quinta-feira, 24 de outubro de 2019

7 alimentos causadores de artrite e câncer para evitar



É de conhecimento comum que a dieta exerce uma grande parte no seu risco vitalício de desenvolver câncer. Mas, nova pesquisa indica que a dieta também pode ser um fator na ocorrência de artrite. A causa principal desta condição articular dolorosa não é totalmente compreendida, mas foi geralmente ligada ao desgaste. As pessoas que têm trabalhos fisicamente exigentes ou que são obesas parecem ter um maior risco.
Mas, atualmente, parece que o equilíbrio das bactérias que vivem no seu intestino, o qual é influenciado diretamente pela dieta, pode ser um fator incitante no desenvolvimento de artrite. Por sua vez, a inflamação crônica e menor nível de atividade encontrado nos pacientes de artrite pode resultar no desenvolvimento de câncer.
Em estudos com camundongos, os pesquisadores notaram que camundongos obesos apresentaram maior tendência de ter bactérias prejudiciais no intestino do que os camundongos magros. As bactérias levaram diretamente à inflamação crônica e deterioração articular progressiva. Quando o bioma intestinal foi alterado para um equilíbrio mais saudável de bactérias boas, o dano articular foi freado e, muitas vezes, revertido.
Os pesquisadores acham que a dieta ocidental rica em gorduras, apelidada de dieta de “cheeseburger e milkshake”, pode ser a culpada. Mais pesquisa em humanos é necessário, mas no meio tempo, evitar os seguintes 7 alimentos reduzirá seu risco de câncer e a dor da sua artrite. No final, compartilharemos um suplemento que pode funcionar em parceria com uma dieta saudável para equilibrar ainda mais seu bioma intestinal!

1. Carne processada


Carnes processadas, como bacon, salsichas e frios, são preservadas com químicos carcinogênicos chamados nitratos e nitritos. Até as carnes naturalmente defumadas absorvem alcatrão perigoso durante o processo de preservação. E para piorar as coisas, os alimentos que desenvolvem marcas carbonizadas durante o cozimento contêm algo chamado acrilamida.
Acrilamida foi diretamente associada ao câncer. De acordo com alguns artigos, comer carne carbonizada aumenta em 60% seu risco de câncer pancreático fatal!
No que diz respeito á artrite, é a gordura saturada que pode provocar inflamação dolorosa. No entanto, aquela temperatura alta de cozimento também cria outros bioprodutos que mantêm suas articulações inchadas e doloridas.

2. Carboidratos refinados


Grãos refinados são tão processados que todo o valor nutricional do grão integral original é destruído. Isso significa que comer produtos como pão branco, tortillas mexicanas, e bolos fornece uma explosão de carboidratos que imediatamente se degradam em açúcar no seu sistema. Isto aumenta as citocinas e outras substâncias pró-inflamatórias na sua corrente sanguínea, resultado em dor da artrite.
Açúcar também é o alimento favorito do câncer e, portanto, ter um nível de açúcar no sangue cronicamente alto pode facilitar a disseminação do câncer. Desse modo, mude para opções integrais mais saudáveis de pão, macarrão, cereal e arroz.

3. Óleos hidrogenados


O problema com os óleos hidrogenados no câncer e artrite é seu nível elevado de ácidos graxos ômega 6. Nós precisamos de um pouco de ômega 6 em nossa dieta para facilitar o crescimento e desenvolvimento saudável. Todavia, a meta é alcançar o equilíbrio certo entre ácidos graxos ômega 6 e ômega 3. Não precisamos de muito ômega 6, mas temos a tendência de obter uma maior quantidade dele.
Óleos hidrogenados aparecem na maioria dos biscoitos, bolos, pães e bolachas comerciais. Quase todos os alimentos processados contêm pelo menos um pouco de óleo hidrogenado. Em casa, você pode recorrer ao azeite de oliva e óleos de soja ou canola mais saudáveis. Pelo fato de muito ômega 6 ter sido associado tanto ao câncer quanto à artrite, talvez seja hora de começar a aprender mais receitas caseiras.

4. Sal


Sal é um nutriente essencial que não conseguimos evitar completamente. Em conjunto com o potássio, o sal exerce um papel importante na regulação da função renal e pressão sanguínea. Mas, é muito fácil consumir muito sal devido aos níveis loucamente altos encontrados nos alimentos processados. Até alimentos doces contêm uma tonelada de sal.
O consumo exagerado crônico de sal foi associado a um maior risco de câncer de estômago, bem como de pressão arterial perigosamente alta. O sal exagerado também tende a inflamar as articulações e provocar dor de artrite. Quanto mais refeições você cozinhar em casa com ingredientes frescos, menos sal você consumirá.

