Todos os anos, mais de 38 mil médicos e
cientistas de todas as partes do mundo se reúnem em Chicago (EUA) para o
maior e mais importante congresso de oncologia: a ASCO (Sociedade
Americana de Oncologia Clínica, na sigla em inglês). Durante os quatro
dias de evento, foi possível conferir diversas apresentações e mais de
cinco mil novos estudos reunindo as novidades em medicamentos,
combinações e exames, trazendo o que há de mais promissor no
diagnóstico, prevenção e tratamento do câncer.
Diversos trabalhos apresentados
consolidam a importância da dieta e do exercício físico, não só na
melhoria da qualidade de vida de pacientes com câncer, mas também
podendo levar a redução significativa do risco de recidiva e até uma
maior chance de cura.
Apesar de diferentes, a maioria dos
estudos apresentados focando na dobradinha “dieta e exercício” focou em
câncer de cólon e de mama, respectivamente o 3º mais incidente em ambos
os sexos, e o 1º em mulheres.
No maior estudo, a análise foi feita em
pacientes com diagnóstico e tratamento do câncer de colón e observou a
frequência de hábitos de vida saudáveis e consistentes com os
recomendados pela Sociedade Americana de Câncer. A análise robusta de
quase mil sobreviventes demonstrou que pacientes com hábitos mais
saudáveis tiveram 30% menor de recidiva e 42% menor risco de morte do
que pacientes que não mantinham uma rotina mais sadia.
De modo similar, o efeito do exercício
foi estudado em 350 pacientes submetidos a quimioterapia e demonstrou
que pode reduzir os efeitos de fadiga causados pelo tratamento,
provavelmente por reduzir a produção de enzimas inflamatórias ao
músculo, se traduzindo em melhor qualidade de vida nos pacientes durante
a terapia.
Dois outros trabalhos avaliando a prática
física em mulheres com câncer de mama sugerem que, além de levar a
melhoria na qualidade de vida dessas pessoas, ela também pode reduzir o
risco de recidiva e ainda aumentar as chances de cura.
Os efeitos da união entre exercício
físico e dieta se mostram como potente arma não só na prevenção da
doença, mas também como ferramenta para reduzir as chances de recidiva
e, ainda, para aumentar a possibilidade de cura naqueles que já foram
diagnosticados. No entanto, seu impacto não deve impedir ou se confundir
com as medidas médicas comprovadas, como a cirurgia ou mesmo a
quimioterapia, que devem ser parte integrante do tratamento.
Fonte: Veja Rio
As informações e sugestões contidas neste site são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
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