terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Pesquisa com células-tronco avança rumo à criação de órgãos

Pela primeira vez, cientistas japoneses reproduzir in vitro um fragmento de fígado humano que ao ser transplantado em ratos funcionou corretamente.


Pesquisadora em laboratório

Laboratório: técnica, que segundo pesquisadores pode começar a ser testada em humanos daqui a 10 anos, provavelmente poderá ser aplicada a pulmões, rins e pâncreas.

Os avanços na criação de órgãos a partir de células-tronco, no tratamento do câncer mediante a imunoterapia e na exploração espacial são algumas das principais notícias da ciência em 2013.

Pela primeira vez, cientistas japoneses da escola de medicina da Universidade de Yokohama conseguiram reproduzir in vitro a partir de células pluripotentes induzidas (iPS) um fragmento de fígado humano que ao ser transplantado em ratos funcionou corretamente.
Essa técnica, que segundo os pesquisadores pode começar a ser testada em humanos daqui a dez anos, provavelmente poderá ser aplicada a pulmões, rins e pâncreas, e constitui um avanço promissor como alternativa aos transplantes atuais, nos quais os órgãos são escassos e geram rejeição no receptor.
Enquanto isso, pesquisadores europeus e americanos criaram microrrins e microcérebros humanos em laboratório, que também podem ser utilizados para testar novos tratamentos ou remédios com maior confiabilidade que quando se experimenta apenas com ratos.
Uma equipe de cientistas japoneses já iniciou o primeiro exame clínico do mundo com humanos usando células-tronco iPS, consistente em extrair mostras de pele humana para gerar células capazes de se transformar em tecido de retina que depois será implantado em pacientes que sofrem uma degeneração associada à idade.
A medicina regenerativa também deu um grande passo graças às impressoras 3D, que reproduzem um objeto camada por camada a partir de informação digital e que já servem para desenvolver próteses sólidas para substituir massa óssea perdida devido a uma doença ou um acidente.
Em março, um homem recebeu nos Estados Unidos um implante em 3D para substituir 75% de seu crânio, e um mês antes pesquisadores da Universidade de Cornell (EUA) recriaram, a partir da cartilagem de uma vaca, uma orelha de forma e características humanas utilizando uma impressora 3D que injeta células vivas.
No tratamento do câncer, um novo tipo de medicamento, ainda aguardando aprovação e que permite ao sistema imunológico destruir as células do tumor, teve sucesso em alguns pacientes com metástases, no que os especialistas consideram o maior avanço na luta contra a doença em 15 anos.
Além disso, graças ao tratamento genético, pesquisadores americanos conseguiram transformar as células de doentes com leucemia e outros cânceres do sangue em agentes que atacam e destroem as células do tumor, segundo vários estudos apresentados em dezembro na Conferência Anual de Hematólogos dos EUA.
O oncologista espanhol José Baselga, diretor-médico do hospital Memorial Sloan-Kettering de Nova York, afirma que a imunoterapia, a luta do organismo contra o câncer, é o grande avanço que vai representar 'uma mudança profunda' na estratégia contra os tumores..
Fonte: Exame.

Grã-Bretanha testa vacina contra câncer no cérebro.


Tratamento 'ensina' sistema imunológico a encontrar e combater tumores.


Começaram os testes de uma vacina que se propõe a tratar uma forma agressiva do câncer de cérebro.
O primeiro paciente europeu recebeu o tratamento no hospital King's College, em Londres. Robert Demeger, 62, foi diagnosticado da doença neste ano.
A vacina é personalizada e foi desenvolvida para ensinar o sistema imunológico a lutar contra as células de um tumor.
O King's College faz parte de um grupo de mais de 50 hospitais - os outros estão nos Estados Unidos - que estão testando o tratamento.
Demeger, um ator de televisão e teatro, teve que desistir de seu papel de Otelo, no aclamado Teatro Nacional, depois que começou a ter convulsões.
Otelo
Ele disse que chegou a ter um substituto, para o caso de se sentir mal no palco, mas não precisou usar esse recurso.
'Eu fui diagnosticado com um tumor no cérebro e marcaram uma cirurgia em uma questão de dias'.
Porém, antes de sua operação ele foi convidado para ser o primeiro paciente na Europa a participar do experimento internacional.
Vacina
Cirurgiões removeram o máximo possível de seu tumor - que foi depois levado a um laboratório onde foi incumbado com células dendríticas (células imunológicas tiradas de seu sangue).
O objetivo foi ensinar as células a reconhecer o tumor. A vacina personalizada que resultou do processo foi injetada no braço dele, com a esperança de que aquelas células treinariam o sistema imunológico dele sobre como localizar e destruir o câncer.
Ele receberá dez doses da vacina nos próximos dois anos.
Keyoumars Ashkan, um neorcirurgião do King's College, está liderando a parte britânica da pesquisa. Ele diz que há uma grande necessidade de novos tratamentos para o câncer de cérebro.
Glioblastoma
'Mesmo que um tumor pareça igual em dois pacientes, na realidade ele varia muito'.
'Por isso, a terapia padrão provavelmente não é a melhor. Há uma necessidade de fornecer tratamento individualizado baseado no tipo de câncer de cada paciente'.
O tratamento envolve pacientes com glioblastoma, a forma mais agressiva de um tumor primário de cérebro, que afeta cerca de 1.500 pessoas por ano na Grã-Bretanha.
A média de sobrevivência desses pacientes é de 12 a 18 meses. Dois estudos anteriores menores da terapia DCVax, nos Estados Unidos, descobriram que o tratamento aumentava essa sobrevida para três anos, sem efeitos colaterais. Vinte pacientes participaram dos testes e dois deles estão vivos há mais de dez anos.
Ashkan ressaltou que a atual pesquisa, que envolverá 300 pacientes, é necessária para mostrar se o tratamento é realmente eficiente. Metade deles receberá a vacina real e os demais tomarão placebos.
'Até obtermos os ressultados desta pesquisa não saberemos se a terapia deve ser oferecida a todos os pacientes', ele disse.
Demeger afirma que está encantado em fazer parte dessa pesquisa. 'Qualquer coisa que me dê uma chance melhor, mas também por outros fatores, vale a pena participar disso'.
Fala
A cirurgia para remover o câncer afetou sua fala, porque o tumor estava localizado próximo da parte do cérebro que lida com a linguagem.
Assim Demeger, que tinha a voz como seu meio de vida, teve que reaprender a se comunicar.
'Eu adoraria voltar a atuar. Esse é o meu trabalho'.
'Tenho trabalhado com um terapeuta da fala e com o chefe das vozes no National (Theatre)'.
'Não sei se poderei voltar aos palcos em semanas ou meses, mas estou esperançoso'.

