sexta-feira, 31 de março de 2017

Pesquisador norte-americano afirma que a 'quimioterapia' não funciona em 97% dos casos

A revelação que este médico e especialista americano fez está a chocar o mundo. Aquilo que nos fizeram acreditar até hoje foi uma grande “farsa”. (Defende a tese do tratamento natural).

 Glidden é responsável por fazer pesquisas referentes aos tratamentos a base de quimioterapia

O câncer continua sendo uma das piores doenças que a humanidade já presenciou, e atualmente é considerada como uma das #Doenças que mais causam mortes no mundo. As perguntas que pairam no ar são as seguintes: como alguns métodos de tratamento considerados avançados são tão ineficientes no combate dessa doença? E por que a ciência não consegue diminuir o número de mortes causadas pela doença? Será que boa parte dos tratamentos, a base de quimioterapia, radioterapia além das cirurgias, não são tão eficientes o quanto se imaginava? É nisso que acredita o Peter Glidden, médico norte-americano, que por anos se se destacou na luta contra o sistema médico.

Formado há mais de três décadas pela Universidade de Massachusetts, Glidden defende a tese do tratamento natural. Ele é conhecido por criticar ferozmente os tratamentos a base de quimioterapia. O médico explica sua tese em um artigo em relação ao assunto, publicado no jornal Clinical Oncology, mas acabou sendo completamente ignorada pela mídia e por especialistas no assunto.

De acordo com Glidden, sua pesquisa acabou comprovando que de 100 pacientes diagnosticados com câncer, apenas três apresentaram certa melhora depois de 12 anos de tratamento. Para o médico, a única explicação referente ao uso da quimioterapia no tratamento do câncer está relacionado ao dinheiro.

Ele explica que os medicamentos usados nos tratamentos do câncer são comprados das indústrias farmacêuticas e revendidas aos pacientes com preços muito elevado. Ou seja, a cura do câncer tornou-se um negócio muito lucrativo, onde as farmacêuticas arrecadam cerca de US$ 390 milhões por ano (R$ 1,26 bilhão).

Uma pesquisa realizada na Austrália avaliou os resultados da quimioterapia nos cinco primeiros anos. Descobriu-se que os resultados da quimioterapia citotóxica teve resultados satisfatórios de apenas 2,3% na Austrália, e de 2,1% nos Estados Unidos. Concluiu-se que os benefícios da quimioterapia no tratamento do câncer são muito baixos. Glidden explica que isso é apenas a ponta do iceberg, uma vez que a indústria farmacêutica possui total controle sobre a sociedade.

Ainda de acordo com ele, é necessária uma medicina mais justa, onde os médicos se preocupem apenas com o bem-estar dos pacientes ao invés de se preocuparem apenas com o lucro financeiro. Entretanto, ele não é o único especialista a pensar dessa forma. O médico Leonard Coldwell diz que os tratamentos a base de quimioterapia são como uma bomba relógio nas mãos dos médicos.

De acordo com Coldwell, os tratamentos a base de quimioterapia podem destruir todas as funções bioquímicas do organismo e, além de matar de câncer, prejudica o organismo humano, deixando-o vulnerável a novas doenças. Em forma de desabafo, ele explica que nos últimos anos vem presenciando um grande aumento no número de suicídios por parte dos médicos que não conseguiram curar seus pacientes do câncer. Também houve um aumento de casos envolvendo o uso de drogas e bebidas de álcool, como retrospecto de uma vida profissional frustrante. Levando-se em consideração que a frustração não ocorre pelo lado financeiro e sim por não conseguirem salvar as vidas dos pacientes como gostariam

Fonte: Blasting News.

Mulheres que superaram o câncer de mama montam grupo de canoagem


Para elas, o esporte é uma forma de recuperar a saúde e a autoestima


Larissa Lima Barbosa, Thaís Helena Madureira, Margareth Vidal e o treinador Felipe Terrano: equipe de canoagem unida para vencer a dor e o preconceito deixados pelo câncer de mama.

Elas lutaram contra uma doença muitas vezes devastadora. Sobreviveram e, agora, fazem parte do projeto Canomama, uma iniciativa para vencer o estigma que acompanha o diagnóstico de câncer de mama. São 22 mulheres que têm como único lema aproveitar bem cada dia (carpe diem), de maneira saudável e prazerosa, por meio da prática da canoagem havaiana. Guerreiras, ao remar com braçadas fortes nas águas do Lago Paranoá, elas driblam os traumas emocionais deixados pela doença; as dores enfrentadas pela mastectomia e encaram, destemidas, o processo de reabilitação após a cirurgia.



À frente do Canomama, está a nutricionista Larissa Lima, 42 anos. Diagnosticada com câncer de mama em 2014, ela não se deu por vencida nem no primeiro momento, quando recebeu a notícia. “Ao saber, pedi ao médico para repetir a informação. E fui direto ao ponto. Questionei o que tinha de ser feito e já saí do hospital com a cirurgia marcada”, lembrou a nutricionista.

Uma das saídas encontradas por Larissa para superar a doença foi oferecer ajuda às mulheres que também passaram pela mastectomia. “Comecei a estudar sobre o câncer de mama e conheci as pesquisas realizadas na Universidade de British Columbia, no Canadá, em que o médico Don McKenzie defende que remar traz um grande benefício para a recuperação de mulheres com carcinoma. Ele utilizou o Dragon Boat (canoa com 22 remadores) como foco do estudo e criou o esporte oficial (que ficou conhecido como Abreast in a Boat) para as sobreviventes desse mal”, explicou.

A prática do remo pode ser uma poderosa aliada no resgate da qualidade de vida de pacientes com câncer de mama, que tiveram de lidar com a difícil realidade da remoção completa dos seios. Além disso, as pesquisas de Don Mackenzie, há 21 anos, mostraram que a atividade reduz os inchaços e diminuem as dores na hora de movimentar os braços, consequências da mastectomia. “Em vez de ficarmos condicionadas ao estigma da  doença, vamos à luta ao realizar uma atividade física aquática. Além, é claro, dos inúmeros benefícios fisiológicos, somos confidentes umas das outras e, acima de tudo, solidárias”, destacou a nutricionista.


