sexta-feira, 23 de maio de 2014

SUPERAÇÂO

Há 05  anos e 20  dias,  tive o  diagnóstico de CA positivo.

Nada foi  fácil, porém, inspirada por Deus, tirei o  problema e coloquei  no  mesmo  instante do  problema a solução momentânea: mastectomia....  mal  sabia direito  o  que poderia ser na verdade, apesar dos estudos e pesquisas que fiz nos 10 dias de espera dos resultados da biópsia.

Uma coisa apenas era certa: a doença não era minha,  o  erro  médico  não foi  meu, a coragem  sim,  essa eu  teria que enfrentar de peito aberto....  Mas como  de peito aberto  se estava pronta para uma mastectomia? 

Tudo  em minha volta virou  um  só  pensamento: Ela não me pertence,  não  é minha, a doença ficará no  centro  cirúrgico e eu farei  uma reconstrução imediata!
Assim  ocorreu a mastectomia mais reconstrução imediata.

Hoje,  vendo  o  que ocorreu  fica mais fácil  de entender,  e digo,  fui  tomada de ums certa dose anestésica de sabedoria...  vi  apenas o  lógico. A cirurgia foi  bem,  e voltei  para casa. Nunca vi  e nem quando  voltei,  me sentia operada de CA,  e sil  apenas cirurgia...

As quimios começaram. Na sala,  a dra. Carla me explicou  que complicações durante  a quimio  acontece,  que as vezes o paciente não passa bem,  enjoos,  e tudo  mais que sabemos a respeito das aplicações. 

Naquele momento,  tomada de uma coragem infinita dei apenas uma resposta: Deus não faria isso comigo,  apenas trabalhei  por 30  anos... E assim  aconteceu...  nenhuma reação durante as aplicações e na terceira ela ficou  espantada, pois meu cabelo  não havia caído. Me garantiu  que a partir daquela, cairia tudo....  Não esperei...De volta para casa,  comprei lenços indianos (22) e cada dia estava de um  jeito...  

E assim  venci  o  período das aplicações,  que mudaram  de 21 a 21 para toda semana no  laboratório  de pesquisa ALLTO. Se me perguntarem  o  que fazia durante o  dia...  ARTESANATO,  ABRI  O  BLOG, ENTREI  NO  ONCOGUIA, tirei muitas fotos para registro, conversei  com  muitas mulheres que tinham medo,  acompanhei colegas ao  médico, tive apenas uma coisa para vencer: amor a minha pessoa,  para que pudesse amar com  ternura meus filhos.

Assim  completou  cinco  anos.... me aposentei  e hoje faço  meus artesanatos,  auxilio  onde posso  e precisam de apoio,  participo  do Rotary Club  de minha cidade, onde conseguimos trazer um  mamógrafo  para atendimento às mulheres que não  podiam pagar o  exame. 

Hoje,  digo que vivo  um  dia cada vez,  amo  a vida,  meus filhos e quero apenas uma coisa: continuar com  saúde e continuar de bem comigo e com  a vida.

Assim  foi  o  processo de aceitação. Precisamos aceitar e saber que a doença não é nossa,  e que nossa mente é nossa grande aliada no  processo de cura.

Fonte: Câncer Superação.

