quinta-feira, 28 de maio de 2020

María Barrientos: Hay que dar antiinflamatorios a pacientes con Covid te...

   



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Cáncer y coronavirus | Alivio: no detectan mayor incidencia del COVID-19...






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Dr. Felipe Ades - Genética em oncologia, definindo riscos e melhorando o...





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TESTES GENÉTICOS PARA CÂNCER DE MAMA






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segunda-feira, 25 de maio de 2020

7 aplicativos de meditação que vão te ajudar a relaxar

© Foto: Shutterstock shutterstock_360192704.jpg

Você é do tipo de pessoa que se distrai facilmente, vive ansioso(a) ou se acha hiperativo? Já pensou em começar a praticar meditação em casa? Você não precisa ir até um templo budista ou pagar aulas particulares para aprender o básico da prática. Com aplicativos para celulares, você consegue fazer sessões de meditação guiada diretamente da sua casa, de onde quiser.
Pensando nisso, o Guia da Semana selecionou 7 aplicativos de meditação que vale a pena baixar. Confira:

► Sattva

O Sattva é um aplicativo de meditação disponível para iOS e Android que oferece meditações guiadas para iniciantes. Também oferece um cronômetro para você verificar quanto tempo está meditando, um medidor de humor de antes e depois da sessão e ainda um monitor de frequência cardíaca, quando conectado com um relógio inteligente.

► Medite.se

O Medite.se foi criado pelo brasileiro Tadashi Kadomoto e é totalmente voltado para os iniciantes da prática. O aplicativo está disponível para iOS e Android, e possui diversas meditações guiadas em português. Além disso, você consegue baixar o áudio para ouvir quando estiver offline.

► Zen

O aplicativo Zen possui vários tipos de meditações: para dormir, contra tristeza, ansiedade, desânimo, irritação e muito mais. Além disso, o aplicativo possui programas diferentes para você começar a meditar, com sessões guiadas por instrutores que falam português. Se você prefere uma meditação silenciosa, você pode optar por escolher uma música relaxante ou sons da natureza. Para ter acesso a mais sessões, você pode optar por assinar os planos que vão de R$ 9,50 a R$ 114,90 por mês.

► Headspace

O Headspace é um dos aplicativos de meditação mais conhecidos e que possui um plano de jornada de introdução na meditação. Ele explica todos os conceitos da prática através de vídeos enquanto aprofunda o treino a cada sessão. O aplicativo te ensina a fazer exercícios de respiração e a se conectar com seu próprio corpo, além de oferecer meditações especiais para dormir, controlar a ansiedade e estresse, manter o equilíbrio e mais. Está disponível para iOS e Android.

► Lojong

O Lojong é um aplicativo gratuito e em português que te ensina a meditar através de sessões guiadas. Cada sessão terá um objetivo diferente para que você domine a prática e a coloque no seu dia a dia. O aplicativo ainda gera relatórios mensais e diários do seu desempenho, traz citações motivadoras para continuar o hábito, vídeos animados sobre meditação e também um timer personalizado. Está disponível para iOS e Android.

► Calm

Calm é outro aplicativo de meditação gratuito e em português, que te ensina a manter a atenção plena. Seja você um iniciante ou avançado, o aplicativo possui sessões para todos os níveis. Além de meditações, Calm oferece exercícios de alongamento e histórias para dormir. Você pode escolher uma música tranquila para relaxar, seja para fazer uma pausa no meio do dia, ou para dormir a noite. Está disponível para iOS e Android.

► Insight Timer

O Insight Timer é um aplicativo de meditação que possui uma versão básica gratuita e outra paga, com mais sessões. Ele possui um grande acervo de meditações guiadas com objetivos diferentes, como para ter maior confiança, para lidar com o estresse, para manter o foco, controlar a ansiedade, entre outros. O Insight Timer possui meditações guiadas em português e inglês, sons ambientes, músicas relaxantes, relatórios de progresso, além de grupos de discussões para trocar experiências. Disponível para iOS e Android
Fonte: MSN


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domingo, 24 de maio de 2020

Guia de Receitas para o Paciente Oncológico: Sopa de Mandioca com Frango




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Guia de Receitas para o Paciente Oncológico: SALADA DE MACARRÃO COM ATUM





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Tenho Câncer... e agora?

