segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Imunoterapia: uma surpresa no tratamento do câncer!

Estudo internacional busca pacientes para avaliar novo tratamento contra o câncer de mama

Nova técnica que cada vez mais ganha atenção na medicina, a imunoterapia será avaliada em um estudo internacional que está selecionando pacientes de câncer de mama. O Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), faz parte do grupo de 500 centros médicos de excelência no mundo que avaliará os efeitos dessa terapia em dois tipos da doença.
A primeira frente da pesquisa estudará a combinação da imunoterapia — tratamento que estimula o organismo a combater as células cancerosas — com a quimioterapia. O trabalho avaliará a nova medicação chamada atezolizumabe, recém aprovada nos Estados Unidos para o câncer de mama triplo negativo — ou seja, sem receptores de estrogênio, progesterona e HER2.
Esse subtipo da doença é um dos mais agressivos, mas altamente curável nos estágios iniciais. O estudo analisará os efeitos da combinação de terapias para reduzir os casos de recorrência do câncer. “Mesmo com altas taxas de cura com cirurgia e quimioterapia, ainda há situações em que o tumor volta a ocorrer. A ideia da pesquisa é justamente diminuir esses riscos”, explica a oncologista Daniela Rosa, do Hospital Moinhos.
Nas próximas semanas, será aberta outra frente do levantamento, que avaliará a associação da imunoterapia no tratamento do câncer de mama com receptor hormonal positivo. É um tipos mais comuns da doença, estimulada pelos hormônios produzidos pelo próprio corpo — e que pode ser agressivo.
Neste estudo, participarão pacientes que tenham o tumor no grau 3 e em tratamento quimioterápico antes da cirurgia. “Um grupo receberá somente a quimioterapia, e outro também a imunoterapia. Vamos observar a resposta dos pacientes e como isso ajuda a reduzir o tumor”, detalha Alessandra Morelle, oncologista da instituição. A medicação utilizada será o pembrolizumabe.
A participação na pesquisa, que será realizada em parceria com os laboratórios Merck e Roche, não terá custo para os pacientes, que contarão com a infraestrutura de ponta do Hospital Moinhos de Vento durante todo o processo. As interessadas deverão apenas preencher alguns critérios para fazer parte do grupo (leia mais abaixo).
Para o líder do estudo no hospital, o Gerente Institucional de Pesquisa, Pedro Isaacsson, trata-se de uma grande oportunidade de integrar um trabalho internacional que permitirá descobrir novas frentes contra o câncer de mama. “Mais de 2 mil pessoas farão parte da pesquisa, reunindo alguns dos melhores centros de saúde de todo o mundo. Esperamos, com isso, melhorar os desfechos para os pacientes, diminuindo ou eliminando ao máximo as chances de recidivas da doença”, afirma o especialista.
Como participar da pesquisa
O primeiro estudo já está com recrutamento aberto, buscando pacientes que preencham os seguintes critérios:
  • Câncer de mama triplo negativo operado recentemente (preferencialmente nas últimas 4 semanas)
  • Não ter feito quimioterapia pré-operatória
  • Ter tumor igual ou até 2 cm sem linfonodos axilares comprometidos, ou de qualquer tamanho com linfonodos axilares comprometidos
  • Não ter metástases à distância
O segundo estudo será aberto para participação nas próximas semanas, buscando pacientes com câncer de mama com receptor hormonal positivo, diagnosticado em grau 3 e com indicação de quimioterapia antes da cirurgia.
Os interessados devem entrar em contato com o Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento pelo e-mail iep.pesquisa@hmv.org.br, ou telefone (51) 3314-2965.
Fonte: Portal Hospitais


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O que é a vida afinal?


Esperar pelo final de semana é algo maravilhoso, não vemos o momento de descansar, ir ao salão de beleza para dar aquela repaginada no visual, sair com os amigos, curtir a família ou aproveitar o tempo para colocar as coisas em ordem
Muitas vezes investimos e dedicamos nosso tempo em coisas que não são importantes pra nós, e raramente conseguimos perceber isso. Não adianta ir à academia, vestir-se bem, ter a casa brilhando, o carro ou moto impecáveis e de tanque cheio se por dentro estivermos vazios. Que proveito temos em dedicar nosso tempo cuidando da casa, do trabalho ou qualquer outra coisa se não nos sobra tempo para dedicarmos a aqueles que amamos de fato?.
Não espere acontecer algo terrível para perceber o que e quem é realmente importante pra você.
Não espere perder alguém de forma inesperada para se arrepender depois.
Não espere as situações mudarem para você mudar.
Não espere demonstrar amor e dizer que ama e oferecer flores quando não tiver mais oportunidade, afinal nós nunca sabemos o que vai acontecer amanhã ou daqui cinco minutos.