5. Tabaco


Embora não tecnicamente um alimento, o tabaco é algo que as pessoas colocam habitualmente em seus corpos. A associação entre câncer e tabaco é bem estabelecida. Acontece que o tabaco também pode exacerbar a artrite e dificultar seu tratamento. Estudos mostraram que fumantes têm um maior risco de artrite reumatoide.
O tabaco também é conhecido por degradar articulações, ossos e tecido conjuntivo. Não só o tabagismo causa sintomas dolorosos, como também torna o tratamento da artrite menos eficaz, e pode criar adicional complicações se você precisar de cirurgia. Basicamente, o tabaco prejudica todas as partes do seu corpo. Isso pode significar câncer, artrite, ou ambos.

6. Produtos lácteos


Produtos lácteos são complicados de se colocar em uma categoria de risco, pois eles não afetam todo mundo da mesma maneira. Leite a alimentos feitos do leite (queijo, iogurte) contêm um tipo de proteína que pode irritar os tecidos que circundam suas articulações. Mas isto não é verdade para todas as pessoas. E estudos mostraram que laticínios podem aumentar seu risco de certos tipos de câncer, como câncer de próstata, mas na verdade diminuem seu risco de outros, como câncer colorretal.
Se você tem artrite, tente evitar laticínios para ver se os níveis da sua dor diminuem. No final, você pode querer simplesmente moderar sua ingestão de produtos lácteos, pois eles têm alguns benefícios para a saúde, como cálcio e proteína. Você também pode substituir a proteína nos produtos lácteos por alimentos como quinoa, lentilhas, manteiga de amendoim, tofu, e feijão. Espinafre e outras folhas verde-escuras contêm uma boa quantidade de cálcio.

7. Açúcares adicionados


Provavelmente, o elemento mais perigoso de nossa dieta de “cheeseburgers e milkshakes” é o açúcar adicionado. Comer açúcar causa a produção de algo chamado produtos finais da glicação avançada (ou AGEs). Isto acontece quando a proteína ou a gordura no corpo interage com o açúcar.
AGEs são responsáveis por todas as formas de doenças no corpo, incluindo artrite e câncer, mas também doença cardíaca, diabetes e envelhecimento acelerado. Outra complicação potencialmente fatal que resulta de comer muito açúcar é um alto nível de citocinas no sangue – estas são os mensageiros inflamatórios do corpo.

Conclusão


Concluindo, comer de forma saudável é recomendado para reduzir seu risco de todos os tipos de doenças. Estamos apenas começando a entender a associação entre a artrite e o câncer, especialmente a maneira na qual a saúde do nosso sistema digestivo afeta tudo. A forma mais fácil de ter uma dieta correta é cozinhando alimentos frescos em casa o mais frequentemente possível. Pare de fumar também, é claro.
Para aumentar ainda mais os benefícios, você pode tentar um suplemento probiótico chamado oligofrutose. Nem os humanos nem os ratos conseguem digerir diretamente a oligofrutose, mas ela serva como uma excelente fonte de nutrição para bactérias boas que vivem no seu intestino.
Apoiando estas bactérias úteis permitem que elas superem algumas das ruins e alcancem um equilíbrio mais saudável. A oligofrutose pode ser encontrada naturalmente em cebolas, bananas, alho e trigo integral, mas você também pode comprar

As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.

É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos.

Quando a ansiedade assume o controle, você deixa de ser você mesmo

Uma mente dominada pela ansiedade se sente incapaz de apreciar as coisas mais simples da vida. Está presa pela preocupação, pela angústia, pelo diálogo interno negativo e por um ponto de vista pessoal no qual, em vez viver, nos limitamos unicamente a ‘sobreviver’.

