domingo, 11 de março de 2018

GLOSSÁRIO DO CÂNCER DE MAMA AVANÇADO: CONSULTE OS TERMOS RELACIONADOS À DOENÇA



Dúvidas sobre termos médicos, sintomas, exames e tratamentos podem surgir após o diagnóstico e durante o tratamento do câncer de mama avançado. Pensando nisso, criamos esse glossário aqui, reunindo o máximo de informações em um só lugar. Afinal de contas, informação é uma das suas melhores armas na luta contra a doença.
E lembre-se, converse com o seu médico sobre qualquer dúvida sobre o câncer de mama avançado. Não existe pergunta boba quando o assunto é a sua saúde e a saúde das pessoas que você ama!
Glossário do câncer de mama
Agentes quimioterápicos: medicamentos utilizados para o tratamento do câncer. As quimioterapias são amplamente utilizadas no tratamento de diversos cânceres, incluindo de mama, embora não sejam capazes de atuar só nas células ‘doentes’, podendo afetar as células saudáveis dos pacientes e trazer alguns efeitos colaterais indesejados.1,2
Alopecia: ausência ou perda de cabelo na cabeça ou pelos no corpo. A alopecia pode ser um efeito colateral de alguns tratamentos contra o câncer de mama, como a quimioterapia e a radioterapia.3,4
Alteração genética: qualquer modificação permanente que ocorre na sequência de DNA da célula, também conhecida como mutação genética. Essas alterações ocorrem frequentemente e podem ser causadas por erros durante a divisão celular ou por agentes ambientais que danificam o DNA. As mutações podem ser maléficas (como no caso daqueles que levam ao desenvolvimento de doenças), benéficas ou não causar nenhum efeito no organismo.5,6
Antieméticos: medicamentos utilizados para prevenção ou alívio de enjoo, náusea e vômito.7
Ascite: acúmulo de líquido na cavidade abdominal, também conhecida como barriga d’água.8
BRCA1 e BRCA2: genes que impedem o aparecimento de tumores malignos. Mutações genéticas que inativam esses genes podem contribuir para a proliferação celular desordenada, aumentando o risco de desenvolvimento de câncer de mama, ovário, entre outros.9,10
Câncer de mama avançado: estágio do câncer em que as células tumorais se espalharam para outros órgãos e linfonodos distantes da área da mama. Também conhecido como câncer secundário, metastático ou em fase IV.11,12 Apesar de não haver cura para o câncer de mama avançado, é importante saber que existem vários tipos de tratamentos que podem possibilitar uma sobrevida livre da progressão da doença e melhoria na qualidade de vida para essas pacientes.13-15
Câncer de mama localmente avançado: estágio do câncer em que as células tumorais atingiram outras partes na área da mama e linfonodos localizados próximos da mama, porém com ausência de metástase para outros órgãos.12,16
Câncer de mama primário: estágio do câncer em que as células tumorais estão localizadas somente na região da mama. Também conhecido como câncer de mama inicial.17,18
Células tumorais: células anormais que apresentam problemas nos processos de divisão celular ou morte celular levando a formação de tumores. Os tumores podem ser malignos, também conhecidos como câncer, em que as células se multiplicam rapidamente e invadem tecidos e órgãos adjacentes, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo; ou tumores benignos, em que as células se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original.19,20 Novos tratamentos contra o câncer, atuam bloqueando o rápido crescimento celular de certos tumores.13-15
Cintilografia óssea: exame de imagem utilizado na identificação de sinais de câncer ou metástase para os ossos, além de outras condições e doenças ósseas.21,22
Corticoides: medicamentos com ação anti-inflamatória que atuam na redução de inchaço, vermelhidão, coceira e reações alérgicas. Essas terapias são utilizadas no tratamento de diferentes doenças, como alergias, asma, artrite, lúpus, eczema e alguns tipos de câncer.23,24
Derrame pleural: acúmulo excessivo de líquido entre as membranas que envolvem o pulmão. Também conhecido como água no pulmão.25
Ductos da mama: pequenos tubos com a função de levar leite produzido nos lóbulos para o mamilo.26
Efeitos colaterais: efeitos não pretendidos, mas causados por medicamentos utilizados em doses terapêuticas.27
Estrógeno: hormônio sexual feminino que atua no desenvolvimento e manutenção de características sexuais femininas e crescimento de ossos longos. O estrógeno pode ser sintetizado em laboratório e usado como um tipo de pílula anticoncepcional e no tratamento da menopausa, desordens menstruais, osteoporose e outras condições.28
Gânglios linfáticos (linfonodos): pequenos órgãos pertencentes ao sistema imunológico. Os linfonodos filtram substâncias nocivas presentes no nosso corpo e atuam no combate de infecções e doenças. Eles estão espalhados pelo pescoço, axila, peito, abdômen e virilha.29
HER2: proteína que controla o crescimento das células, regulando a divisão e o reparo celular.30 Tratamentos como a terapia-alvo age especificamente em células do câncer da mama impedindo que essas células cresçam.31 Por isso, quando ocorre o diagnóstico do câncer de mama metastático ou avançado, é importante fazer exames para saber se o tipo de tumor que a paciente apresenta e, com esse resultado em mãos, determinar qual o melhor tipo de tratamento para ela.