O que é a vida afinal? Um sopro! E quando percebemos… Já se foi

“Se nos lembrássemos todos os dias de que podemos perder alguém subitamente, nos amaríamos mais intensamente e livremente e seríamos mais tolerantes e compreensivos. Ninguém pode afirmar que não há nada a perder porque tudo pode ser perdido na vida.”
Texto escrito por Irailde Santana.


Fonte:  Mente Maravilhosa


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7 formas de treinamento mental para exercitar o seu cérebro


O corpo humano é moldável. Ele é programado para se adaptar às condições do ambiente onde vivemos. Na nossa sociedade temos muitas facilidades para direcionar as mudanças que queremos que ocorram nos nossos cérebros. Por isso, alcançar o potencial máximo através do treinamento mental dependerá dos desafios que impomos a nós mesmos e de como enfrentamos os obstáculos cotidianos.
O treinamento mental é um dos recursos que temos à nossa disposição para melhorar ou aperfeiçoar os nossos processos mentais. Isto é possível através da execução de tarefas que estimulem a mente e que gradualmente irão melhorar nossas capacidades. A capacidade mental tem alguma carga genética, mas não podemos responsabilizar somente nosso DNA, já que temos a possibilidade de aplicar estratégias que a potencializam.
O treinamento das habilidades cognitivas é muito semelhante ao treinamento do corpo. Assim, para melhorar a mente é preciso sair da zona de conforto. É preciso se exercitar, ser perseverante, ir aumentando gradualmente a dificuldade do exercício. Uma vez que estamos acostumados com uma determinada tarefa, a fazemos automaticamente, deixando de ser um treino para se tornar uma rotina.
Damos aqui algumas dicas de tipos de treinamento mental para exercitar o cérebro e obter o seu máximo potencial:

1. Praticar esportes e atividades físicas

O exercício aeróbico, que envolve a respiração, beneficia as capacidades cerebrais, especialmente aquelas baseadas em uma melhor interação entre o lobo frontal e o temporal medial. Ele influencia na memória de trabalho e nas funções executivas. O benefício do esporte na cognição tem uma explicação fisiológica: favorece a produção de agentes neurotróficos.
As substâncias neurotróficas aumentam a plasticidade sináptica, a neurogênese e a vascularização do cérebro. Isso faz com que a perda de volume cerebral na velhice seja reduzido, especialmente no hipocampo, responsável pela memória e aprendizagem. Para que o exercício seja benéfico é importante que seja praticado com uma certa regularidade, cerca de trinta minutos por dia.
Os exercícios cardiovasculares devem ser adaptados às capacidades de cada um. Se é uma pessoa que nunca fez exercício, pode começar a caminhar, jogar tênis ou nadar. Os benefícios cognitivos do esporte permanecem até a velhice, atuando como protetor contra doenças como o Alzheimer.

2. Treinar a memória de trabalho

Exercitar a memória de trabalho é muito útil para estimular as nossas habilidades cognitivas. Existe uma grande quantidade de exercícios para esta finalidade. Uma das tarefas criadas para esta finalidade é observar uma tela onde uma figura aparece e desaparece, e depois de um tempo se repete. Precisamos observar se ela apareceu no mesmo lugar da vez anterior.
Podemos aumentar gradualmente a dificuldade da tarefa perguntando, por exemplo, se nas três últimas apresentações a figura apareceu no mesmo lugar. Isto obriga o nosso cérebro a reter a informação recente por um período de tempo e, em seguida, compará-la com a informação atual. O interessante sobre este trabalho é que foram encontradas evidências de que a realização desta tarefa estimula outras habilidades, como a fluência de raciocínio.
Qualquer tarefa que exija a retenção da informação auditiva ou visual por um determinado tempo exercita a memória de trabalho e é uma forma de treinamento mental. Por exemplo, escutar uma série de números e repeti-los na ordem inversa. Normalmente você deve começar com um nível de execução médio e ir adaptando de acordo com a sua capacidade. É importante encontrar o equilíbrio entre o que é exigido e a sua capacidade, para não se frustrar.

