terça-feira, 5 de setembro de 2017

10 dicas Alimentação Saudável e anti-câncer


Ultimamente temos sofrido uma certa ditadura em relação à alimentação. Alguns profissionais aparecem dizendo o que devemos comer para não termos câncer nem outras doenças. Depois aparecem outros profissionais e personalidades dizendo exatamente o contrário. Por vezes circulam, ao mesmo tempo, as duas informações contrárias. Acredito que você se lembre do ovo que não podia ser consumido mais do que 2 vezes na semana porque aumentava o colesterol. Agora já se pode e deve-se comer ovo todos os dias e mais do que uma vez porque, dizem alguns, Colesterol alto é bom.

O óleo de coco era vilão e agora é o mocinho (e depois para alguns voltou a ser vilão), no seu devido contexto e objetivos. O leite era o mocinho e agora é vilão….e isto tudo num pequeno espaço de tempo. E isto só não causa uma confusão mental a quem não está minimamente interessado em ter uma alimentação saudável.


Desde janeiro de 2013 que tenho estudado muito sobre nutrição e sua relação com saúde e bem estar. Já li de tudo (centenas de livros e estudos) e dos mais conceituados profissionais. Cheguei a algumas conclusões que, não são ditaduras, eu garanto. São flexíveis e que, além de promoverem uma boa saúde fisiológica, promovem uma boa saúde mental. Deixemos terrorismos de lado e vamos procurar nos nutrir e, ao mesmo tempo, ter prazer com uma das melhores coisas da vida: comer!

O fundamento é: a alimentação é a base da saúde! E o que comemos pode contribuir para a nossa saúde e bem estar ou pode nos levar no caminho oposto.

Posto isto, vamos às conclusões pessoais que vou tentar resumir ao máximo (dariam um livro):




1. A Nutrição é a ciência que mais gera polêmica pois existem estudos que comprovam, para o bem e para o mal, lados opostos de uma mesma verdade: Como por exemplo, o ovo e o óleo de côco;

2. Todos nós, apesar de humanos, temos um corpo e um metabolismo diferentes uns dos outros. O que pode funcionar para mim, pode não funcionar para você. Por exemplo, o meu organismo não processa bem proteínas mas processa muito bem gorduras. Também não tenho enzimas para digerir ovo, nem ervilha, nem feijão nem Castanha do Pará. 4 alimentos aparentemente saudáveis que para mim não são. Descubra a sua bio-individualidade e tire o máximo de proveito da sua alimentação;

3. Equílibrio: Não devemos excluir alimentos do nosso cardápio que gostemos muito, simplesmente porque “está na moda” e a celebridade “x” deixou de comer. E o mesmo, com o caso contrário. Se você tem ânsia de vômito com suco verde pela manhã, porque é que há-de passar pelo sufoco de o consumir diariamente?! Com certeza há outras opções nutritivas e que dêem mais prazer a você. Eu, recentemente descobri (através de um exame genético – falarei em breve) que não é bom para mim suco verde (nem vegetais) no desjejum. Há 4 anos que estava fazendo algo, supostamente saudável, que para mim é “kriptonita”. Então adaptei-me.

4. Evite alimentos que aumentam a inflamação do nosso corpo e que alimentam tumores quando estes já estão em desenvolvimento:



      • açúcar (pincipalmente o refinado) – opte, se for mesmo necessário adoçar, pelo stevia, eritritol ou xilitol (se não tiver nenhuma condição que não os permita consumir) ou mascavo ou de côco;
      • consumo de carne vermelha – não precisa excluir se gosta muito mas limite a 1/2 vezes por semana (eu, por exemplo, nem posso excluir);
      • óleos refinados (canola, soja, milho, girassol) – prefira cozinhar com óleo de côco, manteiga clarificada (ghee), óleo de abacate ou linhaça. Deixe o azeite para temperar no prato;
      • farinha branca – substitua por carboidratos complexos, como inhame, batata doce, mandioquinha, mandioca,… (mas tente não misturar na mesma refeição)
      • Comida processada (como você pode confiar num bolo de chocolate embalado cuja validade é de cerca de 1 ano ou mais? E como você acha que é feito o presunto ou o tender que chegam na sua mesa? Se eles foram conservados daquela forma, imagine o que acontece dentro do seu corpo). Prefira a comida de verdade, vinda da terra, da natureza;
      • Fast Food – substitua por comida de verdade, caseira. Se gosta muito, deixe para alguma ocasião especial ou em alguma viagem;
      • Sal refinado – substitua por sal marinho ou por sal rosa do Himalaya;
      • Soja (a não ser tofu orgânico ou missoshiro) – exclua do cardápio. Normalmente é transgênica, cheia de hormônios femininos e ainda é um atentado para o planeta, a sua plantação;
      • Refrigerantes – substitua por água, kombucha (parece um refrigerante) e chás;
      • Frutas/vegetais/legumes que não são da safra.
5. Aumente o consumo de:


      • Legumes (principalmente os com baixo e médio teor de carboidrato como brócolis, abóbora, abobrinha, cenoura crua, beterraba cozida, beringela, chuchu, pepino, pimentão, tomate, aipo, aspargo, nabo, rabanete, gengibre…- aipo, brócolis, gengibre, cenoura e beterraba principalmente se você estiver em quimioterapia ou outro tratamento que baixe a imunidade);
      • Vegetais (acelga, alface, agrião, couve, escarola, espinafre, repolho, rúcula, taioba, entre outras);
      • proteínas magras (cogumelos, frango, peixe, tofu, ovos inteiros, frutos do mar…);
      • Frutas inteiras orgânicas, com casca e tudo (as que dão) e dê preferencia às que têm menos açúcar e procure comê-las inteiras e comer acompanhadas de alguma proteína e/ou gordura boa (castanhas, por exemplo). Se for fazer suco misture com algum vegetal para aumentar o teor das fibras – as que mais como são: avocado, côco seco, maracujá, morangos e framboesas orgânicas e maçãs também orgânicas. Kiwis também são ótimos. Todas com IG (índice glicêmico baixo)
      • Água mineral e com pH entre 7.5/8 (livre de cloro e de metais pesados. De preferência rica em magnésio – veja o post que escrevi AQUI);
      • suco de limão (de manhã em jejum e se quiser antes das principais refeições) e vinagre de maçã orgânico;
      • ervas e especiarias tais como orégano, cúrcuma, pimenta do reino, pimenta caiena, canela, cacau, gengibre em pó e alho em pó;
      • Sementes de girassol, de abóbora, chia, gergelim,….
      • gorduras boas como óleo de oliva, de côco, de abacate, de linhaça, ghee,.…
6. Compre, se puder, uma máquina de fazer sucos e faça com frutas, vegetais e legumes (incluindo raízes). E tome-os sem coar. Eu uso a Nutri Ninja (e funciona 3x/dia em casa – bulletproof coffee, shake funcional e suco vitaminado).



7. Aprenda a ler os rótulos e não se deixe eludir pela embalagem. Se o produto tiver coisas que nem consegue soletrar, deixe de lado. Os ingredientes aparecem sempre por ordem do que contém mais. Por exemplo, se na lista de ingredientes, primeiro vier o açúcar é porque é o ingrediente que tem em maior quantidade. Prefira também os produtos que têm o mínimo de ingredientes. Por exemplo, em casa só compro uma água de côco de caixinha. É o único produto de caixinha que entra em casa e é muitoooo de vez em quando. E ele tem apenas água de côco. Eu só conheço uma marca que fabrica assim. É a “Obrigado”. Se tiver ingredientes que não consegue soletrar, evite.;



8. Ao experimentar novos alimentos, mesmo que parecendo estranhos no início, dê uma chance. O seu paladar pode não estar acostumado. E, por vezes, é uma questão de hábito. Para mim, um bom exemplo disso foi com o Tofu (que hoje amo) e o chocolate 90% que hoje em dia como com prazer;



9. Se possível faça um exame de Intolerância Alimentares (falei neste post) e exclua do seu cardápio o que faz realmente mal. É tão bom experimentarmos viver o dia a dia no nosso melhor, com saúde, energia e bem estar. Se você não se sente maravilhoso, sempre existe uma razão;

10. Bebidas. Para além da água (o liquido fundamental da vida) também devemos tomar chá (1 xícara de chá verde por dia e chá de gengibre depois do almoço – ajuda na digestão – gosto de juntar um pau de canela). As quatro outras bebidas que entram na minha vida são: kefir em jejum, de vez quando kombucha (é bem gaseificada), todos os dias café orgânico (no bulletproof coffee) de manhã (e às vezes à tarde) e, muito de vez em quando uma taça de vinho tinto.


Tudo o que colocamos na nossa boca ou nos traz saúde ou tira. Há vários estudos que, para termos mais longevidade, ou seja vivermos mais e com mais saúde, precisaríamos ser vegetarianos e consumir apenas comida orgânica.


No entanto, não vivo numa bolha e nem acredito em radicalismos. Até porque, para a minha genética, ser totalmente vegetariana não seria adequado. E comer, para mim, é um dos maiores prazeres da vida. Evito churrasco pelos altos índices de recidiva de câncer de mama (cerca de 30%). Deixo para 1x por mês. Não é algo que eu adore mas vivo no Brasil e o churrasquinho, de vez em quando faz parte dos eventos sociais e familiares. É uma questão de equilíbrio e de eu me sentir bem com esse equilíbrio. Corpo e mente, sempre em sintonia. Procure o seu equilíbrio tendo em conta as informações que você tem e seja feliz.

As suas escolhas alimentares não são uma obrigação mas algo que você quer para ter mais saúde, bem estar, energia e qualidade de vida. Não faça dieta. Adapte o seu estilo de vida e aprenda a olhar de forma diferente para os alimentos.

Como dizia Hipócrates, o pai da medicina, “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio”. É uma pena que as faculdades de medicina tenham perdido esta essência pelos altos patrocínios da Indústria Farmacêutica e da Indústria Alimentícia (comida processada). E assim, a medicina (a maior parte) voltou-se mais para cuidar da doença ao invés de cuidar da saúde.
Um beijo no coração e até mais,



As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.


É muito importante procurar sempre mais informações sobre os assuntos.

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