O diagnóstico de câncer chega para o paciente e sua família como uma bomba atômica – uma sentença de morte.  A palavra câncer traz consigo um pré-conceito destrutivo e de desesperança. As reações ao diagnóstico são inicialmente de negação; necessidade de confirmações variadas; se confirmado, os sentimentos de raiva e revolta são muito frequentes, seguidos do desespero e inconformidade de não poder viver todos os sonhos; até que por último segue-se a aceitação – que não significa concordância, mas a constatação de que a doença existe e precisa ser tratada de maneira adequada. Inúmeros são os estudos que comprovam o quanto a condição emocional do paciente e de sua família poderá influenciar no tratamento e na recuperação de todos.  Portanto, a busca do equilíbrio emocional ao longo de todo esse processo, não será menos importante que os tratamentos para a condição física. 
Sim, é possível VIVER com “o câncer” - em 4 passos. 
Passo um: Trabalhe sobre dados reais e conseguirá tomar as melhores decisões.
A primeira ação é buscar informações consistentes sobre o diagnóstico.  Por vezes as famílias consultam mais de um especialista.  Não há problemas nisso, poderá inclusive trazer maior conforto para escolher o profissional. Um segundo momento é compreender quais os tratamentos disponíveis.  Discutir com os médicos especialistas e experientes em mieloma sobre as possibilidades, as consequências do tratamento para a vida diária e o tempo de duração, são aspectos fundamentais para a definição do tratamento. Caso as informações passadas não estejam claras, persista, não tema, pergunte novamente, não fique com dúvidas.  Busque outras fontes de informação – instituições como o Instituto Espaço de Vida agregam pessoas de diagnóstico semelhante e auxiliam com material informativo e compartilhamento de experiências. Não criar monstros é uma grande vitória!  Cabe ressaltar que cada organismo é único e responde de maneira diferenciada quanto a resposta a cada tipo de tratamento.  Por isso a informação minuciosa é necessária.
Dica: Uma busca excessiva por opiniões irá esgotar a todos física e emocionalmente e não trará novidades ao já demonstrado pelos exames.

Passo dois: Todos precisarão de ajuda – orgulho e julgamentos não têm mais espaço na vida desta família.
O paciente poderá, em função do tratamento e do curso da enfermidade, apresentar dificuldades para realizar atividades corriqueiras que antes desempenhava com vigor.  O cuidador precisará de auxílio pois serão muitas consultas, salas de espera, procedimentos, onde o tempo passará a ser contado pelas gotas da medicação que cai. Mediante o acúmulo de atividades e desgaste de todos, será necessário aprender a pedir ajuda, mas primordialmente, aprender a aceitar ajuda - sem julgamentos, sem medo de incomodar, sem receio de ser um peso.  Somos seres humanos e vivemos necessariamente em comunidade – a família e os amigos terão um papel essencial.  Ajudar significa doar-se e deve ser motivo de orgulho saber que há pessoas que estão dispostas a se doar em nome de um vínculo afetivo ou de amizade.
Além dos médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e demais profissionais da saúde poderão auxiliar na orientação de cuidadores, nas alternativas para as atividades diárias e no equilíbrio emocional tão necessário para todos os envolvidos.  Não hesite em buscar auxílio.
Dica: Não deixe ninguém fazer por você aquilo que você PODE fazer naquele momento.