Pais se vestem de super-heróis e ajudam a curar câncer de filho de 3 anos

Após oito meses de tratamento, família voltou ao hospital para homenagear os médicos.



O incentivo de um casal de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, ajudou a curar a doença do filho de apenas três anos. Vestidos de super-heróis, os pais de Paulo Fernandes acompanharam o tratamento de leucemia do menino.
A ideia surgiu quando o pai, Octávio Fernandes, percebeu que a paixão pelos personagens de desenho poderia amenizar a dor do filho. De surpresa, ele chegou no hospital vestido como o personagem Senhor Incrível, do filme “Os Incríveis”, assustando as enfermeiras, que não sabiam de nada, e fazendo a alegria da criança.
Depois de oito meses exames e internações, Paulinho encerrou a fase de quimioterapia e está livre da leucemia. Agora, a família voltou ao hospital para agradecer os profissionais. Segundo a mãe, Paula Carvalho, o severo tratamento vai ficar para sempre na lembrança do garoto.
— Marcou a vida dele e se Deus quiser vai ficar como uma memória de um tempo que passou e que a gente conseguiu conquistar a vitória.
No hospital, o garoto distribuiu presentes, abraços e beijos para toda a equipe de médicos e enfermeiros, que não esconderam a satisfação em ver o paciente curado.
— Para gente é gratificante ver que valeu a pena todo o esforço. Ver a recuperação dele é muito bom, principalmente nessa época.
Diagnóstico
Em abril deste ano, Paulinho foi diagnosticado com leucemia linfoide aguda, que é um câncer que se desenvolve nas células de defesa. A doença é mais comum em crianças, mas, felizmente, tem cura em 90% dos casos. A hematologista, Andrea Nicolato, explica que o apoio emocional faz com que o tratamento da criança seja mais tranquilo.

— O próprio paciente, que é uma criança de 3 anos, tem mais chance de sonhar, sonhar em ser super-herói, independente dos sintomas da doença e do tratamento.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Paciente que venceu câncer diz que cura é melhor que ganhar Mega-Sena

A corretora de imóveis Paula Szyfer, 55, fez três tratamentos para sarna e outros tantos para alergia, até que, 11 meses depois dos primeiros sintomas, teve o diagnóstico de linfoma de Hodgkin, câncer que se origina nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático. Sem família para dar apoio, procurou a Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), onde recebeu atendimento psicológico e jurídico gratuito. "O que a gente mais quer na vida é ter informação -foi isso o que recebi lá. A Abrale é minha família", diz ela, que hoje está curada.

Além de oferecer assistência a pacientes com doenças graves no sangue, a Abrale, liderada pela finalista do Prêmio Empreendedor Social 2013 Merula Steagall, produz e dissemina conhecimentos na área onco-hematológica, com impacto em políticas públicas.

Paula Szyfer, 55, é beneficiária da Abrale

"Comecei a ter pneumonias sem causa e uma alergia insuportável em outubro de 2006. Foram quatro internações seguidas. Eu coçava, e a pele sangrava. Ninguém conseguia descobrir o que era. Fiz três tratamentos para sarna, mas as feridas no corpo só aumentavam.

Onze meses se passaram, com dores nos ossos e musculares, febre e tosse. Até que, em agosto de 2007, fui para o hospital novamente. Pedi para dormir -havia dois meses que eu não sabia o que era isso. Eu não aguentava mais.

O médico me examinou e pediu internação. Depois de ressonâncias, tomografia e biópsia, recebi a notícia de que tinha linfoma de Hodgkin, estágio 4, o mais grave de todos. Em resumo: estava com câncer do pescoço para baixo.

O tratamento era muita quimio e radioterapia, além de transplante de medula. 'E se eu não fizer nada?', perguntei para o médico. 'Talvez você viva três ou quatro meses', ele respondeu.

Como não tenho família que pudesse me dar apoio, perguntei se existia alguma associação e me indicaram a Abrale. Fui pessoalmente. Comecei sessões de terapia e recebi carinho.

Foi a Abrale que entrou na Justiça contra a seguradora e liberou meu primeiro PET Scan [tomografia que permite diagnósticos mais precisos]. Também foi lá que consegui tratamento odontológico gratuito, depois de perder 12 dentes por causa da quimioterapia e dos corticoides.

Em dezembro de 2007, peguei os exames e liguei para o médico. Ele disse: 'Você está melhor'. Quatro meses depois, finalmente, terminaram as quimioterapias. Recebi alta em agosto deste ano. Não sei se ganhar na Mega-Sena provoca a mesma sensação de felicidade.

