O yoga é mais do que um exercício. O yoga é ser, sentir e estar. No yoga ensina-se a ser humano como um todo, em vez de se exercitar apenas partes do corpo humano.
O corpo não é uma máquina, não é uma montagem de várias peças, que juntas formam um todo. Somos organismos que evoluíram em ecossistemas complexos, com camadas de interdependência construídas sobre outras camadas de interdependência. Não há unidades que atuem sozinhas ou que tenham algum sentido de autonomia; tudo está em conexão.
O corpo humano reage como um todo, os músculos apenas estão no final de uma longa cadeia de acontecimentos que definem a vida e a história pessoal de cada um. Por isso não podemos olhar o músculo dorido ou em tensão, como algo isolado. O músculo é o mensageiro, não o ponto de partida do desconforto.
Padrões de angústia, ansiedade ou medo, são sempre expressos através da contração ou tensão muscular. Quando há um quadro persistente destes sintomas, os músculos vão estar persistentemente em tensão e contração. Isto vai influenciar a maneira como caminhamos, nos curvamos, sentamos ou nos movemos em qualquer atividade, porque esses movimentos terão sido aprendidos e praticados no contexto da vida que vivemos, individualmente.
Esta contração ou tensão muscular, não pode ser modificada ou corrigida apenas ao nível da zona da dor ou do desconforto. Deve ser pensada de forma holística, ou seja, pode-se admitir que uma parte da história emocional dessa pessoa, exigiu uma contração ou rigidez muscular, por algum motivo, e de tal forma, que se tornou parte integrante da forma de agir e de estar do corpo, ou da região do corpo, até ao ponto de já não ser notada e até ser considerada uma característica pessoal. Esta característica passa a patologia, quando surge dor ou deformidade.
Uma das tarefas do professor de yoga é ajudar a restaurar o movimento da região do corpo afetada. Para isso, é preciso definir um conjunto de asanas ( as posturas) que integrem a parte do corpo com lesão, na uniformidade e harmonia do movimento de todo o corpo. É importante que os movimentos tenham sentido para o indivíduo, mostrando a universalidade do movimento do seu corpo.
Quando se trabalha com exercícios específicos apenas para uma zona do corpo, um músculo ou uma articulação, consegue-se uma melhoria ou a perceção de uma melhoria dessa zona, mas na verdade, pode levar a um desajuste noutra zona do corpo. Ao trabalhar apenas uma zona específica, ou ao incrementar o tónus muscular dessa zona, esquecendo-se a complementaridade da flexibilidade e agilidade dessa zona do corpo, com o todo do corpo humano, pode-se criar desajustes e desequilíbrios na forma como o indivíduo se move e age.
Um exemplo comum é a flexão do tronco sobre as pernas. Muitas vezes a zona inferior da coluna permanece rígida, parecendo incapaz de participar na flexão. A flexão é apenas feita com a zona dorsal e cervical. Em vez de se insistir na flexão e comprometer ainda mais a rigidez da zona lombar e a contração dos isquiotibiais, pode-se optar por colocar as pernas na parede, e desta forma a zona lombar adapta-se naturalmente ao chão, sendo orientada a completar o movimento de flexão.
Para além dos benefícios físicos, o yoga é uma aprendizagem a vários níveis, aprende a respirar, a manter a mente focada no momento presente. Também incrementa a autoestima, a autoaceitação e a reconhecer os sinais físicos e mentais de desconforto, levando a uma estado de harmonia físico, psicológico e emocional. Procure um professor certificado para que o possa ajudar a conhecer-se melhor, dia após dia.
As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos
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