segunda-feira, 6 de julho de 2020

Familiares de 22% das pessoas com câncer de mama e ovário correm risco de ter a doença em Goiás, aponta UFG

Cerca de 100 pacientes participaram da pesquisa. Diagnóstico molecular pode ajudar os parentes na prevenção da doença.


Por Yanka Araújo

Universidade Federal de Goiás, em Goiânia — Foto: Vanessa Chaves/G1
Universidade Federal de Goiás, em Goiânia — Foto: Vanessa Chaves/G1

Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) concluíram que 22% dos familiares de pessoas que tiveram câncer de mama e ovário também podem desenvolver a doença no estado. O resultado é compatível com o índice desses cânceres hereditários em esfera nacional e internacional.

O estudo foi desenvolvido pelo Centro de Excelência em Genética Humana e Médica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UFG), com o apoio do Centro Avançado de Diagnóstico da Mama (Cora) do Hospital das Clínicas da UFG. A pesquisa contou com a participação de 102 pacientes.

Pesquisadora e professora do ICB, Elisângela de Paula Silveira Lacerda explica que, para a realização da pesquisa, foram usados o diagnóstico molecular e uma ferramenta genética de identificação do grau de parentesco entre os participantes.

"Foi coletada a história familiar de câncer de cada paciente. A obtenção das amostras biológicas dos participantes da pesquisa foi realizada posteriormente. Foram incluídos na pesquisa pacientes com o diagnóstico clínico de carcinoma de mama ou ovário, maiores de 18 anos de ambos os sexos para suspeita da Síndrome do Câncer de Mama e Ovário Hereditário", explicou Elisângela.

A pesquisadora destaca que o acesso ao diagnóstico molecular contribui para a detecção precoce da doença. Além disso, pode ajudar os parentes a prevenir o câncer.


Apoio para testes genéticos


Segundo a UFG, devido ao teste genético não ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), até 80% da população não tem acesso ao exame. Por meio do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS), a UFG comprou aparelhos e insumos para realizar os testes. Porém, com o fim do projeto, a pesquisadora procura outras fontes de apoio para conseguir comprar novos reagentes e, assim, continuar realizando exames.

"O Centro de Excelência em Genética Humana e Clínica realiza esses exames. Podemos realizar esses testes por um custo bem menor em relação ao privado. Precisamos de insumos no momento e de patrocinadores", conclui.

Fonte: G1

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