segunda-feira, 6 de julho de 2020

Medicamentos aprovados para o tratamento do câncer de mama metastático nos Estados Unidos


enfermeira realizando quimioterapia em paciente com câncer de mama

A aprovação de novos tratamentos por parte da Food and Drug Administration (FDA) demonstra o avanço da ciência para uma nova era de medicina contra o câncer de mama: o trastuzumabe-deruxtecan, o Tucatinib e o Sacituzumab Govitecan-hziy.

Novas terapias contra câncer de mama

Confira as últimas aprovações da entidade americana para o câncer de mama metastático a seguir.

Trastuzumabe-deruxtecan

Aprovado pela FDA desde dezembro de 2019, o trastuzumabe-deruxtecan está sendo testado em pacientes americanos e brasileiros. Nove pacientes tratadas no Hospital Conceição, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, estão sendo acompanhadas por pesquisadores da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
A terapia biológica com o uso substância é realizada a cada 21 dias, por tempo não informado, no setor de oncologia do Hospital Conceição e leva, em média, 30 minutos. Antes de realizar o procedimento, as voluntárias passam por exames de rotina, como hemograma e eletrocardiograma, e no mesmo dia retornam para as suas residências.
Nesta fase da pesquisa, estão sendo testadas pacientes que tiveram progressão da doença mesmo esgotados os tratamentos iniciais para câncer de mama metastático HER2 positivo.
Em breve, o medicamento deverá ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo especialistas da área, essa é uma nova esperança para as pacientes em que a enfermidade retorna mesmo após diversos tratamentos. Atualmente, o tratamento mais indicado para câncer de mama metastático HER2 positivo é a terapia-alvo.

Tucatinibe

No dia 17 de abril, o tucatinibe foi aprovado pela FDA em associação a outros dois medicamentos: o trastuzumabe e a capecitabina. A combinação desses três remédios mostrou-se eficaz no tratamento de pacientes portadoras de doença metastática, incluídos os que estejam com metástase cerebral.
A sua eficácia foi demonstrada no estudo HER2CLIMB (NCT02614794), que incluiu 612 pacientes com câncer de mama metastático positivo para HER2, que tiveram tratamento prévio com trastuzumabe, pertuzumabe e ado-trastuzumabe emtansina. Os pacientes receberam tucatinibe de 300 mg, duas vezes ao dia mais trastuzumabe e capecitabina ou placebo mais trastuzumabe e capecitabina.
A dose recomendada de tucatinibe é de 300 mg tomados por via oral duas vezes ao dia em combinação com trastuzumabe (em dosagem padrão) e capecitabina (1000 mg/m2 administrados por via oral duas vezes ao dia nos dias 1-14 de um ciclo de 21 dias) até a progressão da doença ou inaceitável toxicidade.
Os estudos mostraram que as pacientes que utilizaram essa combinação obtiveram redução de 34% do risco de morte quando comparado aos que utilizaram o tratamento convencional.

Sacituzumab govitecan-hziy

Já no dia 20 de abril, o Sacituzumab Govitecan-hziy foi aprovado para câncer de mama metastático triplo negativo. O medicamento é fruto de uma aprovação acelerada baseada nas taxas de resposta apresentadas pelos participantes nas duas etapas iniciais dos estudos. Esse tipo de tumor, quando metastático e já tratado com outros regimes de drogas, é considerado uma condição grave e carente de opções de tratamento.
De acordo com a oncologista Lilian Arruda, pesquisadora e coordenadora médica do Centro de Pesquisa Clínica do IBCC Oncologia, é importante destacar que o FDA concede aprovação antecipada e acelerada de drogas inovadoras quando apresentam bons resultados na primeira e na segunda fase de testes para enfermidades em que não há opções terapêuticas equivalentes.
“Contudo, essa aprovação não revoga a necessidade dos testes comparativos que devem ser realizados na sequência. Nesse cenário, a molécula deve seguir sob aprovação contínua e fica condicionada à comprovação dos benefícios clínicos nos estudos confirmatórios da fase três e, portanto, após o medicamento chegar ao mercado”, diz a oncologista.
Até o momento, apenas nos Estados Unidos esses medicamentos foram aprovados para a comercialização.
Por:  Úrsula Neves
Fonte: Pebmed

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