3. Sair da zona de conforto

Não podemos nos acomodar, e sim fazer novas atividades para exercitar a mente. Encontrar passatempos que representem um desafio intelectual como aprender a tocar um instrumento ou aprender um novo idioma também são treinamentos mentais. Por exemplo, se você gosta de assistir séries, comece a vê-las em sua versão original com legendas em português. Podemos assistir também com as legendas em inglês, até que seja capaz de assistir sem legendas. É uma boa maneira de treinar outros idiomas.
Definitivamente, precisamos continuar aprendendo durante toda a vida. As crianças aprendem todos os dias porque isto faz parte do seu desenvolvimento. Elas têm mais facilidade para aprender porque a sua neuroplasticidade está no seu ponto mais alto. Mas como observamos ultimamente, nunca é tarde demais para aprender.
É lógico que devemos adaptar as atividades às habilidades e a idade da pessoa e, claro, devem ser atividades que ela goste de executar. A motivação é crucial para que não abandonemos uma atividade. O sudoku, as palavras cruzadas ou passatempos em grupo, como jogar xadrez, podem ser ainda mais benéficos. As relações sociais também têm um impacto positivo a nível cognitivo.

4. A leitura

É uma das formas mais eficazes de treinamento mental, de baixo custo e com grandes benefícios. Não é necessário o uso da tecnologia e nenhuma ferramenta de alto custo. Podemos fazer em qualquer lugar, e é uma atividade prazerosa. Quanto mais cedo se iniciar o hábito da leitura, melhor. Por isso, é importante estimular as crianças a lerem contos e histórias curtas.
Ler estimula muitos processos mentais, como a percepção, a memória e o raciocínio. Quando lemos decodificamos estímulos visuais (letras, palavras, frases) transformando-os em sons mentais para dar-lhes um significado. A leitura estimula a mente porque ativa grandes áreas do córtex cerebral.
A leitura pode soltar a imaginação, promover a criatividade e ajudar a aprender um vocabulário novo. É uma maneira de continuar aprendendo de uma forma tranquila e divertida. Entre os fatores que influenciam a reserva cognitiva, a leitura é um dos mais importantes. Diversos estudos afirmam que ler desde a infância pode favorecer uma alta reserva cognitiva.

5. Viver em ambientes complexos e enriquecidos

Quando nos referimos aos animais, como os ratos com os quais são realizados experimentos, um ambiente enriquecido é aquele que estimula o animal. Estímulos visuais e sonoros que fazem com que o rato receba informações do ambiente. Se aplicarmos isto para as pessoas, um ambiente enriquecido seria aquele que está cheio de novidades e complexidades, um ambiente onde haja muitas mudanças e que nos obrigue a nos adaptarmos.
Por exemplo, uma criança que cresceu em um ambiente enriquecido sempre foi cercada por novas informações e era estimulada a interagir. Por exemplo, uma família que toca piano em casa e ensina os filhos, que incentiva a leitura, o pensamento crítico, que permite que a criança opine e aprenda. Um ambiente que propõe desafios e permite que as crianças encontrem as suas próprias soluções.
De acordo com Stern, este tipo de ambiente complexo oferece dois tipos de recursos. Por um lado, nos proveria de um “hardware” com mais sinapses e maior arborização dendrítica; e um “software” com habilidades cognitivas mais ajustadas. Na idade adulta, viver em um ambiente enriquecido é ter uma vida ativa, tanto física quanto mentalmente.

6. Potencializar a criatividade

Para melhorar as nossas habilidades cognitivas não devemos realizar um treinamento mental somente através exercícios de cálculo, de flexibilidade mental, de memória… mas também de exercícios que estimulem a nossa criatividade. A música, a pintura, a dança ou teatro são atividades que estimulam a criatividade e, além disso, são passatempos que podem ser realizados no seu tempo livre, combatendo o sedentarismo.
Realizar este tipo de atividade proporciona uma maior flexibilidade mental e originalidade, associadas com a ativação de redes neurais específicas. A criatividade tem um efeito positivo sobre a resiliência e, portanto, ajuda a lidar com as perdas e as mudanças que inevitavelmente acompanham a idade adulta.
A criatividade pode ter um impacto positivo graças a sua influência sobre outros níveis como a motivação, o aumento das relações sociais ou os componentes cognitivos. Qualquer tarefa que nos obrigue a sair da rotina e conhecer novas pessoas terá um impacto na qualidade de vida, especialmente nos idosos.

