domingo, 20 de novembro de 2016

Jornalista que enfrentou Câncer compartilha sua História com Pacientes

Lu Dressano é jornalista e autora do livro Histórias de cada um... No meio do rio, pequenos e grandes milagres. Publicado em 2008, a obra já teve duas edições e faz parte do projeto Livro nos Hospitais, encampado pela própria Lu e cujo objetivo é levar conforto e fortalecer os pacientes com câncer durante a difícil fase do tratamento.

A própria autora escreveu o livro enquanto passava pelo tratamento de um câncer de mama. "O textos foram escritos durante o tratamento, em 1999, mas o livro só foi formatado em 2008". Histórias de cada um... já foi distribuído em diversos centros de tratamento de câncer e, em breve, estará disponível na internet.
Instituto Oncoguia - Como foi ouvir o diagnóstico de câncer?

Lu Dressano - Tive um câncer de mama. A certeza do diagnóstico, logo após a cirurgia, fez abrir meu chão. Fiquei deprimida e chorei muito. Não queria mais saber de viver. Mas foi depois de um sonho com o meu pai, que uma força brotou em meu coração. Senti que renasci e resolvi fazer a minha parte.

Instituto Oncoguia - Como foi seu tratamento? Qual foi o momento mais difícil dele?

Lu Dressano - Primeiro foi a radioterapia. Em seguida veio a quimio, que me fez perder todo o cabelo. Talvez, o momento mais difícil tenha sido o de aceitar: receber a notícia, entrar em desespero, refletir e redirecionar a mente. Depois, simplesmente segui cada etapa, agradecida por ter acesso ao tratamento e por ter sido diagnosticada logo no início.

Instituto Oncoguia - O que mudou na sua vida após o tratamento? Como você se sente hoje?

Lu Dressano - Mudou tudo. Minha forma de agir, pensar e escolher. Passei a me respeitar mais, a querer agradar a mim para depois agradar outras pessoas. Ainda me perco em algumas situações, mas tenho exercitado uma filosofia de vida que se resume em: aquietar a mente, elevar a alma e ouvir meu coração. Hoje me sinto mais segura, mais leve e mais feliz. Procuro a cada dia melhorar enquanto pessoa, a buscar o que tenho de melhor.

Instituto Oncoguia - Por que escrever um livro? Como foi relembrar todo o processo da doença?

Lu Dressano - O textos foram escritos durante o tratamento, em 1999. Naquela época, não sabia que estava escrevendo um livro. Eu somente desabafava e deixava a emoção sair. O livro só foi formatado em 2008, com a intenção de poder fortalecer pacientes em tratamento.

Instituto Oncoguia - O que é o projeto Livro nos Hospitais?

Lu Dressano - A ideia do projeto é levar a leitura para dentro dos hospitais. Acredito que enxergar o lado belo da vida desperta a força interior do paciente. Por isso mesclei entre os textos fotos da natureza, que são seguidas por frases retiradas da herança espiritual da humanidade. Tudo isso junto reflete uma leveza ao tratar de um assunto tão denso. Já imprimi duas edições, com patrocínio e apoio. No total foram 6.600 exemplares, distribuídos em hospitais e clínicas de tratamento de câncer.

Instituto Oncoguia - Há planos para lançar outros títulos dentro do projeto?

Lu Dressano - No momento não. Tenho algumas idéias, mas por enquanto busco patrocínio para poder imprimir novos exemplares, em uma terceira edição, para fazer outras distribuições em hospitais. Gostaria inclusive que outros títulos e outros autores pudessem se juntar ao projeto. Que bom seria se os pacientes tivessem acesso a uma leitura otimista e fortalecedora. Isso poderia ocorrer, inclusive, com pequenas bibliotecas que chegassem até os quartos. O paciente escolheria o título e teria a oportunidade de refletir com essas leituras. É mais um caminho!

Instituto Oncoguia - Como o paciente pode ter acesso a eles?

