Jussara, que há 12 anos se trata de câncer, diz que rotina é com médicos e medo, mas vive bem Foto: Divulgação/Gabriela Burdmann
Ter a família por perto (64%) e encontrar amigos (55%) são alguns dos fatores mais lembrados por pacientes com câncer de mama metastático, que moram no Rio, quando incentivadas a pensar sobre as situações que poderiam beneficiá-las durante o tratamento. O dado é da pesquisa “Câncer de mama metastático: a voz das pacientes e da família”, feita pelo Instituto Provokers, em nove capitais brasileiras, a pedido da Pfizer.
O suporte emocional é importantíssimo para que a paciente tenha êxito no tratamento. Parceiros(as) e filhos(as), 29% e 28% respectivamente, são quem mais dá apoio às pacientes brasileiras, apesar de estarem abalados pela doença. Medo, tristeza e insegurança foram os sentimentos com maior número de relatos entre as mulheres com câncer e seus parentes ouvidos pelo levantamento.
Os familiares relataram uma percepção maior de “muito sofrimento” (88%) do que as próprias pacientes em tratamento (72%).
— Não adianta trabalhar apenas o lado emocional do paciente. Aqueles que estão próximos também precisam de apoio. A paciente é tratada de acordo com as possibilidades medicinais disponíveis, mas não podemos esquecer que existe um núcleo que vai dar o apoio emocional de que ela precisa. Congregar estes quesitos é fundamental para ajudar no sucesso do tratamento e na forma de a paciente enfrentar e conviver com aquela doença no dia a dia — comenta Eurico Correia, diretor médico da Pfizer.
A pesquisa questionou ainda as pacientes sobre o que elas gostavam de fazer e tiveram que abrir mão após o diagnóstico: 50% apontaram as viagens com a família e amigos e 45% passeios no fim de semana. Das entrevistadas, apenas 10% afirmaram não ter mudado a rotina em nada.
Motivação para continuar
Ana Furtado compartilha nas redes sociais detalhes de seu tratamento Foto: Reprodução/Instagram
— É muito importante que a paciente tenha confiança no tratamento, no médico e nela mesma. Este é um tripé que precisa estar bem solidificado. A pessoa precisa compreender seu quadro e manter a esperança. Minha dica é que ela não viva só em função da doença, mas que faça outras atividades. Isto traz um positivismo e uma energia para tolerar o tratamento — afirma Susanne Crocamo, médica oncologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico.
A estimativa do Inca é que, no biênio 2018-2019, haja 113,5 novos casos de câncer de mama no Rio a cada 100 mil habitantes.
‘Sou corajosa, mas não destemida’
Jussara Del Moral, youtuber do canal Supervivente de 54 anos
Qual é o seu tipo de câncer?
Meu câncer primário era um triplo negativo, que não era alimentado por hormônios. Tive câncer de mama aos 42 anos. Depois de dois anos, tive metástase nos pulmões. Depois de quatro anos, tive metástase óssea, principalmente na calota craniana, que é onde eu trato até hoje.
Qual é a sua missão?
É desmistificar que o câncer metastático mata. Hoje temos muitos tratamentos que nos concedem mais tempo de vida. Estou há 12 anos tratando o câncer e vivo muito bem. Minha rotina é recheada de médicos, exames e medo. Eu sou uma pessoa corajosa, mas não destemida. Não podemos romantizar o câncer, pois ele é uma doença grave.
Fonte: Globo
As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos
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