7. Aprender idiomas

A linguagem é uma das funções superiores mais complexas e que envolvem mais áreas do córtex cerebral. O ser humano tem a capacidade inata de aprender idiomas especialmente na infância devido à neuroplasticidade cerebral. No entanto, podemos aprender idiomas durante toda a vida. Aprender um novo idioma é uma boa forma de treinamento mental.
Foram realizados diversos estudos sobre os benefícios do bilinguismo. Ele melhora a atenção seletiva e desenvolve o hábito de trocar conteúdos mentais. É muito benéfico aprender duas línguas desde quando aprendemos a falar e praticar no ambiente familiar, social e educacional. Quando aprendemos outro idioma após a infância, o segundo idioma estará subordinado ao primeiro.
Aprender a falar um segundo idioma é a única maneira de gerar os automatismos linguísticos sem traduzir tudo simultaneamente da língua materna. Portanto, não vale a pena estudar duas horas por semana um idioma onde você aprende somente a gramática e não utiliza a conversação. Para o nosso cérebro é melhor aprender através de intercâmbios com nativos, por exemplo.

Conclusões sobre o treinamento mental

A estimulação cognitiva e um estilo de vida ativo podem prevenir doenças neurodegenerativas ou compensar lesões neurológicas, pois aumentam a nossa reserva cognitiva e mecanismos compensatórios do dano cerebral são ativados. Os exercícios de treinamento mental não são importantes somente na velhice, é importante fazê-los durante toda a nossa vida.
Fuja da rotina, seja uma pessoa ativa, com vontade de aprender e descobrir coisas novas que o ajudem a obter o máximo desempenho da sua mente. Os desafios intelectuais, sair da monotonia e do sedentarismo são as formas mais eficazes de treinamento mental. Não se trata apenas de fazer exercícios de cálculo ou de memória, mas de uma mudança de hábitos.

Fonte: Mente Maravlhosa


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Seu cérebro também pode te curar

O cérebro cura. Torne-se um escultor deste órgão cultivando relacionamentos positivos, reduzindo o estresse, alimentando-se corretamente e aplicando uma abordagem mental resiliente.


Seu cérebro muda com cada novo pensamento, com cada novo aprendizado e experiência que você integra em sua vida. Este órgão plástico, complexo e fascinante pode ser nosso aliado quando se trata de prevenir e tratar inúmeras condições. Assim, entender que seu cérebro também pode te curar – influenciando positivamente um processo de cura – pode abrir a porta para aplicar novas ferramentas e abordagens mentais.
Um dos maiores especialistas em matéria de plasticidade cerebral é, sem dúvida, o Dr. Álvaro Pascual-Leone. Pesquisador, professor e reitor associado de Ciências Clínicas da Escola de Medicina de Harvard, é uma das referências mais inspiradoras no conhecimento do cérebro humano e de seu potencial.
Sabemos que a frase “o cérebro cura” pode nos levar a um mal-entendido. Este órgão não fará, por exemplo, com que sejamos curados de uma doença crônicaNo entanto, pode nos permitir preveni-la em muitos casos e até mesmo aliviar seu impacto se melhorarmos nossos hábitos de vida.
Assim, como o professor Pascual-Leone revela, devemos ser capazes de entender que está em nossas mãos o poder de “esculpir” nosso próprio cérebro de modo que seja um aliado, e não um inimigo. Cercar-nos de uma rede social de pessoas significativas, ser curiosos, receptivos, pensar de maneira positiva e reduzir o impacto do estresse nos permitirá ganhar território para a saúde e o bem-estar.

Não temos motivo para nos conformarmos com o que a natureza nos deu”.
-Alvaro Pascual-Leone-


Se o cérebro cura, sejamos escultores do nosso próprio cérebro

O cérebro é como um universo cheio de constelações complexas. Assim como todos os dias aprendemos mais sobre o oceano cósmico que se estende para além do nosso pequeno planeta, também nos lançamos como astronautas habilidosos explorando e descobrindo dados relevantes sobre os processos de nossas redes neurais.
  • Sabemos, por exemplo, que cada experiência, pensamento e comportamento pode modificar nosso cérebro.
  • Descobrimos, por sua vez, o processo esperançoso chamado neurogênese, uma amostra evidente de que nosso sistema nervoso central pode continuar a gerar novos neurônios a qualquer momento de nossas vidas.
  • Estudos, como os realizados pelos doutores Chunmei Zhao e Fred H. Gag, da Universidade de La Jolla, Califórnia, indicam a relevância que esse processo pode ter na prevenção e mitigação do impacto de realidades como a depressão, a perda de memória ou as doenças neurodegenerativas.
Esse aspecto é, sem dúvida, uma das áreas mais interessantes da neurociência. Especialmente se pensarmos que, até muito recentemente, tínhamos como certo que a capacidade de gerar novos neurônios era restrita aos primeiros anos da infância.