Lu Dressano - Os exemplares foram distribuídos gratuitamente nos principais hospitais de tratamento de câncer, entre eles, Unicamp, Hospital de Câncer de Barretos, A.C. Camargo, Amaral Carvalho (Jaú-SP) e Centro Infantil Boldrini. A partir deste ano, estaremos disponibilizando o livro via internet, em capítulos semanais. Para conferir basta acessar Instituto Lado a Lado pela Vida. Para quem não quiser esperar, a Livraria da Vila, em São Paulo, ainda possui alguns exemplares.
Fonte: Oncoguia

Entendendo o Linfedema


O linfedema é um tipo de contenção de substâncias causado pelo acúmulo anormal de proteínas e líquidos nos tecidos; costuma ser resultante da falha de drenagem no sistema linfático, que vem a ser manifestada por inchaço, principalmente nas extremidades dos membros superiores e inferiores.

A função de nossas artérias é transportar o sangue para nutrir as células e os tecidos. Após o aporte de nutrientes, o sangue pobre em oxigênio retorna pelas veias em direção aos pulmões para que a oxigenação seja renovada.

Os líquidos e substâncias que as veias não retiram dos tecidos formam a linfa, composta por água, proteínas e outras substâncias. Entretanto, pode ocorrer falha nesse sistema de drenagem, causando o linfedema, ou acúmulo dessas substâncias.

Quando o linfedema não é tratado rapidamente, torna-se uma doença crônica causando o inchaço da área afetada, aumento de volume, sensação de peso, desconforto, perda parcial de mobilidade, deformações estéticas e dor.

O linfedema pode ser consequência de uma cirurgia, como no caso de câncer de mama, remoção de gânglios axilares, radioterapia, quimioterapia e, como é o óbvio na maioria dos casos, onde houve uma interrupção do sistema linfático.

Nessas situações a drenagem linfática é altamente eficaz, já que não só ajuda a diminuir o líquido linfático acumulado no membro afetado, como também encontra percursos colaterais que ajudam a drenar ou reduzir o edema.

O linfedema pode ser desencadeado logo após a cirurgia, semanas, ou até mesmo anos mais tarde. A probabilidade de desenvolver após a cirurgia de mastectomia, depende do número de gânglios removidos, da quantidade de radiação recebida e na capacidade que as funcionalidades restantes ainda tiverem para compensar a perda.

A prevenção e redução é o principal objetivo no tratamento do linfedema, muito embora, as medidas com esse objetivo sejam paliativas e muitas vezes criticadas na literatura. Na fase precoce, quando os tecidos ainda estão relativamente preservados, pode-se reduzir o membro ao seu tamanho inicial.

As medidas terapêuticas utilizadas para a redução do edema são várias e podem ser empregadas individualmente ou em conjunto. A elevação das extremidades é um método simples e efetivo de reduzir o edema. Em virtude da ação da gravidade, o volume dos membros diminui com o repouso continuado no leito.

A drenagem linfática se inicia  com uma massagem que estimula o fluxo nos vasos linfáticos normais, preparando-os para receber o fluido do lado doente. O objetivo dessa massagem é o de empurrar o fluido para as veias, os vasos linfáticos profundos ou para as colaterais.

O tratamento clínico consiste no uso de medicação adequada, fisioterapia especializada e atividade física regular, e todas as providências devem iniciar o mais breve possível, uma vez que o linfedema tende a aumentar com o tempo, tornando o tecido mais fibroso e o organismo propenso a infecções graves. Os tecidos não voltam à normalidade, mesmo com todas as medidas para tentar reduzir o volume, aceitando-se então, certo grau de edema residual.

O prognóstico tende a ser difícil devido à multiplicidade de causas. Há pacientes que são consideradas de bom prognóstico com evolução lenta do edema e raras complicações. No entanto, a progressão para um edema severo é rápida e com complicações (tais como a erisipela), a despeito do tratamento bem instituído.

