedades são mantidas integralmente, mas também nas variações de leite e carne feitas com o produto.



Feijão de Corda ajuda a prevenir o câncer de mama.

Use o popular feijão-de-corda nas suas receitas

Também chamado de feijão caupi e feijão fradinho, o feijão-de-corda chegou ao Brasil com a vinda dos colonizadores portugueses e espanhóis. Originalmente africano, este feijão é extremamente popular no Nordeste do país, fazendo parte de receitas clássicas, como o baião de dois - a mistura de arroz e feijão cozidos em uma mesma panela.

benefícios do feijão-de-corda

Diminui o colesterol
feijão-de-corda, rico em ferro e vitaminas, contém vicilina. Essa proteína, além de ajudar na formação muscular, propicia a diminuição do colesterol. O efeito, de acordo com pesquisadores do Laboratório de Nutrição Aplicada da Faculdade de Saúde Pública da USP, é potencializado também pelas fibras existente no grão.
Ajuda a prevenir o câncer de mama
Pesquisadores da Universidade de Brasília descobriram que o feijão-de-corda é capaz de ajudar no tratamento de câncer de mama. A pesquisa revelou a existência da molécula BTCI, que extermina as células cancerígenas sem atrapalhar as sadias.
feijao-de-corda
O baião de dois é uma receita típica do Nordeste brasileiro. Foto: iStock, Getty Images

Baião de dois com feijão-de-corda

Ingredientes:
- ½ kg de arroz
- 200g de feijão-de-corda
- ¾ de xícara de bacon picado
- 100g de linguiça
- 2 dentes de alho amassados
- ½ cebola ralada
- ¼ de xícara de leite de coco
- 150g de queijo coalho em cubos
- 2 colheres de sopa de queijo ralado
- Cheiro verde picado
- Óleo a gosto.
Modo de Preparo:
Em uma frigideira, coloque o bacon e a linguiça. Frite com a própria gordura dos ingredientes. Quando estiverem quase prontos, acrescente o alho e a cebola. Frite até que fiquem douradinhos. Acrescente o arroz e refogue. Reserve.
Dentro de uma panela com água fria e um fio de óleo, cozinhe o feijão. Assim que ele estiver macio, acrescente o arroz refogado. Se preciso, coloque um pouquinho de água quente. Adicione o cheiro verde e o leite de coco. Cozinhe os ingredientes até que o arroz esteja macio e a água, completamente seca.
Desligue o fogo e acrescente o queijo. Coloque a tampa na panela e espere o queijo derreter, por cerca de cinco minutos. Sirva o baião de dois com feijão-de-corda acompanhado de uma salada com molho de maracujá - para dar aquela equilibrada no cardápio, né?

Salada com molho de maracujá

Esta é uma salada leve e com toque cítrico para servir junto ao seu baião de dois com feijão-de-corda. Confira a receita.
Ingredientes do molho:
- Polpa de 1 maracujá
- 4 colheres de sopa de azeite
- Sal a gosto
- 1 colher de sopa de vinagre balsâmico.
Ingredientes da salada:
- Alface grega
- Alface mimosa
- Alface americana
- Miolo de escarola
- Rúcula
- Agrião
- 1 xícara de tomatinhos.
Modo de Preparo:
Misture a polpa de maracujá e o azeite. Com a ajuda de um garfo, certifique-se de que os dois ingredientes estejam bem mesclados. Em seguida, acrescente o sal e o vinagre balsâmico. Espalhe as folhas verdes e os tomatinhos em uma tigela específica para saladas. Regue com o molho e sirva.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Café diminui chances de reincidência de câncer de mama



A cafeína e o ácido cafeico teriam bloqueado o crescimento das células
cancerígenas, diz estudo

Beber dois cafés por dia junto a remédios contra o câncer de mama, como o tamoxifen, diminui em pelo menos 50% os riscos de reincidência da doença.

Conclusão é de um estudo da Universidade de Lund, da Suécia.
A revelação dos "poderes" da cafeína e do ácido cafeico no combate aos tumores nos seios está em um estudo sueco da Universidade de Lund que examinou 1.090 pacientes com neoplasia mamária.
A pesquisa, publicada na revista norte-americana "Clinical Cancer Research", não usou apenas dados sobre os hábitos das mulheres, mas também sobre a patologia celular dos tumores.
De 500 pacientes com câncer de mama que fazem tratamento à base de tamoxifen, as que bebiam ao menos duas xícaras de café por dia tiveram 50% menos casos de reincidência do que as que tomavam pouco ou nada da bebida.
Além disso, segundo as principais autoras do estudo, Ann Rosendahl e Helena Jernström, as mulheres que mais consumiram cafeína "tiveram tumores de dimensões um pouco menores do que os do diagnóstico inicial".
As análises concluíram, portanto, que a cafeína e o ácido cafeico bloqueiam o crescimento das células cancerígenas, especialmente se combinados com o remédio. As substâncias presentes na bebida, afirmam as pesquisadoras, "desligam os canais de comunicação que ordenam às células que se repliquem".
Fonte: R7 Notícias.

