De lá para cá, 333 delas engravidaram, sendo que, em comparação com as demais voluntárias, não houve diferença significativa quanto ao retorno da doença. E olha que a maioria dos tumores foi classificada como RE-positivo, quando as células cancerosas são receptoras de estrogênio e podem se proliferar em resposta a esse hormônio sexual. Para melhorar, aquelas que sobreviveram ao tipo oposto (RE-negativo) viram o risco de mortalidade despencar em 42% após o teste de gravidez dar positivo.
© image/jpeg Fertilidade depois do câncer de mama: como é que fica?
Ocorre que um dos principais efeitos colaterais de quimioterápicos contra o câncer de mama envolve a redução da reserva de óvulos, o que pode levar à menopausa precoce e à insuficiência ovariana. “Não à toa, mais de 90% das pacientes não conseguem ter filhos naturalmente depois de vencer a doença”, conta o especialista em reprodução humana e oncofertilidade Giuliano Bedoschi, de São Paulo.
A boa notícia é que as técnicas de fertilização artificial ajudam a amenizar mais esse impacto negativo da químio — de novo, sem estimular o câncer. Funciona assim: se possível, logo após o diagnóstico da enfermidade, especialista extraem óvulos da mulher e os congelam. Depois, quando toda essa fase turbulenta tiver passado, os embriões são inseridos no útero. De acordo com Bedoschi, atualmente são usados medicamentos que evitam uma superconcentração de estrogênio durante etapas desse procedimento, tornando-o mais seguro.
Aliás, ele e um time de especialistas de Nova Iorque, nos Estados Unidos, recrutaram 131 mulheres que tiveram câncer com até 41 anos de idade para verificar a efetividade da fertilização artificial. “Metade conseguiu engravidar”, comemora o especialista.
“No entanto, pede-se que o congelamento de óvulos e embriões seja feito antes do início da quimioterapia. A transferência, por sua vez, não deve ser realizada nos primeiros cincos anos que sucedem o fim do tratamento”, pontua Bedoschi. Outra recomendação é buscar o aval de um oncologista, já que há contraindicações — histórico de trombose, casos de hipertensão e quadros de doenças no fígado, por exemplo.
Fonte: MSN
As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas
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