Passo três: Os ânimos parecerão mais um mar revolto em dia de tempestade do que uma agradável tarde de primavera.
O diagnóstico, o tratamento, o pós-tratamento, a remissão, a recidiva, o novo tratamento... todas estas fases são carregadas de muito stress e questionamentos: Tem cura? Quanto tempo? Sentirei dor? Vai dar certo? São dúvidas frequentes de pacientes e familiares sobre seu diagnóstico e prognóstico.  Infelizmente a ciência ainda não tem respostas exatas para grande parte delas – e é este o fato que traz na palavra câncer tanto medo, tanto horror e tanta angústia. Em meio a todos estes questionamentos, dores físicas, valores abalados, incapacidades, frustrações e impotência, os sentimentos se comportam como numa montanha russa, num misto de confusão, alternância de humor, sensibilidade excessiva e tolerância inexistente. Não é indicado fingir que nada está acontecendo... pois muitas coisas acontecem o tempo todo! Sinta intensamente os medos, as angústias, e principalmente compartilhe, divida.  Todo sentimento negativo, quando dividido, é amenizado.  Dividir as dores fortalece os laços de fraternidade e amor.  Se precisar, busque auxílio profissional.
Dica: Na maioria das vezes o silêncio será o artigo mais precioso para lidar com os envolvidos; porque quem ama, sabe esquecer, não ouvir e perdoar. 
Passo quatro: Não faça planos para morrer!  VIVA!
Todos nós tememos a morte, pois ela limita nossos sonhos.  Mas nenhuma enfermidade biológica é capaz de conter a grandeza de um ser humano. Todas as velas um dia queimarão – e o fim pode ser agora, daqui há cinco meses, ou em 15 anos – não temos controle sobre isso.  O anúncio do fim por meio de um diagnóstico causa angústia e ansiedade, e frente a isso há duas possibilidades:
1.    Ficar estagnado deixando este tempo que resta passar, ali fora na janela, e você só observando; cultivar sentimentos de culpa, auto piedade, desesperança, revolta, e deixar o legado de ter sido vencido por uma enfermidade biológica, por ter desistido de lutar.
2.    Levantar-se e ir à luta!  Se houver 0,01% de chance – tentar. Viver cada minuto intensamente, realizar cada sonho possível.  E no outro dia sonhar com outra possibilidade; reinventar a forma de fazer o mesmo; porque sim, o fim existe para todos, mas se você está lendo isso, ainda não acabou!  Não desista no meio do caminho.
A vida só acaba quando nos esquecemos de que ela vale a pena!  Pois, enquanto há sonho, há vida!  Cure sua alma dando asas a ela, deixe-a voar!  
E você, quais os seus sonhos?  O que você ainda quer fazer?
Hoje, o que pode fazer para ficar mais perto da realização destes sonhos?
Comece hoje... e amanhã continue... e depois conquiste!

Por: Erika Scandalo

Fonte: Espaço de Vida



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Guias Câncer



Guia de Alimentação - Sírio Libânes


Manual do Paciente - Oncosul


Cartilha de Orientação - Santa Casa BR


Guia prático para pacientes oncológicos


Guia da Mulher: dicas mulheres durante o tratamento oncológico - A.C. Camargo


Guia do Paciente - COI Americas


Guia de Nutrição para pacientes e cuidadores - INCA


Oncoguia


Guia do Paciente - Oncomed


Prevenção do Câncer - SBOC



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Coronavírus: Hospital referência em tratamento de câncer tem redução de até 87% em diagnóstico de tumores em SP

Coronavírus: Hospital Referência Em Tratamento De Câncer Tem Redução De Até 87% Em Diagnóstico De Tumores Em SP