Muitas dessas mulheres renascem após praticarem o remo em grupo, já que isso estimula o convívio e a interação social. A autoestima delas aumenta, assim como a qualidade de vida. É o caso da funcionária pública Margareth Vidal, 54. “Fui diagnostica em 2014. Por incrível que pareça, a doença me abriu as portas para o esporte. Hoje, estou viciada em endorfina”, garante. Para a advogada Thaís Helena Madureira, 37, uma mulher que teve câncer não precisa se sentir excluída. “A doença nunca foi uma sentença de morte para mim. Só reforçou que a vida me deu uma segunda chance”, assegurou.

Esporte levado a sério
Todas as participantes do movimento Canomama são orientadas pelo coach e preparador físico Felipe Terrana. Em virtude do trabalho feito com os membros superiores — a musculatura peitoral e dorsal —, a canoagem promove o equilíbrio corporal, e também reduz os inchaços nos braços, muito comum em mulheres que tiveram a doença. “Respeitada a individualidade e a limitação de cada uma, treinamos para competir e não fazemos feio. As remadoras da Canomama chegaram em primeiro lugar no I Festival Kaora Dragon Boat, no Brasil, em outubro do ano passado. O grupo agora espera conseguir apoio para participar do II Festival Dragon Boat, em 2018, em Florença, na Itália”, anima-se o professor.

A equipe treina no espaço cedido pela No’Ah, no Clube Adepol, no Setor de Clubes Esportivo Sul. “É uma responsabilidade social atender ao movimento Canomama. Muita gente chega aqui sedentária, obesa e deprimida, com dificuldades nas relações interpessoais. Com a prática da canoagem havaiana, elas ficam totalmente motivadas”, garantiu Marcelo Ottoni Nepomuceno, um dos sócios do espaço.

Além disso, são oferecidas aulas e passeios para que todas as atletas iniciantes possam conhecer melhor a modalidade. A líder do Canomama acrescenta que, quem tiver interesse em participar da equipe, basta receber alta médica e levar atestado. Para a prática da canoa havaiana, também é feita uma avaliação fisioterápica, nutricional e física.

Trabalho em grupo
Dragon Boat é uma atividade náutica milenar realizada em barcos de até 46 pés. É preciso ter de 22 tripulantes, sendo 20 remadores, um leme e um no tambor, dando o ritmo à remada.

História
Esporte milenar, a canoa havaiana está há mais de três mil anos em atividade e surgiu na região do triângulo polinésio. As canoas foram inicialmente usadas pelos povos polinésios pela necessidade de colonizar novas terras nas ilhas no Oceano Pacífico, entre a Austrália e os Estados Unidos, incluindo Havaí e Taiti (essa última, faz parte da Polinésia Francesa). A prática conquista cada vez mais adeptos no Distrito Federal e tem atualmente dez pontos no Lago Paranoá, nos quais diversas equipes treinam diariamente.

Canomama
Whattsapp: 99216-1806
Facebook: https://www.facebook.com/canomama/?fref=ts


Fonte: Correio Braziliense.

quarta-feira, 29 de março de 2017

Grupo de canoagem Canomamas




Canomama
Whattsapp: 99216-1806
Facebook: https://www.facebook.com/canomama/?fref=ts

5 verdades sobre a influência da alimentação no risco de câncer

Carne vermelha causa tumores? Soja previne ou provoca a doença? Café faz bem? Uma especialista explica essas e outras questões.

Por Ana Luísa Moraes

Aposte nos vegetais (Foto: Helena Peixoto/SAÚDE é Vital)


1 – Comer vegetais é fundamental
A ingestão desses alimentos, principalmente os crucíferos, como brócolis, rúcula, couve-flor e repolho, ajuda a levantar nossas defesas contra as células cancerosas. Os benefícios são vistos principalmente contra os tumores de boca, faringe, esôfago e estômago.
Um estudo recente parece ter jogado uma luz sobre a polêmica que envolve essa leguminosa. Segundo a análise, mulheres com a doença que abocanham o alimento com mais frequência têm um risco 21% menor de morrer em nove anos e meio — ao contrário do que se imaginava antes.
Os homens com nódulos malignos na próstata também se beneficiam. Investigações apontam que o grão diminui os níveis do antígeno prostático específico (PSA), uma substância que, em altas quantidades, está associado ao desenvolvimento desse tumor.
3 – Café é ok, mas cuidado com a temperatura
Foi só ano passado que a Organização Mundial de Saúde (OMS) tirou o cafezinho da lista de carcinogênicos. Depois de analisar cuidadosamente mais de 1 mil estudos, a agência concluiu que a bebida não estava ligada à doença. Mais: afirmou que ela até pode reduzir o risco de câncer no fígado e no endométrio.
Só fique atento à temperatura. Tomar líquidos muito quentes aumenta a probabilidade de tumores no esôfago — o recado vale para o chimarrão, por exemplo.
4 – Maneire no churrasco
Essa conexão precisa ser melhor investigada, mas o consumo de carne grelhada, assada ou defumada parece elevar a taxa de mortalidade depois do câncer de mama, além de aumentar a incidência de tumores colorretais, de pâncreas e de próstata.
O que causa tudo isso? Aparentemente, a liberação dos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos durante o preparo da carne. Essas moléculas, aliás, também acessam nosso organismo por meio da poluição e da fumaça de cigarro.
5 – Não existe dieta comprovada para prevenir o câncer
Estima-se que um terço dos casos desse mal em adultos está vinculado ao estilo de vida, que inclui o cardápio. Mesmo assim, é quase impossível se blindar por completo do aparecimento de tumores, já que a genética têm um papel em seu desenvolvimento. Apesar disso, evidências apontam que a Dieta Mediterrânea, rica em vegetais, frutas, grãos integrais, azeite e peixe, ajudar a afastar o câncer de mama.

The Diet That Helped Me Conquer Cancer - Jordan Rubin


Video Transcript: The Diet That Helped Me Conquer Câncer

Ty Bollinger: One of the most fascinating things about what you just said to me was about the importance of the fats. There’s a lot of fats in many things, but you mentioned the fats. There’s so many diets that we hear “stay away from all of the fats,” but it sounds like that was an integral piece of your food that you were eating during that 40 days that helped you to heal.

Jordan Rubin: Absolutely. I was easily consuming 12 raw eggs a day. I consumed what would be the equivalent of sticks of raw butter. And mind you, I’m an organic farmer, so I have access to the best of the best. I believe that fats not only nourish the body, but I believe some fats − fats from avocado, fats from eggs − act in a sacrificial way to remove fat soluble toxins like metals and other toxins we’ve been exposed to and that’s really critical.

Most people think of detox as green juice and I drank plenty of it. Drank coconut water—lots of raw cleansing juices. I had a tomato and cucumber drink with unheated honey and all kinds of amazing nutrients added, but fat is absolutely the key and it was for me and I’ve seen it work for others. Not to say that a juice cleanse or various fasts don’t work, but in my case, I feel very strongly about the consumption of raw fats if you’re going after this dreaded disease that is beatable called cancer.

Ty Bollinger: Yes, it’s interesting that you did it from the perspective that worked for you. That diet works for you. I think it’s important for people that are watching to know that you treat it on an individual basis. But I think that many of the takeaways that you can get from what you just said are: number one, you’ve got to believe. And number two, you’ve got to not have a victim mentality—to see that you are already a cancer conqueror. I love that term. Do you mind if we use that?

Jordan Rubin: Absolutely. Survivor means you’re barely hanging on. You’re thriving, you’re conquering. That’s what it takes. This is a big game here. This is the big game. Get ready for it. Gird yourself up. Don’t let anyone around you who is going to say, “Oh, but you have cancer, how long do you have to live?”

I did not allow anyone in my life to speak death over me. The doctors that spoke death, were no longer my doctors. Relatives who spoke death, temporarily, were no longer my relatives—if you know what I mean.

Ty Bollinger: Yeah.

Jordan Rubin: Get yourself an inner circle that supports you and believes in you and go after this thing with gusto. But the universal truths here are: believe, have faith, and get that bitterness out of your body. I don’t care if you use oxidative therapies, I don’t care if you are using hyperthermia, I don’t care if you’re going to use all of these different various frequency machines. There are all kinds of good things to do, but you’ve got to believe, you’ve got to have faith, you have to speak the truth. You can’t accept this diagnosis as your life.

This doctor with a stethoscope and a lab coat does not know your future. He is not God, she is not God. But there is a God and He has already conquered sickness and death and my results prove that in my life and I believe it can in so many others.

Ty Bollinger: Amen brother and you know what? Cancer Conqueror, this is the last episode and we’re going to call it “Cancer Conquerors” now. I love that. I’m giving you credit now.

Jordan Rubin: All right.

Ty Bollinger: I’m ready for that. Thank you so much for sharing brother. Great information.

The Diet that Helped me Conquer Cancer

Fonte: The truth about cancer.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Tudo Sobre Câncer · Câncer de Mama

O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres no mundo, e também no Brasil, não considerados os casos de câncer de pele não melanoma. Corresponde a cerca de 25% do total de novos casos a cada ano em nosso meio. A doença também acomete homens mais raramente, representando apenas 1% do total de casos da doença.
Infrequente antes dos 35 anos, crescendo progressivamente após esta faixa etária, especialmente após os 50 anos.

Apresentações do câncer de mama
  • Carcinoma in situ: câncer de mama em fase inicial, sem capacidade de desenvolver metástases.
  • Carcinoma invasor: mais frequente e com capacidade de desenvolver metástases.
Fatores de Risco

O câncer de mama é causado por alterações genéticas, diretamente relacionadas à biologia celular, que podem ser estimuladas por fatores ambientais tais como: tabagismo, uso de hormônios (TRH – terapia de reposição hormonal por tempo prolongado), obesidade, fumo e alcoolismo. Também é mais frequente nas mulheres que tem início da menstruação em idade muito jovem e menopausa tardia. O uso de anticoncepcionais orais tem sido associado ao aumento da incidência, porém os dados de literatura não são conclusivos. Em 5 a 10% dos casos o tumor decorre de mutações genéticas encontradas em grupos familiares, e é mais frequente em determinados grupos étnicos como, por exemplo, as mulheres brancas, caucasianas, particularmente as judias de origem europeia. Atenção deve ser dada às pacientes com antecedentes familiares importantes de câncer de mama, particularmente quando há casos na família de mulheres acometidas antes dos 35 anos de idade.

Prevenção

Não há como se prevenir o aparecimento do câncer de mama de forma absoluta. Neste sentido, o que se pode fazer é o diagnóstico precoce da doença. Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores as chances de sucesso no tratamento. O objetivo dos exames diagnósticos de rotina é encontrá-lo antes mesmo de causar sintomas. O tamanho do tumor e sua agressividade são fatores importantes para definir a conduta médica apropriada. A identificação precoce destes aspectos não somente indica o caminho adequado do tratamento, bem como influencia decisivamente na cura. É importante salientar que o câncer de mama pode sim ser curado. Para tanto é importante que as pacientes, estejam conscientizadas da necessidade na realização dos exames anuais de rotina.

Por outro lado, e como já dissemos acima, o meio ambiente pode atuar como adjuvante na manifestação genética que pode dar início ao crescimento de uma célula tumoral. Sendo assim, assumir hábitos de vida saudáveis é fundamental para que o organismo como um todo funcione melhor. Algumas medidas podem ser tomadas. Entre elas estão:
  • Controle do peso;
  • Prática de atividade física;
  • Evitar abuso de bebidas alcoólicas;
  • Evitar uso de TRH por tempo prolongado;
  • Evitar o fumo.

Sintomas

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulos, que em geral são indolores, frequentemente duros e irregulares, e menos frequentemente macios e arredondados. Por isso é importante consultar o médico e realizar os exames com regularidade.
Alguns sinais observados pelas pacientes podem ajudar a identificar o câncer de mama, mas que precisam ser avaliados pelo médico:
  • Nódulo na mama;
  • Inchaço em parte da mama semelhante à casca de laranja;
  • Irregularidades ou retrações na pele da mama;
  • Dor ou inversão do mamilo;
  • Vermelhidão e descamação do mamilo, ou na pele da mama;
  • Saída de secreção pelo mamilo, particularmente se for sanguinolenta ou translúcida;
  • Nódulo nas axilas.

