Iniciativa do Hospital Albert Einstein permite que pacientes que se tratam em outros hospitais possam se inscrever no programa
O objetivo do programa Survivorship é apoiar o paciente oncológico na retomada de seu dia a dia depois do tratamento da doença. A iniciativa parte do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e acaba de ser lançada no Brasil. É o primeiro serviço do gênero na América Latina. “Ajudamos a pessoa na busca de um estilo de vida com menos risco de recidiva e mais próximo do que tinha antes do câncer”, explica Fabio Romano, terapeuta corporal e coach de saúde da Clínica de Terapias de Suporte do Centro de Oncologia e Hematologia Einstein Família Dayan – Daycoval.
O Survivorship é inspirado em programas americanos semelhantes como os do MD Anderson Cancer Center (Houston/Texas), parceiro do Hospital Paulistano, e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center (Nova York), primeiro centro médico do mundo a implantar esse tipo de acompanhamento. “Quando o paciente passa por uma experiência de quase morte, um estigma presente mesmo nos casos menos graves, ele passa a refletir sobre a vida”, diz Romano. Nesse período muitas vezes marcado por angústia, o serviço auxilia essa pessoa a encontrar o que é mais importante para ela.
O Survivorship é realizado em paralelo às visitas ao oncologista depois do término do período terapêutico, diferentemente do que ocorre em outros países, onde esse tipo de programa começa a ser aplicado aos pacientes apenas cinco anos após a alta, período em que acontece a maioria das recidivas. A recomendação do Einstein é que o paciente procure o serviço de seis meses depois do término do tratamento do câncer. Antes disso, as pessoas costumam estar ainda muito focadas na doença e não na saúde e no autocuidado. Mas nada impede que o façam antes desse período, se assim julgarem adequado, ou até anos depois.
Há cinco encontros, sendo que o primeiro e o último são realizados com toda a equipe do serviço, que é formada pelo terapeuta corporal e coach de saúde, uma médica da medicina integrativa, uma nutricionista, uma psicóloga e uma enfermeira navegadora. Ou seja, o olhar é global. As demais sessões são conduzidas pelo coach de saúde.
Nas reuniões com o coach, a pessoa identifica as áreas de sua rotina que quer trabalha e por qual quer começar. Ela também aprende técnicas integrativas que contribuem para o controle do estresse. No último encontro com toda a equipe, o paciente recebe um feedback e um plano de autocuidado, além de ser direcionado para os profissionais que podem ajudá-lo – do próprio Survivorship ou de outros serviços de Terapias de Suporte, como o de um dentista ou de um educador físico. O programa não é restrito aos pacientes do Einstein. Indivíduos que se trataram em outros hospitais também podem se inscrever no programa.
Fonte: Apólice
As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos
Nenhum comentário:
Postar um comentário