A pandemia do novo coronavírus na capital paulista esvaziou a procura pelo tratamento de câncer em um dos principais hospitais de referência ao tratamento da doença em São Paulo, o A.C. Camargo Cancer Center.
O número de exames para novos diagnósticos de câncer no hospital caíram até 87% na comparação entre abril deste ano e de 2019.
De acordo com os dados do hospital, dependendo do tipo de tumor, houve redução de 50 a 80% no número de consultas feitas pelos médicos oncológicos no mês de abril, comparado com o mesmo mês do ano passado.
Segundo o hospital, a redução mais acentuada se deu entre os pacientes de câncer de mama e de tumores urológicos.
O A.C Camargo registrou redução média de 65% no número de novos pacientes, sendo 74% no centro de referência de tumores da mama do hospital, e 79% no centro de referência de tumores urológicos, que são mais comuns em pacientes homens, acima de 60 anos.
O total de cirurgias para retirada de tumores caiu 54% nas quatro unidades quatro unidades do A.C Camargo em São Paulo. Algumas delas, segundo os médicos, foram postergadas por não apresentarem risco para os pacientes.
“Essa queda bastante acentuada, claramente foi por causa da pandemia de coronavírus. No início, nós mesmo, os médicos, pedíamos para os pacientes só irem para o hospital em casos urgentes, porque a gente não sabia muito como lidar com a doença. Passados quase dois meses, os ambientes hospitalares estão mais controlados e há mais gente curada no próprio hospital do que infectadas. Então, é o momento das pessoas voltarem a fazer o diagnóstico, porque muito nos preocupa uma pessoas com um melanoma, por exemplo, que é um câncer que se espalha muito fácil pelo corpo, ter uma evolução em dois três meses, que pode comprometer a recuperação”, conta o cirurgião oncológico João Duprat , chefe do Centro de Referência em Tumores Cutâneos do A.C.Camargo Cancer Center.
Especialista em cânceres de pele, os chamados tumores cutâneos, Duprat afirma que muitos deles têm comportamento agressivo e adiar o plano terapêutico pode significar a redução do sucesso do tratamento, que está atrelado ao diagnóstico e tratamento precoces.
De acordo com Duprat, o hospital teve uma queda de mais de 50% no número de novos diagnósticos de câncer de pele durante a pandemia de coronavírus.
“No início dessa crise, era normal os pacientes adiarem consultas e exames para detecção de tumores ou acompanhamento do quatro clínico, por medo de infecção. Não tenho dúvidas de que o isolamento social foi fator relevante para que a gente não tivesse um pico mais alto e acelerado na cidade, mas a gente não sabe quanto tempo isso ainda vai durar até o achatamento mais expressivo da curva. E muitos tumores têm como fatos decisivo de cura o diagnóstico no início dos sintomas. Por isso a necessidade das pessoas voltarem a fazer seus exames e marcarem as cirurgias necessárias”, avalia João Duprat.
O A.C Camargo afirma que o número de sessões de quimioterapia e radioterapia realizadas pelo hospital também teve queda de 10% em abril, e lembra que as pessoas não podem interromper o tratamento intravenoso após iniciar as aplicações.
Para a realização dessas sessões, o hospital diz que tem tomado todos os cuidados para poder evitar o encontro de pessoas no mesmo ambiente e os profissionais têm usado os equipamentos de proteção individual para evitar qualquer contágio.
“Nós temos um andas exclusivo para os pacientes com Covid-19. E mesmo aqueles que não testaram positivo, eles são tratados como se fosse assintomáticos e isolados da mesma forma, em isolamento, com ambiente controlado e sem contato físico com nenhum profissional. Se ele precisa fazer uma cirurgia, nós estamos colhendo as amostras para exames de PCR 72 horas antes para saber se ele tem o coronavírus. Se tiver, a cirurgia é adiada, e se não tiver, ele vai ser internado e tratado em isolamento total até a recuperação e a alta”, conta Duprat.
“São cuidados que muitos hospitais estão tomando e que são necessários para que as pessoas não deixe de se tratar do câncer, porque a espera pode ser ainda mais prejudicial depois de dois um três meses sem diagnóstico”, aponta o médico.
Fonte: Todos juntos contra o câncer

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Dicas e orientações para pacientes com câncer na era da COVID-19

É comprovado que o coronavírus – Covid-19 ataca de forma mais agressiva os idosos e aqueles com doenças debilitantes, como diabetes melitus, doenças cardiovasculares e pulmonares e câncer. Apesar disso, não precisamos de pânico e sim de cuidados importantes. Nem todo mundo que tem câncer é do grupo de risco.
O alerta é para quem tem doença hematológica (como leucemialinfoma e mieloma), câncer em estágio muito avançado, quem está se submetendo a tratamento que diminua leucócitos e células brancas (como a quimioterapia) e que passaram por transplante de medula óssea.
Seguem algumas dicas importantes para você passar por esse momento de melhor forma possível:
  • Embora nem todos os tratamentos contra o câncer sejam imunossupressores, todos devem tomar as devidas precauções para evitar infecções e para não debilitar a imunidade.
  • Os pacientes oncológicos não devem interromper o tratamento com medo de ir à clínica ou hospital.
  • O tratamento oncológico não deve ser suspenso, a não ser por decisão médica e avaliação individual.
  • Aqueles pacientes que precisarem de internação serão internados.
  • Clínicas e hospitais estão modificando o fluxo em suas instalações para atender e proteger esta população, reduzindo o risco de contágio.
  • Os pacientes oncológicos em tratamento hospitalar devem seguir as recomendações de cada instituição sobre uso de equipamentos de proteção e higienização de mãos

Dicas e orientações para pacientes oncológicos evitar a COVID-19

Medidas preventivas gerais e cuidados básicos de higiene

  • Ficar em casa, evitar aglomerações e lugares fechados
  • Lavar bem as mãos corretamente por 40 a 60 segundos
  • Utilizar álcool em gel por 20 a 30 segundos
  • Não colocar as mãos nos olhos, nariz e boca
  • Cobrir com o antebraço o nariz e boca a tossir e espirrar
  • Usar máscara em lugares públicos
  • Manter distância de pessoas que estão infectadas ou de pessoas com os sintomas
  • Caso apresente febre, coriza, tosse seca ou falta de ar, contate o seu médico