Quem está na associação ajuda os outros pacientes por amor. O que a gente mais quer na vida é ter informação -foi isso o que recebi lá. A Abrale é hoje minha família."

Fonte: Folha UOL.








quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Novos Depoimentos - Minha História

Superar o câncer de mama é possível. Nestes depoimentos, mulheres contam como venceram o câncer de mama com o suporte da família, a ajuda dos amigos, o acesso ao tratamento adequado e força de vontade.

Sandra Maria Salton do Prado - 48 anos.
Aos 38 anos de idade descobri um nódulo na mama esquerda, no auto exame , logo fiz os exames e o diagnostico foi câncer de mama ,no decorrer de 1 ano fiz cirurgia de quadrante, radioterapia, quimioterapia, depois de quase 5 anos veio um novo diagnostico de câncer na mama direita , novamente radioterapia e cirurgia , não precisei fazer quimioterapia, só medicamentos por 5 anos , hoje estou curada, um pouco mais gordinha , engordei 20 kg, mas mesmo me sinto bem. Procurei fazer os tratamentos corretamente e com positividade . Um abraço, Sandra.

Marleide Barbosa da Mota - 36 anos.
Gente hoje estou muito feliz! Depois do meu tratamento do câncer de mama com menos de 2 anos fiquei gravida! Minha filha se chama Alice e já está com 3 meses mas continuo fazendo acompanhamento de 3 em 3 meses.

Osmarina Garcia - 45 anos.
Com 34 anos descobri um carcinoma em uma das mamas, meu mundo desabou ao receber a notícia, e eu tinha que fazer a cirurgia com urgência, pois ele estava só localizado e corria o risco de se espalhar para outras regiões do corpo, foi uma loucura, em outro exame descobri uma lesão na outra mama e tive que retirar as duas mamas, fiz reconstrução com o musculo abdominal e 7 anos depois coloquei silicone, foi um momento muito difícil da minha vida, com dois filhos pequenos eu só imaginava o pior, mas meu marido, meu grande companheiro esteve comigo em todos os momentos, nunca me deixou abalar e sempre me colocou pra cima, foi meu enfermeiro, amigo, meu maior suporte. Hoje já se passaram 11 anos e eu estou curada e muito feliz, pois consegui vencer esta etapa da minha vida. Meu sonho é que um dia nenhuma mulher morra de câncer.

Marizélia Ferraz - 49 anos.
Olá, me chamo Marizélia. No ano de 2011 no mês de novembro, minha ginecologista passou uma mamografia, ultrassonografia e demais exames ginecológicos. Quando levei os resultados para ela (a doutora) ver, vi que algo estava errado com minha mama, quando me encaminhou para o mastologista. O mastologista passou mais exames e uma biopsia. Meu marido me perguntou: Por que tantos exames? Eu disse a ele: é normal, sempre faço todos esses exames tendo em vista a dermatopolimiosite, mas eu sabia que não era por causa da dermatopolimiosite, tinha quase certeza que estava com câncer de mama, mas como falar para todos faltando poucos meses para o casamento de minha filha? Quando recebi o diagnóstico não falei para ninguém, iria falar somente depois do casamento, e antes de minha filha ir para a casa dela com meu genro na Suíça. Mas num belo domingo no mês fevereiro de 2012, quando cheguei da igreja com meu marido, meus filhos e minha nora me disseram que eu poderia contar com eles, pois somos uma família e eles já sabiam que eu estava com câncer, pois o meu marido pediu a eles para ler os exames, pois não tinha como me falar que já sabia que eu tinha câncer de mama, me conhecendo como conhece. E foi assim que me senti amparada e feliz por minha família saber e contar com o amor e a força de todos. Mas somente depois do casamento, em abril de 2012, ou seja, na mesma semana, fiz quadrantectomia, logo depois, quimioterapia, radioterapia, mas como o câncer que tive era agressivo, tive que tomar mais um medicamento, mas não pude fazer todas as seções, pois me deu insuficiência cardíaca, mas meu coração já está quase normal e tomo um medicamento que vou tomar por 5 anos. Deu tudo certo minha filha casou, hoje mora na Suíça, meu filho em Campos dos Goytacazes. E estou com meu marido que é o meu amor, que Deus colocou em minha vida há 31 anos. Sempre me apoiando e dizendo que estou linda, não se importando assim com a mama que está diferente e isso faz com que eu me sinta uma mulher feliz e completa.

