domingo, 28 de janeiro de 2018

Os pensamentos destroem, mas também curam



A saúde e a doença são vistas atualmente como um complexo equilíbrio que nasce da interação entre o corpo e a mente, entre o organismo e os pensamentos. Pouco a pouco vamos superando as visões simplistas que tiravam importância da influência do mundo subjetivo sobre nossos corpos e, portanto, sobre a doença e a cura.

A medicina convencional paulatinamente vai ganhando consciência das limitações da sua abordagem. O século XX foi marcado por um paradigma no qual predominou a ideia do corpo-máquina. Visto através dessa ótica, o organismo era como um aparelho feito de diferentes peças, e a doença era uma disfunção em alguma dessas partes, tanto funcional quanto estrutural.

“Se você não age como pensa, vai acabar pensando como age.”
–Blaise Pascal–
Contudo, graças aos próprios avanços da medicina, pode-se comprovar que a dimensão interior tem uma forte influência, seja direta ou indireta, no estado de saúde de qualquer pessoa. Além disso, esta influência é ainda mais marcada sobre o estado de saúde percebido. Por isso dizem que os pensamentos – com a sua influência – adoecem e matam, mas também curam.

A medicina farmacológica e a medicina dos pensamentos


Bruce Lipton é doutor em Biologia Celular e autor de vários livros. Ele se aprofundou no tema da saúde, da doença e da influência dos pensamentos nesses processos. Suas descobertas e raciocínios são incrivelmente interessantes.

Lipton aponta que a medicina farmacológica é, virtualmente, um fracasso. Isto se deve ao fato dos remédios químicos, todos eles, causarem efeitos tanto ou mais adversos que a própria doença. Ele garante que, inclusive, muitos desses remédios levam à morte com o tempo.


Ele também afirmou que o entorno natural da célula é o sangue e que, por sua vez, as mudanças no sangue são determinadas pelo sistema nervoso. Ao mesmo tempo, o sistema nervoso é o entorno natural dos pensamentos e sentimentos. Portanto, do ponto de vista de Lipton, são os pensamentos e os sentimentos que, em última instância, adoecem e, consequentemente, os que também têm a possibilidade de ajuda na cura.

O poder dos pensamentos sobre o corpo

Não é apenas Bruce Lipton, mas também outros tantos pesquisadores que dão um enorme poder aos pensamentos nos processos de doença e cura. Até os médicos mais adeptos à farmacologia sabem que se alguém padece de algum mal, tem mais chance de se curar se permanecer em um entorno envolvente, rodeado de afeto e confiança.

Não se trata de uma coisa esotérica, nem de um efeito do além. A explicação do poder dos pensamentos é também uma questão de química. Quando uma pessoa está diante de uma presença agradável, ou apreciando um estímulo positivo, o seu cérebro secreta dopamina, oxitocina e uma série de substâncias que dão saúde às células. O mesmo acontece quando o estímulo é negativo, causando medo, ira ou qualquer outra emoção destrutiva.

O organismo desenvolve diariamente uma tarefa titânica: produzir centenas de bilhões de células novas para substituir as que morrem. Também precisa se defender de milhares de elementos patogênicos que ameaçam a saúde. Se o seu corpo sente que precisa lutar todo dia contra estímulos altamente negativos do entorno, gastará toda a sua energia nisso e deixará de lado essas outras funções de crescimento e proteção. A consequência: você adoece mais facilmente.


Entre a sugestão e a energia


O efeito placebo tem sido pesquisado em diferentes circunstâncias e os resultados sustentam a sua influência sobre a nossa percepção corporal. De fato, vários dos mecanismos que estão no mercado têm efeitos apenas ligeiramente superior aos de um placebo. Estes placebos são a prova indiscutível de que a influência dos pensamentos – no caso do efeito placebo: expectativas – pode ser muito poderosa: você acredita que irá se curar e a intensidade dos sintomas regride.


A física quântica colocou em evidência a importância da energia, que é a composição final da matéria. Tudo e todos somos, na nossa forma física mais primitiva, energia. Por isso, os novos medicamentos se orientam mais para equilibrar a energia do que para modificar quimicamente o corpo. Eles partem da ideia de que os processos de doença são desencadeados por desequilíbrios energéticos.


Estes desequilíbrios muitas vezes são causados por programações de pensamentos negativos, que carregamos desde a infância. Talvez conscientemente você se convença de que precisa pensar de outra forma mas, contudo, alguma coisa no fundo o impede de fazê-lo. Então o que precisa ser mudado não são os pensamentos conscientes, mas sim toda essa programação inconsciente que carregamos desde os primeiros anos de vida. É a forma de promover mudanças que favoreçam a saúde mental e, portanto, a saúde física.

Nota de edição: com este artigo não queremos desprezar de forma alguma a importância da farmacologia na hora de enfrentar doenças devastadoras, como é o caso do câncer. De fato, podemos dizer que ela é imprescindível. O que queremos ressaltar é a saúde mental e o bem-estar psicológico como dois elementos de influência dentro do tratamento que o paciente pode modular para melhorar ou piorar o prognóstico.  

Imagens cortesia de Marcel Caram.

Fonte: MenteMaravilhosa

As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.

É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos

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