Superação e autoestima: fotos e depoimentos mostram que existe beleza após o câncer de mama

Mulheres que fizeram mastectomia contam suas histórias e mostram seus corpos sem pudor.

Quando
precisou encarar uma mastectomia dupla, Katelyn Carey não tinha ideia do que
esperar. Agora, depois de já ter passado pelo procedimento, ela gostaria de
poder dizer a todas as mulheres que se encontram na mesma posição que ela
estava antes da cirurgia algo bem importante: “Você não está sozinha”.
Katelyn,
uma enfermeira mãe de dois filhos, tem histórico de câncer de mama na família,
e realizou uma mastectomia preventiva com 29 anos. Inspirada em sua
experiência, ela criou um livro de retratos e narrativas chamado Beauty After
Breast Cancer (Beleza Após o Câncer de Mama, em tradução livre), em que
sobreviventes da doença contam suas histórias e mostram como seus corpos
ficaram depois da luta.Veja agora alguns dos depoimentos presentes na publicação

Quando precisou encarar uma mastectomia dupla, Katelyn Carey não tinha ideia do que esperar. Agora, depois de já ter passado pelo procedimento, ela gostaria de poder dizer a todas as mulheres que se encontram na mesma posição que ela estava antes da cirurgia algo bem importante: “Você não está sozinha”.

Katelyn, uma enfermeira mãe de dois filhos, tem histórico de câncer de mama na família, e realizou uma mastectomia preventiva com 29 anos. Inspirada em sua experiência, ela criou um livro de retratos e narrativas chamado Beauty After Breast Cancer (Beleza Após o Câncer de Mama, em tradução livre), em que sobreviventes da doença contam suas histórias e mostram como seus corpos ficaram depois da luta.



— Hoje em
dia, quando me sinto insegura, só preciso olhar para o meu marido, ou para as
fotos de antigamente. É tudo muito bonito. Ou olho para as mãos de um dos meus
filhos, enquanto eles descansam no meu colo ou no meu peito, e sei que estarei
aqui para eles enquanto eles precisarem de mim. Fui forte pela minha família
antes mesmo de conhecê-la, e eles me acham bonita do jeito que sou. Portanto, como posso evitar de sentir minha própria
beleza?

— Hoje em dia, quando me sinto insegura, só preciso olhar para o meu marido, ou para as fotos de antigamente. É tudo muito bonito. Ou olho para as mãos de um dos meus filhos, enquanto eles descansam no meu colo ou no meu peito, e sei que estarei aqui para eles enquanto eles precisarem de mim. Fui forte pela minha família antes mesmo de conhecê-la, e eles me acham bonita do jeito que sou. Portanto, como posso evitar de sentir minha própria beleza?



— Antes eu
imaginava que colocaria próteses nos seios, e que faria neles lindas tatuagens.
Mas agora acho que seios não são essenciais à minha beleza ou à minha
feminilidade. Não vale a pena enfrentar outra grande cirurgia só por causa
disso. É muito bom e encorajador ver que não tenho nada a esconder, nem motivo
para me esconder. Percebo agora que minha beleza vem de saber que eu já sou
bonita – não preciso fazer nada além disso

— Antes eu imaginava que colocaria próteses nos seios, e que faria neles lindas tatuagens. Mas agora acho que seios não são essenciais à minha beleza ou à minha feminilidade. Não vale a pena enfrentar outra grande cirurgia só por causa disso. É muito bom e encorajador ver que não tenho nada a esconder, nem motivo para me esconder. Percebo agora que minha beleza vem de saber que eu já sou bonita – não preciso fazer nada além disso


— Sou uma
montanha de cicatrizes. Elas contam a história da minha vida: da minha histerectomia,
das estrias por causa dos três filhos, à minha cirurgia de vesícula e às
cicatrizes dos seios. Mas, se alguém imagina que estas marcas e histórias me
fazem uma pessoa menor de alguma maneira, acredito que não haja o menor motivo
para eu querer saber sua opinião a meu respeito. Sou uma sobrevivente do câncer
de mama, e minha vida é plena e bela

— Sou uma montanha de cicatrizes. Elas contam a história da minha vida: da minha histerectomia, das estrias por causa dos três filhos, à minha cirurgia de vesícula e às cicatrizes dos seios. Mas, se alguém imagina que estas marcas e histórias me fazem uma pessoa menor de alguma maneira, acredito que não haja o menor motivo para eu querer saber sua opinião a meu respeito. Sou uma sobrevivente do câncer de mama, e minha vida é plena e bela


— Eu não suportava a cicatriz. Enquanto algumas mulheres veem suas
cicatrizes como símbolo da sua força, a minha me fazia lembrar de tudo que fui
forçada a mudar, de como a vida sai dos trilhos mesmo que você tome cuidado, e
de como a gente não tem controle sobre nada. A cicatriz era o que tinham feito
em mim. Precisei modificar este pensamento e enxergá-la em sua beleza e força,
que refletem quem eu me tornei depois de tudo isso

— Eu não suportava a cicatriz. Enquanto algumas mulheres veem suas cicatrizes como símbolo da sua força, a minha me fazia lembrar de tudo que fui forçada a mudar, de como a vida sai dos trilhos mesmo que você tome cuidado, e de como a gente não tem controle sobre nada. A cicatriz era o que tinham feito em mim. Precisei modificar este pensamento e enxergá-la em sua beleza e força, que refletem quem eu me tornei depois de tudo isso.



