sexta-feira, 16 de março de 2018

Caminhos saudáveis


Com orientação e cuidados, determinados exercícios físicos podem ajudar e muito o paciente com câncer

A doença e as terapias requerem precauções, mas não podem ser um desestímulo à prática de exercícios. Manter-se em movimento ajuda a suportar os efeitos traumáticos do tratamento e evita que o corpo se entregue à prostração.
“A fadiga ou cansaço que frequentemente encontramos nos pacientes tem origem em diversos fatores, mas o principal é o estresse ocasionado pelo diagnóstico e a possibilidade aumentada e depressão. A atividades física ajuda a combater esses sintomas, além de influenciar de forma indireta o sistema imunológico e elevar a concentração de hemácias no sangue”, explica o hematologista Rodrigo Santucci, diretor da Hemomed.
De acordo com a American Cancer Society, pelo menos 70% das pessoas em quimioterapia sofrem com a fadiga relacionada ao câncer, uma exaustão física, mental e emocional prolongada que deixa o paciente com pouca energia para fazer as coisas que normalmente gostaria de fazer.
Muitos dos pacientes também têm dificuldades para se alimentar em consequência dos efeitos colaterais da quimio e da radioterapia. “Eles apresentam atrofia muscular muito mais rápido que qualquer outra pessoa, pois a doença consome nutrientes do corpo e a própria musculatura. O exercício é uma maneira de permanecer ativo e lutar contra a perda de massa e de força muscular”,  Explica a fisioterapeuta Luciana Nunes Titton Lima.

As atividades são, portanto, consideradas complementares ao tratamento, mas sua indicação deve ser individualizada, pois varia com o tipo de câncer, quadro clínico, a fase da terapia e mesmo as limitações de cada indivíduo. 

E quando se fala nos cânceres do sangue, ainda devem ser consideradas as características de cada uma delas. O mieloma múltiplo, por exemplo, gera lesões que facilitam o aparecimento de fraturas. “Certa vez, um paciente com mieloma múltiplo me perguntou quando poderia voltar a praticar jiu-jítsu. Ele estava cheio de microfraturas pelo corpo e não sabíamos que a causa era a luta”, exemplifica Luciana.
Outra restrição importante deve ser feita para pacientes imunossuprimidos, com sistema de defesa debilitado. Por causa do quadro clínico, ficam mais suscetíveis a infecções e devem evitar ambientes frequentados por muitas pessoas, como piscinas.
Mandamentos para o exercício durante o tratamento:
  • Pegar leve no início. Aos poucos, você pode aumentar a frequência e a duração dos exercícios
  • Fazer pequenos períodos de exercícios com pausas para descanso
  • Fazer atividades que movimentam grupos grandes de músculos e que mantenham a massa muscular, força do osso, flexibilidade e movimento nas articulações
  • Fazer três minutos de alongamento antes de qualquer atividade
  • Colocar a diversão como ponto importante. Está liberado chamar amigos e família para este momento.
  • Beber muita água.
  • Não se exercitar se tiver dor, náusea e vômito
  • Também evitar exercícios se estiver com anemia ou níveis anormais de minerais no sangue, como potássio e sódio
  • Evitar superfícies irregulares ou atividades que possam causar quedas ou ferimentos

Fonte: Abrale

As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos

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