Sergio Utimura - 56 anos.                                                                                                             Nós, maridos, também somos duramente atingidos quando nossa esposa recebe o terrível diagnóstico. Estar sempre ao lado da nossa alma gêmea, apoiando-a, informando-se sobre os procedimentos médicos, fazê-la sentir-se mais amada, compreendendo todas as dificuldades que se apresentarem. Só quem passou pela experiência sabe o quanto é difícil e quantas vezes choramos sozinhos, longe do olhar da nossa esposa. Minha esposa, Marcia, lutou bravamente sem nunca perder a esperança na cura e nem a fé em Deus. Com o apoio da família e amigos, venceu a guerra contra um inimigo sorrateiro, cruel e silencioso. Neste ano completamos 12 anos desde o diagnóstico precoce, que certamente aumentou as chances de vitória. Quando digo completamos é porque, desde aquela consulta no médico, que também realizara o parto da nossa filha Carolina, eu também me senti atingido pelo câncer.
Naquela noite esperei pacientemente até que a Má conseguisse dormir, apesar do mundo estar de ponta-cabeça em nossas mentes, e entrei na Internet, "naveguei" durante toda a madrugada, pesquisando e conhecendo o que enfrentaríamos a partir daquele dia. Mastectomia, quimioterapia e radioterapia, a cada dia uma batalha a vencer. Na saúde e na doença... Nunca uma frase fez tanto sentido para nós. Minha "baixinha" "rodou a baiana" na Sul América Saúde para que liberassem exames e procedimentos, seguiu rigorosamente as orientações do oncologista nos cinco anos seguintes e, graças a Deus, está saudável, curtindo a segunda chance que recebeu para viver e fazendo o que mais gosta: cuidar dos dois maiores amores da vida dela - a Cau e eu rsrsrs.
Se você tem um(a) amigo(a) ou parente querido(a) que está lutando contra o câncer, não fique parado(a)! Junte-se a ele(a)! Acompanhe-o(a) nos procedimentos médicos, reanime-o(a) quando "bater" aquela depressão, encoraje-o(a), mostre que ele(a) não está só, cobre dele(a) a obediência às orientações e medicamentos prescritos pelos profissionais da saúde e, principalmente, ore com fé, independentemente da sua opção religiosa, e tenha a certeza de que as orações têm uma força incrível, além da nossa limitada compreensão humana. Obrigado meu Deus por tudo que recebemos.
Edneia da Cruz - 38 anos.
Tudo começou em outubro 2011, quando, deitada na cama, senti um nódulo no meu seio direito. Como toda mulher, fiquei na dúvida e procurei um ginecologista, que foi marcado para novembro. A médica me pediu um ultrassom, o que fiz, mas apareceu nada. Isso já era dezembro. Passaram as festas de fim de ano, marquei novamente uma consulta porque eu sentia o nódulo, mas não acreditava que podia ser algo. A essa altura era janeiro de 2012, quando minha consulta foi marcada para fevereiro. Pedi para a médica uma mamografia. Fiz o exame e, novamente, não apareceu nada. Por persistência minha, falei que queria ser encaminhada para um especialista - no caso, um mastologista. Sem receber a guia com urgência, só consegui marcar a consulta para o dia 27 de agosto de 2012. Meu desespero começou quando a mastologista me disse, só em me examinar, que havia 75% de chances de ser um câncer. Aí tudo começou. Fiz a biopsia e foi confirmado um carcinoma ductal CO II.

Tania Cabral - 40 anos.
Aos 39 anos de idade, depois de amamentar minha filha por seis meses, fui diagnosticada com câncer de mama. O que é pior: em estágio avançado (13 centímetros). Meu mundo quase caiu, mas não deixei! Afinal de contas, tinha um anjinho para criar, uma família que me deu todo apoio e muita, muita fé em Deus. Fiz quimioterapia de março a agosto de 2011 para diminuir o tamanho do tumor e fiz cirurgia (mastectomia radical) em 21 de setembro daquele ano. Hoje, um ano depois, estou muito bem, graças a Deus, que enviou um anjo para me salvar. Agora faço exames periódicos para controlar a situação. Posso dizer que nasci de novo!

Marleide Barbosa da Mota - 35 anos.
Em 27 de dezembro de 2010, descobri o câncer de mama. Como sofri, Jesus! Iniciei o tratamento em janeiro de 2011, fiz seis meses de quimioterapia e cirurgia TRAM mastectomia radical. Depois de dois meses de recuperação, fiz 37 sessões de radioterapia. Depois de seis meses da cirurgia, refiz o mamilo e agora estou fazendo acompanhamento de três em três meses. Não desejo isso para ninguém. Iniciei o tratamento quando faltava um mês para meu aniversario de 34 anos. Foi triste, doloroso, sofrido. Mas hoje estou bem.

Anônimo.
Através dos exames preventivos de mamografia e ultrassonografia das mamas, foram encontradas microcalcificações agrupadas em uma das mamas. Fui encaminhada ao mastologista que através de uma biópsia, constatou uma lesão papilífera. Passei por dois mastologistas que não me esclareceram exatamente o que era a lesão. Fiquei muito preocupada. Ainda insegura, procurei um terceiro mastologista, que esclareceu todas as minhas dúvidas com relação a lesão e como tratá-la, orientando, no meu caso, apenas fazer o controle através dos exames de mamografia e ultrassongrafia, me deixando muito mais tranquila. Os exames eram semestrais, passaram a anuais e hoje, depois de um ano e meio, não apresenta mais a lesão. Ainda assim, continuo com as consultas e exames preventivos.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Estudo identifica mutações que dão origem a câncer

Cientistas anunciaram o que dizem ser um novo marco na pesquisa do câncer, após identificarem 21 mutações que estariam por trás da maioria dos tumores.

O estudo, que foi divulgado na revista Nature, afirma que estas modificações do código genético são responsáveis por 97% dos 30 tipos mais comuns de câncer.
Descobrir o que causa as mutações pode levar à criação de novos tratamentos.
Algumas dessas causas, como o hábito de fumar, já são conhecidas, mas mais da metade delas ainda são um mistério.
Durante o período de uma vida, células desenvolvem uma série de mutações que podem vir a transformá-las em tumores letais que crescem incontrolavelmente.