Hipercalcemia: elevado nível de cálcio na circulação sanguínea. A abundância de cálcio no sangue pode enfraquecer os ossos, formar pedras nos rins e interferir no funcionamento do coração e cérebro. A hipercalcemia pode ser causada por hiperatividade das glândulas paratireoides, câncer, medicamentos e ingestão excessiva de suplementos de cálcio e vitamina D.32
Icterícia: termo utilizado para descrever o amarelamento da pele e do branco dos olhos. É causada pelo excesso de bilirrubina na corrente sanguínea e nos tecidos corporais. Os sinais mais comuns de icterícia são amarelamento da pele, dos olhos, boca e interior do nariz, além de fezes com coloração clara e urina com coloração escura.33
Imunohistoquímica: técnica laboratorial que utiliza anticorpos para detectar a presença de certas proteínas (marcadores) em amostras de tecidos. Essa técnica é amplamente empregada no diagnóstico de doenças como o câncer, podendo indicar as características moleculares entre os diferentes tipos de câncer.34 Em pacientes com câncer de mama avançado, o médico pode conduzir exames antes de iniciar o tratamento para definir qual tratamento é melhor para o tipo de tumor que a paciente apresenta. A terapia-alvo oral, por exemplo, tem se mostrado eficaz no controle de alguns tipos de câncer de mama avançado.13-15
Libido: desejo sexual.35
Linfedema: acúmulo de fluído linfático ou linfa em tecidos moles do corpo. Normalmente esse acúmulo ocorre nos braços e pernas resultando em inchaço ou edema. O linfedema pode ser causado por cirurgias ou radioterapia para o tratamento de certos tipos de câncer.36
Lóbulos da mama: glândulas produtoras de leite.26
Mamografia: imagem de raio X da mama. Os exames de mamografia são usados para verificar se há a presença ou não de câncer de mama em mulheres que não apresentam sintomas ou sinais da doença. Mamografias também podem detectar alguma anomalia na mama que não esteja relacionada ao câncer.37
Menopausa: processo biológico natural em que os ovários da mulher param de produzir hormônios e o ciclo menstrual chega ao fim. A menopausa é diagnosticada após 12 meses em que a mulher não tem menstruação e ocorre normalmente por volta dos 40 e 50 anos de idade. Os sintomas compreendem alteração de humor, sensação de ondas de calor, suores noturnos, secura vaginal, irritabilidade e problemas de concentração.38
Metástase: espalhamento das células tumorais do local onde o câncer se originou para outras partes do corpo. Algumas células saem do tumor primário, deslocam-se através da corrente sanguínea ou sistema linfático e formam novos tumores em outros órgãos e tecidos do corpo. As células do novo tumor formado (metastático) apresenta as mesmas características do tumor primário original. O câncer metastático também é chamado de avançado.39
Moléculas-alvo: marcadores que diferenciam as células tumorais das células normais. Esses marcadores podem ser proteínas que auxiliam as células do câncer a crescer, dividir e espalhar-se. Novos tratamentos como as terapias-alvo atuam especificamente nessas moléculas bloqueando seus efeitos nocivos.40
Opióide: medicamentos usados no tratamento de dores moderadas a severas. Os opióides atuam em células nervosas presentes no corpo e no cérebro. Eles são geralmente seguros quando prescritos pelo médico e utilizados por um curto período de tempo.41
Progesterona: hormônio sexual feminino que atua no ciclo menstrual e gravidez. A progesterona pode ser sintetizada em laboratório e usada como um tipo de pílula anticoncepcional e no tratamento de desordens menstruais, infertilidade, menopausa e outras condições.42
