segunda-feira, 18 de junho de 2018

Pela 1ª vez, mulher com câncer de mama terminal é curada: terapia é promissora

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Uma mulher com câncer de mama metastático foi completamente curada por uma terapia inovadora que usa o sistema imunológico para combater as células malignas. Essa é, segundo os médicos responsáveis pelo caso, a primeira vez que uma paciente neste estágio da doença é tratada com sucesso. Entenda o tratamento a seguir:

Mulher é curada de câncer de mama avançado

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Judy Perkins, uma engenheira da Flórida (EUA), tinha 49 anos quando foi escolhida para uma terapia radical contra seu câncer de mama, que, mesmo após diversas sessões de quimioterapia, cresceu e se espalhou para o fígado e outras áreas, levando médicos a lhe darem somente mais alguns meses de vida.
"Ela passou por uma forma experimental de imunoterapia, um tratamento que estimula o próprio organismo a reconhecer o câncer como uma célula estranha e atacá-lo. É parecido com o mecanismo da vacina", afirmou o oncologista Márcio Almeida, da Aliança Instituto de Oncologia de Brasília, que não teve envolvimento no caso.
Após o tratamento, os profissionais do Instituto Nacional do Câncer do Estados Unidos constataram que a terapia acabou com as células cancerígenas de forma tão eficaz que ela está livre da doença há dois anos.
Em entrevista ao jornal The Guardian, a paciente lembrou que seu tumor pressionava um nervo, o que causava intensas dores que a impediam de se mover. "Depois que o tratamento dissolveu meus tumores, eu pude ir para uma caminhada de 64 quilômetros", conta.
O caso foi relatado em artigo publicado no periódico científico Nature Medicine e comemorado por toda a comunidade científica mundial.

Como foi o tratamento?

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Os médicos primeiro cortaram pequenos pedaços de tecido dos tumores de Perkins e estudaram o DNA para encontrar mutações específicas para o câncer.
Em seguida, eles extraíram células do sistema imunológico, conhecidas como linfócitos, que invadiram o tumor na tentativa de detê-lo, mas não conseguiram.
Os cientistas cultivaram essas células em laboratório e selecionaram apenas as mais eficazes para encontrar e destruir o material cancerígeno da mulher. Por fim, eles reinjetaram esses bilhões de células juntamente com um medicamento que auxilia o sistema imunológico a atacar o câncer.
Após 42 semanas, a paciente estava livre da doença.

Esperança

O sucesso estrondoso do tratamento alimentou esperanças de que a terapia funcione em mais pacientes com câncer de mama avançado e outros tipos difíceis de tratar.
"A imunoterapia é uma nova perspectiva de tratamento do câncer que aumentou a sobrevida de pacientes que tinham um atestado de óbito na mão: pessoas que tinham somente dois ou três meses de vida ganharam mais dois ou três anos. Além disso, o caso da norte-americana mostra que é possível até mesmo uma cura total", explica o médico brasileiro.
Embora seja uma boa expectativa, os cientistas afirmam que ainda são necessários novos ensaios clínicos em grande escala para avaliar a eficácia do tratamento.

Imunoterapia tradicional é diferente

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O tratamento que Judy se difere da imunoterapia clássica e já conhecida por aqui.
"No Brasil, a imunoterapia consiste em injetar medicamentos que fazem o organismo detectar o local do tumor e potencializar a resposta imunológica a fim de eliminá-lo", afirma o oncologista.
Ao que tudo indica, tal tratamento tem eficácia menor que o experimental, mas ainda assim pode tratar diversos tipos de câncer - de rim, bexiga, estômago, pulmão, linfoma e mais – mas ainda tem preço alto: 20 a 40 mil reais por aplicação, sendo necessárias de duas a três por mês.
Fonte: VIX

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