Origens do câncer

A equipe internacional de pesquisadores estava procurando as causas das mutações como parte da maior análise já feita sobre o genoma do câncer.
As causas mais conhecidas de mudanças no DNA, como a superexposição aos raios UV e o hábito de fumar, aumentam as chances de desenvolver a doença.
Mas cada uma delas deixa também uma marca única ─ um a espécie de assiantura ─ que mostra se foi o fumo ou a radiação UV, por exemplo, o responsável pela mutação.
Os pesquisadores, liderados pelo Instituto Sanger, do Reino Unido, procuraram por mais exemplos destas "assinaturas" em 7.042 amostras tiradas dos 30 tipos mais comuns de câncer.
Eles descobriram que 21 marcas diferentes eram responsáveis por 97% das mutações que causavam os tumores.
"Estou muito animado. Esses padrões, essas assinaturas, estão escondidos no genoma do câncer e nos dizem o que está realmente causando o câncer em primeiro lugar ─ é uma compreensão muito importante", disse Sir Mike Stratton, diretor do Instituto Sanger, à BBC.
"É uma conquista significativa para a pesquisa sobre câncer, é bastante profundo. Está nos levando a áreas do desconhecido que não sabíamos que existiam. Acho que este é um grande marco."

Mistérios

Outras marcas encontradas no genoma do câncer estavam relacionadas com o processo de envelhecimento e com o sistema imunológico do corpo.
As células respondem a infecções virais ativando uma classe se enzimas que modificam os vírus até que eles não funcionem mais.
"Acreditamos que quando ela (a célula) faz isso, há efeitos colaterais ─ seu próprio genoma se modifica também e ela fica muito mais propensa a se tornar uma célula cancerígena, já que tem uma série de mutações ─ é uma espada de dois gumes", diz Stratton.
No entanto, doze dessas marcas genéticas encontradas no genoma do câncer ainda estão sem explicação.
Espera-se que se algumas delas puderem ser atribuídas a fatores ambientais, novas formas de prevenir a doença possam ser desenvolvidas.
As dúvidas também podem fomentar novas pesquisas. Uma das causas desconhecidas das mutações cancerígenas acontece no neuroblastoma, um câncer em células nervosas que normalmente afeta crianças.
"Sabemos que fatores ambientais como o fumo e a superexposição aos raios UV podem causar modificações no DNA que podem levar ao câncer, mas em muitos casos nós não sabemos o que provoca as falhas no DNA", afirmou o professor Nic Jones, da instituição britânica voltada para pesquisa do câncer Cancer Research UK.
"As marcas genéticas encontradas nesse estudo fascinante e importante identificam muitos processos novos por trás do desenvolvimento do câncer."
De acordo com Jones, entender o que causa esses processos pode levar a novas maneiras de prevenir e tratar a doença.

Cientistas querem provocar sistema imunológico a atacar câncer

Uma equipe de cientistas americanos do Hospital Infantil da Filadélfia descobriu uma forma de provocar o sistema imunológico a atacar células de tecidos do corpo e ajudar no combate ao câncer.

O sistema imunológico é delicadamente equilibrado para atacar invasores e não combater os próprios tecidos do corpo Assim, existem muitas doenças autoimunes, tais como a diabetes do tipo 1 e a esclerose múltipla, que ocorrem quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano.

Imunoterapia

Pesquisas feitas com células T, que ajudam na produção de anticorpos no organismo, têm sido bastante populares na área de estudos do câncer e de doenças autoimunes.
As células T fazem parte do sistema imunológico, e ajudam a equilibrá-lo impedindo que ataque o próprio corpo.
Os pesquisadores procuraram interromper a função da célula T, com a intenção de deixar o sistema imunológico atacar células cancerígenas.
Wayne Hancock, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, disse: "Nós precisamos encontrar uma maneira de reduzir a função da célula T de forma que ela permita uma atividade antitumoral, mas sem reações autoimunes."

Pesquisa promissora

Os pesquisadores criaram camundongos que não tinham a química necessária para fazer as células T trabalharem de forma eficaz - e por isso elas não impediam um ataque do sistema imunológico a tecidos do corpo.
Para confirmar o experimento, os cientistas usaram uma droga que produziu o mesmo efeito em ratos normais.
Em ambos os testes, a mudança no sistema imunológico restringiu o crescimento de um tipo de câncer de pulmão.
"O estudo abre as portas para uma nova forma de imunoterapia para o combate ao câncer", disse Hancock.
No entanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido para o tratamento de pacientes com câncer. Outros testes serão necessários para ver se os mesmos procedimentos podem ser usados no sistema imunológico humano, antes de testes clínicos.
Emma Smith, do Cancer Research UK, disse: "Colocar o poder do nosso sistema imunológico contra o câncer é um campo promissor de pesquisa, e algo que cientistas do mundo todos estão estudando."
"Estes resultados são mais um passo para o desenvolvimento de novos tratamentos que agem dessa forma, mas a pesquisa ainda está em fase inicial, e ainda não sabemos se essa abordagem será segura ou eficaz em humanos," concluiu Smith.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ter fé é o melhor remédio para viver melhor

Não se trata de religião nem de acreditar em milagre. Cultivar o otimismo e a fé na vida ajuda a prevenir doenças, acelera a cura e é garantia de viver melhor. A medicina assina embaixo

Por Marcia Kedouk Fotos Ilustração Marília dos Santos Reis

Deus, energia, otimismo, força do pensamento, esperança. Não importa que nome você dá àquilo que traz conforto, disposição, alegria e segurança nos momentos difíceis. O fato é que quem consegue mentalizar o bem mesmo quando as coisas vão mal e acredita que, no fim, tudo vai dar certo vive melhor. Não se trata de autoajuda barata nem de discurso de Poliana; a ciência e a medicina assinam embaixo e cada vez mais se debruçam sobre o assunto.