A melhor forma de lidar com o linfedema é tentar evitá-lo.  Abaixo um resumo dos cuidados que devem ser tomados para evitar o surgimento de linfedema em pacientes submetidas à dissecação axilar:


  • Não ignorar qualquer edema de braço, pescoço e parede torácica.
  • Hidratar o braço e o local cirúrgico sempre que necessário.
  • Nunca permitir a aplicação de injeção, vacinas, coleta de sangue, acupuntura, medição de pressão e até mesmo a quimioterapia no braço do lado operado.
  • Evitar movimentos repetitivos, vigorosos contra resistência.
  • Evitar carregar peso com o membro afetado.
  • Não usar joias justas no antebraço ou nos dedos do lado afetado.
  • Manter o membro protegido do sol.
  • Evitar qualquer tipo de trauma e cortes.
  • Usar luvas de proteção ao manipular produtos químicos e durante os trabalhos de casa e jardinagem.
  • Evitar cortar as cutículas.
  • Fazer exercícios como caminhadas, natação, aeróbica, ciclismo, balé e ioga.
  • Usar luvas compressivas durante as caminhadas.
  • Evitar o uso de sutiã apertado e sem aro metálico.
  • Não depilar a axila afetada com gilete.
  • Usar manga comprida e repelente no braço afetado em regiões de mosquitos.
  • Manter o peso ideal e beber muita água.
  • Evitar o uso de desodorante com álcool e os com ação antitranspirante.
  • Utilizar água morna e sabonete neutro no banho.
  • Evitar dormir sobre o braço do lado operado, para não comprometer a circulação sanguínea do mesmo.
  • Usar tecidos de algodão durante o processo de cicatrização e de aplicações de radioterapia evitando o uso de tecidos sintéticos.
  • Evitar o uso de vestimentas apertadas na região do tronco e do braço do lado operado.



Fonte: Oncoguia.


O que é Câncer

Câncer é o nome genérico para um grupo de mais de 200 doenças. Embora existam muitos tipos de câncer, todos começam devido ao crescimento anormal  e fora de controle das células. É também conhecido como neoplasia. A ciência que estuda o câncer se denomina Oncologia e é o oncologista o profissional que trata a doença.  Os cânceres que não são tratados podem causar doenças graves e morte.

As Células Normais do Corpo

O corpo é composto de trilhões de células vivas. Essas células normais do corpo crescem, se dividem e morrem de forma ordenada. Durante os primeiros anos de vida de uma pessoa, as células normais se dividem mais rapidamente para permitir que a pessoa se desenvolva. Depois, na fase adulta, a maioria das células se divide apenas para substituir células desgastadas ou células que morrem ou para reparar danos.

Como o Câncer Começa

O câncer se inicia quando as células de algum órgão ou tecido do corpo começam a crescer fora de controle. Esse crescimento é diferente do crescimento celular normal. Em vez de morrer, as células cancerosas continuam crescendo e formando novas células anômalas. As células cancerosas também podem invadir outros tecidos, algo que as células normais não fazem. O crescimento fora de controle e invadindo outros tecidos é o que torna uma célula em cancerosa.

O corpo humano é formado por milhões de células que se reproduzem por meio de um processo chamado divisão celular. Em condições normais, esse processo é ordenado e controlado e é responsável pela formação, crescimento e regeneração dos tecidos saudáveis do corpo.

Em contrapartida, existem situações nas quais estas células, por razões variadas, sofrem uma mudança  tecnicamente chamada de carcinogênese, e assumem características aberrantes quando comparadas com as células normais.

Essas células perdem a capacidade de limitar e controlar o seu próprio crescimento passando, então, a multiplicarem-se muito rapidamente e sem nenhum controle.

As células se tornam cancerosas devido a um dano no DNA. O DNA é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas de todas as células. Nós normalmente nos parecemos com nossos pais, porque eles são a fonte do nosso DNA. No entanto, o DNA nos afeta muito mais do que isso.