Quando a ansiedade assume o controle da nossa realidade, tudo muda, tudo se desfaz e se dilui. Porque a ansiedade é como aquela convidada incômoda que se aproveita de nós, que se nega a ir embora quando pedimos e bagunça tudo. Quando isso acontece, nossa personalidade muda e nós perdemos potencial, equilíbrio e bem-estar.
Vale destacar que, a partir do ponto de vista psicológico, os seres humanos são habilidosos especialistas em transformar a ‘bela’ em ‘fera’. O que isso significa? A ansiedade em si não é nossa inimiga, somos nós que a transformamos em um monstro incômodo que devora a calmaria e corrói a saúde.
Essa dimensão, quando bem controlada e calibrada a nosso favor, se torna uma excelente aliada. Ela nos permite reagir diante de ameaças, nos dá impulso, motivação, capacidade de conquista, etc.
No entanto, existe outro problema evidente por meio do qual a ansiedade acaba assumindo a forma do nosso pior inimigo.
Nossa sociedade é um cenário ideal para dar forma a perfis ansiosos. A ansiedade prospera em condições de incertezae hoje em dia o mundo está cheio de pequenas e grandes ameaças potenciais que não conseguimos controlar.
Por outro lado, há um fato chamativo: nossa sociedade, de certa forma, também premia os comportamentos ansiosos.
Estar sempre ocupado e preocupado, ter a agenda cheia ou fazer cinco coisas ao mesmo tempo é algo normal e até mesmo desejável. Quem não tem esse padrão de vida é tachado de preguiçoso ou despreocupado.
Vamos deixar uma coisa clara: dar poder à ansiedade provoca graves efeitos colaterais. Viver no piloto automático guiado por essa dimensão não é viver, é se limitar a sobreviver.
 “Ocultar ou reprimir a ansiedade provoca, de fato, mais ansiedade.”
-Scott Stossel-

O que acontece quando a ansiedade assume o controle?

Robert Edelmann, professor emérito de psicologia forense e clínica na Universidade de Roehampton, em Londres, afirma uma coisa interessante em seu livro Anxiety: Theory, Research and Intervention in Clinical and Health Psychology (Ansiedade: Teoria, Pesquisa e Intervenção em Psicologia Clínica, em tradução livre).
A ansiedade em si não é uma anomalia psicológica e menos ainda uma doença. É apenas mais um processo do funcionamento humano, algo normal. O único problema é que o ser humano tem se acostumado a fazer um mau uso dela.
Nós não podemos passar meses, anos e décadas inteiras acumulando tensões, medos e preocupações. Determinadas experiências não enfrentadas, um estilo de vida marcado pelo estresse contínuo e até mesmo um diálogo interno negativo são fatores que vão tornando mais intenso esse ambiente pressurizado no qual o ar não é liberado, mas perigosamente acumulado.
No entanto, longe de causar uma explosão, esse material incendiário entra em nós e em cada partícula do nosso ser, transformando-nos. É isso que acontece quando a ansiedade assume o controle.

Você para de confiar em si mesmo e passa a se autossabotar

A ansiedade nos transforma em alguém que vai contra as próprias expectativas. Pouco a pouco, o ponto de vista mental se torna mais negativo, chegando a se tornar nosso próprio mecanismo de boicote.
Qualquer ideia que passar pela nossa cabeça será posta em dúvida por aquela voz interior modulada pela ansiedade.
As metas, os desejos e os planos de futuro também serão objetos de crítica diante dos quais a ansiedade sussurra a cada instante que não vale a pena, que vamos fracassar repetidas vezes.
Também não importa que você tenha se esforçado muito para realizar uma determinada tarefa ou projeto. No fim, você vai duvidar tanto de si mesmo que acabará descartando qualquer ideia.

As relações pessoais perdem qualidade

Quando a ansiedade assume o controle do nosso cérebro e das nossas vidas, ela acaba por minar o valioso tecido relacional. Uma mente sempre ocupada costuma se descuidar, quase sem querer, daqueles que mais importam.
Ela faz isso porque tem dificuldade para detectar as necessidades alheias quando a própria pessoa sente angústia, pressão e mal-estar.
É difícil manter um caráter próximo, otimista e bem resolvido quando o que está ocorrendo por dentro é uma tempestade emocional. Tudo isso, sem dúvida, faz com que os vínculos familiares saiam perdendo e surjam vários problemas.
Por outro lado, as relações sociais também perdem força. É muito difícil manter as amizades ou fazer novos amigos quando a ansiedade está dentro de nós.

