sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Tratamento personalizado muda a história do câncer de mama

O câncer da mama é a neoplasia mais frequente no sexo feminino, com estimativa de 52.680 novos casos em 2012, conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Sabe-se que uma em cada oito mulheres desenvolverá câncer de mama em alguma fase da vida.

A presença de mutações deletéricas dos genes BRCA 1 e 2 é responsável por 4% dos casos de câncer da mama, constituindo o que chamamos de câncer de mama hereditário.

A grande maioria dos tumores de mama é esporádica. Presença de história familiar de câncer da mama e/ou ovário e de mutações deletéricas constituem pacientes de risco, necessitando um acompanhamento precoce, por meio de mamografias, ultrassonografias e ressonância magnética.

A cirurgia conservadora nos casos iniciais, complementada por radioterapia e quimioterapia - quando indicadas - oferece excelentes resultados estéticos, com percentual elevado de cura.

Nos casos de doença localmente avançada, a quimioterapia primária permite, muitas vezes, a redução da extensão da cirurgia, e posterior complemento, com quimioterapia, radioterapia ou hormonioterapia.

Com a introdução de novos agentes quimioterápicos e, em especial, das terapias alvomoleculares, além do conhecimento dos subtipos de câncer de mama, e em especial nos casos mais avançados, houve grande melhora nos resultados, com prolongamento das sobrevidas e excelente qualidade de vida.

Atualmente, é possível afirmar que o tratamento do câncer de mama é personalizado, o que modificou a história natural da doença.

Gilberto Luiz dos Santos Salgado é médico.

Fonte: Jornal do Brasil.

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