Alguns genes têm instruções para controlar o crescimento e a divisão das células. Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncogenes. Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células à morte no momento certo são denominados genes supressores do tumor. Os cânceres podem ser causados por alterações no DNA que se transformam em oncogenes ou por desativação dos genes supressores do tumor.

As pessoas podem herdar um DNA anômalo, mas a maioria dos danos do DNA é causada por erros que ocorrem quando a célula normal está se reproduzindo ou por exposição a algum elemento no meio ambiente. Às vezes, a causa do dano no DNA pode ser algo óbvio, como o tabagismo ou a exposição ao sol. Mas é raro saber exatamente o que causou o câncer de determinada pessoa.

Na maioria dos casos, as células cancerígenas formam um tumor. No entanto alguns cânceres, como no caso da leucemia, raramente formam tumores. Em vez disso, estas células cancerosas acometem o sangue e órgãos hematopoiéticos e circulam por tecidos onde elas se desenvolvem.

Como o Câncer Começa

O câncer se inicia quando as células de algum órgão ou tecido do corpo começam a crescer fora de controle. Esse crescimento é diferente do crescimento celular normal. Em vez de morrer, as células cancerosas continuam crescendo e formando novas células anômalas. As células cancerosas também podem invadir outros tecidos, algo que as células normais não fazem. O crescimento fora de controle e invadindo outros tecidos é o que torna uma célula em cancerosa.

O corpo humano é formado por milhões de células que se reproduzem por meio de um processo chamado divisão celular. Em condições normais, esse processo é ordenado e controlado e é responsável pela formação, crescimento e regeneração dos tecidos saudáveis do corpo.

Em contrapartida, existem situações nas quais estas células, por razões variadas, sofrem uma mudança  tecnicamente chamada de carcinogênese, e assumem características aberrantes quando comparadas com as células normais.

Essas células perdem a capacidade de limitar e controlar o seu próprio crescimento passando, então, a multiplicarem-se muito rapidamente e sem nenhum controle.

As células se tornam cancerosas devido a um dano no DNA. O DNA é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas de todas as células. Nós normalmente nos parecemos com nossos pais, porque eles são a fonte do nosso DNA. No entanto, o DNA nos afeta muito mais do que isso.

Alguns genes têm instruções para controlar o crescimento e a divisão das células. Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncogenes. Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células à morte no momento certo são denominados genes supressores do tumor. Os cânceres podem ser causados por alterações no DNA que se transformam em oncogenes ou por desativação dos genes supressores do tumor.

As pessoas podem herdar um DNA anômalo, mas a maioria dos danos do DNA é causada por erros que ocorrem quando a célula normal está se reproduzindo ou por exposição a algum elemento no meio ambiente. Às vezes, a causa do dano no DNA pode ser algo óbvio, como o tabagismo ou a exposição ao sol. Mas é raro saber exatamente o que causou o câncer de determinada pessoa.

Na maioria dos casos, as células cancerígenas formam um tumor. No entanto alguns cânceres, como no caso da leucemia, raramente formam tumores. Em vez disso, estas células cancerosas acometem o sangue e órgãos hematopoiéticos e circulam por tecidos onde elas se desenvolvem.

Como o Câncer se Espalha

As células cancerosas costumam se espalhar para outras partes do corpo onde elas começam a crescer e formar novos tumores. Isso acontece quando as células cancerosas entram na corrente sanguínea ou nos vasos linfáticos do corpo. Ao longo do tempo, os tumores irão substituir o tecido normal. Esse processo de disseminação do câncer é denominado metástase.

Como os Cânceres se Diferenciam


Independente do local para onde a doença de espalhou, o tipo de câncer leva o nome do local onde se originou. Por exemplo, o câncer de mama que se disseminou para o fígado é denominado câncer de mama metastático, e não câncer de fígado. Da mesma forma, o câncer de próstata que se espalhou para os ossos é chamado de câncer de próstata metastático, e não tumor ósseo.

