terça-feira, 7 de julho de 2020

Entendendo os principais sintomas de depressão no tratamento do câncer de mama

Receber a confirmação do diagnóstico de câncer de mama é algo devastador na vida de qualquer mulher, que precisa lidar com o medo e a angústia tão comuns nessas circunstâncias. Cerca de 25% das pacientes podem apresentar sintomas de depressão, que atrapalham o tratamento.
Tais sintomas podem aparecer até mesmo após a cura, pois há um sentimento de vulnerabilidade e apreensão da reincidência da doença. Ao longo deste post, você descobrirá quais são esses sinais e de que forma devem ser tratados para melhorar sua qualidade de vida e favorecer seu prognóstico. Acompanhe!

Entenda a relação entre a depressão e o câncer de mama

É perfeitamente normal e compreensível que o paciente sinta tristeza, medo e angústia ao receber o diagnóstico. No entanto, é importante ressaltar que esses sentimentos são diferentes da depressão. Um paciente oncológico é mais propenso a um quadro depressivo em virtude das mudanças físicas, de medicamentos e do impacto social que o câncer pode causar.
O câncer de mama envolve alguns fatores particulares. Os principais são:
  • baixa autoestima: as mudanças causadas pela quimioterapia, como queda dos cabelos, debilitação do corpo e indisposição podem afetar negativamente a autoestima das pacientes;

  • simbolismo da mama: as mamas têm grande valor para as mulheres, pois se refere à feminilidade, sexualidade, fertilidade, maternidade. Assim, a hipótese da retirada parcial ou total das mamas gera uma sensação de mutilação para as mulheres;

  • menopausa precoce: a quimioterapia pode fazer com que a paciente entre na menopausa mais cedo e sofra as mudanças hormonais e físicas que essa fase traz. Ainda, há o fato de que é preciso aceitar a impossibilidade de gravidez durante o tratamento;

  • medo da morte: o receio de não obter a cura, de sofrer durante o tratamento e de ficar incapacitada também são fatores que contribuem para o aparecimento dos sintomas de depressão;

  • alterações na rotina: ter que abandonar alguns hábitos e encarar um tratamento longo é um grande desafio e favorece o desenvolvimento do quadro depressivo.
Portanto, há fatores diversos e importantes que contribuem para que mulheres que enfrentam o câncer de mama desenvolvam também a depressão.

Conheça os sintomas de depressão em pacientes oncológicos

Quando não tratada, a depressão pode prejudicar o tratamento oncológico. Isso porque a paciente apresenta mais dificuldades em aderir aos medicamentos e em seguir as orientações médicas e da equipe multiprofissional.
Vale lembrar de que alguns fármacos utilizados na quimioterapia oferecem sinais parecidos com os da depressão, como desânimo, fraqueza e tristeza. No entanto, é preciso analisar alguns sinais e verificar se eles persistem por mais que duas semanas. Desse modo, fique atenta aos seguintes sintomas de depressão:
  • crises de choro;
  • sentimento de inutilidade ou de culpa pela doença;
  • ideias suicidas;
  • desejo de abandonar o tratamento e morrer;
  • pessimismo;
  • afastamento de familiares e amigos;
  • alterações de sono e de apetite;
  • irritação nas relações com outras pessoas;
  • fadiga e perda de energia;
  • dificuldade de concentração;
  • perda ou ganho de peso sem estar na dieta;
  • humor deprimido na maior parte do tempo;
  • perda de interesse em atividades que sempre gostou;
  • agitação ou lentidão psicomotora;
  • dificuldade em tomar decisões.

Saiba o que fazer diante desse problema

Caso uma paciente oncológica apresente cinco ou mais dos sintomas acima por mais de duas semanas, é fundamental buscar ajuda profissional. Também, é importante que a paciente sempre fale o que sente às pessoas próximas e que fique sempre atento aos sinais listados no tópico anterior.
O indicado é ter acompanhamento de um psicólogo assim que receber o diagnóstico, para que ele faça o acompanhamento adequado e evite a evolução do quadro depressivo. Contudo, a busca pelo profissional pode (e deve) ser feita em qualquer estágio da doença.
Se for necessário, ele encaminhará a um psiquiatra especializado para indicar os medicamentos adequados e que não interajam negativamente com os fármacos utilizados no tratamento do câncer. Do mesmo modo, é necessário buscar locais especializados, como os centros de apoio a pacientes oncológicos com sintomas de depressão.
Enfim, mulheres que enfrentam o câncer de mama estão mais suscetíveis a apresentar sintomas de depressão. Por isso, é imprescindível procurar auxílio profissional para obter suporte emocional e o tratamento adequado. Isso é fundamental para garantir uma melhor qualidade de vida e contribuir para o prognóstico.
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Fonte: LaçoRosa

As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.

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