terça-feira, 18 de junho de 2013

PESQUISADORES TESTAM NOVO TRATAMENTO CONTRA CÂNCER DE MAMA ?TRIPLO-NEGATIVO?

Pesquisadores israelenses do Instituto Weizmann de Ciência desenvolveram uma terapia para o chamado câncer de mama “triplo-negativo”. Trata-se de uma doença muito agressiva e de difícil tratamento. Ela tem um forte componente genético, atingindo principalmente mulheres jovens, negras ou hispânicas e judeus ashkenazi (de origem europeia).

Este tumor é chamado câncer de mama triplo-negativo porque carece de três receptores importantes que afetam as células do câncer de mama: o receptor de estrógeno (RE); o receptor de progesterona (RP) e o receptor HER2. Por isso, o triplo-negativo não responde aos tratamentos que são eficazes contra outros tipos de câncer de mama, como o Herceptin. 

O tumor poderia ser atacado com medicamentos capazes de bloquear outro receptor que está presente nas células triplo-negativas, chamado EGFR (Epidermal Growth Factor Receptor). Os anticorpos que bloqueiam o EGFR conseguem evitar o crescimento de outros tipos de tumores. Mas, até agora, essa terapia não tinha sido eficaz; os pesquisadores então propuseram utilizar simultaneamente dois anticorpos que bloqueiam o EGFR. 

O grupo liderado pelos professores Yosef Yarden e Michael Sela demonstrou, em testes com camundongos, que o uso combinado de dois anticorpos contra o EGFR evita o crescimento e a disseminação de tumores triplo-negativo. Esse método se assemelha ao funcionamento natural do sistema imunológico, que também bloqueia células essenciais mediante anticorpos múltiplos.

Fonte: Suadieta.


Remédio para osteoporose evita crescimento do câncer de mama

Segundo pesquisadores americanos, a droga bazedoxifene, já aprovada na Europa para tratar osteoporose, impede que os tumores da mama sejam 'alimentados' pelo hormônio estrógeno.

Pesquisadores americanos descobriram que um remédio já aprovado na Europa e usado no tratamento contra a osteoporose é capaz de impedir o crescimento dos tumores na mama. Segundo esses especialistas, o bazedoxifene é benéfico mesmo nos casos em que o câncer se tornou resistente às terapias específicas para a doença. A descoberta faz parte de um estudo apresentado durante o encontro anual da Sociedade Endócrina, que acontece até esta terça-feira em San Franciso, Estados Unidos.
Sabe-se que o crescimento dos tumores da mama depende do estrógeno, que serve como um ‘alimento’ às células cancerígenas. Para que alimente os tumores, o hormônio precisa se ligar a receptores de estrógeno localizados no núcleo dessas células. Tratamentos comuns contra o câncer de mama incluem drogas que bloqueiam a ação do estrógeno e evitam que as células cancerígenas cresçam. O tamoxifeno é um exemplo desses medicamentos – tais remédios se ligam aos receptores de estrógeno nas células cancerígenas, ocupando o lugar que seria do hormônio e impedindo que o estrógeno alimente o tumor.
Dupla ação — A nova pesquisa, feita no Instituto de Câncer Duke, estudou a ação do bazedoxifene em cultura de células animais e descobriu que esse medicamento tem ação semelhante ao tamoxifeno. Porém, a droga possui outra propriedade: a capacidade de destruir o receptor de estrógeno presente nas células cancerígenas da mama. “Pelo fato de a droga remover o receptor, ela diminui a propensão do câncer se tornar resistente ao remédio, já que o alvo é destruído”, diz Suzanne Wardell, uma das autoras da pesquisa.
Segundo o estudo, esse efeito foi observado inclusive em células cancerígenas da mama que haviam desenvolvido resistência a tratamentos comuns contra a doença, como o tamoxifeno. Atualmente, pacientes com a doença que desenvolvem resistência a esses medicamentos costumam receber tratamento quimioterápico.
Mudança de paradigma — Segundo Donald McDonell, presidente do Departamento de Farmacologia e Biologia do Câncer de Duke, muitos especialistas acreditam que, uma vez que o paciente desenvolve resistência ao tamoxifeno, ele se torna resistente a todas as outras drogas que têm como alvo o receptor de estrogênio. “Nós mostramos que o receptor de estrogênio é um bom alvo para medicamentos contra o câncer de mama mesmo com o desenvolvimento da resistência ao tamoxifeno”, diz.
Fonte: Veja.