Essa entrevista foi preenchida em
17/08/2018
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Oncoguia - Quem é você? (idade, profissão, tem filhos, casada, cidade e
estado?)Paola
- Meu nome é Paola hoje com 44 anos,
mãe de uma menina de 07 anos, casada e da cidade de São José dos Campos, SP.
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Oncoguia - Como foi que você descobriu que estava com câncer?Paola - Minha relação com a doença começou em Março de 2017
fui a minha ginecologista para exames de rotina e após um problema no meu casamento,
queria diminuir as mamas pq sempre as achei muito grande e pesada, e também
tinha uma necessidade gigante de mudar muitas coisas que haviam errado, já
estava em tratamento com uma psicologa, e dentro da minha ansiedade gostaria de
resolver tudo ao mesmo tempo, foram 4 meses de esperança e depois mais 45 dias
para chegar ao meu diagnostico Carcinoma ductal in situ, a angustia da cirurgia
que foi em setembro.
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Oncoguia - Você apresentou sinais e sintomas do câncer? Quais?Paola - Nenhum, eu também passei por um período de stress
muito grande um pouco antes da suspeita. Perdi muito cabelo, imunidade baixa
mais nada associado a isso.
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Oncoguia - Quais dificuldades você enfrentou para fechar o seu diagnóstico?Paola - Então eu achei que demorou muito pois as suspeitas
começaram em Março 2017 a primeira biopsia em Julho, o resultado inconclusivo
depois ai sim veio o estudo de imuno-histoquímica no fim de Agosto a cirurgia
nos meados de Setembro e radioterapia só nos meados de Dezembro e finalizei em
Janeiro 2018.
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Oncoguia - Como você ficou quando recebeu o diagnóstico? O que sentiu? No que
pensou?Paola
- Nossa meu Deus foram os piores
minutos, um filme começou a passar na minha cabeça, eu faço acompanhamento da
Tireoide pois tenho 11 cistos e meu médico me alertando do hormônio dos
malefícios do cortisol (hormônio do stress) pois eu estava me recuperando do
stress traumático de uma traição eu pensei recebi minha condenação de morte,
pois fazia 4 anos que meu pai havia falecido de câncer de pâncreas lembrei do
sofrimento do meu pai, das idas e vindas no hospital, foi uma experiência ruim,
mais levantei a cabeça e falei vou enfrentar de peito aberto.
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Oncoguia - Qual foi a sua maior preocupação neste momento?Paola - Minha filha... Ela vinha o tempo todo na minha
cabeça.
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Oncoguia - Você já começou o tratamento? Em que parte do tratamento você se
encontra nesse momento? Se já finalizou, conte-nos um pouco sobre como foi
enfrentar todos os tratamentos?Paola - Já
terminei em Janeiro de 2018 28 sessões de radioterapia, me sai muito bem.
Religiosamente, após o meu trabalho ia nas sessões me ausentei no final pq o
sutiã incomodava, um calor, a transpiração, adorava chegar no ar condicionado
rs a parte de baixo do seio meu Deus, fiquei assutada porque a pele ficou bem queimada
e comecei a tomar o tamoxifeno e logo tive uma reação com uma coceira horrível
pelo corpo, mais meus médicos não associaram o problema ao remédio e feridas
pelo corpo. Senti também uma coceira insuportável pelo corpo, parecia que um
bicho andava a todo o tempo, principalmente de manhã.
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Oncoguia - Em sua opinião, qual é o tratamento mais difícil? Por quê?Paola - Não sei só fiz a radioterapia, para mim foi após
radio, a pele muito seca e reativa....
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Oncoguia - Você sentiu algum efeito colateral diante ao tratamento? Como lidou
com isso? O que te ajudou?Paola - De
verdade senti muito pouco, muita água até 3 litros todos os dias, no começo eu
me sentia enjoada, evitei comidas que não faziam parte do meu cotidiano.
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Oncoguia - Como foi/é a sua relação com seu médico oncologista?Paola - Eu fui do mastologista direto para a radioterapia,
só conheci um onco depois que passei pela radio e na radio minha médica era
muito boa, sempre me esclareceu tudo.
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Oncoguia - Você se relacionou com outros profissionais? Se sim, quais e por
quê?Paola
- Desde de a recepção aos técnicos e
enfermeiros. Me sentia muito bem com todos, até hoje se encontro na rua me
abraçam.
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Oncoguia - Você fez ou faz acompanhamento psicológico? Se sim, conte-nos um
pouco sobre a importância desse profissional nessa fase da sua vida.Paola - Sim, de suma importância. Foi ali que contava meus
medos e minhas aflições. Pois, apesar de ter família, a doença nos mostra um
rastro da solidão, pois ali a conversa é com a gente mesmo.
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Oncoguia - Como está a sua vida hoje?Paola - Estou
super bem, claro, chega próximo do rastreamento até os exames ficarem prontos
da uma certa agonia, mais estou cheia de sonho, pensou em voltar a estudar uma
nova profissão, fazer planos para o futuro.
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Oncoguia - Você continua trabalhando ou parou por causa do câncer?Paola - Não parei em nenhum momento, Graças a Deus.
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Oncoguia - Você buscou seus direitos? Se sim, quais?Paola - Sim, retirei meu fundo de garantia pq gastei muito
com cremes para recuperar a pele, médico particular, mais está valendo a pena.
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Oncoguia - Quais são seus projetos para o futuro?Paola - Eu preciso ter uma nova profissão, voltar a
estudar, me qualificar e uma coisa eu aprendi faça uma poupança, você precisa
estar preparado para momentos de dificuldades.
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Oncoguia - Que orientações você daria para alguém que está recebendo o
diagnóstico de câncer hoje?Paola -
Confie sempre num poder superior chame ele de Deus
de como entender, porque vai precisar de um conforto, eu particularmente
enfrentei meu problema de frente e faça terapia ajuda muito e nos fortalece,
aprenda a perdoa, seja humilde, desista de querer controlar tudo e a todos não
temos essa capacidade e confie no seu médico.
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Oncoguia - Como você conheceu o Oncoguia?Paola - Convênio médico era a opção que eu tinha.
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Oncoguia - Você tem alguma sugestão a nos dar?Paola - Como nos defender no ambiente de trabalho? Ter uma
doença dessas em plena atividade econômica.
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Oncoguia - O que você acha que deveria ser feito para melhorar a situação do
câncer no Brasil? Deixe um recado para os políticos brasileiros!Paola - Ah trabalhar no preventivo, capacitar as pessoas
envolvidas nessa área... Mais investimentos e o exame de genética ser
obrigatório em SUS e convênio, como já é feito em outros países.
Fonte: OncoguiaAs informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos
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