Fonte:  Vencer o Câncer


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Pacientes de cânceres hematológicos precisam ter cuidados redobrados com a COVID-19

Pacientes de cânceres hematológicos cuidados COVID-19

Os pacientes oncológicos de forma geral – e em especial os que têm câncer no sangue – podem correr maior risco de desenvolver complicações se contraem a covid-19. As novas evidências que surgem nos estudos médicos indicam que as características demonstradas pela doença aumentam esse risco. “Começou sendo considerado um quadro de infecção viral, que ataca as vias respiratórias; alguns pacientes evoluem para uma pneumonia e alguns para pneumonia bem grave. O que temos visto, principalmente nas últimas semanas, é que há outros aspectos envolvidos”, avisa o hematologista Phillip Scheinberg, integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer.
O médico explica que tem se observado que existe uma resposta inflamatória bastante exuberante que parece estar provocando problemas, como pneumonia e envolvimento de outros órgãos. “Parece que o problema é mais sistêmico do que simplesmente um vírus atacando o pulmão”. Segundo Scheinberg, numa tentativa de se defender, o sistema desencadeia uma resposta inflamatória, como o organismo deveria fazer, mas em alguns casos muito intensa e descontrolada, levando a uma piora respiratória, na pressão, da função renal e piora de múltiplos órgãos. Como se o vírus desencadeasse essa série de respostas. Por isso, um dos protocolos que vem sendo adotados e investigados pelo mundo é de bloquear a resposta inflamatória.
“Têm outras coisas que começam a aparecer, por exemplo, a coagulação parece estar descontrolada. Parece que o vírus interfere no sistema de coagulação; como isso é feito, ainda não é tão bem entendido, mas provavelmente há outros órgãos, outros sistemas no organismo que estão sendo afetados”, diz o médico. “Isso não é novo; existem outros microorganismos que desencadeiam tudo isso – o que não sabíamos, ou ainda não se sabe, que o vírus da covid-19 pode causar essas reações. Em alguns casos vemos um descontrole bastante importante. Ainda não sabemos como acontece, em quem, porque e quando acontece. Mas a observação é que está acontecendo”.

Porque os pacientes onco-hematológicos são mais suscetíveis

Scheinberg esclarece que, para qualquer infecção que surge no organismo, uma das principais armas para enfrentá-la é o sistema imunológico. “Temos um sistema imune extremamente sofisticado, que nos diferencia de espécies animais mais primitivas. O homo sapiens desenvolveu um sistema de defesa extremamente complexo por milhões de anos de evolução”, diz, complementando: “Quando temos um câncer hematológico, muitas vezes o câncer está no próprio sistema imunológico e o tratamento usado é exatamente para inibir o sistema imune, porque precisamos atacar onde está o problema”.
É por isso, destaca o hematologista, que esses pacientes estão teoricamente com risco maior, já que o tratamento está atacando a defesa do organismo que deveria proteger contra a covid-19 e outros vírus. “Temos uma preocupação acentuada nos casos de cânceres hematológicos, porque são pacientes imunodeprimidos por definição. Tratamentos oncológicos em geral acabam atacando o sistema imune, mas nesse caso atacamos de propósito. O grau de imunodepressão acaba sendo muito maior”.
Por conta dessa característica, os médicos precisam tomar decisões avaliando cada caso. Como explica o hematologista, casos que não são urgentes podem esperar algumas semanas, um mês ou dois. A opção, às vezes, é postergar as ações para proteger o paciente. “Temos reuniões semanais analisando os casos que podem ser adiados e os que não podem. Essa é a recomendação das principais diretrizes mundiais. Se é um paciente de câncer hematológico que precisa de tratamento, deve continuar, com todas as medidas para diminuir o risco”, diz. “Sempre orientamos os pacientes: todas as recomendações que geralmente são feitas, de evitar sair de casa se não houver necessidade, evitar contato, aglomerações, tudo é redobrado com o paciente hematológico”.
A pandemia chegou no momento em que Gisele Ribeiro Barros Aguilar Marques, 31 anos, acabara de se descobrir como paciente onco-hematológica. Ela foi diagnosticada com Linfoma de Hodgkin em fevereiro. Está em estágio inicial e o tratamento foi adiado. “Não sei se pela pandemia, mas creio que tenha influenciado”, comenta Gisele.
Ela já estava havia mais de um ano com um nódulo no pescoço quando resolveu procurar um médico – o nódulo apareceu, depois sumiu e voltou a aparecer. Quando fazia esforço sentia inchar e doer. “Agora estou aguardando me chamarem para fazer o pet scan e começar o tratamento”.
Proibida de trabalhar pela médica, só sai de casa quando precisa e toma todos os cuidados: máscara, assepsia das mãos e quando chega vai direto para o banho, colocando toda roupa para lavar. “Apesar dos meus exames terem mostrado imunidade normal, a médica disse que pode baixar e que preciso me cuidar, evitar contaminação pelo coronavírus”.