Os genes não determinam a química do nosso cérebro

Há dois aspectos que sempre devem ser levados em conta quando falamos de neurobiologia: genética e epigenética.
  • Querendo ou não, esses fatores sempre determinarão que nosso cérebro tenha uma maior ou menor probabilidade de sofrer com determinadas patologias.
  • No entanto, quando se trata de prevenir essas realidades, não devemos perder de vista um aspecto: os genes não nos determinam 100%. Iniciar novas práticas e melhores abordagens mentais depende de nós.
Lançar-nos, em essência, como verdadeiros escultores de um cérebro mais saudável e, acima de tudo, mais plástico, nos ajudará a reduzir o impacto de um grande número de doenças físicas e psicológicas.

Um cérebro plástico é um cérebro saudável e resiliente

O cérebro cura porque tem uma capacidade incrível: a da plasticidade. Agora, o que significa exatamente este termo?
  • Plasticidade é a capacidade do nosso sistema nervoso de se modificar para responder ao ambiente ao seu redor.
  • É também uma vantagem evolutiva com a qual podemos nos adaptar melhor aos desafios, às dificuldades.
  • Assim, quando falamos de neuroplasticidade, nos referimos a todas as mudanças que ocorrem em nosso cérebro com base nas nossas experiências.
  • A resiliência, por exemplo, é um exemplo claro de neuroplasticidade, porque define a capacidade excepcional de superar as adversidades, gerando novas estratégias e aprendendo com elas.

Como podemos “esculpir” o cérebro para favorecer a nossa saúde?

Já sabemos que a plasticidade do cérebro é a ferramenta-chave para enfrentar os desafios do nosso entorno. Da mesma forma, também foi descoberto que fatores como a reserva cognitiva nos permitem lidar melhor com as doenças neurológicas.
As chaves para sermos arquitetos da nossa saúde cerebral são, na realidade, acessíveis para a maioria de nós. São processos com um grande benefício para o cérebro, para gerar novas conexões, para estimular, cuidar, otimizar…
Vejamos as dimensões destacadas pelo neurologista Pascual-Leone como aquelas que devemos trabalhar:

Alimentação adequada

Uma alimentação variada e equilibrada é sinônimo de saúde. Devemos buscar sempre produtos orgânicos frescos, evitar o abuso de açúcar, de gorduras saturadas.
Além disso, coloque na lista os alimentos ricos em ômega 3, magnésio, triptofano, vitamina K, antioxidantes…

Exercício regular

O sedentarismo é um inimigo voraz da saúde e até mesmo do humor. Portanto, é aconselhável incluir em nossa rotina algum tipo de exercício. Uma caminhada de meia hora todos os dias é suficiente.

Meditação e pensamentos positivos

A ciência vem estudando há anos o impacto da meditação em nossa saúde. Um estudo da Universidade de Harvard revelou os benefícios do Mindfulness para reduzir a sintomatologia da ansiedade e do estresse.
Os pensamentos positivos melhoram a saúde do cérebro, regulam as tensões e melhoram, inclusive, a capacidade de aprender.

Sono profundo e reparador

Há pessoas que sentem que 6 horas são suficientes, enquanto outras precisam de 9 horas. Seja como for, o mais importante é que o nosso descanso noturno seja sempre profundo e reparador. Algo essencial para ganhar em termos de saúde do cérebro.

Relacionamentos positivos

Nosso cérebro precisa da conexão social para experimentar bem-estar e satisfação com a vida. Além disso, contar com uma rede de apoio significativa nos ajuda a lidar com a depressão, fortalece as conexões neuronais e também nos faz ganhar em reserva cognitiva.
A amizade é saúde, o amor é energia, as relações que nos despertam felicidade, e não preocupações, são sinônimo de bem-estar.
Para concluir, agora que você sabe como o cérebro cura, não hesite: melhore seus hábitos de vida. Lembre-se diariamente de que você pode ser o escultor deste órgão prodigioso capaz de mediar seu bem-estar e até mesmo prevenir determinadas doenças.