O maior estudo já realizado sobre a influência das emoções na saúde saiu da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Para os pesquisadores, satisfação e felicidade teriam a mesma relevância na prevenção de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (os derrames) do que fatores como idade, peso, tabagismo e condição socioeconômica. Trocando em miúdos, os riscos de alguém que tem fé na vida desenvolver doenças são muito menores do que quem não crê que tudo pode acabar bem. Tem mais: a progressão de uma doença já instalada é mais lenta em quem encara a vida pelo lado bom. Uma das explicações dos cientistas é que indivíduos positivos e comprometidos com o bem-estar costumam ter hábitos mais saudáveis e, por isso, tendem a apresentar pressão sanguínea mais baixa e menos gordura no sangue.

Outra pesquisa, da Universidade de Kentucky, também nos Estados Unidos, chegou a uma conclusão semelhante. Nela, os participantes responderam um questionário para mensurar o grau de otimismo e, na etapa seguinte, receberam uma injeção com antígenos (moléculas que estimulam uma resposta das células do sistema imune). O resultado? Aqueles que apresentaram a pior reação imunológica foram justamente os que avaliaram a si mesmos como pessimistas diante da vida.

A nova saúde


A ciência tem se dedicado tanto a estudar a influência das emoções e das crenças na vida das pessoas que a medicina vem adaptando suas práticas na prevenção e no tratamento de doenças. Desde a década de 1970, importantes hospitais e centros médicos nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa e em Israel começaram a criar departamentos que colocam em prática ações que consideram o indivíduo como ser integral, a chamada medicina integrativa. Por exemplo, quando se trata a obesidade, não é apenas o sistema endócrino ou o estômago que estão em questão, mas o ser humano por trás deles, seus medos e anseios, suas dúvidas e certezas. O foco deixa de ser a doença e passa a ser o paciente. “O sintoma é só a ponta do iceberg, são os 10% que ficam para fora da água que encobre algo bem maior”, define o endocrinologista Filippo Pedrinola, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e certificado pelo programa Harvard Body & Mind.

Desde 2006, a medicina integrativa está presente nos hospitais públicos e privados brasileiros incentivando o uso de técnicas como acupuntura, ioga, meditação, exercícios de respiração e massagem como tratamentos paralelos para diversos problemas de saúde. O médico Paulo de Tarso Lima, autor do livro Medicina Integrativa – A Cura pelo Equilíbrio, e responsável pelo grupo de medicina integrativa do Instituto de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, comenta que o país é líder na presença de terapias integrativas no sistema público, mas ainda precisa avançar para conectá- las à medicina tradicional, isto é, saber aplicá-las a fim de tornar o tratamento médico mais suave e confortável para o paciente. Na universidade americana Stanford, que também tem um centro de medicina integrativa, 90% dos mais de 6 mil pacientes com câncer que passaram por sessões de ioga, massagem e outras terapias relataram melhora na disposição e no sono, redução da dor e do stress.

Efeito placebo


O princípio básico dessa mudança na forma de entender o que é ser saudável está na definição da Organização Mundial da Saúde: saúde não implica só na ausência da doença, mas na presença de bemestar físico, mental e social. “Às vezes, a pessoa tem saúde, mas não bem-estar, enquanto há doentes que se sentem muito bem”, compara Tarso Lima.

Um indicador de que a cura não está só nas mãos dos médicos é o efeito placebo. A maioria dos estudos com pessoas que recebem comprimidos sem substâncias ativas mostra bons resultados. Por acreditarem que aquilo faz bem, conseguem melhorar como se estivessem ingerindo a droga. “Trabalhos com ressonância magnética mostram que a atitude positiva interfere na atividade dos neurotransmissores reduzindo o stress e ajudando o corpo a liberar hormônios do bem-estar”, fala Pedrinola.
 Fonte: Boa Forma.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Mulheres com câncer de mama relatam crescimento diante da adversidade

De dar mais valor à vida a ficar mais próxima da família, pacientes listaram pequenas mudanças com muito significado ocorridas depois do diagnóstico

