sábado, 5 de janeiro de 2019

Estudo aponta maior risco de câncer de mama em mulheres após o parto


Pesquisa feita na Universidade da Carolina do Norte apontou diferença nos fatores de risco do câncer de mama entre mães mais jovens e mais velhas

Câncer de mama:: é o segundo tipo de câncer mais incidente entre as brasileiras, atrás apenas do câncer de pele não melanoma (Foto/Thinkstock)

São Paulo — Uma pesquisa do centro de pesquisa sobre câncer da Universidade da Carolina do Norte (UNC), nos Estados Unidos, sugere que mães jovens podem ter um risco maior de desenvolver câncer de mama do que mulheres jovens que não tiveram filhos.
Os resultados foram publicados na revista científica “Annals of Internal Medicine”.
O estudo vai na contramão do que se sabe até hoje sobre o câncer de mama, que dar à luz pode ser um fator de proteção contra a doença. Os pesquisadores da Carolina do Norte afirmam que o parto ainda é uma proteção, mas que seus benefícios podem levar até 20 anos para se manifestar.
Mulheres com menos de 55 anos foram analisadas pela equipe. Nos Estados Unidos, o câncer de mama é mais comum em mulheres acima dos 62.


“O que é sabido é que mulheres que têm filhos têm menos tendência a ter câncer de mama do que mulheres que não tiveram filhos, mas isso considerando as mulheres acima dos 60 anos”, afirma Hazel B. Nichols, pesquisador e professor da UNC. “Descobrimos que pode levar mais de 20 anos a partir da data do parto para que seja efetivo contra o câncer de mama e, antes disso, o risco é maior em mulheres que recentemente tiveram um filho”, explica.
Além dos riscos de desenvolvimento da doença após o parto, os pesquisadores levantaram informações sobre o impacto da amamentação e histórico familiar. Foram levantados dados sobre 889.994 mulheres de 15 estudos diferentes.
Os pesquisadores descobriram que, em mulheres com 55 anos ou menos, o risco de câncer de mama atinge seu pico cerca de cinco anos após o parto, sendo o risco das mães 80% maior do que entre as mulheres sem filhos. A gravidez passou a ser um fator de proteção ao câncer de mama cerca de 23 anos após o parto. O risco também é maior após o parto entre mulheres com histórico familiar da doença, com mais filhos ou com mais idade na época do primeiro parto. O padrão foi o mesmo entre mulheres que amamentaram e que não amamentara.
“Temos que reconhecer que os fatores de risco tradicionais para o câncer de mama não operam da mesma forma em mulheres mais jovens “, diz Nichols.
Apesar do risco ser maior entre mães após a gravidez, ele ainda se mantém pequeno. Entre partos recentes, entre três e sete anos, 41 a cada 100 mil mulheres de 41 a 45 anos foram diagnosticadas com a doença. Entre mulheres com mais de 50 anos, foram 247 a cada 100 mil.
O risco também foi maior entre mulheres que tiveram o primeiro filho depois dos 35 anos. A gravidez foi um fator de proteção contra um tipo de câncer de mama, mas não contra outro.
“A pesquisa evidencia o fato de que os fatores de risco para mulheres jovens podem ser diferentes daqueles para mulheres mais velhas, há diferentes tipos de câncer de mama e os fatores de risco mudam”, diz Nichols.
Os resultados da pesquisa podem ser usados para desenvolver melhores campanhas de prevenção e escolhas de tratamento.
Fonte: Exame

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