Cerca de 100 pacientes participaram da pesquisa. Diagnóstico molecular pode ajudar os parentes na prevenção da doença.
Por Yanka Araújo
Universidade Federal de Goiás, em Goiânia — Foto: Vanessa Chaves/G1
Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) concluíram que 22% dos familiares de pessoas que tiveram câncer de mama e ovário também podem desenvolver a doença no estado. O resultado é compatível com o índice desses cânceres hereditários em esfera nacional e internacional.
O estudo foi desenvolvido pelo Centro de Excelência em Genética Humana e Médica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UFG), com o apoio do Centro Avançado de Diagnóstico da Mama (Cora) do Hospital das Clínicas da UFG. A pesquisa contou com a participação de 102 pacientes.
Pesquisadora e professora do ICB, Elisângela de Paula Silveira Lacerda explica que, para a realização da pesquisa, foram usados o diagnóstico molecular e uma ferramenta genética de identificação do grau de parentesco entre os participantes.
"Foi coletada a história familiar de câncer de cada paciente. A obtenção das amostras biológicas dos participantes da pesquisa foi realizada posteriormente. Foram incluídos na pesquisa pacientes com o diagnóstico clínico de carcinoma de mama ou ovário, maiores de 18 anos de ambos os sexos para suspeita da Síndrome do Câncer de Mama e Ovário Hereditário", explicou Elisângela.
A pesquisadora destaca que o acesso ao diagnóstico molecular contribui para a detecção precoce da doença. Além disso, pode ajudar os parentes a prevenir o câncer.
Apoio para testes genéticos
Segundo a UFG, devido ao teste genético não ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), até 80% da população não tem acesso ao exame. Por meio do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS), a UFG comprou aparelhos e insumos para realizar os testes. Porém, com o fim do projeto, a pesquisadora procura outras fontes de apoio para conseguir comprar novos reagentes e, assim, continuar realizando exames.
"O Centro de Excelência em Genética Humana e Clínica realiza esses exames. Podemos realizar esses testes por um custo bem menor em relação ao privado. Precisamos de insumos no momento e de patrocinadores", conclui.
Fonte: G1
As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário