A quimioterapia é um dos mais conhecidos tratamentos contra o câncer, sendo frequentemente prescrito pelos médicos como principal forma de combate à doença. Este é um assunto amplo que requer uma explicação completa para o paciente ter o conhecimento sobre o que esperar.
Se você está com dúvidas sobre a quimioterapia, veio ao lugar certo! A Wecare Skin preparou um guia completo com tudo sobre quimioterapia. Aqui, você vai descobrir mais sobre o tratamento, os efeitos colaterais, os cuidados no dia-a-dia, estilo de vida, entre muitos outros fatores.
Ao final, você se sentirá muito mais preparado e tranquilo para fazer o tratamento, sabendo exatamente como proceder em cada situação.
Quais os tipos de câncer mais comuns e que são tratados com quimioterapia?
Dentre os mais comuns tipos de câncer no Brasil, o câncer de pele não melanoma figura em primeiro lugar, com aproximadamente 36% entre todos os casos de câncer da população. A quimioterapia é um dos tratamentos que podem ser aplicados a este tipo de câncer.
Em segundo lugar, vem o câncer de próstata, com aproximadamente 13,8% dos casos. Em seguida, estão o câncer de mama, o câncer de cólon e reto, o de pulmão e o de estômago. Todos estes casos podem ou não receber como tratamento a quimioterapia, dependendo de uma série de condições a serem avaliadas pela equipe médica, dentre elas:
- Tipo de câncer
- Estágio da doença
- Condições gerais de saúde do paciente
- Região do corpo onde se encontra o câncer
- Se está ou não disseminado
A quimioterapia é um tratamento sistêmico. Isso significa que ela tem a capacidade de agir em todo o corpo, e não apenas em uma área específica. Assim, em casos onde a doença se espalhou para outras regiões ou tecidos, ela é preferível a outras formas de tratamento, como a radioterapia, que tem eficiência apenas no local de aplicação.
Quais são os tipos de quimioterapia existentes?
Popularmente, são conhecidas a quimioterapia branca e a quimioterapia vermelha. Porém, a única diferença entre elas são os medicamentos utilizados, que podem ser indicados para um tipo de câncer, enquanto outro tipo requer outro medicamento.
A coloração da quimioterapia tem a ver somente com o tipo de medicamento utilizado em sua composição. Alguns possuem naturalmente a cor vermelha, enquanto outros são transparentes.
Nenhum dos tratamentos é mais forte que o outro, e sua indicação se baseia no fato de o medicamento ser mais eficiente do que os outros para combater aquele tipo específico de célula cancerosa.
Quais os objetivos da quimioterapia?
Dependendo de alguns fatores como estágio e tipo de câncer, podem ser adotadas diferentes estratégias de tratamento. Vamos explicar melhor cada um dos objetivos da quimioterapia a seguir.Curativo
A quimioterapia com objetivo de cura é quando todas as diretrizes apontam a uma possível cura do paciente. Nestes casos, os esforços são focados em eliminar completamente a doença, sem deixar vestígios de células afetadas em nenhuma parte do corpo.
Porém, nunca se pode dizer que a quimioterapia está sendo aplicada para curar um paciente, pois a cura não é garantida. O que os médicos costumam dizer é que o tratamento está sendo feito com intenção curativa. Ou seja, embora nada possa garantir isso, a intenção é curar o paciente.
É assim que ocorre a maior parte dos casos de cura do câncer. Pacientes que recebem o tratamento com intenção curativa frequentemente vencem a doença e são curados.
Controle da doença
Existem casos nos quais a equipe médica consegue identificar que a cura não será possível. Nestes casos, o tratamento assume a forma de controle da doença. O objetivo é fazer o tumor regredir o máximo o possível e evitar que ele cresça ou se espalhe para outras partes do corpo.
Há casos onde o câncer não desaparece completamente, mas é controlado como uma doença crônica. Este tipo de tratamento aumenta a qualidade de vida e a taxa de sobrevida do paciente.
Paliativo
Os cuidados paliativos têm como objetivo aumentar a qualidade de vida e sobrevida do paciente, aliviando os sintomas provocados pela doença. Geralmente é utilizado em casos onde o tumor está mais avançado ou disseminado.
Quais as formas de aplicação da quimioterapia?
Quando falamos em quimioterapia, logo vem à mente a imagem de uma medicação intravenosa, como um soro. Esta é a forma mais conhecida de aplicação da quimioterapia, porém, não é a única.
Vira oral
A quimioterapia pode ser aplicada via oral, com cápsulas ou comprimidos que contêm os medicamentos que compõem o tratamento. Nestes casos, o paciente pode tomar a medicação em casa, respeitando sempre os dias, horários e periodicidade.
Injetável
A quimioterapia também pode ser aplicada de forma injetável, diretamente no local de foco da doença, como um órgão específico. Neste caso, já é necessário comparecer ao hospital para tomar a medicação.
Subcutânea
Esta é a quimioterapia aplicada sob a pele, mas não necessariamente dentro de um órgão ou no sistema sanguíneo. Também deve ser aplicada somente no hospital.
Intravenosa
Tipo mais conhecido de quimioterapia, ela é aplicada diretamente na corrente sanguínea do paciente, fazendo com que o medicamento circule rapidamente pelo organismo. Novamente, o paciente deve comparecer ao hospital para tomar essa medicação.
Qual a periodicidade de aplicação do tratamento?
Tudo depende da forma de aplicação, do tipo de câncer, do estágio da doença e do objetivo da quimioterapia. Cada paciente receberá as orientações de seu médico quanto à periodicidade em que deve tomar a medicação para o seu caso específico.
Quais são os efeitos colaterais da quimioterapia?
A quimioterapia é um tratamento que visa destruir as células cancerosas do organismo. Para isso, os medicamentos agem sobre células que apresentam crescimento descontrolado, acelerado e anormal, características de células do câncer.
Porém, essa medicação não faz distinção entre células do câncer e células saudáveis que trabalham da mesma forma. Isso ocasiona o aparecimento de alguns efeitos colaterais, já que a medicação pode acabar atacando células saudáveis do organismo.
Da mesma forma que esses efeitos colaterais podem aparecer, eles também podem não se manifestar, e tudo varia de pessoa para pessoa. Alguns apresentam mais de um efeito colateral ao longo do tratamento, enquanto outros não apresentam nenhum.
De forma geral, vamos apresentar os principais e mais comuns efeitos colaterais da quimioterapia agora.
Alopecia – queda de cabelo
O efeito colateral mais conhecido popularmente da quimioterapia é a alopecia, a queda de cabelo. Trata-se de um efeito colateral que, dependendo do tipo de medicação administrada, pode ou não se manifestar.
Apesar de causar certo receio nos pacientes, este efeito colateral não é permanente. Os cabelos voltam a crescer normalmente após o fim do tratamento.
O que ocorre é que os cabelos são células de crescimento acelerado e, por isso, a quimioterapia que circula no corpo vai atingir essas células também, sem distinção. Por isso, às vezes, ocorre a queda de cabelo.
Náuseas e vômitos
Outro efeito colateral bastante conhecido diz respeito às náuseas e vômitos durante o tratamento. É normal que isso ocorra, pois o organismo pode reagir de formas adversas a uma nova substância circulando na corrente sanguínea.
Geralmente, este efeito colateral está associado aos odores que o paciente percebe no ambiente, como o cheiro de comida sendo preparada, ou de produtos de limpeza, entre outros.
Fadiga
A fadiga oncológica não é um cansaço normal que passa com uma boa noite de sono e descanso. Ela é semelhante a um sintoma crônico e persiste mesmo após o descanso. Esse efeito colateral pode levar o paciente a ter dificuldades em realizar tarefas simples, como subir escadas, levantar da cama pela manhã ou fazer uma caminhada.
Excesso de sono
Outro efeito colateral que pode ocorrer durante a quimioterapia é o excesso de sono. O paciente sentirá sono excessivo durante o dia e terá o desejo de dormir durante longas horas, porém, este sono nunca é o suficiente para se sentir descansado.
Ressecamento da pele
Mais um efeito colateral bastante comum da quimioterapia é o ressecamento da pele. Isso acontece porque o tratamento causa desidratação, que pode ser sentida na pele após alguns dias ou semanas.
Se não forem tomados os devidos cuidados com a pele durante a quimioterapia, o ressecamento pode trazer outros efeitos.
Outros relacionados ao ressecamento da pele
Um efeito colateral relacionado ao ressecamento da pele é a coceira. Há também a vermelhidão e o espessamento da pele. Caso o paciente não cuide da pele adequadamente, podem surgir ainda uma descamação seca, descamação úmida, inflamação e feridas na pele.
Se as condições físicas dos efeitos colaterais estiverem muito graves ou incômodas, o médico pode suspender temporariamente o tratamento até que o paciente se recupere. O ideal, porém, é cuidar da pele desde o início do tratamento, a fim de não precisar interromper as sessões.
Síndrome mão-pé
A síndrome mão-pé é uma condição que afeta principalmente as palmas das mãos e solas dos pés, mas também pode aparecer em joelhos e cotovelos. Ela se inicia como um ressecamento acentuado nessas regiões.
Quando não tratada corretamente, a condição pode evoluir para uma vermelhidão com sensibilidade, coceira, descamação seca, descamação úmida e até a formação de feridas.
Este é um efeito colateral que pode afetar a vida do paciente na realização de tarefas simples, como utilizar talheres para comer, tomar banho ou calçar sapatos ou tênis. Muitas vezes, o incômodo chega a impedir que o paciente consiga ficar de pé ou utilizar as mãos.
Por isso falamos sempre da importância de cuidar da pele da forma correta. Efetuando os cuidados diariamente, todos os efeitos colaterais podem ser evitados, retardados ou terem sua intensidade diminuída, melhorando a qualidade de vida do paciente ao longo do tratamento.