Quando a ansiedade assume o controle, nada mais é interessante

Uma pessoa que sofre de ansiedade age por inércia: vai ao trabalho e volta para casa. Mantém conversas nas quais se limita a falar, responder, sorrir e ficar em silêncio.
Continua a realizar aquelas atividades que antes apreciava, finge se divertir e até aparenta uma certa felicidade. No entanto, acaba voltando para casa com uma grande sensação de vazio.
Os transtornos de ansiedade inundam nosso cérebro e nosso corpo por meio da noradrenalina e do cortisol. Esses hormônios, basicamente, nos limitam a ficar alertas, a nos manter no modo de sobrevivência.
É impossível, portanto, que consigamos aproveitar alguma coisa ou relaxar, porque no cérebro ansioso não há espaço para a serotonina e a endorfina.
Tudo isso faz com que acabemos nos tornando desconhecidos para nós mesmos. Passamos a apreciar praticamente nada, e nada parece ter significado. Pouco a pouco, navegamos por esse vazio existencial, no qual a ansiedade traça o rumo e também o caos. Não devemos permitir isso.
Não se pode deixar que essas situações se alonguem no tempo, porque o desgaste psicológico e físico é enorme.
Não devemos, portanto, hesitar em pedir ajuda. Os transtornos de ansiedade não são combatidos com antídotos, mas com estratégias e novas abordagens mentais que todos nós podemos aprender a colocar em prática.

Fonte: Mente Maravilhosa


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Reabilitação psicossocial: a arte de reconstruir vidas

Viver com uma doença mental não é fácil. Geralmente, os pacientes perdem a conexão com a vida que tinham antes da doença, e isso não favorece a sua recuperação. A reabilitação psicossocial se apresenta como uma abordagem holística que ajuda pacientes/clientes a reconstruírem suas vidas e a vivê-las o mais plenamente possível.


Neste artigo falamos sobre um enfoque que está ajudando muitas pessoas que sofrem de transtornos psicológicos. A reabilitação psicossocial se tornou importante nos tratamentos que auxiliam os pacientes a controlarem seus sintomas. Isso implica uma melhora notável da sua adaptabilidade.
A reabilitação psicossocial é uma parte muito útil de programas de tratamento integral e holístico. Promove a recuperação, estimula a integração comunitária e melhora consideravelmente a qualidade de vida das pessoas que se beneficiam dela.
O principal objetivo dessa estratégia terapêutica é o desenvolvimento de habilidades e a identificação de pontos fortes. Tudo isso melhora as capacidades das pessoas que sofreram alguma alteração psicológica.
Os pacientes diagnosticados como crônicos podem retomar suas vidas, seus trabalhos e seus relacionamentos.
Até os anos 70, pessoas que sofriam de doenças mentais graves eram institucionalizadas. Hoje em dia, há um trabalho contra a estigmatização dessas pessoas. A ideia é que elas possam viver de maneira mais independente, longe dos preconceitos e integrando-se plenamente às comunidades em que vivem.

Capacitação

A reabilitação psicossocial é, na realidade, um processo cujo objetivo é a recuperação completa da pessoa. Centra-se na capacitação e no desenvolvimento de habilidades de enfrentamento para os problemas que precisam enfrentar.
Assim como cada pessoa é única e individual, a reabilitação psicossocial funciona em programas individualizados, ajudando os pacientes a encontrarem novos significados para suas vidas, além de esperança e crescimento pessoal.

Métodos em reabilitação psicossocial

Os métodos podem variar, mas as principais intervenções envolvem criar consciência do transtorno, treinar habilidades cognitivas, o apoio, a formação e o ambiente de trabalho e de lazer.
Muitas pessoas não têm total consciência da sua doença. Na reabilitação psicossocial, as pessoas aprendem a reconhecer a sintomatologia da sua doençaa pedir ajuda quando a detectam e a seguir alguns dos padrões comportamentais de autocuidado.
O treinamento em habilidades cognitivas é outro dos pontos fortes da reabilitação psicossocial e foca em técnicas de atenção e concentração, de classificação, de planejamento e de memória.
Da mesma forma, são direcionados programas para o desenvolvimento de habilidades sociais, familiares e profissionais.

Os princípios-chave da reabilitação psicossocial

Os profissionais de saúde mental que trabalham neste campo são aqueles que ajudam e orientam os pacientes com base em princípios básicos.
Consideram que todas as pessoas contam com um potencial que pode ser desenvolvido e trabalham especialmente sobre os pontos fortes de cada uma. Da mesma forma, todos os pacientes têm direito à autodeterminação.
Dá-se mais ênfase aos pontos fortes do indivíduo do que aos seus sintomas, e ao fato de que as necessidades de cada pessoa são diferentes.