"O amor dos meus filhos me ajuda a superar o câncer de mama", diz mãe








Desde a descoberta da doença, Geralda recebe cuidados redobrados. União e carinho dos filhos têm sido fundamental no tratamento.
O diagnóstico do câncer de mama é sempre muito traumático e assustador para todas as mulheres que descobrem a doença. Muitas vítimas do câncer são mães de família, cuidam da casa e têm diversas tarefas no dia a dia.  É o caso da dona de casa Geralda Batista dos Santos, de 46 anos, de Suzano (SP). Ela que sempre cuidou da casa, do marido e dos três filhos, inclusive um deles com problemas mentais, no momento da descoberta da doença a história se reverteu. Todo esse apoio tem sido fundamental neste período de tratamento.
Geralda conta que brincava com a filha dela na cama, quando se rompeu uma glândula nos seios. No outro dia, em consulta ao médico, os exames identificaram o nódulo. Assim que descobriu o tumor na mama direita, em agosto do ano passado, os filhos foram os primeiros a saber. “Achei necessário falar primeiro para eles, já que são os que mais precisam de mim, conta ela. “Fiquei deprimida no início, abriu um buraco no chão, foi um baque muito grande. Mas, só pensava em vencer para cuidar do Júlio”, lembra.
Júlio Rosa é o filho mais velho de Geralda. Com 27 anos, é educado em casa e precisa de cuidados especiais de toda a família. Assim que nasceu ele pegou meningite ainda no hospital. A doença deixou sequelas graves, como a perda da fala e da aprendizagem. “Ele foi a minha maior preocupação. Eu amo o Marco e a Cláudia, mas como ele é especial, eu só pensava que tinha que vencer para não deixá-lo sozinho e me apeguei ao tratamento”, conta.
Os dois têm mesmo uma relação muito bonita. Julio dá muita força à mãe de um jeito bem peculiar. Até raspou a cabeça no mesmo dia em que a mãe precisou cortar os cabelos por causa da quimioterapia. “Ele fica horas deitado comigo no sofá, beija a minha careca e brinca com meus lenços, ele é muito carinhoso e o xodó da casa”, diz ela.
Além de Júlio, Ana e Marco, completam o grande alicerce de Geralda. “Assim que contei pra eles, percebi o amor que tinham por mim, nós estamos cada vez mais unidos. A toda hora eles me beijam, me abraçam, eles me dão muita força”, relata.
Ana Cláudia Santos Rosa, de 18 anos, a filha mais nova de Geralda, foi a primeira a saber da doença da mãe. “Ela me ligou e foi um baque, chorei, perdi o chão. Achei que minha mãe ia morrer. Mas, apesar do susto, dei força e disse a ela que estaríamos sempre ao lado dela. É claro que estava abalada, mas procurei não demonstrar”, confessa Ana. “Minha mãe é minha base, o meu exemplo de vida, eu quero ser uma mãe como ela”, revela.
Quando Geralda descobriu a doença, tinha acabado de perder o irmão, há 4 meses, por câncer no esôfago. A cunhada dela também faleceu com câncer no intestino. Foi quando bateu o desespero de Marco Aurélio, o filho do meio de Geralda. “Minha mãe representa o meu viver, como já tivemos históricos da doença na família, ficamos muito preocupados. Eu era mais distante e este problema dela me fez mais carinhoso, passei a demonstrar mais o meu amor por ela. A família ficou mais unida. Hoje está todo mundo bem e feliz”, diz ele.
Todo esse carinho e amor que os filhos demonstram hoje refletem a cada dia na melhora na saúde da mãe. Ela passou pela primeira cirurgia em novembro do ano passado com bons resultados. “Só foi retirado o quadrante, não precisei arrancar toda a mama, isso já foi o primeiro milagre”, conta ela que deve ficar por seis meses em tratamento de quimioterapia e depois radioterapia. “Sou uma mulher realizada, só o fato de eles estarem me acompanhando já me ajuda muito. A maior bênção de Deus na vida da gente são os filhos”, agradece ela.
Fonte: Batalhadoras.     *** Leitor Anônimo ***.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Pesquisa mostra potencial de sistema imunológico para combater câncer.

Técnica consiste em reprogramar sistema imunológico para atacar tumores. Método teve resultados positivos em paciente com câncer no trato digestivo.


Um tratamento experimental que ajuda a reprogramar o sistema imunológico do paciente para atacar tumores pode funcionar em um amplo espectro de cânceres comuns, revelou um estudo preliminar publicado nesta sexta-feira (9) nos Estados Unidos.