Como lidar com os efeitos colaterais da quimioterapia?
Para que você tenha uma qualidade de vida superior ao longo do tratamento, vamos abordar novamente os efeitos colaterais, ensinando como lidar com cada um deles.
Queda de cabelo
Não existe nenhum tipo de medicamento, shampoo ou condicionador que seja capaz de prevenir a alopecia devido à quimioterapia. Se a medicação que o paciente estiver utilizando causar este efeito colateral, as recomendações médicas incluem mudar o estilo de vida no que diz respeito à forma de se vestir.
As principais recomendações incluem o uso de bonés, chapéus e lenços. O paciente se acostuma gradualmente com a própria aparência utilizando os acessórios e podem facilmente combinar roupas com eles.
Vale ressaltar que esse efeito colateral não é permanente, assim como nenhum outro. Após o tratamento, os cabelos voltam a crescer normalmente como cresciam antes.
Náuseas e vômitos
Para controlar as náuseas, é recomendado que o paciente não fique próximo à cozinha no momento do preparo das refeições, a fim de evitar os enjoos provenientes do cheiro dos alimentos e temperos.
Também é recomendado evitar produtos de limpeza e cosméticos, como perfumes e loções hidratantes perfumadas, que também podem causar enjoos.
Fadiga
A fadiga oncológica tem relação direta com o estilo de vida que o paciente segue. Alguém que tem o costume de fazer atividades físicas por no mínimo 30 minutos diariamente sentirá muito menos o impacto deste efeito colateral do que pacientes sedentários.
Portanto, a dica para amenizar a sensação de fadiga é fazer uma caminhada longa, de no mínimo 20 minutos, em ritmo constante não muito lento, mas também não tão acelerado. Gradualmente, o efeito deste sintoma vai diminuindo de intensidade.
Sono excessivo
Quanto ao excesso de sono, a recomendação principal é manter uma rotina de sono diariamente. Dormir e acordar sempre no mesmo horário pode ajudar. O paciente deve evitar ao máximo os cochilos durante o dia, que podem desregular a rotina de sono e o organismo.
Outra dica é realizar tarefas interessantes e que requerem atenção, como um tipo de artesanato, jogar um jogo ou até mesmo trabalhar. Mantendo o cérebro trabalhando, o paciente sentirá muito menos sono durante o dia e conseguirá descansar melhor durante a noite.
Ressecamento da pele
Para todos os efeitos colaterais relacionados à pele, as recomendações são as mesmas. A quimioterapia pode causar o ressecamento da pele, que leva ao surgimento da vermelhidão, da coceira, da descamação e também da síndrome mão-pé.
Para evitar e amenizar esses efeitos colaterais, é necessário manter a pele sempre muito bem hidratada e protegida contra substâncias e situações agressivas. Situações agressivas incluem exposição ao sol, manuseio de objetos pesados ou esforço físico demasiado. Substâncias agressivas incluem produtos de limpeza (tanto abrasivos quanto não-abrasivos), além de alguns componentes encontrados comumente em diversos cosméticos.
O paciente deve evitar carregar peso, fazer esforço físico, se expor ao sol ou ao contato com esses componentes e substâncias agressivas. Em uma pessoa saudável, elas não causariam grandes danos, porém, a pele do paciente que está fazendo quimioterapia fica muito fragilizada pelo tratamento e requer cuidados especiais.
O que usar para cuidar da pele durante a quimioterapia?
Entre os componentes que se tornam agressivos à pele do paciente oncológico, estão os conservantes chamados de parabenos, um agente hidratante chamado de ureia, que é comumente utilizado em diversas marcas de loções, além de fragrâncias e corantes.
Óleos também não são recomendados, uma vez que podem conter uma ou mais dessas substâncias, além de serem de difícil remoção e terem fragrâncias que podem causar náuseas.
É recomendado que o paciente sempre leia os rótulos dos produtos cosméticos que for utilizar para saber se eles contêm um ou mais desses componentes agressivos.
Considerações finais
Depois de entender melhor como funciona a quimioterapia, seus efeitos colaterais e seus cuidados, com certeza você está muito mais preparado para passar por esta etapa de sua vida. Em nosso blog, você encontra uma série de artigos que abordam temas essenciais da vida de pacientes oncológicos e que podem te ajudar muito neste momento importante.
Fora isso, siga sempre as recomendações médicas da equipe, tirando suas dúvidas, relatando efeitos colaterais e pedindo orientação sempre que necessário.
Quanto aos cuidados com a pele, quanto antes o paciente começar a utilizar os produtos, melhor será o resultado de prevenção.
Você também pode ajudar outros pacientes a se informarem sobre a quimioterapia compartilhando este post com seus amigos!
Agora que você já sabe tudo sobre quimioterapia, ajude este conhecimento a chegar em outros pacientes, dando-lhes uma melhor qualidade de vida, saúde e informação.
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Fonte: Wecare
As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos
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