Diagnóstico


O diagnóstico das lesões de mama é feito com base em alterações na mamografia e ultrassonografia, que são os exames mais utilizados no rastreamento, e que quando realizados em conjunto, diagnosticam perto de 95% dos casos. Microcalcificações agrupadas são alterações radiológicas somente evidenciadas à mamografia, e que em boa parte dos casos são o primeiro e mais precoce sinal de um tumor de mama, frequentemente na fase pré-nódulo. Por causa disto a mamografia é o principal exame a ser realizado, e o único que estatisticamente mostrou ganho de sobrevida. A ultrassonografia associada complementa o exame, sendo mais eficiente na visualização de nódulos, diferenciação entre áreas sólidas e císticas, particularmente nas mamas densas. Estes exames não podem ser negligenciados, e devem ser realizados na periodicidade determinada pelo médico.

A idade ideal para se fazer a primeira mamografia é aos 40 anos, e a partir daí com periodicidade anual. Em casos específicos, este exame pode ser antecipado, ou ter sua periodicidade diminuída, sempre sob supervisão médica.

A ressonância nuclear magnética é mais utilizada para o estadiamento, que é a avaliação de áreas eventualmente não identificadas na mamografia/ ultrassonografia, naquelas pacientes com diagnóstico já definido de câncer de mama. Pode, no entanto, ser utilizada no rastreamento, em situações especiais a critério do médico, e em pacientes com mamas extremamente densas e hereditariedade importante.



São estes exames que indicam a necessidade de uma biópsia, que é a retirada de fragmentos do tumor para estudo histopatológico, e que revela o diagnóstico definitivo do tipo, aspectos de sua biologia, agressividade, e em conjunto com outros dados, indicação de condutas terapêuticas.

Fonte: Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

terça-feira, 14 de março de 2017

Google consegue diagnosticar câncer de mama usando inteligência artificial

Projeto da companhia usou deep learning para ensinar computadores a reconhecerem padrões de células cancerígenas em um grande volume de dados.


 O Google anunciou recentemente que conseguiu diagnosticar um câncer de mama usando inteligência artificial.

A mesma tecnologia que a companhia tem usado para identificar e categorizar imagens de gatos, por exemplo, foi usada para analisar milhares de imagens de células cancerígenas fornecidas por uma universidade holandesa. Usando deep learning, o Google ensinou computadores a reconhecerem padrões em um grande volume de dados.

Segundo a gigante de Mountain View, o sistema de IA conseguiu obter 89% de taxa de acerto, superior a taxa obtida pelos médicos, no caso 73%. O Google se adiantou ao dizer que a tecnologia não tem como objetivo substituir médicos e equipes, mas sim acelerar o processo de diagnóstico e, consequentemente, antecipar tratamentos - algo crucial para a recuperação de pacientes.

Um computador poderia trabalhar junto com médicos para criar melhores resultados uma vez que o sistema de inteligência artificial conseguiria preencher algumas lacunas onde humanos possam deixar despercebido. No entanto, ao mesmo tempo, o sistema pode identificar falsos positivos, e aqui um médico pode diferenciar um câncer de outra patologia.

Por enquanto, o projeto ainda está em fase de pesquisa e não tem uma data prevista para ser comercializado como o Watson IBM, sistema de computação cognitiva que já conseguiu identificar um caso raro de câncer e está sendo adotado em alguns centros de pesquisa e hospitais mundo afora.

Em agosto do ano passado, médicos Universidade de Tóquio reportaram que o sistema de inteligência artificial da IBM diagnosticou um tipo raro de leucemia em uma mulher de 60 anos, que foi diagnosticada incorretamente meses antes. E o Watson levou apenas 10 minutos para isso.
A tecnologia conseguiu o feito ao comparar as mudanças genéticas da paciente com uma base de dados de 20 milhões de artigos científicos sobre câncer. Ao oferecer um diagnóstico preciso, médicos agora conseguirão dar um tratamento apropriado e mais assertivo a paciente, aumentando as chances de sua recuperação. Segundo a mesma universidade, Watson também diagnosticou outra forma rara de leucemia em outro paciente.
Fonte: IDGNOW.

Mulher lista 50 desejos após descobrir câncer de mama graças a post na web

Roberta é fisioterapeuta em Santos (SP) e descobriu câncer aos 27 anos. Post de amiga que havia descoberto a doença fez ela procurar um médico. (Orion Pires do G1 Santos).

 Mesmo no hospital, Roberta não deixou de sorrir (Foto: Arquivo Pessoal)

 Uma postagem por meio de uma rede social ajudou a fisioterapeuta Roberta Baraçal Perez, de 27 anos, a descobrir que estava com câncer de mama. Um texto de uma amiga, que falava do próprio diagnóstico sobre a doença, fez Roberta procurar um médico e, por coincidência, descobrir que também estava com câncer. A princípio, com medo do que viria pela frente, ela resolveu fazer uma lista com 50 sonhos que gostaria de realizar. Boa parte dos desejos já foram concretizados e, agora, ao saber que está curada, ela não vê a hora de continuar realizando cada uma das metas propostas durante a doença.

"O câncer de mama não é uma sentença de morte. Quando você conta que está com a doença, a maioria das pessoas pensa que você é um fantasma ou já está morta e não é assim. O mais importante é você lembrar que está viva. Claro que no início foi difícil me acostumar com a ideia de ter câncer aos 27 anos, mas isso não é uma sentença de morte. Como tudo na vida, há riscos. A doença me fez lembrar, por exemplo, que eu morava em Santos, no litoral de São Paulo, e não tomava água de coco”, afirmou a fisioterapeuta em entrevista ao G1.

Roberta ao lado do marido antes e depois do tratamento (Foto: Arquivo Pessoal)

Durante as sessões de quimioterapia, Roberta resolveu colocar em um caderno uma lista com cerca de 50 desejos. Alguns já estão concluídos, mas a "lista", na verdade, é uma maneira que ela encontrou para não deixar de valorizar o que parece simples e fácil. "Antes do câncer eu tinha uma rotina de muito trabalho e deixava de fazer pequenas coisas", conta.

Os desejos de Roberta envolvem viagens, observar a aurora boreal, mergulhar e até conhecer o apresentador Jô Soares, objetivo realizado durante o ano passado. Ela afirma que, apesar de tudo que foi colocado no papel, não há uma ordem para que cada ponto seja cumprido. "Posso dizer que estou mais feliz agora do que antes. Estou me dando tempo de realizar a lista. Estou vivendo", reforça.