Cuidados são importantes

Ricardo Bigni, chefe da Seção de Hematologia do Instituto Nacional de Câncer (Inca), explica que todas as orientações às pessoas de grupos de maior risco são aplicáveis a pacientes com diagnóstico de doenças hematológicas classificadas como formas de câncer (leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, etc…), especialmente aqueles que estão em tratamento oncológico quimioterápico e/ou radioterápico, ou mesmo em fase após transplante de medula óssea. “Devem respeitar o isolamento social, saindo de suas casas apenas quando estritamente necessário, para prosseguimento de seus tratamentos, ou outras situações de força maior, e sempre de máscara. Devem ter cuidados dentro de suas casas e quando necessário sair à rua usando álcool a 70% ou sabão para higiene de mãos, óculos e outros utensílios de uso frequente sempre que possível”, alerta.
Ele avisa que em caso de sintomas respiratórios leves (coriza, tosse, dor de garganta), é importante que o paciente peça orientação ao seu médico ou serviço onde faz tratamento para saber se é recomendável ter uma avaliação de urgência. “Muitos dos casos de infecções respiratórias não demandam cuidados em hospital e a ida poderia expor o paciente a uma maior exposição ao contágio pelo vírus, pela proximidade com outros pacientes em serviços de emergência”, avalia. “Nos casos em que há febre e sintomas mais acentuados, com febre elevada, dificuldade para respirar, tosse com secreção, deve procurar assistência no hospital ou serviço onde faz seu tratamento oncológico para avaliação médica presencial e assistência adequada”.

Fonte: Instituto Vencer o Câncer


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Como o câncer de mama resiste à quimioterapia

Como o câncer de mama resiste à quimioterapia

Diego Freire  |  Revista Pesquisa FAPESP - Quimioterapia com cisplatina, substância que causa danos ao DNA das células cancerosas, é amplamente utilizada no tratamento de pacientes com câncer de ovário, bexiga, garganta, esôfago, entre outros; mas não funciona para um dos mais frequentes na população brasileira, o de mama.

Ao estudar células mamárias em culturas tridimensionais (3D), pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) observaram que, com o DNA lesionado pela cisplatina, esse tipo de câncer ativa uma enzima que permite o crescimento do tumor a despeito dos estragos no material genético. A associação de um inibidor enzimático à quimioterapia levou mais células cancerosas à morte.
Foi um longo caminho até a descoberta. Embora o câncer de mama seja muito estudado, o habitual é cultivar as células tumorais em laboratório nas placas de Petri, recipientes achatados feitos de vidro ou plástico. Nelas, as células também crescem achatadas, planas, sem formar as estruturas tridimensionais do organismo vivo. Nas culturas 3D, elas ficam dentro de um gel rico em laminina, molécula responsável pela adesão entre as células no corpo.
Suspensas nesse ambiente que reconstitui a membrana basal - estrutura localizada entre os tecidos sustentadores e as células cuja função é nutri-las e regenerá-las em caso de lesão -, elas se comportam mais fielmente ao que ocorre no organismo, respondendo à cisplatina de um jeito diferente do observado nas culturas bidimensionais (2D).
"Já se sabia que a cisplatina não era eficiente contra o câncer de mama, mas os motivos não eram conhecidos", conta Luciana Rodrigues Gomes , do Departamento de Microbiologia do ICB-USP, primeira autora do artigo com os resultados da pesquisa, publicado este mês na revista científica Cell Death and Disease.
Ela e seus colegas compararam as respostas de células de câncer de mama à quimioterapia em modelos tradicionais de cultura 2D e de membrana basal reconstituída em três dimensões. Ao contrário do que ocorre com as células dispostas em uma única camada, aquelas cultivadas em 3D foram capazes de progredir para além da fase S do ciclo celular, quando a célula cresce e duplica suas moléculas de DNA.
Isso porque, explica a pesquisadora, o dano causado pela cisplatina ao DNA da célula cancerosa em 3D - ou seja, em contato com elementos do microambiente similares ao do organismo vivo - levou à ativação da enzima ATR, que age como sensor para detectar problemas e disparar a resposta aos danos, acionando todo um aparato de reparo molecular.
Os danos presentes no DNA, depois de reconhecidos por essa proteína, desencadeiam uma cascata de sinalização que resulta em um processo de tolerância no qual a célula cancerosa continua se replicando apesar da lesão provocada pela cisplatina.
"Utilizamos, então, inibidores de ATR combinados à quimioterapia, que acabaram por impedir que a célula ativasse a enzima, promovendo o aumento da morte celular", disse o professor Carlos Menck , responsável pelo Laboratório de Reparo de DNA do ICB-USP e coordenador do trabalho. A administração de cisplatina associada ao inibidor farmacológico triplicou a morte das células cancerosas: de 10%, passou a 30%.