Embora um diagnóstico de câncer de mama possa ser uma notícia devastadora, algumas mulheres encontram um crescimento pessoal positivo ao passar pela experiência, diz um novo estudo.
A maioria das pessoas já ouviu falar de estresse pós-traumático, mas um novo conceito, conhecido como "crescimento pós-traumático", vem sendo notado: são as mudanças psicológicas positivas de uma pessoa que passa por uma história de superação.
O novo estudo foi feito com cerca de 700 pacientes com câncer de mama. Os pesquisadores descobriram que, em média, as mulheres relataram o crescimento pessoal no próprio ano do diagnóstico ou pouco depois disso. Foram relatados atos que vão de “valorizar mais a vida” a “sentir-se mais próxima da família e de amigos”.
E não foram apenas as mulheres com um temperamento naturalmente otimista que relataram este crescimento pessoal, disse a pesquisadora Suzanne Danhauer, professora no Wake Forest Baptist Medical Center, na Carolina do Norte, EUA. No início, o estudo também mediu a tendência geral das mulheres para ser otimista, e descobriu-se que o traço não está ligado ao objeto do estudo. “Não é apenas otimismo”, disse Suzanne. “Não foram só as mulheres que tendem a ver o copo meio cheio que apresentaram crescimento”.
As mulheres que disseram estar recebendo mais apoio de amigos e família estavam mais propensas a ver o crescimento pessoal em si mesmas. Para Suzanne, é possível que ter mais gente com quem conversar sobre a luta contra a doença aumenta a capacidade de crescer diante da adversidade.
Decisão consciente
Algumas mulheres também podem tomar uma decisão consciente para tirar algo de positivo de uma experiência difícil, disse a médica Mary Jane Massie , psiquiatra do Centro de Câncer Memorial Sloan- Kettering, em Nova York, EUA. Mary Jane não estava envolvida no novo estudo.
“Trabalho com mulheres com câncer de mama há algumas décadas”, disse. “E já ouvi muitas dizerem: ‘Se tiver que passar por isso, vou me certificar de tirar algo de bom da experiência’”.
O estudo, publicado online recentemente na revista Psico-Oncologia , incluiu 653 mulheres com diagnóstico recente de câncer de mama, principalmente de fase 1 ou fase 2 . As mulheres responderam a um questionário padrão sobre o crescimento pós-traumático no prazo de oito meses de seu diagnóstico e, em seguida, depois de mais seis, 12 e 18 meses.
O questionário tem perguntas que aferem a valorização da vida, sentimentos sobre relações pessoais, mudanças na espiritualidade e abertura para novas possibilidades.
Sem regras
Em média, a pontuação dos questionários aumentou durante o primeiro ano após o diagnóstico e depois se estabilizou. Mulheres que relataram aumento de apoio social após o diagnóstico apresentaram maior crescimento pós-traumático.
Mas nem toda mulher quer conversar. “Algumas mulheres não querem dizer a seus amigos que têm câncer”, disse Mary Jane. “E tudo bem. Não há uma regra que diga que você tem que contar a alguém”.
Porém, segundo ela, é importante que os sistemas de saúde tenham grupos de apoio para os pacientes com câncer que querem falar. Mesmo com esse tipo de apoio, no entanto, pacientes com câncer não devem sentir que estão fazendo algo de errado se não sentirem ter crescido diante da adversidade, disse Suzanne. “Não quero dar a impressão de que todas as mulheres devem passar por isso”, disse ela. “Estamos apenas dizendo que algumas mulheres passam”.
Suzanne disse que pessoas com câncer podem se sentir pressionadas a “pensar positivo” e acabam sentindo-se culpadas quando não atendem a essa expectativa.
Para Mary Jane, não existe uma maneira padrão como um paciente com câncer deve se sentir. Ela acrescentou, porém, que o crescimento pessoal não precisa ser uma grande mudança.
“Pode ser que você repense a sua vida em pequenas coisas”, disse. “Talvez você trabalhe um pouco menos ou passe mais tempo com sua filha”.
Quanto a outros tipos de câncer, grande parte da pesquisa sobre o crescimento pós-traumático tem se concentrado no de mama. Mas há alguns estudos - dois mais recentes descobriram que sobreviventes de câncer de pulmão e jovens adultos que tinham sobrevivido ao câncer na infância também relataram crescimento pessoal a partir de sua experiência.
Fonte: Delas.

Como lidar com alguns sentimentos

Você não é a única mulher que enfrenta essa situação, inclusive, várias mulheres já conseguiram atravessar os momentos difíceis e retomaram as suas vidas. Algumas sugestões para lidar com alguns sentimentos esperados nesse momento:
Medo da morte: os avanços científicos têm proporcionado resultados promissores com tratamentos eficazes e cada vez menos ‘agressivos’ (efeitos colaterais menos intensos). Várias mulheres retomam suas vidas e relatam rever seus valores atribuindo novas perspectivas de vida após enfrentarem um câncer. A morte é uma certeza na vida de qualquer ser humano!
Medo de abandono e crises nos relacionamentos conjugais: é natural sentir-se insegura, a mama é um órgão que representa a feminilidade e sensualidade da mulher. Você também pode estar preocupada com o tratamento e alguns efeitos colaterais (queda do cabelo e diminuição do desejo sexual). Converse com seu companheiro sobre seus sentimentos, encontrem juntos, alternativas para enfrentarem a situação. Na vida a dois sempre existiram obstáculos, o importante é buscar alternativas para superá-los.
Medo da recidiva: se você recebeu o diagnóstico recentemente, o momento agora é de concentrar toda sua energia no tratamento. Pense na sua capacidade de superação e fortaleça seu sistema imunológico com otimismo e determinação. Caso já tenha superado o câncer, ame a vida intensamente e cuide-se com atitudes preventivas. Quando o medo aparecer encare-o e reflita sobre o seu presente, o seu estado de saúde atual.
Respeite suas emoções e procure formas de enfrentá-las: converse com familiares, amigos e com mulheres que já tiveram câncer de mama. Se não quer receber visitas ou falar sobre o assunto avise e peça para que respeitem seus sentimentos. Leituras, músicas e filmes são algumas opções interessantes para se distrair.
Atitudes e pensamentos otimistas fortalecem seu sistema imunológico. Pratique o autocontrole e procure respirar lenta e profundamente nos momentos de angústia ou de ansiedade.

Procure ajuda de profissionais da área da saúde, o paciente com diagnóstico de câncer necessita de equipe multidisciplinar: médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, dentistas e fisioterapeutas.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Atividade física reforça sistema imunológico contra o câncer