Ao lado do apresentador Jô Soares, de quem é fã (Foto: Arquivo Pessoal)

A descoberta
A fisioterapeuta faz questão de destacar que, além da força de vontade e da ajuda do marido no dia a dia, a postagem de uma colega da época de escola no Facebook foi o ponto chave para que ela descobrisse a doença.

"Uma menina que estudou comigo teve câncer de mama aos 26 anos. Foi em 2015. Eu fiquei chocada na época. Ela fez uma post público falando e eu contei para a minha irmã. Assustada, eu resolvi marcar médicos e fazer exames. Foi quando, no 'meio de 2016', senti um nódulo na mama esquerda", lembra a jovem, que afirma ter ficado assustada só de pensar na possibilidade de ter câncer.

Marido deu apoio durante tratamento (Foto: Arquivo Pessoal)


Pouco tempo depois dos primeiros sintomas, veio o resultado do exame confirmando o diagnóstico de câncer de mama. "Foi no dia 7 de julho de 2016, um mês depois de eu completar um ano de casada. No dia que descobri, fui procurar essa menina, porque possivelmente ela salvou a minha vida. Ficamos mais próximas, trocamos figurinhas, mas eu ainda não tinha externado para ninguém porque não sabia como fazer. Aos poucos tomei coragem e comecei a contar a minha história nas redes sociais", lembra.

 Roberta manteve os exercícios e garante que fizeram bem à saúde (Foto: Arquivo Pessoal)


Força compartilhada
A ideia de Roberta era manter o ciclo informativo que a alertou sobre a doença e continuar passando a mensagem de que é possível conviver com o câncer. Com postagens quase que diárias no Instagram, no endereço @vai.por.mim_, ela mostra o "outro lado" do tratamento e conta que, apesar de gostar do próprio cabelo, se sentiu bem careca.

"Eu descobri que poderia estar doente por causa da internet. Tinha que continuar esse ciclo e ajudar de graça. Nunca ia imaginar que saltaria dos 300 seguidores para mais de 4 mil. As pessoas mandam mensagens perguntando o que fazer e como fazer. Até marido de mulher diagnosticada me procurou. Nessa hora, é muito importante a presença do companheiro. Eu poderia ter descoberto aos 50 anos que tinha um parceiro fantástico, mas tudo isso foi antes, porque ele nunca ficou inseguro ou se lamentou na minha frente", disse.

Roberta usa lenço e diz que continua se sentindo atraente (Foto: Arquivo Pessoa)

 "Apesar da mudança na aparência, ficar sem cabelo ou sem os seios, que são pontos que dizem muito para a mulher sobre feminilidade, eu não tive medo de ser menos mulher, de ficar menos atraente ou não ser reconhecida. Você aprende a lidar com as transformações físicas do corpo. Eu sei meus limites, mas continuo fazendo minhas caminhadas, me exercitando e me alimentando mesmo durante a químioterapia, que já terminei", diz.

Próximo desejo
Praticamente sete meses após ser diagnosticada com câncer de mama, Roberta está curada. Ela comemorou não precisar fazer radioterapia, mas optou por retirar as duas mamas e fazer a reconstrução, além de colocar silicone. A jovem sabe que a rotina nos próximos anos será de alerta e muitos exames para que a doença não volte. Mais importante que isso, é não parar de sonhar e realizar cada desejo da lista que ela mesma criou.

"Serei uma paciente oncológica pelo menos pelos próximos cinco anos. Tenho que continuar me adaptando. Antes do câncer eu trabalhava em uma UTI pediátrica e tinha sonhos. Meus planos mudaram e a prioridade dos desejos também. Quero conhecer as sete maravilhas do mundo. O próximo da lista é conhecer o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e agradecer a cura", finaliza.

Última sessão de químioterapia foi comemorada (Foto: Arquivo Pessoal)
 Fonte: G1 Saúde.



Mulher com câncer de mama vira blogueira para estimular luta pela vida

Dayane Benevides mora em Petrópolis, RJ, e é servidora pública. Na internet ela encoraja outras mulheres a enfrentarem a doença.

 Dayane virou blogueira e youtuber após descobrir câncer na mama (Foto: Reprodução/Facebook)

A descoberta de um câncer de mama mudou completamente a rotina da servidora pública Dayane Sant´Anna Benevides, de 33 anos, que mora em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Diagnosticada com a doença em janeiro de 2016, ela resolveu lidar com o problema de uma maneira diferente: virando blogueira e youtuber para estimular a luta pela vida por meio das redes sociais.

Dayane Sant´Anna Benevides criou o blog 'Viver eu quero' para ajudar outras mulheres com câncer (Foto: Reprodução/Blog Viver eu quero)

Com o perfil “Viver eu quero”, Dayane conta detalhes sobre tratamentos, tira dúvidas com médicos e publica vídeos para ajudar o dia a dia de quem enfrenta a doença. Em algumas publicações, ensina a amarrar lenços, em outras, mostra as conquistas no tratamento. Em um ano, o blog já registrou 50 mil visualizações. Nas redes sociais são mais de 22 mil seguidores.

Blog tira dúvidas sobre o câncer com relatos pessoais e de especialistas (Foto: Reprodução/Blog Viver eu quero)

A blogueira também divulga casos de famosos que enfrentaram a luta contra o câncer, como o ator Hugh Jackman, que interpreta o personagem Wolverine. Ele chegou a fazer um post em uma rede social contando sobre a quinta vez que enfrenta um câncer de pele. 

Dayane também destaca no blog o trabalho da ativista Erin Brockovich que investiga o número incomum de crianças desenvolvendo câncer em uma comunidade da Georgia, nos Estados Unidos. A história virou um filme estrelado pela atriz Julia Roberts.

Em 2016, ela ainda promoveu a campanha ‘Lenços da Alegria’, com o objetivo de disseminar o fluxo  de afetividade e otimismo por meio da doação de lenços e cartas de carinho a pacientes em tratamento quimioterápico. Ao todo, foram 1.500 mulheres beneficiadas em diversas regiões do Brasil

Surpreendida com o alcance que conquistou, Dayane contou que produzir o conteúdo para os canais virou uma terapia enquanto estava fazendo o tratamento contra a doença. Ela passou por uma cirurgia para a retirada do quadrante do seio, 16 sessões de quimioterapia e 30 sessões de radioterapia.