Até agora, os maiores êxitos da técnica conhecida como terapia celular adotiva (ACT) foram registrados em relação ao melanoma, mas os pesquisadores estavam curiosos para ver se a abordagem pode funcionar em cânceres do trato digestivo, de pulmão, pâncreas, mama ou bexiga.
A revista científica "Science" publicou um artigo descrevendo como a técnica conseguiu reduzir tumores em uma mulher de 43 anos que sofre de colangiocarcinoma, uma forma de câncer do trato digestivo que havia se espalhado para os pulmões e o fígado.
O resultado do estudo pode representar um avanço na luta contra o câncer epitelial, grupo que responde por 80% de todos os cânceres e 90% das mortes por câncer nos Estados Unidos.
O processo consistiu em coletar as próprias células do sistema imunológico da paciente - um tipo chamado de linfócitos infiltradores de tumores (TILs) -, selecionando aquelas com a melhor atividade antitumoral, e em desenvolvê-las em laboratório para reinfundi-las na paciente.
Depois que a paciente recebeu a primeira injeção destes TILs, os tumores metastáticos no pulmão e no fígado se estabilizaram.
Cerca de 13 meses depois, a doença voltou a progredir. Com isso, os médicos submeteram a paciente novamente ao tratamento e ela "experimentou uma regressão tumoral que perdurou até o último acompanhamento (seis meses após a segunda infusão de células T)", destacou o estudo.
Embora o cientista que conduziu as pesquisas, Steven Rosenberg, chefe do Setor de Cirurgia do Centro de Pesquisas sobre o Câncer do Instituto Nacional do Câncer, tenha alertado que o estudo está em estágio inicial, ele afirmou que poderia fornecer uma diretriz para outros cânceres.
"Essas estratégias indicadas aqui poderiam ser usadas para produzir uma terapia celular adotiva com células T em pacientes com cânceres comuns", afirmou Rosenberg.
Os cientistas esperam que, um dia, uma variedade de tratamentos imunológicos personalizados venha a substituir a quimioterapia como a principal forma de combater o câncer.

Vacina contra câncer apresenta resultados positivos em 90% dos pacientes.

Teste de imunoterapia que usou a bacteria 'Streptococcus pyogenes' para estimular a defesa do organismo encolheu os tumores em 70% dos casos; em outros 20%, a doença entrou em remissão.


Imagens capturadas de dois tipos de células do sistema imunológico (verde e roxo), próximo a um tumor (vermelho)
Foto: Reprodução/Nature
Imagens capturadas de dois tipos de células do sistema imunológico (verde e roxo), 
próximo a um tumor (vermelho) Reprodução/Nature.

LONDRES - A revista “Nature” dedicou parte de sua publicação desta quarta-feira aos avanços da imunoterapia no tratamento de câncer. Este método que vem ganhando força no meio científico se baseia no estímulo do próprio sistema imunológico para combater os tumores. Na revista, uma das pesquisas destacadas revisita uma técnica ainda do século XIX para o desenvolvimento de uma vacina imunológica.


Por volta de 1890, o médico William Coley buscou em bactérias a forma enfrentar este mal. Ele infectou um de seus pacientes com o Streptococcus pyogenes, a bactéria que causa a doença escarlatina, e em questão de semanas, o doente teve uma recuperação significativa. Coley então começou a usar micro-organismos mortos para tornar o tratamento mais seguro e acrescentou mais um tipo de bactéria ao composto. O trabalho bem sucedido do médico - que pelos relatos conseguiu tratar centenas de pessoas, mas cuja história tinha caído no esquecimento - foi resgatada por pesquisadores da empresa canadense MBVax Bioscience.

A nova versão de vacina desenvolvida pela MBVax contém a mesma S. pyogenes e outra bactéria chamada Serratia marcescens, que contém um pigmento estimulante do sistema imunológico conhecido como prodigiosina. Desta forma, as cepas de bactérias mortas pelo calor ativam esse sistema para que ele lute contra o tumor.

Entre 2007 e 2012, a empresa vacinou cerca de 70 pessoas em estágio avançado de câncer, incluindo pacientes com melanoma (pele), linfoma (sistema linfático) e tumores malignos de mama, próstata e ovário. Os tumores encolheram em 70% dos pacientes, e 20% entraram em remissão.
Tecnologias de ponta contra o câncer

Diversos grupos de pesquisa ao redor do mundo vêm desenvolvendo vacinas a partir de bactérias combinadas. E enquanto alguns pesquisadores buscam métodos de séculos passados, outros lançam mão das mais novas tecnologias disponíveis.

Uma pesquisa das universidades de Stanford, Califórnia e Massachusetts consegue gravar imagens da resposta do sistema imunológico ao câncer de pulmão num camundongo. Com isso, eles conseguem ver tanto como o tumor cresce ou encolhe quanto os detalhes de como e por que isto acontece. 

Antes disso, os pesquisadores não conseguiam ver o que de fato ocorria no corpo, então eles eram incapazes de identificar por que algumas terapias não funcionavam.- Nós víamos várias imunoterapias falharem porque éramos cegos - afirmou à “Nature” Christopher Contag, imunologista da Universidade de Stanford, em Palo Alto.

