foi um poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente
comercial, crítico literário e comentarista político
português.
Fernando
Pessoa é o mais universal poeta português. Por ter sido educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa,
chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português ao
escrever os seus primeiros poemas nesse idioma. O crítico literário Harold Bloomconsiderou Pessoa como "Whitman renascido",[4] e o incluiu no seu cânone entre
os 26 melhores escritores da civilização ocidental,[5] não apenas da literatura portuguesa
mas também da inglesa.
Não sei quantas almas tenho
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.
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Fonte: Wikipédia
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