Diferentes tipos de câncer podem se comportar de formas distintas. Por exemplo, o câncer de pulmão e o câncer de pele são doenças muito diferentes, que se desenvolvem de formas diferentes e respondem a distintos  tipos de tratamentos. Por essa razão os pacientes com câncer precisam receber o tratamento adequado para seu tipo de câncer.

Entendendo os Diferentes Tipos de Câncer

Os tipos de câncer podem ser agrupados em categorias mais amplas. As principais categorias de câncer incluem:

  • Carcinoma - Câncer que começa na pele ou nos tecidos que revestem ou cobrem os órgãos internos. Existe um número de subtipos de carcinoma, incluindo adenocarcinoma, carcinoma de células basais, carcinoma de células escamosas e carcinoma de células de transição.
  • Sarcoma - Câncer que começa no osso, cartilagem, gordura, músculo, vasos sanguíneos ou outro tecido conjuntivo ou de suporte.
  • Leucemia - Câncer que começa no tecido produtor de sangue, como a medula óssea, e provoca um grande número de células anormais do sangue produzidas e entrando no sangue.
  • Linfoma e Mieloma - Cânceres que começam nas células do sistema imunológico.
  • Cânceres do Sistema Nervoso Central - Cânceres que começam nos tecidos do cérebro e da medula espinhal.

Tumores Benignos

Nem todos os tumores são câncer. Os tumores que não são cancerosos são denominados benignos. Os tumores benignos podem causar problemas, como crescerem em demasia e pressionarem outros órgãos e tecidos saudáveis. Mas eles não podem invadir outros tecidos e órgãos. Dessa forma, eles não podem se espalhar para outras partes do corpo (metástase).

O Câncer é Comum?

Metade do total de homens e um terço do total de mulheres irão desenvolver câncer em algum momento de suas vidas.

Hoje, milhões de pessoas estão vivendo com câncer ou tiveram câncer. O risco de desenvolver vários tipos de neoplasias pode ser reduzido com mudanças no estilo de vida de uma pessoa, por exemplo, não fumar, limitar o tempo de exposição ao sol, ser fisicamente ativo e manter uma alimentação saudável.

Por outro lado, existem os exames de rastreamento que podem ser realizados para alguns tipos de câncer, para que possa ser realizado  o diagnóstico precoce da doença, quando as chances de cura são melhores do que quando é diagnosticada em estágios mais avançados.

Fonte: Oncoguia.

sábado, 19 de novembro de 2016

Menina de 16 anos abre mão de tratamento de câncer ao descobrir gravidez


Rhianna Truman sofre de doença rara que não pode ser curada com quimio ou radioterapia

Rhianna Truman, 16 anos, tem um câncer terminal raro e, no início de 2016, descobriu que estava grávida. De acordo com os médicos, por estar esperando a criança, os tratamentos para a doença ficam limitados. Por isso, ela teria de escolher: continuar o processo contra o câncer ou ter o filho.

Contra os conselhos de amigos e familiares, a opção de Rhianna foi interromper o tratamento e continuar com o bebê. Em entrevista a um canal de televisão da Nova Zelândia, a menina disse que, como estava no começo da gravidez, a decisão foi muito difícil.

Rhianna mora com o parceiro e a família dele e sofre de adamantinoma, que representa menos de 1% dos cânceres de osso. Ela já passou por quimio e radioterapia, mas nenhum dos tratamentos surtiu efeito. Os médios ainda tentam achar um remédio que possa ajudá-la.

A cesária de Rhianna foi marcada para a última semana. Mesmo sabendo dos riscos de ter o filho, ela está tranquila. “Se eu morrer, morro feliz. Vivi minha vida e ainda dei à luz a um filho. Sou grata por ter feito essa escolha”, disse.

Fonte: Estadão

Outubro Rosa, Novembro Azul e exercícios?

Hoje meu convidado é o Dr. Ricardo Nahas, coordenador do Centro do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho.

Caro leitor, você deve estar imaginando que esse médico maluco vai querer dizer que exercícios curam câncer. Infelizmente não. Mas que previne e ajuda a tratar, não tenho a menor dúvida!