Nos últimos dez anos, cientistas também têm observado células imunológicas e cancerosas utilizando sofisticadas tecnologias de microscopia. Eles aprenderam que as experiências em culturas de laboratório nem sempre conseguem imitar o que ocorreria no corpo.

Um trabalho do Instituto Pasteur, em Paris, conseguiu observar as interações das células tumorais e imunológicas em animais vivos a partir de imagens de um microscópio multifotônico. O alcance deste equipamento é oito vezes maior do que os microscópios usuais.

Duas outras pesquisas (das universidades de Manchester, nos EUA, e Sidnei, na Austrália) usam microscópios com lasers infravermelhos. Com imagens de super resolução, eles detectam as moléculas no momento de contato das células imunológicas e dos tumores.

- Queremos ver onde cada proteína está na superfície destas células, uma informação essencial para a compreensão do que ocorre a nível celular e que determina o prognóstico de um paciente com câncer - explica Daniel Davis, de Manchester.

Cientistas descobrem proteína capaz de ‘frear’ câncer de mama

Estudo provou que após o bloqueio da substância R-Ras 2 os tumores crescem, mas não se transformam em metástase nos pulmões.

Pesquisadores também constataram que a proteína R-ras2 também é capaz de desfazer bloqueios, desenvolvendo mecanismos alternativos
Foto: Agência O Globo
Pesquisadores também constataram que a proteína R-ras2 também é capaz 
de desfazer bloqueios, desenvolvendo mecanismos alternativos.


MADRI (ESPANHA) - Ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas pesquisadores espanhóis demonstraram confiança quanto a descoberta de uma nova proteína que, quando bloqueada, retarda o crescimento de tumores de mama para os pulmões. O grupo já está, inclusive, trabalhando em possíveis alvos terapêuticos para que testes sejam realizados, informa o jornal “El Mundo”.
A novidade é assinada por Xosé Bustelo, pesquisador do Centro de Pesquisa do Câncer de Salamanca (CIC), e por Balbinus Alarcón, do Centro de Biologia Molecular Severo Ochoa, em Madrid. 

Os resultados foram relatados na revista “Nature Communications”.

Os estudo analisou a proteína R-Ras2 (também chamado TC21) - que é muito semelhante a outra estrutura muito conhecida dos oncologistas, o gene Ras, que sofre frequentes mutações em muitos tumores humanos. Embora ambas sejam semelhantes estruturalmente - ao ponto de muitos cientistas acharem que têm papéis complementares -, os pesquisadores descobriram que R-Ras 2 desempenha papel importante na evolução do câncer de mama.


Tanto em linhagens celulares quando em modelos de ratos que foram submetidos ao enxerto de tumores humanos, Bustelo e seus colegas descobriram que ao bloquear a R-Ras 2, os canceres apenas cresciam, mas não resultavam em metástase nos pulmões - um dos locais favoritos das células do câncer de mama, uma vez que elas deixam o peito.
No entanto, nem tudo são boas notícias. Tal como nós seres humanos, os tumores sem R-ras2 também foram capazes de desfazer esse “freio” ao longo do tempo, desenvolvendo mecanismos alternativos. Segundo Bustelo, conhecer esses mecanismos é importante para que se crie uma estratégia de duplo freio.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Final feliz na luta contra câncer

Rita e pequena Valentina
Rita e pequena Valentina.
Por Gabriel Bonilha.

Mãe de três filhos, a trabalhadora de um frigorífico da cidade de Bagé teve a vida modificada há alguns meses em função de um câncer de mama. Rita Righi Martins, 39 anos, sequer imaginava o diagnóstico quando sentia as dores embaixo do braço esquerdo após o trabalho, isso porque fazia o autoexame regularmente. Preocupada, fez um exame e assim obteve o resultado: iniciou a luta e é protagonista de uma história baseada em superação, vitórias e surpresas.

Descoberta
O diagnóstico da existência de um pequeno nódulo foi dado pelo médico da empresa onde ela trabalhava, que a seguir lhe indicou um mastologista. O especialista, através de uma mamografia, conseguiu observar mais detalhes e, novamente, confirmou o câncer. O segundo passo, foi a realização do exame chamado de pulsão, para descobrir se o tumor seria maligno ou benigno.
No final de dezembro de 2010, fez o exame. Por telefone o médico pediu para conversar pessoalmente no dia seguinte, pois as notícias não eram as melhores: ela estava com câncer de mama.

