quarta-feira, 8 de abril de 2020

Menopausa: riscos e tratamentos



1. Risco de câncer de mama associado à reposição hormonal na menopausa: novas controvérsias?

Extremamente discutido ao longo dos últimos 15 anos (desde a publicação de um dos maiores trabalhos da literatura médica, o WHI), o risco de câncer de mama associado à reposição hormonal na menopausa retorna a um importante periódico, o The Lancet, como assunto principal.
O estudo, que ainda será publicado no periódico The Lancet, consiste em uma metanálise de trabalhos feitos apenas com dados epidemiológicos, sem ensaios clínicos.
No total, 108.647 mulheres tiveram câncer de mama após a menopausa (média de idade de 65 anos) e 55.575 (51%) fizeram terapia de reposição hormonal. Entre aquelas sobre as quais se tinha informações completas, a duração média de uso da medicação foi 10 anos (desvio padrão, DP, de seis anos) em pacientes em uso da terapia de reposição hormonal e de sete anos (DP de seis anos) em usuárias prévias.
Todos os tipos de terapia de reposição hormonal (exceto com estrogênio vaginal) foram associados a risco elevado de câncer de mama, que aumentou progressivamente em função do tempo de uso, assim como quando o estrogênio foi administrado em associação com o progestágeno versus estrogênio isolado.
Considerando as associações feitas no estudo, cinco anos de terapia de reposição hormonal em mulheres de peso médio vivendo em países desenvolvidos a partir dos 50 anos de idade, os dados revelaram uma incidência de câncer de mama entre 50 e 69 anos de aproximadamente 1 em cada 50 pacientes usando estrogênio + progestágeno; 1 em cada 70 pacientes usando estrogênio + progestágeno de final e ciclo; e 1 em cada 200 pacientes usando estrogênio isolado. Sendo que, 10 anos usando estes medicamentos poderia duplicar esses números.
Para lembrar:
A preocupação é evidente e necessária, e os resultados deste trabalho apenas reiteram os dos estudos anteriores. Mas devemos continuar individualizando a terapia de reposição hormonal para cada paciente e seus efeitos colaterais (avaliando principalmente perda de qualidade de vida).

Fonte: Medscape


As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.

É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos.


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