Fonte: Mente Maravilhosa


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O desespero que há por trás do transtorno depressivo

Nos momentos em que nos sentimos desesperados, angustiados por não encontrar sentido nas coisas, chateados com nós mesmos, quem acaba pagando por isso são os demais. A verdade é que por trás destas realidades psicológicas tão angustiantes, pode haver uma depressão.


O desespero é o eco que emerge do vazio. É a raiva de perder a esperança, é a tristeza transformada no lamento de quem acredita ter perdido tudo e já não enxerga a luz no horizonte, nem significado em seu presente.
Poucos estados psicológicos podem ser tão perigosos como este cume no qual a pessoa já não sabe que caminho seguir ou quais desvios são corretos.
Sabemos que o desespero é uma experiência humana comum. Filósofos como Søren Kierkegaard falaram dele ao longo século, definindo-o como falta de espírito, de sentido e de desafio.
Jean-Paul Sartre, por sua vez, disse inclusive que há nesta dimensão uma frustrante incapacidade de seguir em frente, assim como há um negativismo quase covarde que, frequentemente, nos é empurrado pela sociedade.
Entretanto, a partir de um ponto de vista psicológico, ninguém se aprofundou e esmiuçou tão bem o desespero humano quanto Viktor Frankl.
O pai da logoterapia e sobrevivente de vários campos de concentração nazistas definiu este conceito através de duas ideias muito básicas: sofrimento e perda de sentido.
Estas experiências são, sem dúvida, as mais desoladoras para uma pessoa, mas ainda assim é possível sobre(viver) a elas. Todos nós podemos passar por elas e encarar a vida com novos e melhores recursos.
“O que costumamos chamar de desespero é apenas a nossa dolorosa fome de esperança”. – George Eliot-

Desespero psicológico, uma emoção angustiante

Se cada pessoa neste planeta fosse afastada de seus propósitos, de sua visão de si mesma e do significado que atribui a sua vida, nós as levaríamos ao desespero mais absoluto.
Assim, embora frequentemente definamos esta dimensão como uma mistura de tristeza e falta de esperança, cabe sinalizar que há algo mais profundo.
É vazio e também é cair em um estado mental no qual nós não deixamos de fazer perguntas sem respostas a nós mesmos. É comum, de fato, que surjam questões do tipo: que sentido a vida tem? O que eu estou fazendo neste mundo? O que eu posso fazer agora, nesta situação, quando nada faz sentido?
Este tipo de pergunta só alimenta o ciclo de desespero, criando um buraco de escuro psicológico no qual a pessoa fica presa.

Desespero alimentado pela ansiedade

Pesquisas como a realizada pelo dr. Martin Bürgy, da Universidade de Stuttgart, na Alemanha, sinalizam que o desespero foi até pouco tempo um fenômeno psicopatologicamente descuidado por parte dos cientistas.
De alguma forma, deixávamos o desespero nas mãos do universo filosófico quando, na verdade, ele se relaciona melhor com problemas existenciais.
No entanto, a psicologia cognitiva tem consciência de que este conceito tem uma grande transcendência clínica. O desespero pode aparecer de forma pontual em nossas vidas.
Podemos senti-lo quando, em um determinado momento, tudo parece dar errado em nossas vidas e nos sentimos bloqueados e até mesmo perdidos temporariamente. No entanto, em outros casos, a situação se complica um pouco mais.
Acontece quando caímos em ciclos de pensamentos ruminantes e obsessivos nos quais alimentamos a negatividade e o desamparo. Adiciona-se a estes pensamentos negativos um complexo emaranhado de emoções como a tristeza, a angústia, a raiva, a frustração, etc.
Assim, é muito comum que, no início, o desespero surja como resultado da própria ansiedade. Entretanto, se esta situação se mantiver no tempo, a pessoa acabará desenvolvendo, inevitavelmente, um transtorno depressivo.

O desespero nos obriga a enfrentar a nós mesmos

O desespero levado ao seu extremo acaba gerando ideias extremas na mente da pessoa. A idealização suicida é o resultado dessa perda total de sentido e esperança, sem dúvida a parte mais perigosa do desespero. Por isso, é crucial dispor de ajuda psicológica.
Sendo assim, é comum que o desespero seja um elemento quase sempre presente na depressão maior e até mesmo no transtorno bipolar. São situações muito delicadas que exigem um tratamento farmacológico junto com a terapia psicológica.
Entretanto, assim como sinalizamos no início, estas realidades podem ser superadas com ajuda especializada e com um compromisso.
Para isso, é recomendável refletir sobre algumas questões.