Tratamento
Ela começou a luta contra a doença. No consultório, o médico explicou que o tumor precisaria ser retirado em uma cirurgia que retira parte da mama: um tratamento com quimioterapia e radioterapia.
Rita relata que a paciência e atenção do médico deu confiança para que ela tomasse a decisão mais correta para aquele momento. "Ele explicou tudo, que eu poderia perder meu cabelo, das reações que sentiria, mas me garantiu que se fizesse tudo certo conseguiria superar", lembra.
No dia 30 de dezembro, após terem sido feitos os exames pré-cirúrgicos, aconteceu a cirurgia. No dia seguinte, retornou para casa e ficou de repouso durante todo o mês de janeiro de 2011.

Queda do cabelo
Após retirar o dreno e os pontos, em fevereiro, procurou o oncologista iniciar as sessões de quimioterapia, que trata-se de um coquetel de remédios injetáveis que objetivam eliminar células cancerígenas que possam ainda estar no corpo do paciente. Rita passou por oito sessões, com intervalos de 21 dias. Ela recorda que teve várias reações, como náuseas, vômitos, sintomas que a fez entender de fato o que era a doença. Depois de 15 dias da primeira sessão, ela levantou, tomou banho e percebeu que algo estava diferente, mas não deu importância. Enrolou a toalha nos cabelos e começou a fazer as tarefas domésticas. Ao retirar a toalha boa parte dos cabelos haviam caído. "Eu não acreditava no que estava acontecendo, foi neste instante que me dei conta que estava com câncer", explica. "Naquele dia eu comecei a me olhar no espelho e dizer para mim mesma que eu estava com câncer, mas o importante é que eu me aproximava da melhora", conta.

Contato com a Aapecan
Com o tratamento, Rita passou a contar com a ajuda da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan), até então com uma unidade instalada em Pelotas. Somente alguns meses depois surgiu a unidade de Bagé. Durante todo o tempo em que fez tratamento, viajava em uma van oferecida pela Secretária Municipal de Saúde e, neste transporte, conheceu muitas pessoas que integraram a história dela.
Foram 36 dias com atendimento de segunda à sexta-feira, num processo que, segundo ela, foi um pouco mais leve, já que trata apenas o local onde a doença estava instalada. "Neste procedimento, a Aapecan contribuiu muitas vezes com as pomadas para cicatrização das queimaduras que ficaram no local, porque na pele, assim como o corpo, se tornam mais sensíveis", frisa.
Quando terminou o tratamento precisou voltar para avaliação médica, onde foi informada que precisaria fazer um acompanhamento durante cinco anos. "De seis em seis meses preciso retornar ao meu médico, fazer exames e observarmos juntos como está minha melhora", recorda.
Na Aapecan, Rita aprendeu a fazer artesanatos, conseguiu aproveitar melhor o tempo livre, encontrou apoio não só jurídico, mas principalmente psicológico. De acordo com ela, o apoio da família foi fundamental na recuperação. "O carinho do meu marido, dos meus filhos, e dos demais familiares que mesmo de longe ligavam para saber de mim foi essencial", menciona.

Um desejo e a família
Rita confidenciou ao médico o desejo de engravidar novamente. Ela já era mãe de Maiara, 19 anos, e Gustavo, de 17. Entretanto, ele explicou os riscos advertindo que era difícil devido aos medicamentos que ela precisaria tomar durante todo acompanhamento. "Isso que ele me falou entrou em um ouvido e saiu em outro, pois meu desejo era maior e alguma coisa dentro de mim dizia que eu ainda teria uma grande surpresa", relembra.
Ela seguiu com as avaliações, tomando os remédios indicados, mas em janeiro de 2013 começou a passar mal novamente, os enjoos, cólicas e dores na barriga voltaram. Ela achava que poderia ser da doença e recorreu ao médico para saber o que estava acontecendo.
O médico, mesmo sabendo que seria quase impossível, pediu um exame de gravidez, o que espantou a paciente que se perguntava ainda se era possível.
Foi até uma clínica e fez o exame. Algumas horas depois descobriu que estava grávida e começaria ali a luta pela sobrevivência do feto, tendo em vista as circunstâncias em que ela se encontrava.
Voltou ao consultório do médico, contou a novidade e a partir dali ele explicou como seria a gravidez, os riscos de nascer uma criança com alguma deficiência ou outro problema de saúde, em virtude da medicação que mesmo suspensa durante a gestação, estaria presente no corpo. As chances de desenvolver outro tumor também aumentaria.
Com todos os fatores técnicos contra a esperança de recomeçar a vida, Rita deu continuidade à gravidez e, no dia 19 de agosto de 2013 ,nascia a filha Valentina. "Eu queria colocar um nome impactante que justificasse nossa trajetória, veio em primeira mão o nome Vitória, mas como já tinha uma na família seguimos pensando até que surgiu outro este nome, que é ainda mais bonito'', esclarece.
Depois de tudo o que passou, hoje Rita vive com a filha e o marido, frequenta as atividades da Aapecan, procura estar sempre em contato com as amigas e acredita que a melhora está diretamente ligada ao amor ofertado por tantas pessoas. "Eu tenho certeza que minha vitória hoje é por causa do amor que recebi do meu marido que esteve comigo em todos os momentos, mas para completar a alegria total Deus nos enviou essa preciosidade que é a Valentina", finaliza.