Estudos mostram que aqueles que praticam exercícios regulares previnem não só alguns tipos de câncer como ajudam no tratamento e também evitam seu ressurgimento, sua recidiva, quando comparados com populações que têm no controle remoto da televisão sua principal atividade física.

É a resposta que nosso organismo que pratica exercícios regulares dá para as vedetes lembradas com destaque nesses meses de outubro e novembro: o câncer de mama e de próstata. E de brinde a atividade física regular previne um câncer que não tem o mesmo marketing dos seus semelhantes: o câncer de intestino, mais especificamente de cólon e reto.

É evidente que os exercícios regulares não excluem todos os cuidados preventivos alardeados nas chamadas que esses meses simbolicamente trazem, principalmente para as visitas regulares ao seu médico de confiança e os testes de detecção que quanto mais precoce, melhores resultados traz ao tratamento.

De brinde, os praticantes de atividade física regular com diagnóstico de câncer e em tratamento, apresentam menor incidência de eventos cardiovasculares (como o infarto, por exemplo), a maior causa de óbito nesse grupo. Esse fato é bem documentado com trabalhos para as mulheres que tem câncer de mama, quando os grupos ativos são comparados aos sedentários.

Estamos iniciando o Novembro Azul, o que merece especial atenção. Revisões de estudos sobre o câncer de próstata mostram que há relação inversa entre os níveis de PSA (todo cinquentão sabe o que é) e os exercícios regulares. Mostram também que a evolução, quando houver, do câncer, uma vez instalado, também é mais lenta e menos agressiva no grupo ativo quando comparado aos  sedentários. A mudança de hábitos de vida, para estilos mais saudáveis (na dieta, perda de peso, por exemplo) é mais fácil naqueles que são regularmente ativos.

Vale alertar para aqueles que praticam exercícios e que se entusiasmaram com as campanhas e se dispõe a fazer os exames de prevenção do câncer de próstata, que a prática física regular deve ser suspensa pelo menos 48 horas antes da coleta do sangue, principalmente para a dosagem do PSA. Evita resultados falsos que podem atrapalhar o raciocínio clínico do urologista, ao comparar o exame físico com o resultado laboratorial.

Meu caro leitor, atento e ligado nas mídias (sociais ou não), exercício não cura câncer, mas pode livrá-lo do diagnóstico tão temido e do tratamento que, quase sempre, passa por cirurgias intervencionistas e outros procedimentos como quimioterapia e radioterapia, com muitas privações.

Como o autoexame de mama e o toque retal feito pelo seu urologista, o exercício regular é também meio de prevenção para essas doenças que são marcas e destaques dos meses de outubro e novembro. Viva Mais e Melhor.

Fonte: Estadão.

Mamografia com contraste promove diagnóstico eficaz do câncer de mama

O foco da campanha Outubro Rosa, promovida em diversos países, é alertar as mulheres sobre a importância da prevenção do câncer de mama. A mamografia com contraste surge como uma grande aliada nessa luta. O método, que detecta o tumor ainda em estágio inicial, já faz parte dos exames de rotina há cerca de cinco anos na Europa e aproximadamente um ano nos EUA.

A Nova Medicina Diagnóstica oferece esse exame há dois anos, garantindo o diagnóstico mais eficaz possível a suas pacientes. "A mamografia com contraste é revolucionária e rara na medicina. É um exame muito preciso, que tem potencial de redução de custos, diminuindo o número de biopsias e exames desnecessários. Em comparação com a ressonância magnética, o procedimento é mais simples, rápido, acessível e confortável", explica o médico radiologista Dr. Guilherme Rossi, da Nova Medicina.

A técnica é semelhante à mamografia digital convencional associada ao contraste iodado. Em média, são necessários cinco minutos para obter as imagens na tela e é possível ter um laudo do exame em até dois minutos. Já a ressonância magnética demora entre 25 e 30 minutos para ser realizada, e de cinco a dez minutos para oferecer um diagnóstico do exame alterado.