A raiva que habita o desespero pode nos ajudar

A raiva continua sendo uma emoção desconhecida. É energética, poderosa, reivindicativa e transformadora se a canalizarmos bem.
  • O desespero é feito da raiva de quem não vê sentido em nada. Há um sentimento de raiva com o mundo e também consigo próprio. E isso, embora nos surpreenda, é bom. Porque o mais perigoso é a apatia, a imobilidade, não sentir nada, experimentar um vazio e não se importar.
  • Porém, se colocarmos a raiva a nosso favor e gerarmos mudanças, as coisas podem encontrar, pouco a pouco, um novo equilíbrio. Só é preciso canalizar a energia de forma que o potencial positivo caia sobre a realidade.

Cara a cara com si mesmo para começar de novo

Há quem diga que o desespero é a prisão do nosso pior “eu”. É o nosso lado mais obscuro, que nos quer fracos e perdidos. Carl Jung dizia que o propósito da terapia psicológica é a transformação e, acima de tudo, alcançar uma individualidade na qual a pessoa encontre seu próprio sentido de vida.
Portanto, é nossa obrigação aceitar essa “sombra” da qual Jung falava para sermos capazes de, depois, transcendê-la. Para sermos capazes de alcançar o lado mais iluminado e forte para encontrar de novo a esperança e a segurança.
Precisamos ter consciência de que essa é uma viagem cheia de dificuldades, mas que, sem dúvidas, é um caminho que vale a pena iniciar para deixar o sofrimento para trás.

Fonte: Mente Maravilhosa


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domingo, 29 de setembro de 2019

U2 I Still Haven't Found What I'm Looking For [legendado em Português Br]

Flash Mob Mamma Mia - Shopping Vila Olímpia

Oh Happy Day (Filme Mudança de Hábito II)

Shelley Fabares - Johnny Angel [Full Video Edit] 1961

Little Eva - Loco-motion(1962)

Peggy March - I Will Follow Him (remastered audio)

Runaround Sue

Wanda Jackson - Hard Headed Woman

Carl Perkins - Blue Suede Shoes - Perry Como Show -1956

AL GREEN - HOW CAN YOU MEND A BROKEN HEART [1972] TRADUÇÃO

ENTENDA O QUE SÃO INIBIDORES DE CDKS E QUAL SEU PAPEL NO CÂNCER DE MAMA

Você sabia que o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres brasileiras e do mundo todo? E em dados gerais, ele fica atrás apenas do câncer de pele não-melanoma e, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no último ano a estimativa é de que foram diagnosticados 59.700 novos casos de câncer de mama no Brasil.
Apesar desse cenário, também temos boas notícias para quem convive com a doença. De acordo com dados do INCA, em tumores iniciais de mama existe uma boa taxa de cura quando diagnosticado precocemente. Aliado a isso, existem novos tratamentos para câncer de mama inovadores que estão chegando no mercado.
E uma das mais recentes possibilidades de tratamento são os inibidores de CDK, que após estudos e testes, estão sendo aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desde 2018. Por isso, neste artigo, vamos explicar o que são os inibidores de CDKs e qual o impacto desse tratamento no câncer. Vamos lá? 

OS CDKS E O CÂNCER DE MAMA


As cinases dependentes de ciclina (CDKs) desempenham papel essencial na regulação da progressão do ciclo celular, permitindo a transição entre diferentes fases. Sua ativação depende de moléculas que são sintetizadas e degradadas durante o ciclo celular – as ciclinas.
Como reguladoras do ciclo celular, sua inibição garante que células doentes não entrem em divisão celular, evitando assim que se proliferem e morram, quebrando um ciclo de crescimento tumoral.
Para tratar essa condição, é preciso fazer a utilização de uma terapia-alvo conhecida como inibidora de CDK. Este tratamento interrompe a atividade de enzimas promotoras de células cancerosas conhecidas como quinases dependentes de ciclina 4/6 (CDK 4/6). 
Por enquanto, temos três medicamentos que atuam com este objetivo disponíveis no mercado.
Os inibidores das enzimas CDK4 e CDK6 são utilizadas para o tratamento do subtipo mais comum de câncer de mama, chamado HR+/HER2- (receptor hormonal positivo/receptor do fator de crescimento epidérmico humano 2 negativo).
Entre os inibidores já temos três aprovados pela ANVISA: o Palbociclibe, o Abemaciclibe e o Ribociclibe. Conheça mais sobre cada um deles:

Palbociclibe

Estudos sobre câncer de mama receptores hormonais positivos/Her-2 negativo levaram à aprovação do Palbociclibe em primeira e segunda linha metastática nesses subtipos de tumores. O Palbociclibe é outro exemplo desta classe terapêutica, um inibidor de quinase de múltiplas ciclinas (CDK4/6), que associado à hormonioterapia (letrozol ou fulvestranto), em primeira e segunda linha metastática nesses subtipos de tumores, que demonstrou excelentes taxas de controle tumoral e mais do que duplicou o tempo de vida livre de doença. O Palbociclibe já está aprovado nos EUA desde fevereiro de 2015 e foi aprovado no Brasil pela ANVISA em 2018.

