sábado, 24 de março de 2018

Fraqueza muscular e fadiga em pacientes com câncer


Fraqueza Muscular

O desenvolvimento de fraqueza muscular em pacientes com câncer pode estar relacionado à hipotrofia muscular gerada pela falta de substrato proteico que compõe a musculatura, o que pode ocorrer por consumo energético excessivo pelo tumor em expansão ou pela baixa ingesta calórica devido a efeitos adversos do tratamento como náusea e vômito. Outro fator que pode gerar hipotrofia e consequentemente uma redução do potencial de contração muscular é a redução da mobilidade.  A imobilidade pode reduzir a massa muscular pela metade em menos de duas semanas provocando uma perda de força muscular de 4 a 5% por semana de imobilismo.
A função física é o mais importante determinante de sobrevida e qualidade de vida. Portanto identificar precocemente e tratar disfunções como déficit de mobilidade, descondicionamento cardiovascular, fadiga e fraqueza muscular, que quase sempre co-existem, pode ser essencial para melhorar o prognóstico de pacientes que desenvolvem câncer.  Talvez este seja o principal papel da fisioterapia em oncologia, uma vez que estudos recentes e de qualidade têm gerado um grande impacto na literatura da saúde por identificarem que pacientes que desenvolveram câncer e passaram a realizar atividade física regular depois de finalizado o tratamento oncológico curativo apresentaram uma maior sobrevida e uma menor recidiva da doença comparado a aqueles que não realizaram atividade física regular.

Fadiga
A National Comprehensive Cancer Network (NCCN) definiu a fadiga como uma sensação subjetiva, persistente e penosa de cansaço ou exaustão física, emocional e/ou cognitiva relacionada ao câncer ou seu tratamento que é desproporcional a atividade recente e interfere com a funcionalidade habitual. Cerca de 60% a 99% dos pacientes recebendo tratamento oncológico apresentam fadiga, em especial os pacientes que recebem quimioterapia citotóxica, radioterapia, transplante de medula, tratamento com modificadores de resposta biológica ou possuem doença metastática.  Entre 20% a 40% dos pacientes a fadiga pode estar presente anos após finalizar o tratamento curativo.
Mecanismos cognitivo-comportamentais e inatividade física são fatores de risco para o desenvolvimento de fadiga relacionada ao câncer. Embora nem sempre seja claro a origem da fadiga, psíquica ou física, o tratamento físico a base de exercícios aeróbicos têm se mostrado efetiva em melhorar o sintoma e a qualidade de vida em quem desenvolve fadiga.
Fonte: Vital

As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.

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