Um simples exame de sangue poderá detectar o câncer de mama mais precocemente do que os métodos de diagnóstico atuais em mulheres com histórico familiar desse tipo de tumor. A médica Jacqui Shaw , do Departamento de Estudos do Câncer e de Medicina Molecular da Universidade de Leicester, no Reino Unido, diz que o objetivo é desenvolver testes simplificados que possam ajudar a identificar o problema e monitorar o tratamento.
"O potencial dessa pesquisa é que a detecção precoce pode ajudar os médicos a decidir por terapias em uma fase inicial, o que traz mais sucesso para os pacientes", disse Shaw. Segundo ela, há mais de 10 anos a equipe de Leicester vem trabalhando no diagnóstico por exame de sangue para diagnosticar e monitorar o câncer de mama. "Resultados anteriores forneceram um marcador sanguíneo para pacientes com câncer de mama HER-2 positivo", contou.
O estudo atual vai receber financiamento da organização não governamental Maria Tilton Research Fellowship. A instituição foi fundada em memória de Maria Tilton, paciente que perdeu a batalha contra o câncer de mama aos 49 anos. Durante sua luta, tornou-se financiadora da campanha Hope Against Cancer. "Maria era uma mulher maravilhosa, positiva e corajosa. Ela disse que sua cura dependia de um milagre médico e é a isso que se refere o Hope Against Cancer. Embora ela não tenha encontrado uma resposta a tempo, sua fé e determinação diante de tamanha adversidade nos convenceu a continuar nossos esforços para levantar fundos não apenas em sua memória, mas também à de muitas outras pessoas afetadas por essa doença", afirmou Wendi Stevens, que faz parte da organização.
Mamografia Enquanto o exame de sangue ainda não é possível, a mamografia continua salvando a vida de mulheres que conseguem a detecção precoce do câncer de mama. Um estudo divulgado ontem pela Universidade de Londres mostrou que o teste por imagem feito com regularidade ainda é a melhor forma de evitar a morte pela doença. Os pesquisadores monitoraram 130 mulheres ao longo de três décadas, desde a primeira mamografia que fizeram, e compraram os índices de sobrevivência a outro grupo, que não se submetia ao exame.
O estudo mostrou que a mamografia, ao longo desse tempo, salvou pelo menos uma mulher em cada 400. No outro grupo, o índice de mortalidade foi 30% maior. De acordo com Stephen Duffy, um dos autores da pesquisa, quanto maior o prazo de exames regulares, maiores as chances de sobrevivência. "O câncer de mama pode levar muitos anos para se desenvolver, então precisamos acompanhar as mulheres ao longo do tempo", explicou.
Fonte: Paloma Oliveto - Correio Braziliense
Publicação: 28/06/2011
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