Receber a confirmação do diagnóstico de câncer de mama é algo devastador na vida de qualquer mulher, que precisa lidar com o medo e a angústia tão comuns nessas circunstâncias. Cerca de 25% das pacientes podem apresentar sintomas de depressão, que atrapalham o tratamento.
Tais sintomas podem aparecer até mesmo após a cura, pois há um sentimento de vulnerabilidade e apreensão da reincidência da doença. Ao longo deste post, você descobrirá quais são esses sinais e de que forma devem ser tratados para melhorar sua qualidade de vida e favorecer seu prognóstico. Acompanhe!
Entenda a relação entre a depressão e o câncer de mama
É perfeitamente normal e compreensível que o paciente sinta tristeza, medo e angústia ao receber o diagnóstico. No entanto, é importante ressaltar que esses sentimentos são diferentes da depressão. Um paciente oncológico é mais propenso a um quadro depressivo em virtude das mudanças físicas, de medicamentos e do impacto social que o câncer pode causar.
O câncer de mama envolve alguns fatores particulares. Os principais são:
- baixa autoestima: as mudanças causadas pela quimioterapia, como queda dos cabelos, debilitação do corpo e indisposição podem afetar negativamente a autoestima das pacientes;
- simbolismo da mama: as mamas têm grande valor para as mulheres, pois se refere à feminilidade, sexualidade, fertilidade, maternidade. Assim, a hipótese da retirada parcial ou total das mamas gera uma sensação de mutilação para as mulheres;
- menopausa precoce: a quimioterapia pode fazer com que a paciente entre na menopausa mais cedo e sofra as mudanças hormonais e físicas que essa fase traz. Ainda, há o fato de que é preciso aceitar a impossibilidade de gravidez durante o tratamento;
- medo da morte: o receio de não obter a cura, de sofrer durante o tratamento e de ficar incapacitada também são fatores que contribuem para o aparecimento dos sintomas de depressão;
- alterações na rotina: ter que abandonar alguns hábitos e encarar um tratamento longo é um grande desafio e favorece o desenvolvimento do quadro depressivo.
Portanto, há fatores diversos e importantes que contribuem para que mulheres que enfrentam o câncer de mama desenvolvam também a depressão.
Conheça os sintomas de depressão em pacientes oncológicos
Quando não tratada, a depressão pode prejudicar o tratamento oncológico. Isso porque a paciente apresenta mais dificuldades em aderir aos medicamentos e em seguir as orientações médicas e da equipe multiprofissional.
Vale lembrar de que alguns fármacos utilizados na quimioterapia oferecem sinais parecidos com os da depressão, como desânimo, fraqueza e tristeza. No entanto, é preciso analisar alguns sinais e verificar se eles persistem por mais que duas semanas. Desse modo, fique atenta aos seguintes sintomas de depressão:
- crises de choro;
- sentimento de inutilidade ou de culpa pela doença;
- ideias suicidas;
- desejo de abandonar o tratamento e morrer;
- pessimismo;
- afastamento de familiares e amigos;
- alterações de sono e de apetite;
- irritação nas relações com outras pessoas;
- fadiga e perda de energia;
- dificuldade de concentração;
- perda ou ganho de peso sem estar na dieta;
- humor deprimido na maior parte do tempo;
- perda de interesse em atividades que sempre gostou;
- agitação ou lentidão psicomotora;
- dificuldade em tomar decisões.
Saiba o que fazer diante desse problema
Caso uma paciente oncológica apresente cinco ou mais dos sintomas acima por mais de duas semanas, é fundamental buscar ajuda profissional. Também, é importante que a paciente sempre fale o que sente às pessoas próximas e que fique sempre atento aos sinais listados no tópico anterior.
O indicado é ter acompanhamento de um psicólogo assim que receber o diagnóstico, para que ele faça o acompanhamento adequado e evite a evolução do quadro depressivo. Contudo, a busca pelo profissional pode (e deve) ser feita em qualquer estágio da doença.
Se for necessário, ele encaminhará a um psiquiatra especializado para indicar os medicamentos adequados e que não interajam negativamente com os fármacos utilizados no tratamento do câncer. Do mesmo modo, é necessário buscar locais especializados, como os centros de apoio a pacientes oncológicos com sintomas de depressão.
Enfim, mulheres que enfrentam o câncer de mama estão mais suscetíveis a apresentar sintomas de depressão. Por isso, é imprescindível procurar auxílio profissional para obter suporte emocional e o tratamento adequado. Isso é fundamental para garantir uma melhor qualidade de vida e contribuir para o prognóstico.
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As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos.
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