Prognóstico: estimativa médica do curso de uma doença, como a probabilidade de recorrência da doença e expectativa de vida do paciente.43 Pesquisas em câncer de mama avançado têm demonstrado que tratamentos, como as terapias-alvo, oferecem uma nova perspectiva para as pacientes, por oferecer maior sobrevida livre de progressão da doença com manutenção da qualidade de vida.13-15
Quimioterapia: tratamento que visa enfraquecer ou destruir células tumorais no corpo, incluindo células no local original do câncer e células cancerosas que se espalharam para outras partes do corpo. Esse tipo de tratamento não é capaz de diferenciar as células tumorais das células saudáveis do organismo e, por isso, pode causar alguns efeitos colateraisindesejados. As quimioterapias podem ser administradas isoladamente ou em conjunto com outros tratamentos como cirurgia, radioterapia ou terapia-alvo.2,44,45 Alguns grupos de pacientes com câncer de mama avançado podem postergar os efeitos colaterais da quimioterapia ao optar pelo tratamento com terapia-alvo oral que oferece eficácia no tratamento contra o câncer e melhoria na qualidade de vida da paciente.13-15
Radioterapia: tratamento que utiliza altas doses de radiação para destruir células cancerosas e impedir que elas se espalhem pelo corpo. A radioterapia também pode afetar células saudáveis próximas da região tratada, causando efeitos colaterais indesejados, como alteração na pele e fadiga. Algumas condições médicas impossibilitam o uso da radioterapia no tratamento do câncer, por tornar o paciente muito sensível aos efeitos da radiação. O tratamento também é contraindicado para mulheres grávidas.46-49
Receptor de estrogênio: proteína encontrada em células do sistema reprodutor feminino e alguns tipos de células cancerosas. O hormônio estrogênio se liga a esses receptores e promovem o crescimento celular.50
Receptor de progesterona: proteína encontrada em células do sistema reprodutor feminino e alguns tipos de células cancerosas. O hormônio progesterona se liga a esses receptores e promovem o crescimento celular.51
Receptor hormonal (RH): proteína celular que se liga especificamente a determinado tipo de hormônio. Os receptores hormonais podem estar presentes na superfície ou no interior da célula e uma vez ativados pelos hormônios, esses receptores regulam diversos processos nas células, como crescimento, morte e divisão celular. Assim como células saudáveis da mama, algumas células do câncer de mama possuem receptores hormonais que são ativados quando hormônios se ligam a eles. É importante saber se as células do câncer de mama possuem receptores hormonais para o adequado planejamento do tratamento.52 As siglas RH+ e RH- fazem referência à presença ou ausência dos receptores hormonais. No câncer de mama, tumores RH+ possuem receptores para estrógeno e/ou progesterona que atuam no crescimento e progressão das células cancerosas, enquanto tumores RH-  não possuem esses receptores e não são sensíveis à ação dos hormônios.52
Recidiva: termo utilizado para indicar que o câncer retornou após um período de tempo em que o tumor não foi detectado. O câncer pode voltar para o mesmo local onde o tumor se originou ou para outras partes do corpo.53
Remissões: período de tempo em que o câncer está respondendo ao tratamento e está sob controle, podendo durar desde semanas até anos. Nesse período, ocorre uma diminuição ou desaparecimento dos sinais e sintomas do câncer. Na remissão incompleta, alguns sinais e sintomas do câncer podem desaparecer e o câncer diminuir de tamanho. Na remissão completa, todos os sinais e sintomas do câncer desaparecem e o câncer não é detectado em testes, porém células cancerosas podem estar ainda presentes no corpo.54
Reposição hormonal: tratamento que utiliza hormônios sexuais femininos, estrógeno ou combinação de estrógeno com progesterona, no alívio dos sintomas da menopausa.55,56