“Pode parecer clichê, mas fazer o bem ao próximo nos  faz um bem enorme”, comentou.

Casada e com um filho de 3 anos, ela encerrou o tratamento mas ainda precisa fazer o exame genético para saber se vai precisar retirar as mamas. Enquanto isso, adiantou que vai continuar produzindo conteúdo para suas redes na internet, promovendo campanhas e eventos.


“Tem muita vida aqui! Acredito que agora tenha mais do que antes”, afirmou.


Casada e com um filho de três anos, Dayane esbanja a alegria de viver (Foto: Reprodução/Facebook)

 Fonte: G1 Saúde.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Câncer de mama , a caminho da vitória

Diagnósticos mais precisos e novos tratamentos aumentam, cada vez mais, a expectativa de vida de mulheres - e homens - com câncer de mama. Maria Fernanda Vomero / Alessandra Kalko


A mão da mulher desliza sobre o seio, durante o banho. Ela percebe um pequeno caroço na altura da axila. O nódulo parece ter o tamanho de um grão de feijão. “Será câncer?” A hipótese a deixa tão assustada que ela evita tocar na mama novamente. Pensa na família, na turma do escritório, nos projetos para o futuro. Lembra-se dos momentos de tristeza pelos quais já passou. “Vou morrer? Terei de tirar meu seio? Por que isso está acontecendo comigo?”, angustia-se. Marca uma consulta com um mastologista, o médico especialista em doenças de mama, mas se vê tentada a esconder o caroço de si mesma e dos demais. “É tão pequeno”, consola-se. “Talvez seja apenas um cisto.”

Não se trata de uma cena incomum. Anualmente, cerca de um milhão de mulheres em todo o mundo descobre que está com câncer de mama, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, a cada ano são diagnosticados, em média, 31 500 novos casos da doença, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Parte deles, felizmente, ainda em estágio inicial. Como o caso da atriz Patrícia Pillar, que viveu, no final do ano passado, uma situação parecida àquela descrita no parágrafo anterior. Patrícia descobriu um tumor de 1,5 centímetro. Teve de passar por uma cirurgia, retirando cerca de um quarto do seio esquerdo, além de se submeter a sessões de quimioterapia para evitar que células malignas se espalhassem pelo corpo.

Um dos principais responsáveis pela mortalidade feminina, em especial no meio urbano, o câncer de mama hoje é visto como um inimigo que pode ser vencido, graças ao aprimoramento dos diagnósticos e aos tratamentos menos agressivos. “Durante décadas, o tempo de vida de uma mulher com câncer de mama não passava de dez anos. Atualmente, mesmo que tenha ocorrido metástase, as pacientes vivem mais e melhor”, diz a mastologista Maria Elisabeth de Mesquita, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Câncer de mama não é mais sinônimo de sentença de morte.” Os hábitos preventivos, como o auto-exame dos seios, aos poucos se difundem entre as mulheres e ajudam na detecção precoce do câncer. “Quanto mais cedo o tumor for encontrado, maiores as possibilidades de um tratamento eficaz”, diz o mastologista Mário Mourão Netto, do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo.

O mal

As causas para o aparecimento do câncer no seio ainda não são totalmente conhecidas. Sabe-se que a combinação de mutações genéticas, estilo de vida e influência ambiental pode levar, sem uma razão específica, a mudanças no funcionamento dos genes das células mamárias. Com isso, a dinâmica dessas células é alterada e elas passam a se multiplicar de maneira descontrolada. “Em média, são necessárias quatro ou cinco mutações em nossos genes para transformar uma célula mamária benigna e normal em câncer”, diz a oncologista Julie Gralow, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

Você pode passar a vida inteira com uma mutação genética sem, necessariamente, desenvolver um tumor. O problema é quando ela ocorre em duas categorias específicas de genes: nos oncogenes, que são causadores de câncer, ou nos genes supressores de tumor, responsáveis por prevenir qualquer alteração no DNA e conter o crescimento celular descontrolado. (Em abril deste ano, cientistas identificaram um novo gene supressor relacionado ao câncer de mama, o CHEK2, cujas mutações causam 1% dos casos.) O organismo se mantém sadio se os genes supressores de tumor vencem a batalha contra os oncogenes. O câncer é, justamente, a inversão dos resultados dessa guerra.

“Quando os oncogenes são ativados de maneira inapropriada ou quando os genes supressores são incorretamente desligados, a célula maligna começa a crescer, a se multiplicar e a se espalhar”, afirma Julie. Aparece, então, um tumor. Os especialistas se perguntam que fatores poderiam disparar essa alteração de comando. Eles já sabem que algumas características favorecem o aparecimento de um tumor no seio. “Existem estudos que indicam que o câncer de mama apresenta forte dependência hormonal e que o estrógeno, o hormônio sexual feminino, em grandes quantidades poderia ser tóxico para os genes”, diz a mastologista Carmen Molina Wolgien, pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo.

Por isso, fazem parte do grupo de risco mulheres que estão sob uma exposição mais longa à ação do estrógeno: aquelas que tiveram sua primeira menstruação muito cedo e entram tardiamente na menopausa, as que engravidaram pela primeira vez depois dos 30 anos ou, ainda, as que chegam à meia-idade sem filhos. “O amadurecimento total das células mamárias só ocorre com as mudanças orgânicas trazidas pela gravidez e pela amamentação”, diz Elisabeth de Mesquita.

O estilo de vida também desempenha um papel importante. Alimentação com base em comidas gordurosas e carnes vermelhas e sedentarismo também propiciam o aparecimento do câncer. Mas as células malignas não escolhem este ou aquele organismo para aparecer e se alastrar. “Mesmo mulheres com risco zero podem desenvolver câncer de mama”, diz Elisabeth. Uma das explicações para isso seria a herança familiar: genes modificados que passam de pais para filhos.