Abemaciclibe

Lançado nos Estados Unidos em 2017 e aprovado na Europa e no Japão em 2018, o Brasil é o primeiro país da América Latina a contar com esta nova opção terapêutica. O tratamento oral é indicado em combinação com um inibidor da aromatase como terapia endócrina inicial, em combinação com fulvestranto como terapia endócrina inicial ou após terapia endócrina, no cenário de doença avançada/metastática. Também pode ser administrado sozinho, após progressão da doença depois do uso de terapia endócrina e quimioterápicos anteriores para doença metastática.
A segurança e eficácia de abemaciclibe como tratamento autônomo foram analisadas em um estudo com 132 pacientes com câncer de mama HR+ para HER2- que progrediu após tratamento com terapia endócrina e quimioterapia após o câncer ter se tornado metastático. O estudo mediu o percentual de pacientes cujos tumores diminuíram total ou parcialmente após o tratamento.

Ribociclibe

O inibidor de CDK4/6 ribociclibe é também outro representante desta nova classe de medicações. Ele pode ser usado em pacientes com Câncer de mama metastático HR+/HER2- associado a inibidor de aromatase ou fulvestranto, em 1ª e 2ª linhas. No caso da combinação com tratamento endócrino convencional melhorou significativamente a sobrevida global de mulheres mais jovens com câncer de mama avançado positivo para receptor hormonal (Rh+) em comparação com o tratamento endócrino isolado. Os resultados são frutos dos estudos da Dra. Sara Hurvitz, médica e diretora do Breast Cancer Clinical Research, UCLA Jonsson Comprehensive Cancer Center, em Los Angeles.
O tratamento com ribociclibe em associação com terapia endócrina em mulheres na pré menopausa mostrou melhorar significativamente a sobrevida global neste cenário de doença metastática HR+/HER2 negativo. A estimativa da taxa de sobrevida global em 42 meses foi de 70,2% para as mulheres no grupo do tratamento de combinação versus 46% para as mulheres no grupo de tratamento endócrino isolado. O ribociclibe está aprovado no Brasil desde julho de 2018.

OS INIBIDORES DE CDK NO BRASIL

Atualmente, os três medicamentos citados anteriormente já estão registrados pela ANVISA e podem ser comercializados em território nacional. Inclusive, pacientes de câncer já podem fazer uso das medicações para proporcionar aumento de sobrevida livre de progressão. No entanto, possui acesso dificultado/limitado na saúde suplementar por ainda não constar no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por ser uma droga oral que tem uma legislação diferente. Se fosse injetável, uma vez aprovado pelo Ministério da Saúde e ANVISA, a cobertura seria imediata.
Por isto, no que se refere à distribuição destas medicações hoje em dia, eles ainda não encontram-se disponíveis para planos de saúde e nem para o Sistema Único de Saúde (SUS).
No que diz respeito aos planos de saúde, ainda existe a complicação de que a lista de medicações que compõem a lista obrigatória da ANS só é atualizada de 2 em 2 anos. Em outras palavras: haverá revisão apenas em 2020, com chance da entrada destes medicamentos para a lista a partir de 2021.
Para incorporação no SUS de modo universal, ainda é necessário que haja uma submissão de pedido na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) para que o órgão possa avaliar e fazer uma recomendação favorável ou desfavorável ao Ministério da Saúde sobre a inclusão deles no rol do SUS. Normalmente, os responsáveis por essa submissão são os próprios laboratórios fabricantes.
Por essa razão, a FEMAMA coloca os inibidores de CDK na pauta da discussão e defende que esses tratamentos fiquem disponíveis e acessíveis, tanto nos planos de saúde quanto no SUS. Dessa forma, reforçamos nosso compromisso com o acesso a novos tratamentos e a defesa dos direitos de pacientes por meio do nosso trabalho em advocacy no Brasil.

Fonte: Femama


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