Ressonância magnética: exame que utiliza um forte campo magnético e ondas de radiofrequência para produzir imagens detalhadas do interior do corpo. Essas imagens podem mostrar diferenças entre áreas saudáveis e áreas tumorais, podendo auxiliar no planejamento de tratamentos, como cirurgia e radioterapia. A ressonância magnética não utiliza raios X, portanto não ocorre exposição à radiação.57,58
Sistêmico: que afeta todo o corpo.59
Taxa de sobrevida: porcentagem de pessoas em um estudo ou grupo de tratamento que estão vivas após um certo período de tempo (normalmente 5 anos) depois que elas foram diagnosticadas ou começaram tratamento para uma doença. Esse indicativo não diz por quanto tempo o paciente irá viver, mas ajuda no entendimento da eficácia do tratamento.60
Terapia hormonal: tratamento que adiciona, bloqueia ou remove hormônios. No tratamentocontra o câncer, hormônios sintéticos ou outras terapias podem ser administradas para diminuir ou paralisar o crescimento de tumores. A remoção cirúrgica de certas glândulas que produzem hormônios também pode ser indicada.61,62
Terapia-alvo: tipo de tratamento capaz de identificar e atacar as células cancerosas de forma específica, causando nenhum ou menos danos às células saudáveis do organismo e, consequentemente, menos efeitos colaterais indesejáveis. Alguns tipos de terapias-alvo bloqueiam a ação de certas enzimas, proteínas, ou outras moléculas que estão envolvidas no crescimento e na disseminação de células tumorais. Outros tipos de terapias-alvo ajudam o sistema imunológico a atacar as células do câncer. 13-15,63
Tomografia computadorizada (CT scan): exame em que múltiplas imagens de raios-X são combinadas por computador para gerar imagens detalhadas dos órgãos internos. A tomografia computadorizada pode ser usada para auxiliar no diagnóstico, plano de tratamento e acompanhamento da eficácia do tratamento contra o câncer. Atualmente, os CT scans não são usados rotineiramente para avaliação da mama. No caso de um grande câncer na mama, o médico pode pedir um CT scan para verificar se o câncer invadiu outras áreas do tórax, ajudando na decisão se o câncer pode ser removido ou não com mastectomia.64,65
Tomografia por emissão de pósitrons (PET scan): exame em que uma pequena quantidade de marcador é injetada no corpo e um scanner detecta as áreas em que o marcador foi incorporado. Células cancerosas absorvem mais marcador do que células normais, ajudando na identificação do câncer. No caso do câncer de mama, esse exame é usado para determinar se o câncer espalhou para os linfonodos ou outras partes do corpo e para avaliar se o câncer de mama está respondendo ao tratamento.66
Toxicidade: extensão em que algo (um remédio, por exemplo) é danoso ou tóxico ao nosso organismo.67
Triplo negativo: tipo de câncer de mama em que as células cancerosas não possuem receptores de estrógeno e de progesterona, e também não apresentam aumento nos níveis da proteína HER2.68
Triplo positivo: tipo de câncer de mama em que as células cancerosas possuem receptores de estrogênio, receptores de progesterona e altos níveis da proteína HER2.69
Tumor: massa anormal de tecido resultante de células que se dividem mais do que deveriam ou morrem menos do que deveriam. Os tumores podem ser benignos ou malignos (câncer).20
via mTOR: via de sinalização que auxilia no controle de diversas funções celulares, incluindo divisão celular e morte celular. Em alguns tipos de câncer, mTOR pode estar mais ativo em células do câncer favorecendo a sua proliferação. Terapias-alvo que agem especificamente no bloqueio da atividade do mTOR podem levar à morte das células tumorais.70

Fonte: Câncer de Mama Avançado

As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos

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