Entre 5% e 10% dos casos são hereditários. Aqui cabe uma ressalva: apesar de ser considerado uma doença tipicamente feminina, o câncer de mama atinge cerca de 1% de todos os homens do planeta. Outros tantos, mesmo sem apresentar a doença, são portadores de mutações nos genes que levam ao câncer e podem passá-los aos filhos e filhas. No início da década de 1990, os cientistas identificaram dois desses genes: o BRCA 1 e o BRCA 2 (a sigla vem de breast cancer, que quer dizer “câncer de mama”, em inglês). Ambos atuam como supressores de tumor, consertando alterações no DNA. “São dois dos maiores genes do genoma humano e as proteínas que fabricam interagem com vários outros produtos da célula”, diz o geneticista Carlos Moreira Filho, da Universidade de São Paulo.

Com a ajuda de técnicas de biologia molecular, Carlos estuda as alterações no BRCA1 e no BRCA 2 – no total, são mais de 1 000 mutações possíveis em cada um deles. Ele e sua equipe, em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, realizam exames para confirmar a predisposição ao câncer de mama em homens e mulheres que vêm de famílias com histórico da doença e buscam aconselhamento genético.

Todo ser humano traz, nas células somáticas, duas cópias de cada um dos genes BRCA. Se você já nasce com uma cópia modificada, qualquer mutação ao acaso na cópia sadia poderá levar ao câncer. “Se a mulher nasce com uma cópia alterada de um desses genes, tem 82% de chances de desenvolver a doença até os 70 anos”, diz Carlos. “Mas isso pode acontecer bem antes, porque uma das características do câncer de mama hereditário é a precocidade.”

Em geral, os tumores malignos aparecem a partir dos 50 anos de idade, embora a incidência em mulheres mais jovens esteja aumentando. E podem ser de vários tipos. Os carcinomas se originam das células do tecido epitelial, que reveste os lóbulos (as glândulas encarregadas da produção de leite) e os ductos mamários (canais que ligam os lóbulos aos mamilos). São responsáveis por 99% dos casos. E existem os sarcomas, formados a partir das células dos tecidos fibroso e muscular. “Os sarcomas são mais raros, porém mais agressivos, porque aparecem numa área vascularizada, o que facilita a metástase”, diz o mastologista Pedro Aurélio Ormonde, do Inca, no Rio de Janeiro (veja o infográfico na página ao lado).

A cura

Existe um consenso entre os especialistas de que a mulher não morre de câncer de mama, mas com câncer de mama. A causa da morte é a metástase, que leva a doença aos órgãos vitais, como o fígado, o pulmão, a coluna e o cérebro. Como os seios são uma região muito vascularizada, as células malignas podem seguir pelos vasos sangüíneos ou linfáticos para outras partes do corpo. Se o tumor for identificado precocemente, as chances de essas células malignas se espalharem diminui. E pode-se falar até em cura, quando o tratamento consegue afastar de vez o risco de recidiva (a volta da doença) ou de metástase. Com a precisão cada vez maior das técnicas de diagnóstico e procedimentos mais efetivos e menos mutilantes, já é possível, sim, vencer o câncer no seio.

“Uma célula maligna leva de sete a dez anos para se tornar um carcinoma com 1 centímetro de diâmetro”, diz o mastologista Mário Mourão Netto. Esse é o tamanho mínimo do tumor que o auto-exame das mamas ou o exame clínico, realizado pelo médico, consegue detectar. Para encontrar tumores menores, que ainda não são palpáveis e, assim, evitar o perigo de metástase (mesmo em pequena escala), os especialistas optam pela mamografia, que consegue identificar nódulos malignos do tamanho de uma ervilha, com 5 milímetros. Trata-se de um exame recomendado para mulheres com mais idade, cujas mamas já apresentam um volume considerável de gordura, o que facilita a visualização do tumor. Para as mais jovens, que ainda não chegaram aos 40 anos, os médicos indicam a ultra-sonografia.

Estudos recentes realizados nos Estados Unidos demonstraram que a mamografia apresenta uma margem de até 15% de erro e pode acusar um falso resultado positivo para alterações mamárias benignas, como os cistos. “Mesmo assim, continua sendo o melhor exame para rastrear o câncer de mama em seus estágios iniciais”, diz Carmen Wolgien. Com a tecnologia de alta resolução, fica ainda mais fácil reconhecer tumores minúsculos. A OMS divulgou, no início de 2002, um comunicado atestando que a mamografia realmente pode ter prevenido 35% dos casos de morte por câncer de mama em mulheres com idades entre 50 e 69 anos

Outro avanço nos campos do diagnóstico e do tratamento vem com a pesquisa do chamado “linfonodo sentinela”. Até meados da década passada, nas cirurgias, além da retirada do tumor maligno, os médicos faziam o “esvaziamento da axila”, ou seja, tiravam também todos os gânglios linfáticos (ou linfonodos) da região da axila. “As complicações e a baixa na qualidade de vida da paciente com tumor de mama não vinham da mastectomia em si, mas da retirada de todos os linfonodos e, com eles, de toda a defesa do braço para o resto da vida”, diz Pedro Aurélio. “Era comum, depois de analisar o material, o patologista dizer que os nódulos linfáticos não estavam afetados.”

A nova técnica para evitar uma mutilação desnecessária é simples. O oncologista injeta um corante no tumor, antes da cirurgia, e a substância migra para o primeiro linfonodo da axila. Esse linfonodo é retirado. Se estiver livre de comprometimento, não há necessidade de esvaziar a axila. “Hoje a extensão anatômica de uma mastectomia é menor”, diz Mourão Netto. “A cirurgia foi aprimorada e os médicos procuram conservar estruturas móveis da axila, como os nervos sensitivos e motores.”

A tendência é justamente oferecer às pacientes tratamentos menos agressivos, tanto do ponto de vista físico quanto emocional. A reconstrução da mama, que, em determinados casos, pode ser feita imediatamente depois da mastectomia, tem apresentado resultados excelentes. Estão em estudo, também, novas drogas, com efeitos colaterais mais suaves. O objetivo, a curto prazo, é cuidar de cada mulher de acordo com as características do seu tumor. Para isso, os cientistas buscam saber mais sobre as alterações genéticas que transformam uma célula normal em uma maligna.

Uma das pesquisas que ganha força atualmente em laboratórios da Europa, dos Estados Unidos e também do Brasil é o teste que revela o perfil molecular dos tumores de mama, isto é, que indica quais genes estão em atividade e quais aqueles que, por uma razão ou por outra, encontram-se “desligados”. Os cientistas usam a técnica dos microarrays, que são lâminas de vidro com o DNA de milhares de genes vindos de tecidos normais e cancerosos. São genes de pacientes que têm um pequeno tumor, mas que ainda não apresentaram metástase. As seqüências de DNA são marcadas por fluorescência, com cores diferentes para células normais e malignas, o que ajuda a identificar os genes ativos e inativos.

