Pesquisa revela que elas são capazes de prevenir e combater tumores, até mesmo em estágio mais avançado
Reportagem: Caroline Randmer (Foto: Gustavo Arrais/SAÚDE é Vital)
Comum em receitas natalinas, esse fruto oleaginoso tem potencial para marcar presença o ano inteiro nas mesas brasileiras. Seus nutrientes – gorduras boas, caso do ômega-3, aminoácidos e algumas vitaminas, como a E – são responsáveis por benefícios como o controle da pressão arterial, a redução da taxa do colesterol ruim, o LDL, e até a cicatrização. Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Marshall, nos Estados Unidos, comprovaram que uma nova benesse deve ser acrescentada a essa lista: a prevenção do câncer de mama, tipo mais frequente entre as mulheres.
O trabalho foi realizado com dois grupos de roedores. Um deles recebeu o que, para nós, equivaleria a 56 gramas – inclusive durante a gestação, através da alimentação da mãe – e o outro nem uma lasca sequer de nozes. Para os que tiveram os pratos salpicados com o alimento, o risco de desenvolver a doença caiu pela metade. E mais: os especialistas verificaram que, entre os que apresentaram esse câncer, o número e o tamanho dos tumores eram menores. Até mesmo a inclusão da oleaginosa na dieta após o diagnóstico da doença se mostrou uma estratégia bem-sucedida: as nozes brecaram a velocidade do crescimento do aglomerado de células malignas.
“É possível que a vitamina E atue junto com o ômega-3 de sua composição, dificultando o desenvolvimento do problema”, sugere Elaine Hardman, a bioquímica que assina a pesquisa. “Já a suplementação do ácido graxo, sozinho, não proporcionou o mesmo efeito”, ela vai logo esclarecendo. Isso talvez porque só quando combinadas essas substâncias auxiliem pra valer a manter as células saudáveis.
Quantidade em questão
Mas há um porém. A quantidade sugerida no estudo – 14 unidades diárias – está acima da que geralmente é recomendada pelos nutricionistas – de seis a dez nozes apenas por dia. Ora, a noz pesa na balança no quesito calorias e, em excesso, suas gorduras poli-insaturadas podem chegar até a diminuir as taxas do colesterol bom, o HDL. Apesar disso, a autora afirma que estudos realizados com a mesma quantidade não adicionaram quilos a mais à silhueta ou outras complicações. Será?
Para driblar essa questão de peso, existe uma tática: “As porções de nozes devem ser bem distribuídas ao longo do dia”, aconselha Gilberto Simeone Henriques, coordenador do curso de nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais. Simeone, aliás, acredita que outras oleaginosas, como amêndoas ou avelãs, possam se comportar de maneira semelhante à das nozes na prevenção de tumores de mama. Ele, no entanto, aconselha evitar qualquer uma delas à noite: “As gorduras, por exigirem mais trabalho para serem absorvidas, deixam o sistema digestivo muito lento”. Daí, para quem logo se deita, uma indigestão pode dar as caras. Portanto, mulheres, caprichem nas nozes antes do anoitecer e protejam suas mamas.
Raio X da noz
Origem: fruto da árvore nogueira-comum, a noz é proveniente da Europa e da Ásia
Quais são seus principais nutrientes: ômega-3 e 6, vitaminas C e E, zinco, potássio e arginina, um aminoácido
Calorias: 698 (em 100 g)
Pode-se incluir nozes em: saladas, massas, tortas e doces
Benefícios já comprovados: protege o coração, diminui as taxas do colesterol ruim e evita o cansaço
Fonte: Abril Saúde
As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos
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