A terapia alvo é um tipo de tratamento que ataca especificamente às características das células cancerígenas. Ela se concentra em determinadas moléculas que se sabe estarem envolvidas no crescimento e disseminação dos tumores.
A terapia alvo também pode ser administrada junto com a hormonioterapia ou com a quimioterapia.
Câncer de Mama HER2+
De 10 a 15% dos cânceres de mama têm quantidades elevadas da proteína HER2 na superfície de suas células. A proteína HER2 é importante para o crescimento das células cancerígenas.
O status HER2 é determinado analisando o tecido do tumor.
Trastuzumabe
O trastuzumabe é um anticorpo que tem como alvo as células cancerígenas HER2+. Quando ligado à proteína HER2, o trastuzumabe retarda ou impede o crescimento destas células. O trastuzumabe é usado apenas para tratar câncer de mama HER2+.
O trastuzumabe também pode reduzir o tamanho dos tumores e retardar o desenvolvimento do câncer de mama avançado HER2+ quando usado sozinho ou combinado com quimioterapia.
O trastuzumabe é administrado por via intravenosa.
Efeitos Colaterais e Riscos do Trastuzumabe. O trastuzumabe tem menos efeitos colaterais do que a quimioterapia. Não provoca perda de cabelo, náusea ou vômitos, e não tem nenhum efeito sobre a medula óssea. Em casos raros, pode levar a problemas cardíacos ou pulmonares. Embora a probabilidade de um evento como esse seja pequeno, discuta este risco com seu médico antes de iniciar o tratamento. O médico solicitará exames do coração antes e durante o tratamento para garantir que não haja problemas.
Pertuzumabe
O pertuzumabe é um anticorpo que tem como alvo as células cancerosas HER2+ de um modo diferente do que o trastuzumabe. O pertuzumabe está aprovado como primeiro tratamento para câncer de mama avançado HER2+, e para o tratamento combinado com trastuzumabe e quimioterapia no tratamento pré-operatório do câncer de mama localmente avançado. É administrado via intravenosa.
Efeitos Colaterais do Pertuzumabe. Os possíveis efeitos colaterais incluem diarreia, erupções cutâneas, vômitos, dor de cabeça e pele seca.
Ado-Trastuzumabe Emtansina (T-DM1)
O Ado-trastuzumabe emtansina é um novo tipo de terapia alvo para câncer de mama avançado HER2+. Consiste em trastuzumabe, junto com quimioterapia chamada DM1. A combinação desses medicamentos permite que a administração da quimioterapia tenha como alvo as células cancerígenas HER2+. O T-DM1 é administrado por via intravenosa.
O T-DM1 está aprovado para o tratamento do câncer de mama avançado HER2+ que continua progredindo após o tratamento com o trastuzumabe e uma quimioterapia com taxanos.
Um estudo mostrou que o T-DM1 aumenta a sobrevida global mais do que o lapatinibe, além do medicamento quimioterápico capecitabina em mulheres com câncer de mama avançado HER2+.
Efeitos Colaterais do Trastuzumabe Emtansina. Os possíveis efeitos colaterais incluem náuseas, fadiga, dores musculares e articulares, diminuição da contagem das plaquetas, dor de cabeça e constipação. Também pode provocar problemas cardíacos e hepáticos. Geralmente não provoca perda de cabelo.
Lapatinibe
Os inibidores de tirosinaquinase, como o lapatinibe, são uma classe de medicamentos que tem como alvo enzimas importantes para as funções celulares. Estas medicamentos bloqueiam as enzimas tirosinaquinase.
O lapatinibe foi aprovado para o tratamento de câncer de mama metastático HER2+ em mulheres que já fizeram quimioterapia e usaram trastuzumabe. O lapatinibe é administrado por via oral.
Lapatinibe combinado com Quimioterapia. O lapatinibe combinado com quimioterapia pode aumentar a sobrevida, em comparação com a quimioterapia isolada em mulheres com câncer de mama avançado HER2+.
Lapatinibe combinado com Hormonioterapia. O lapatinibe combinado com o inibidor da aromatase letrozol pode aumentar o intervalo para a doença progredir comparado com o uso isolado de letrozol em mulheres com receptores de hormônio positivos.
Efeitos Colaterais do Lapatinibe. Os possíveis efeitos colaterais incluem diarreia, náuseas, vômitos, erupção cutânea e fadiga. Em casos raros, também pode provocar problemas hepáticos e pulmonares.
Fonte: Oncoguia
As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos
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