Uma enfoque holístico

Esse tipo de terapia trabalha diferentes aspectos do indivíduo a fim de ajudá-lo a desenvolver suas capacidades. As habilidades sociais, a autoestima, a resolução de problemas, a resiliência e o gerenciamento do estresse são habilidades especialmente reforçadas na reabilitação psicossocial.
No âmbito ocupacional, os profissionais da reabilitação psicossocial entendem que as pessoas melhoram significativamente suas conexões sociais ao se sentirem produtivas. Tal fato aumenta a autoestima e melhora a qualidade de vida em geral.
Nesse sentido, são desenvolvidos planos personalizados para ajudar o paciente a restaurar sua vida profissional.
A moradia e as relações sociais também fazem parte dos programas de reabilitação psicossocial. O objetivo é que essas pessoas possam viver em suas próprias casas, individualmente ou em família. Também contempla acomodações em lares compartilhados.
O treinamento em habilidades sociais relacionadas à compreensão emocional, às habilidades verbais e à comunicação não verbal permite que pacientes cujas relações foram prejudicadas devido a sua doença mental recuperem seu senso de pertencimento e satisfaçam suas necessidades de socialização.

A eficácia da reabilitação psicossocial

Há um bom volume de evidências científicas acumuladas que sustentam a eficácia desses tratamentos e seu efeito benéfico em pessoas que sofrem de algum transtorno psicológico que debilita ou diminui sua qualidade de vida.
Em transtornos graves como a esquizofrenia, a reabilitação psicossocial está sendo fundamental para recuperar áreas do paciente, como o funcionamento social, a recuperação profissional e o desfrutar de uma vida independente.

Fonte: Mente Maravilhosa


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O que são as experiências fora do corpo?


Imagine que, por um momento, você consegue ver seu corpo a partir da perspectiva de um terceiro. Esse incrível fenômeno tem uma explicação em nosso funcionamento cerebral. É sobre esse tema que falaremos neste artigo.


As experiências fora do corpo incluem um conjunto de fenômenos tão fantásticos quanto complexos. Imagine ver seu corpo de fora ou ter a sensação de flutuar. Essas são algumas das sensações que compõem esse fenômeno.
No entanto, apesar de por muito tempo as explicações terem sido tribais e místicas, hoje em dia sabemos que a causa está em nosso cérebro.
As experiências fora do corpo são fenômenos perceptivos que incluem experiências de movimento ilusório. Entre elas, podemos destacar: voar, cair, flutuar e ver a si mesmo de fora.
Essas experiências dissociativas estão relacionadas com fatores neurológicos e psicológicos, que ocorrem tanto em indivíduos saudáveis quanto em indivíduos que apresentam alguma patologia.

Tipos de experiências fora do corpo

O fenômeno pode se dividir em dois tipos de experiência com características bem definidas:
  • Experiências sensoriais: as sensações de cair ou flutuar representam uma ruptura na união das sensações corporais que envolvem o sistema vestibular e motor.
  • Experiências autoscópicas: essas experiências consistem em perceber o próprio corpo na visão de um terceiro.

Como as experiências fora do corpo ocorrem?

As experiências fora do corpo costumam se associar a estados alterados de consciência. Muitos autores comparam o fenômeno com estados característicos dos sonhos, com um grande componente de imaginação.
Além disso, é um processo de integração multissensorial anômala na qual o indivíduo está consciente da situação. Por conseguinte, os sistemas vestibular, motor e sensorial são fundamentais para lidar com isso.

Sistemas que participam do fenômeno

  • Vestibular: esse sistema tem receptores no ouvido interno que são responsáveis por conservar uma imagem estável na retina, habilidade fundamental para manter o equilíbrio.
  • Motor: durante as experiências, apesar de não ocorrerem fisicamente, o cérebro executa os programas de movimento correspondentes em um plano dissociativo.
  • Sensorial: assim como o motor, está localizado no lobo parietal. Muitos autores teorizam que aquilo que se projeta é a imagem autopercebida do corpo.