A inibição da ATR também inibiu a produção de outra proteína, a REV3L, que desempenha um papel significativo no mecanismo de tolerância ao dano do DNA. Da categoria das DNA polimerases, essa proteína permite a replicação da molécula de DNA mesmo avariada. Por isso, a ativação da REV3L promove a proliferação das células tumorais, fazendo-as transitar da fase S para a fase G2 do ciclo celular. O bloqueio da indução de REV3L aumentou a sensibilidade das células cancerígenas da mama à cisplatina.

Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND . Leia o original aqui .

Fonte: Lado a lado pela vida


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Projeto da USP vai rastrear imunidade coletiva da população de São Paulo

Projeto da USP vai rastrear imunidade coletiva da população de São Paulo

Pesquisa será capaz de mostrar um retrato atual da disseminação do vírus, com resultados que podem nortear políticas públicas

Matéria publicada em 27.04.2020

Jornal da USP - Apesar de o novo coronavírus ser o mesmo para todas as cidades, a forma como ele se dissemina muda de região para região, e até de um bairro vizinho para outro a transmissão da doença pode apresentar configurações totalmente diversas. Isso se deve a diferenças na capacidade que cada pessoa tem de fazer o isolamento e restringir movimentações, nos hábitos de cada um e, principalmente, na organização característica encontrada em cada localidade.

Com base nessas variações, uma pesquisa realizada por equipes da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) rastreará a imunidade ao vírus,  mapeando bairros da cidade de São Paulo. O projeto é de extrema importância para que as medidas de flexibilização sejam analisadas e possam entrar em vigor. "Estávamos sentindo falta de dados da disseminação do vírus e queríamos saber como ele está inserido na população em geral", comenta em entrevista ao Jornal da USP no Ar Beatriz Tess, pesquisadora do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP que participa do projeto.
O objetivo do trabalho é estimar o porcentual de indivíduos que foram infectados pela covid-19 e que tenham anticorpos circulando. Para isso, serão avaliadas aproximadamente 500 pessoas residentes em seis distritos administrativos do município de São Paulo, considerado o epicentro da epidemia no Brasil. Falta apenas a autorização final do Comitê Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para que o projeto comece a ser executado.
Os bairros escolhidos foram divididos nos três distritos com mais casos (Morumbi, Jardim Paulista e Bela Vista), considerando a proporção de 100 mil habitantes, e nos três distritos com mais óbitos por 100 mil habitantes (Água Rasa, Pari e Belém). Os dados estão nas estatísticas divulgadas pela Secretaria Municipal da Saúde em 17 de abril de 2020.
De acordo com Beatriz Tess, os resultados poderão ser aplicados em políticas públicas, já que o trabalho será capaz de mostrar o retrato atual da disseminação do vírus. Contudo, ela diz que a pesquisa deve ser repetida em outras ocasiões, para que se alcance um nível maior de eficácia. Em um primeiro momento, a intenção é alcançar uma linha de base de informação sobre a porcentagem da população que produziu anticorpos contra o vírus e entender em que estágio está a imunidade coletiva das pessoas.