Os resultados são comparados com o auxílio de métodos estatísticos. A partir daí, é possível determinar o padrão de cada tumor, saber se está relacionado a determinada manifestação do câncer e se responde aos tratamentos conhecidos. Pesquisadores dos Estados Unidos e da Holanda divulgaram, no início do ano, a conclusão preliminar de um estudo que identificou 70 genes relacionados aos tumores de mama e ao processo de evolução das células malignas. “Assim, será possível dizer à mulher se haverá metástase, se o tumor vai crescer e qual a melhor droga a ser administrada, por exemplo”, diz Sérgio Verjovski-Almeida, da USP, que coordena um dos centros de seqüenciamento de DNA ligados ao Projeto Genoma do Câncer Humano e também trabalha com microarrays.

A prevenção

As novidades no diagnóstico e na terapêutica não excluem a prevenção – que se estende a todas as mulheres, mesmo aquelas que não estão no grupo de risco, e aos homens também. A ciência faz a parte que lhe cabe. Estão em pesquisa, por exemplo, drogas que simulam organicamente uma gestação, sem que a mulher precise engravidar de fato. Dessa maneira, o corpo equilibra os níveis de estrógeno e as células mamárias amadurecem por completo.

Para mulheres de alto risco, que têm parentes de primeiro grau com câncer no seio mas ainda não apresentam tumor, já existe o tratamento com o tamoxifeno, droga que imita os hormônios naturais, reduz em 52% a incidência de câncer no seio e também evita recidivas. Outra opção, mais radical e menos difundida no Brasil, é a mastectomia total para aquelas mulheres cujos exames genéticos indicam uma probabilidade muito alta de ocorrência de câncer. Com a retirada cirúrgica das mamas, há 99% de segurança de manter a doença bem longe. O problema aqui são as seqüelas psicológicas dessa medida e o seu impacto na qualidade de vida da paciente.

No dia-a-dia, vale a pena incluir alguns hábitos preventivos, além do auto-exame das mamas, recomendado para mulheres a partir dos 20 anos. “Existe uma boa evidência de que exercícios físicos e a manutenção do peso reduzem o risco de câncer de mama e que a ingestão excessiva de álcool aumenta as chances de ter a doença”, afirma Julie Gralow. A alimentação também merece atenção especial. Já foi comprovado que uma dieta rica em fibras e com pouca gordura pode reduzir as taxas hormonais em até 20%.

Além dos cuidados físicos, a mulher também deve prestar atenção nas próprias emoções. Está cada vez mais evidente que o câncer de mama tem um componente psicológico bastante forte, presente tanto na facilitação do aparecimento do tumor quanto na resposta ao tratamento. “As emoções têm ligação direta com o sistema imunológico”, diz a psicóloga Marisa Campio Müller, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em Porto Alegre. “Estudos mostram que a persistência de sentimentos negativos, como depressão, angústia e melancolia, podem baixar as defesas naturais do corpo, propiciando que células malignas já existentes se desenvolvam.”


Isso vale para o processo terapêutico também. “Se você não reage ao câncer, se não acredita na própria melhora, o seu organismo também não reagirá. O paciente é a peça fundamental no processo de cura”, diz Marisa, que trabalha com psico-oncologia, um ramo da Psicologia que busca humanizar o tratamento do câncer. “O amor por si mesma é a melhor prevenção. A mulher precisa conhecer o próprio corpo, valorizar as próprias emoções e buscar qualidade de vida”, afirma a mastologista Carmen Wolgien. A receita pode não ser infalível nem reverter as mutações dos genes. Mas, certamente, vai fazer você viver mais e melhor.

Fonte: Super Interessante.

Potential treatment for metaplastic breast cancer?

Metaplastic breast cancer is a rare type of breast cancer accounting for less than 1 percent of breast cancers. It’s invasive cancer, which means it has the potential to spread to surrounding breast tissue and to other parts of the body.

In this type of breast cancer, the cancer cells transform from one cancer cell type into another. Metaplastic breast cancers usually are divided into two main groups — purely epithelial and mixed epithelial.

In a study published in the Journal of the National Cancer Institute, a multi-institutional team led by Dr. Jenny C. Chang, Director of the Houston Methodist Cancer Center, identified a gene driving the formation of metaplastic breast cancer. The researchers now have advanced a potential treatment for metaplastic breast cancer — the most aggressive subtype of triple-negative breast cancer.

“The results showed elimination of the cancer in nearly all of the mice when combined with standard chemotherapy,” said Chang, also a professor of medicine at Weill Cornell Medicine. “Our goal is to turn metaplastic breast cancer from a debilitating disease into a chronic illness.”

Triple negative is the name given to breast cancer that is:
  • oestrogen receptor negative (ER-);
  • progesterone receptor negative (PR-);
  • HER2 negative.
The symptoms of metaplastic breast cancer are similar to those of invasive ductal breast cancer. These can include a change in the size of the breast, a lump or thickening of the skin, breast pain, changes in the nipple and puckering or dimpling of the skin.

The research team found the same gene mutated in 39 of the 40 tumor samples from metaplastic breast patients. The mutation was in the gene RPL39, which like HER2 (a gene overexpressed in 1 out of 5 breast cancers), is considered an oncogene. This means that cells carrying the erroneous form of this gene divide uncontrollably and result in rapid tumor growth. Identifying RPL39 was the first step in determining how to treat this cancer.

RPL39 regulates the expression of an enzyme called inducible nitric oxide synthase (iNOS). The Houston Methodist researchers found that patients with high expression of RPL39 and iNOS had lower overall survival. Intuitively, the team investigated effects of an iNOS inhibitor in the treatment of metaplastic breast cancer and found the L-NMMA compound shrunk tumors in mice bearing human metaplastic breast tumors.

“We not only uncovered the biological pathway stimulating cancer growth, but we found a compound that blocked it, increasing the survival of mice carrying human metaplastic breast tumors,” Chang said.

Fonte: Cancer Tutor.