domingo, 13 de janeiro de 2019

Diagnóstico do Câncer de Mama


O diagnóstico de câncer de mama somente pode ser estabelecido mediante uma biópsia de área suspeita que seja analisada por um patologista e laudada como sendo um câncer.

A realização desta biópsia, no entanto, somente ocorre em face de alguma alteração suspeita, seja no exame físico, seja na mamografia.

Quando a paciente ou o médico encontram alterações no exame físico, são solicitados exames adicionais como mamografia, ou ultrassom das mamas.

Além disso, mulheres sem alterações ao exame clínico das mamas podem ter alterações detectadas na mamografia de rotina, que deve ser realizada em todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade. 

O rastreamento assim como a investigação diagnóstica de um nódulo palpável é feita com base na mamografia. Não há idade limite para a realização de mamografia de rastreamento, sendo que o bom senso dita que quando uma mulher tiver uma expectativa de vida curta, não faz mais sentido rastrear o câncer de mama.

No entanto, para uma mulher na qual seja palpável um nódulo, não existe limite de idade para a mamografia de investigação.

O ultrassom das mamas pode servir como complemento à mamografia, pois ajuda a diferenciar cistos de nódulos.

A ressonância magnética é recomendada para o rastreamento apenas em populações de alto risco, como pacientes com uma história familiar confirmada ou suspeita, pacientes sabidamente predispostas geneticamente ao câncer ou pacientes que já tiveram um primeiro câncer de mama.

Nas pacientes com alto risco definido com base em história familiar ou genética, a recomendação é iniciar o rastreamento aos 30 anos de idade.

Mamografia, ultrassom e ressonância magnética podem ser laudados com referência a uma classificação denominada Bi-RADS. A tabela abaixo indica o significado e a conduta em cada caso, com base no Bi-RADS:

Categoria
Seguimento Proposto
Indica necessidade de imagens adicionais
Imagens adicionais (Mamografia ou ressonância magnética)
Negativa: sem anormalidades
Seguimento anual
Benigno: alterado, mas não suspeito
Seguimento anual
Provavelmente benigno
Mamografia em 6 meses
Alteração suspeita, provavelmente benigna
Necessita biópsia
Altamente suspeito para malignidade
Necessita biópsia
Sabidamente maligno
Biópsia prévia já diagnóstica

Quando a mamografia ou ultrassom encontram alterações suspeitas, é recomendada uma biópsia. 

Em casos em que não há alterações na mama, mas sim presença de linfonodo (gânglio) aumentado na axila pode ser feita uma punção com agulha fina, com agulha grossa ou mesmo excisão cirúrgica do gânglio.

O médico patologista que analisa o material da biópsia deve idealmente conhecer os dados clínicos e a suspeita diagnóstica, e necessita de alguns dias para estabelecer o resultado diagnóstico, em função do processamento adequado do material, e da necessidade de se usar determinadas técnicas laboratoriais para este fim.

Atualmente não basta dizer que se trata de câncer de mama, pois existem diversos tipos e dentro destes, diversas características tumorais, que podem determinar de maneira distinta desde o planejamento da cirurgia, até o da quimioterapia e radioterapia ou outras terapias.


Fonte: Oncoguia

As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.

É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos 

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