— O câncer
me mostrou a força do meu marido, e a profundida do seu amor. Como meu querido
companheiro, Dan tirou com cuidado meus curativos e se certificou de não fazer
qualquer expressão de choque, já que sabia que eu estava olhando fixamente para
ele naquele momento. Ele cuidou de mim como todo o amor do mundo, durante o
câncer e agora, quando não tenho mais seios. Ele me ama do mesmo jeito. Ajudou
a esvaziar meus drenos da maneira mais delicada possível. Mesmo agora, ele me
prefere sem o sutiã com a prótese. Ele me ama. A mim, e não aos meus seios

— O câncer me mostrou a força do meu marido, e a profundida do seu amor. Como meu querido companheiro, Dan tirou com cuidado meus curativos e se certificou de não fazer qualquer expressão de choque, já que sabia que eu estava olhando fixamente para ele naquele momento. Ele cuidou de mim como todo o amor do mundo, durante o câncer e agora, quando não tenho mais seios. Ele me ama do mesmo jeito. Ajudou a esvaziar meus drenos da maneira mais delicada possível. Mesmo agora, ele me prefere sem o sutiã com a prótese. Ele me ama. A mim, e não aos meus seios

Fonte: R7 Notícias.
Foto: Reprodução/huffingtonpost.com



Novo tratamento pré-operatório reduz risco de recaída ao câncer de mama

Ensaio foi apresentado no congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica.


Estudo mostrou que as pacientes que não tiveram o tumor detectado na cirurgia tiveram menos recaidas dentro do período de três anosGetty Images

Um estudo clínico internacional constatou que a incorporação de um novo fármaco ao tratamento padrão contra o câncer de mama em fase inicial HER2 positivo antes de as pacientes passassem pela sala de cirurgia consegue reduzir em 30% o risco de recaída.
O ensaio foi apresentado nesta segunda-feira (1) no quarto dia do congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), realizado até amanhã em Chicago e que reúne 30 mil médicos, pesquisadores e representantes de laboratórios de todo o mundo.
Trata-se do anticorpo monoclonal pertuzumab, que já é utilizado para controlar este tipo de câncer (que representa entre 15% e 20% dos casos totais de tumores de mama) em fase avançada. De acordo com os resultados do teste, em fase II, que conta com a participação de mais de 400 pacientes, o uso combinado deste anticorpo ao tratamento padrão consistente em quimioterapia e outra molécula, trastuzumab, antes da cirurgia e reduz grandemente as chances de recaída e de morte das pacientes.
Concretamente, o ensaio avaliou em três anos tanto a sobrevivência livre de progressão quanto a livre de doença e concluiu que aquelas que fizeram uso do tratamento combinado prévio com pertuzumab reduziram em 31% o risco de recair e de morrer, em comparação às que receberam apenas o tratamento convencional.
Segundo destacou a um grupo de jornalistas a médica Ana Lluch, chefe de Oncologia do Hospital Clínico de Valência, na Espanha, o estudo mostrou que as pacientes que não tiveram o tecido tumoral detectado na cirurgia foram, independentemente do tratamento recebido, as que mais possibilidades tinham de não recair em três anos. No entanto, este tratamento conseguiu o desaparecimento completo da doença em 40% das pacientes no momento da cirurgia, enquanto sem pertuzumab essa taxa caiu à metade.
"Isto é muito importante porque os tratamentos que fazemos antes da cirurgia em muito pouco tempo, máximo cinco ou seis meses, podem nos dizer o comportamento que essas pacientes terão ao longo de sua vida e dá aos oncologistas a base para dizer à paciente suas possibilidades ou não de cura", ressaltou.
Quanto à toxicidade deste tratamento de duplo bloqueio do tumor, Ana garantiu que não ter nenhuma acrescentada à já existente, também não cardíaca. Os bons resultados iniciais do estudo divulgados há três anos permitiram que a Administração de Alimentos e Fármacos dos Estados Unidos (FDA) concedesse em 2013 a aprovação do pertuzumab como tratamento para combater o câncer de mama HER2 positivo em fase inicial e com alto risco de sofrer recaída. A aprovação final do fármaco dependerá do estudo que já está em andamento em fase III.