sábado, 4 de maio de 2019

Enxerto de gordura para reconstrução da mama: algum impacto na recidiva do câncer?


Após cirurgia para tratar o câncer de mama, a transferência de gordura autóloga é um método seguro para a reconstrução mamária? Os autores de um estudo na Holanda, publicado no periódico JAMA Surgery[1] compararam o desfecho oncológico de 287 pacientes que fizeram a transferência de gordura autóloga ao de um grupo de controle de 300 pacientes submetidas à reconstrução mamária convencional.



Após cinco anos de acompanhamento houve oito recidivas locorregionais no grupo de transferência de gordura em comparação com 11 no grupo de controle (P = 0,33). Tanto a mortalidade específica para o câncer de mama quanto a mortalidade geral foram menores nas pacientes que fizeram a transferência de gordura (P = 0,02 e P < 0,001, respectivamente).

Transferência de gordura autóloga: opção segura para a reconstrução da mama?

Outros métodos para a reconstrução mamária após a cirurgia para tratar o câncer de mama são implante de prótese mamária e reconstrução plástica com retalhos teciduais. A transferência de gordura autóloga não tem sido amplamente realizada devido à preocupação com a possibilidade desse procedimento aumentar a incidência de falha oncológica.
Este estudo fornece informações tranquilizadoras sobre a mortalidade específica por câncer e a mortalidade geral, com resultados que se estendem por cinco anos de acompanhamento. A redução na mortalidade geral é surpreendente, mas foi observada em outros estudos[2,3]
Seria esse o resultado de algum viés não identificado na seleção de pacientes para a transferência de gordura autóloga? De todo modo, a transferência de gordura autóloga parece ser outra opção a ser apresentada para os pacientes para a reconstrução mamária após o tratamento cirúrgico do câncer de mama.

Fonte: Medscape


As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.

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