Durante o
tratamento de câncer, o coração pode ficar comprometido por causa da quimio e
da radioterapia, mas a fé e a força interior ajudam a vencer a doença, assim
como a solidariedade.
Você
já parou pra pensar nas situações que mudaram a sua vida? Por exemplo, uma
notícia inesperada? Um susto que mudou o rumo e a forma de ver o mundo?
Às
vezes, a guerra contra uma doença tem várias batalhas. No Bem Estar deste dia
de Natal, 25 de dezembro, o consultor e cardiologista Dr. Roberto Kalil explica
porque no tratamento do câncer, o coração pode ficar comprometido por causa da
quimio e da radioterapia! A oncologista Marina Sahade fala como a fé e a força
interior ajudam a vencer a doença, assim como a solidariedade. O Bem Estar
mostra histórias emocionantes de quem se redescobriu nos momentos mais difíceis
da vida!
O que é cardiotoxicidade? É
o efeito tóxico do tratamento de quimioterapia e radioterapia, que pode causar
danos ao coração.
Alguns
quimioterápicos e os feixes de radiação ionizante atacam as células
cancerígenas, mas também podem matar células saudáveis do coração e dos vasos
sanguíneos e causar várias complicações cardíacas. As antraciclinas fazem parte
do grupo de quimioterápicos mais tóxicos que existem. Elas são muito usadas no
tratamento de câncer de mama e de leucemia.
O efeito tóxico para o coração depende do
tempo de exposição e da dose cumulativa recebida, por isso, o acompanhamento de
um cardiologista desde o início do tratamento é fundamental.
Quando
os quimioterápicos e a radiação destroem a célula do câncer, ocorre uma
liberação de radicais livres por todo o corpo. Os radicais livres são tóxicos e
atacam o tecido do coração. Além disso, o DNA da células, os vasos sanguíneos e
as fibras musculares sofrem alteração, levando à fibrose, que consequentemente
afeta o funcionamento do coração.
Problemas mais comuns da
cardiotoxicidade - insuficiência cardíaca (falta de ar e cansaço
ao fazer qualquer esforço), arritmias, pericardite (inflamação da membrana que
recobre o coração), alterações nas válvulas do coração (alterando o movimento
do sangue dentro dele) e trombose.
Estes
problemas podem aparecer logo após o tratamento ou ao longo dos anos. Segundo a
oncologista Marina Sahade, a maioria das complicações cardíacas é reversível
com tratamento, mas, em alguns casos, é preciso fazer transplante.
Existe
uma medicação endovenosa que pode ser usada meia hora antes do doente receber a
antraciclina. Ela só é indicada para quem já recebeu a dose máxima tolerada
deste quimioterápico, mas ainda necessita da medicação. Este tratamento pode
minimizar as complicações cardíacas porque bloqueia a produção de radicais
livres pelas células do corpo.
Medicações
anti-hipertensivas e para o controle da frequência cardíaca também são muito
utilizadas no tratamento da cardiotoxicidade associada à quimioterapia. Já para
os tratamentos de radioterapia, não existe medicação que proteja o coração.
Radioterapia - A
radioterapia para tratamento de câncer de mama e de linfoma é realizada no
tórax e, por causa da proximidade do coração, pode afetar seu funcionamento.
Algumas técnicas modernas afastam a radiação do coração e ajudam a evitar a
toxicidade cardíaca.
Pacientes
com antecedentes de doenças cardíacas e diabetes, tabagistas e com câncer de
mama do lado esquerdo apresentam risco maior de desenvolver toxicidade no
coração.
Fonte: G1 Bem Estar
As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.
É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos
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