terça-feira, 12 de junho de 2018

Corrida e câncer: o esporte é remédio?


Corrida de rua shutterstock

O câncer é uma doença que estudei por dois anos, com atuação no InCor (Instituto do Coração). Nesse período,  atendi pessoas com mais de 70-80 anos e jovens de 17 anos. O trabalho tinha três pilares:
- Alimentação
- Apoio familiar
- Muito exercício aeróbio
A metodologia, chamada Fast Track Rehabilitation, é utilizada intensamente no Hospital Pompidou, em Paris, onde são salvas centenas de vidas. O exercício físico minimiza o sofrimento das pessoas que estão em uma condição delicada, ajuda na sobrevida dos pacientes terminais e, principalmente, é um excepcional agente de prevenção. 
Um estudo realizado recentemente na Dinamarca mostrou que a corrida regular reduziu o risco de câncer e a recorrência da doença. No entanto, os mecanismos por trás dessa proteção ainda devem ser elucidados.
Nesse estudo, camundongos randomizados para roda de corrida mostraram redução acima de 60% na incidência (Pedersen, 2016). Eram três camundongos por caixa e eles eram livres para correr quando e pelo tempo que quisessem. As fêmeas fizeram, em média, 4,1 km/dia e os machos 6 km/dia. Com todas essas informações, ficaram provados que os efeitos benéficos do exercício físico são imensuráveis.
No projeto que participei entre 2008 e 2010, os resultados foram espetaculares. Uma pessoa que fazia o procedimento habitual levava um dia aproximadamente para tomar água depois de uma cirurgia de toracotomia. Fazendo o Fast Track Rehabilitation, a pessoa conseguia tomar um copo com água em algumas horas.
E como foi colocado anteriormente, o exercício aeróbio tinha um poder absoluto nesse processo. Portanto, exercício físico, aeróbio e/ou corrida tem, sim, o poder de salvar vidas.
Pratique para melhorar, pratique para evoluir a sua condição e, principalmente, pratique para se prevenir, porque assim viverá melhor.
Fonte: ESPN

As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas 
e não devem substituir consultas com médicos especialistas.

É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos

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