Transtornos e fenômenos vinculados às experiências fora do corpo

Quando algum dos sistemas mencionados está alterado, a predisposição para que ocorra uma experiência fora do corpo é maior. Transtornos vinculados ao sono, ao consumo de entorpecentes e às lesões cerebrais podem criar as condições ideais para esses fenômenos.
Entre os fenômenos associados ao sono, podemos destacar:
  • Alucinações hipnagógicas e hipnopômpicas: são experiências de percepção vívidas e confusas que ocorrem no início e no final do sono.
  • Paralisia do sono: a dessincronização entre as extremidades e o motor de execução altera o processamento multissensorial do corpo e, por conseguinte, a autopercepção, provocando a sensação de flutuar ou de ter experiências fora do corpo.
  • Sonhos lúcidos: consistem na recuperação da consciência durante o sono. O indivíduo é capaz de dirigir parcialmente um sono que se apresenta com características muito nítidas e detalhes bastante precisos.
  • Sonho de Movimento Ocular Rápido: nessa fase do sono ocorrem devaneios, dado que o cérebro apresenta uma grande atividade (similar à vigília). Graças a estudos eletrofisiológicos, foi possível descobrir que as três situações anteriores ocorrem durante essa fase do sono.

É possível induzir uma experiência fora do corpo?

Durante séculos, essas experiências foram vinculadas ao paranormal. Isso não é estranho, pois nossos ancestrais não possuíam ferramentas adequadas para estudá-las.
Hoje em dia, sabemos que esse fenômeno é causado por uma distorção da própria imagem corporal, na qual estão envolvidos processos cognitivos como a memória, a autopercepção e a imaginação.

Experiências fora do corpo e fantasia

Assim como essa experiência tem um fundamento de caráter orgânico, também há fatores psicológicos estreitamente vinculados ao fenômeno. Entre eles, o que mais se destaca é a personalidade.
Vários estudos demonstraram que essas experiências são mais frequentes em indivíduos que têm um alto grau de fantasia e abertura à experiência. Essa relação coloca em evidência que as experiências também podem ser fomentadas pela sugestão e por características da personalidade.

Indução artificial

O fenômeno também pode ser induzido artificialmente, o que constitui uma das maiores evidências da sua causa cerebral. As técnicas mais eficazes são:
  • Indução de frequências cerebrais: por meio das batidas binaurais, é possível induzir no cérebro uma atividade de onda Theta (4 – 7,5 Hz), característica dos estados entre o sono e a vigília.
  • Estimulação Magnética Transcraniana: por meio da estimulação dos lobos temporais, como no experimento de Persinger. A hiperconectividade gerada entre lobos provoca uma intrusão do sentido espacial do “eu” (hemisfério direito) no sentido linguístico do “eu” (hemisfério esquerdo).
  • Estimulação direta: em alguns experimentos foi possível promover essas experiências por meio da estimulação direta do córtex vestibular e motor.
  • Estimulação elétrica da junção temporoparietal: como no experimento de Arzy, a estimulação dessa área de grande processamento multissensorial provoca erros de autopercepção.
  • Privação sensorial: ao eliminar as referências de espaço e tempo, a desorientação pode provocar estados alterados de consciência nos quais as imagens mentais recebem um realismo excessivo.

Experiências fora do corpo e meditação

Esse fenômeno costuma ocorrer em estados nos quais a atividade cerebral é similar à do sono, mas nos quais o indivíduo conserva a consciência.
Pessoas que meditam com regularidade podem reproduzir com maior facilidade essas experiências, as quais alguns chamam de “viagens astrais”. Consequentemente, as ondas Theta costumam se proliferar em estados de relaxamento extremos, como a meditação.

A participação dos neurônios-espelho

Os autores Jalal e Ramachandran propõem que o sistema de neurônios-espelho está tão conectado que permite uma visão virtual em terceira pessoa.
Os neurônios espelho são acionados simplesmente ao ver a outra pessoa realizar uma ação, conectando-se com os centros superiores para antecipá-la ou imitá-la simbolicamente.
A conexão desses neurônios com o córtex cerebral e as vias aferentes permitiria “separar-se do corpo” em condições de alteração sensorial.

Um fenômeno psicobiológico

As experiências fora do corpo envolvem o sistema nervoso e motor, as funções cognitivas e os traços de personalidade. Paralelamente, é um fenômeno que, apesar de ocorrer de forma natural sob certas circunstâncias, também pode ser patológico.
Por conseguinte, provocar essas experiências não é necessariamente saudável e pode representar um perigo, pois elas também estão associadas a crises psicóticas.
Dado que este é um fenômeno associado ao paranormal, por muitos anos as pessoas se negaram a consultar um especialista por medo de serem consideradas loucas. Entretanto, entender as verdadeiras causas do fenômeno é um grande primeiro passo para tratá-lo corretamente.

Fonte: Mente Maravilhosa


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