Fonte: Folha do Sul.
Rita e pequena Valentina





Rita e pequena Valentina
Rita e pequena Valentina
Rita e pequena Valentina

Caminhar reduz o risco de câncer de mama, diz estudo

Pesquisa mostra que andar uma hora por dia diminui em 14% as chances de sofrer da doença.


Da BBC

Mulheres na pós-menopausa que andam uma hora por dia podem reduzir significamente o risco de terem câncer de mama, segundo um novo estudo publicado na revista científica "Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention".
O levantamento, que acompanhou 73 mil mulheres por 17 anos, descobriu que andar 7 horas durante uma semana diminui os riscos de contrair a doença. A equipe da Sociedade Americana do Câncer afirmou que esta foi a primeira vez que a redução de riscos foi especificamente ligada à caminhada.
Especialistas britânicos disseram que o estudo é uma evidência de que o estilo de vida influencia o risco para o câncer.
Outra pesquisa recente, feita pela organização beneficente Ramblers, mostrou que um quarto dos adultos anda mais de 1 hora por semana. E manter uma rotina de atividades físicas é um fator conhecido na redução do risco de contrair diversos tipos de câncer.
Atividade recreacional
O atual estudo acompanhou 73.614 mulheres, de 50 a 74 anos, recrutadas pela Sociedade Americana do Câncer entre 1992 e 1993 para monitorar a incidência da doença.
As voluntárias responderam a questionários sobre sua saúde e sobre quanto tempo permaneciam ativas e participavam de atividades como caminhadas, natação e exercícios aeróbicos. Elas também registraram quanto tempo ficavam sentadas assistindo à televisão ou lendo.
As mulheres preencheram os mesmos questionários em intervalos de dois anos, entre 1997 e 2009. Andar como única atividade recreacional foi o hábito mencionado por 47% das pesquisadas. Aquelas que andavam pelo menos 7 horas por semana tiveram uma redução de 14% no risco de câncer de mama, comparadas com aquelas que andavam apenas 3 horas ou menos por semana.
A epidemiologista Alpa Patel, da Sociedade Americana do Câncer em Atlanta, na Georgia, que liderou o estudo, afirmou: "Dado que mais de 60% das mulheres relataram andar diariamente, promover a caminhada como uma atividade saudável de lazer pode ser uma estratégia efetiva para aumentar a atividade física entre as mulheres na pós-menopausa."
"Ficamos contentes em descobrir que, sem nenhuma outra atividade recreacional, apenas andar 1 hora por dia foi associado a um menor risco de câncer de mama nessas mulheres. Atividades mais longas e extenuantes reduziram ainda mais o risco", destacou Alpa.
A baronesa Delyth Morgan, executive-chefe da Campanha Contra o Câncer de Mama, completou: "Esse estudo adiciona mais evidências de que nossas escolhas de estilo de vida podem influenciar no risco de câncer de mama e mostra que mesmo mudanças pequenas incorporadas às nossas atividades cotidianas podem fazer a diferença. Sabemos que a melhor arma para superar o câncer de mama é a habilidade de interrompê-lo, em primeiro lugar. O desafio agora é saber como transformamos essas descobertas em ação e como identificamos outras mudanças de estilo de vida sustentáveis que nos ajudarão a prevenir o câncer de mama".
Fonte: Globo.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Estudo relaciona câncer de mama a produtos químicos de uso cotidiano

Produtos cancerígenos estão presentes em combustíveis e solventes. Para prevenir doença, mulheres devem evitar certos químicos do ambiente.


