Mulheres com câncer de mama têm direito a reconstrução mamária gratuita pelo SUS

Poucas mulheres sabem, mas a reconstrução da mama é um direito estabelecido por lei desde 2013 no Brasil. De acordo com a Lei nº 12.802/13, quando existirem condições técnicas, a cirurgia plástica reparadora deve ser feita no mesmo momento da retirada da mama e, no caso de impossibilidade de reconstrução imediata, a paciente deve ser encaminhada para acompanhamento e ter garantida a realização da cirurgia logo após alcançar as condições clínicas adequadas.

Apesar desta legislação, apenas 20% das pacientes que retiram a mama fazem a cirurgia reconstrutora, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia. O grande problema ainda é a falta de informação.

Uma das formas de tratamento do câncer de mama é a mastectomia, retirada de uma ou até mesmo das duas mamas. Essa cirurgia é realizada para remover os nódulos e também como forma de prevenir que outros tumores se desenvolvam no local. Por ser considerado o principal símbolo feminino, é muito comum mulheres sofrerem de baixa autoestima e até depressão, após a retirada das mamas. Segundo um estudo publicado pela “Plastic and Reconstructive Surgery”, dos Estados Unidos, a reconstrução imediata pode livrar as pacientes da sensação de angústia e diminuição do bem-estar sexual.

A cada 40 minutos uma mulher perde as mamas por causa do câncer no Brasil. Quarenta mil ficam na fila de espera da reconstrução todos os anos. Por conta destes números, este tema é um dos mais relevantes para o Instituto Arte de Viver Bem (IAVB).  No ano passado, o Circuito Casa da Mulher do IAVB participou do II Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária, organizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.  A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mobilizou 98 hospitais em 19 estados e conclamou mais de 800 profissionais voluntários para garantir o direito à reconstrução para o maior número de mulheres possível em 5 dias.

Fonte: Arte de Viver Bem

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