Pesquisas apontam que a prática de exercícios diminuem as chances de apresentar a doença
atividade física regular sempre foi uma importante aliada para o bem estar físico e mental. De acordo com vários estudos desenvolvidos nos últimos anos, a prática também é reconhecida como benéfica na prevenção do câncer. Uma pesquisa realizada no Centro Médico da Universidade de Nebrasca, nos Estados Unidos, por exemplo, aponta que pessoas que já tiveram câncer e que praticam atividades físicas têm chances menores de ter a doença novamente.
De acordo com os autores do estudo, a atividade física deixa mais forte os linfócitos T, células pertencentes a um grupo de glóbulos brancos do sangue, que são os principais agentes da imunidade celular. Por conta dessa “força extra”, diminuem as possibilidades de surgimento de algum tipo de câncer secundário.
Para chegar a essa conclusão, a equipe de pesquisadores liderada pela doutora Laura D. Bilek, convidou um grupo de 16 ex-portadores de câncer para participar de um programa de atividades físicas com a duração de 12 semanas. Durante esse período, os voluntários curados através da quimioterapia seguiram um plano de atividades físicas elaborado para cada um, englobando exercícios cardiovasculares, de flexibilidade, postura e equilíbrio, além de força e resistência.
Ao fim do período de estudo, amostras individuais de sangue coletadas no início, durante e ao término da experiência foram comparadas, e os especialistas verificaram que grande parte das células que atuam no sistema imune tiveram seu processo de envelhecimento revertido, tornando-as mais eficazes no combate da doença e infecções.
Para a doutora Laura D. Bilek, a pesquisa não só enfatiza as vantagens do exercício para pacientes com câncer e sobreviventes da doença, mas também demonstra como ela pode beneficiar indivíduos saudáveis. “Há uma longa lista de benefícios positivos do exercício. Se o exercício de fato fortalece o sistema imunológico e, potencialmente, melhora o combate ao câncer, isso é mais uma coisa que devemos informar aos pacientes, orientando-os a praticar regularmente uma atividade física, tornando isso uma prioridade em sua vidas”, conclui a doutora.
Prática reduz o câncer de mama em até 30% – Outro estudo, realizado pela Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, concluiu que a prática de atividade física, mesmo que em intensidade leve, pode reduzir as chances de uma mulher ter câncer de mama em até 30%.
Os pesquisadores analisaram 1.504 mulheres com câncer de mama e as compararam com outras 1.555 que não sofriam da doença. As participantes tinham idades entre 20 e 98 anos. Os resultados mostraram que as mulheres que praticavam de 10 a 19 horas de atividade física por semana tinham 30% menos riscos de terem câncer de mama do que aquelas que não faziam nenhum tipo de exercício. A pesquisa ainda concluiu que os ganhos são obtidos com qualquer intensidade de exercício físico. No entanto, esse benefício é anulado se houver aumento de peso substancial.
Fonte: Blog do Cancer. (Globoesporte.com e Veja).

Superação contra o câncer de mama

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Silvina Folchini de Oliveira

No mês de outubro comemora-se o Outubro Rosa, campanha onde todo o mundo
tem a cor rosa como referência para chamar a atenção das mulheres para se cuidar 
e principalmente, fazer seus exames regularmente, evitando problemas futuros.

Em Otacílio Costa a campanha está sendo realizada em todas as unidades de saúde
que estão abertas para tirar dúvidas e fazer os primeiros atendimentos a todas as mulheres.


O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer 
de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. Na região serrana, 
prefeituras e monumentos receberam luzes rosas em apoio a causa.

Em toda a região muitos casos de superação são encontrados, de mulheres que lutaram 
bravamente contra o câncer de mama e saíram vencedoras, mesmo passando por todas 
as dificuldades impostas pela doença.

Exemplo disso é a professora, que hoje atua como secretária no Centro de 
Educação Infantil Catarina Furhmann, Silvina Folchini de Oliveira, que descobriu o 
câncer em 2006, aos 43 anos e passou por todas as etapas até vencê-lo.

“Claro que foi difícil, a gente passa por muita coisa, perdi os cabelos, passei 
por cirurgias, tive  inúmeras dificuldades, mas não podemos nos deixar cair”, disse. 
Silvina descobriu que estava  com um nódulo através do auto exame. “Procurei um 
mastologista e após exames complementares  foi diagnosticado câncer de mama”, lembra.

Ela conta que receber a notícia foi realmente assustador, mas que contou com o 
apoio irrestrito do marido Sodré Rogério de Oliveira e do filho Dener Sodré de Oliveira, 
além de amigos e familiares que a deram muita força.

“Eu até ouvia que tinha que parar, ficar em casa, repousar, mas a vida continua, 
não podemos parar e mesmo enquanto estava fazendo quimioterapia consegui terminar
minha pós graduaçãoSuperar o câncer de mama é possível, sempre pude contar com 
o suporte da família, com a ajuda dos amigos e claro que no meu caso, tive acesso a 
tratamento adequado e muita força de vontade”, explica.

Silvina precisou fazer mastectomia com reconstituição de mama e hoje leva sua vida 
normalmente. “Continuo sempre fazendo os exames, mas como qualquer mulher tem 
que fazer”, ela agradece a todos que torceram por sua recuperação, principalmente aos 
médicos Rodrigo Santos Ramos – mastologista e ao oncologista Marcelo Ceron, que ela 
adianta que foram fundamentais pela forma como a atenderam.

“Além de médicos sempre foram e são excelentes amigos e psicólogos”, diz.

A secretária explica que gosta de compartilhar sua história para que todas as mulheres 
percebam que é possível superar, exige força de vontade e garra, mas é possível.

Além disso, Silvina alerta para a existência de meios de detecção precoce que apresentam 
eficiência, como o exame clínico e o auto exame, mamografia e ultrassonografia.

“A mamografia anual é indicada precocemente aos 25 anos para mulheres que pertencem
famílias de risco. Devem fazer o exame também antes dos 40 anos as mulheres que 
apresentarem um nódulo ou outro qualquer sinal suspeito na mama, pois hoje com os 
conhecimentos atuais de oncologia preventiva, é possível fazer detecção precoce, que 
na maioria das vezes recebe tratamento cirúrgico simples, conservador e exclusivo e com 
grande probabilidade de cura”, alerta, dizendo ainda agradecer especialmente ao apoio 
da Ivanir de Oliveira – Nega e de sua sobrinha Stéfani de Oliveira que a ajudaram durante 
todo o período da doença.