Da France Presse

Cientistas americanos identificaram as substâncias químicas mais cancerígenas presentes no ambiente cotidiano que as mulheres devem evitar para diminuir o risco de câncer de mama, uma pista que consideram importante para a prevenção da doença.
O estudo, publicado nesta segunda-feira (12) na revista Environmental Health Perspectives, confirma que os produtos químicos que provocam tumores cancerígenos nas glândulas mamárias dos ratos também estão vinculados ao câncer de mama nos humanos.
O estudo elaborou uma lista de 17 substâncias cancerígenas prioritárias porque provocam tumores mamários nos animais, às quais muitas mulheres estão expostas.
São produtos cancerígenos presentes na gasolina, no diesel e em outras substâncias que emanam dos veículos, assim como ignífugos, solventes, corrosivos de pinturas e derivados de desinfetantes usados no tratamento de água potável, entre outros.
"Esta pesquisa fornece elementos para prevenir o câncer de mama identificando produtos químicos prioritários aos quais as mulheres estão expostas com mais frequência e mostra também como controlar esta exposição", explica o médico Ruthann Ruden, diretor de pesquisa no instituto Silent Spring de Newton (Massachusetts, nordeste), coautor da pesquisa.
"Estas informações guiarão os esforços para diminuir o contato com estas substâncias ligadas ao câncer de mama e ajudarão os pesquisadores a estudar como as mulheres são afetadas", acrescenta.
As pesquisas realizadas até agora sobre o câncer de mama não levavam em conta a exposição de mulheres a uma grande quantidade de produtos químicos, sobretudo pela falta de informação sobre os produtos que deveriam ser analisados.
Segundo estes pesquisadores, os grupos de consulta de especialistas da Casa Branca, o Instituto Americano de Medicina e o Comitê de coordenação para a pesquisa ambiental e o câncer de mama ressaltaram que as substâncias químicas presentes no ambiente cotidiano eram uma pista promissora para a prevenção de tumores malignos mamários.
"Todas as mulheres nos Estados Unidos estão expostas a substâncias químicas que podem aumentar o risco de câncer de mama, mas lamentavelmente este vínculo é amplamente ignorado", comentou Julia Brody, diretora-geral do Silent Spring Institute e co-autora do estudo.
"Reduzir a exposição aos produtos químicos tóxicos pode salvar a vida de muitas mulheres", considerou, acrescentando que "quando se fala ao povo do câncer de mama, não se pensa no risco que as substâncias químicas representam".
Finalmente, lamenta a pesquisadora, "os fundos direcionados à pesquisa sobre o vínculo entre o câncer de mama e os produtos químicos no ambiente só representam uma parte ínfima do total".
"É imprescindível que as indústrias e os governos atuem para reduzir a exposição às substâncias mais perigosas", insistiu Kristi Marsh, autora de uma obra sobre o tema chamada 'Little Changes'.
Marsh foi diagnosticada com câncer de mama aos 35 anos e ela, que não tinha antecedentes familiares, o atribui a uma exposição a químicos cancerígenos.
Para Dale Sandler, principal epidemiologista do Instituto Nacional americano de Ciências de Saúde ambiental (NIEHS), "esta pesquisa examina de maneira extensa e profunda os dados toxicológicos e os biomarcadores vinculados ao câncer de mama".
Também é uma "importante fonte de informação" para estudar o vínculo entre o ambiente e o câncer, diz.
Os Institutos Nacionais da Saúde (NIH) irão incorporar recomendações do estudo ao mesmo tempo em que se preparam para testar amostras mamárias de 50 mil mulheres no âmbito de uma investigação sobre irmãs para determinar as causas do câncer de mama.
O câncer de mama é a segunda causa de mortalidade por câncer entre as mulheres nos Estados Unidos, com 40.000 falecimentos estimados em 2014 e 232.670 novos casos diagnosticados, segundo o Instituto Nacional do Câncer, que estima que 2,89 milhões de mulheres sofrem atualmente deste tipo de câncer.
Fonte: Globo.