Fonte: Lado a Lado pela Vida


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Imunidade baixa requer cuidado

Pacientes oncológicos devem diminuir risco de exposição ao coronavírus e identificar logo sintomas



Uma preocupação que tem crescido cada vez mais entre os médicos, sobretudo os oncologistas, é a situação dos pacientes com câncer, que ficam mais suscetíveis a contrair a covid-19 nestes tempos de pandemia por terem imunidade mais baixa. É que apesar da importância dos cuidados e do isolamento social, estes pacientes também não podem deixar de lado a continuidade do tratamento – a não ser que sejam orientados pelos seus médicos quanto a isso. E não é o que tem sido observado.

Mas de acordo com a oncologista, a suspensão ou não do tratamento precisa levar em conta a finalidade do mesmo – se curativo, paliativo e os riscos e benefícios com algum possível atraso. “A conduta que tem sido adotada é de geralmente observar o paciente por três a cinco dias, ver como ele evoluiu e só depois disso definir pela interrupção ou não do tratamento e/ou quimioterapia”, destacou.

Andréa afirmou que os pacientes que fazem quimioterapia, além das medidas preventivas para si, também precisam ficar atentos, no caso de morarem com outras pessoas, para a prevenção feita por estas. Inclusive a de manter distância de dois metros entre cada um.

Ferrari disse ficar preocupado com desinformações que circulam afirmando que as pessoas devem parar com o tratamento e pede que quem desejar agir assim, só tome tal atitude depois de conversar com o seu oncologista.

O médico também afirmou que, como em geral o paciente vai com mais de um acompanhante até a clínica fazer seu tratamento oncológico, neste período deve procurar ir com apenas um deles. Ele também elogiou o avanço da telemedicina que, a seu ver, “tem ajudado os médicos a ficarem mais próximos dos pacientes nesta situação e prestar a estes um bom atendimento”.

Mais Segurança

Foi justamente a preocupação em contrair o coronavírus o que levou a revisora e professora de português Helena Santos a suspender seu tratamento. Helena, porém, recebeu orientação do seu médico para isso.

Em novembro do ano passado ela descobriu um tumor maligno no seio direito. Fez a cirurgia para retirada da mama e iniciou o tratamento de quimioterapia, que concluiu em janeiro passado. Ela precisava fazer uns exames na clínica em março, mas diante da pandemia, conversou com o seu médico e recebeu autorização para adiar o seu retorno à clínica até o final de junho.

“Sei que em junho terei de voltar de todo jeito à clínica, mas estou tomando os cuidados necessários. O fato de ter tido consulta com meu médico por videoconferência e poder contar a ele meus temores de pegar a covid, em razão da baixa imunidade e da quantidade de amigos que contraíram a doença,  fez toda a diferença”, contou ela.

“Atrasei minha volta aos exames e tratamento, mas com toda a segurança”, acrescentou Helena, que disse estar se sentindo mais forte depois de quase dois meses de confinamento ao lado do marido.

Já a secretária Katiane Fonseca resolveu encarar a continuidade do tratamento. “Fiquei com medo do vírus, mas avaliei bem a situação ao lado da família e chegamos à conclusão de que seria pior ficar sem continuar o tratamento”, frisou.

Katiane descobriu no final de 2018 um câncer no ovário e já passou por sessões de quimioterapia. Ela contou que vai à clínica com máscaras, luvas, roupas de manga comprida, calça comprida e meias. “Mesmo que lá eu precise tirar tudo, faço com o maior cuidado”, ressaltou.

A secretária afirmou que na sua casa, marido e filhos cumprem todo um ritual de prevenções, por conta não apenas do novo coronavírus, mas também da sua situação frágil. Quando precisam sair de casa, saem devidamente paramentados e trocam de roupa assim que retornam, ainda na garagem. Em seguida, entram direto para tomar um banho em seguida.

“Eles são mais preocupados que eu com a minha condição e isto está me estimulando a dar continuidade ao tratamento, com muito cuidado”, contou, em tom satisfeito. Nem todos, entretanto, encontram-se na situação de Helena e Karine. Por isso, os médicos alertam: é preciso tomar cuidado e a covid-19 é uma doença séria, mas as pessoas devem tomar cuidado para não deixar de lado as outras doenças.

Fonte: JBr


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