Rossi destaca que o risco de alguma paciente apresentar uma reação alérgica é muito pequeno, com proporção de reações alérgicas graves de apenas 0,04% (2,3 casos a cada um milhão de aplicações). Atualmente, o exame é utilizado em pacientes de alto risco, com mamas densas, que já tiveram câncer, com antecedentes familiares, mulheres claustrofóbicas ou que usem marca-passo e/ou aparelhos metálicos.

Fonte: Terra

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Equipamento revolucionário para diagnóstico do câncer de mama

Fotoacústica e ultrassom

Engenheiros e médicos da Universidade de Twente (Holanda) estão chefiando um consórcio europeu para aperfeiçoar um novo aparelho de imagem para o diagnóstico do câncer de mama.

O novo equipamento não apenas permitirá capturar imagens por ultrassom e fotoacústica, como também será capaz de combinar as imagens geradas pelas duas técnicas.

As técnicas atuais para a detecção do câncer de mama - a mamografia de raios X, o ultrassom e a ressonância magnética (MRI) - têm deficiências, a principal delas sendo que nem sempre é possível distinguir claramente um tumor de um tecido saudável ou de uma anomalia benigna, de modo que, ou tumores não são detectados, ou há falsos positivos além do aceitável.

Mamografia sem radiação

O novo aparelho deverá diminuir substancialmente o tempo necessário para um diagnóstico preciso, e também será apropriado para mulheres mais jovens, para as quais a mamografia de raios X geralmente não tem um bom desempenho.

Outra grande vantagem é que o aparelho não usará radiação e nem meios de contraste, que apresentam riscos potenciais, e não causará qualquer dor para a mulher.

"As imagens das duas técnicas serão combinadas. Isto irá resultar em informação tridimensional simultânea sobre o contraste óptico específico da doença, bem como sobre as propriedades do ultrassom, que fornecem informação anatômica dentro da mama. Além disso queremos fazer isso combinando as imagens em tempo real," disse o professor Srirang Manohar, responsável pelo projeto

A União Europeia acaba de conceder um financiamento equivalente a R$15 milhões para a construção do protótipo do aparelho, que os pesquisadores esperam colocar no mercado em quatro anos.

Fonte: Diário da Saúde.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Superação: há vida após o câncer

Em tratamento contra o câncer desde outubro de 2015, ela vive uma fase de descobertas e de mudança de prioridades. Muito além dos cabelos longos, que já não possui, Talita é, hoje, uma nova mulher.


O nome de batismo é Talita Consorte Dalpra, mas agora poderia ser vários outros. Simpatia, Vitória ou Guerreira lhe cairiam muito bem. Em tratamento contra o câncer desde outubro de 2015, ela vive uma fase de descobertas e de mudança de prioridades. Muito além dos cabelos longos, que já não possui, Talita é, hoje, uma nova mulher.

Casada há 10 anos com Claudemir Oliveira, a quem tem a sorte de chamar de companheiro de toda a vida, e mãe da pequena Taila Vitória Dalpra Oliveira, de apenas 3 anos, o seu pequeno-grande tesouro, ela está na fase final do tratamento, mas foi para sempre tocada por um sentimento de fraternidade que a move a trabalhar em prol das que ainda estão em guerra contra a doença.

Levantando a bandeira do autoexame das mamas e da fé nos propósitos da Lei Divina, ela topou contar ao Tudo para Mulher a sua história com o câncer. Por e-mail, direto da cidade onde mora, em Toledo, no Paraná, ela relata, com o desprendimento de quem visa fazer o bem ao próximo, o modo como a doença transformou a sua vida.

Se você está enfrentando essa mesma batalha ou conhece alguém que está nessa luta, vale muito à pena continuar essa leitura. Bem além do Outubro Rosa, que está chegando ao fim, a atenção aos sinais do corpo valem para o ano todo.

tudoparamulher.net - Como você tomou conhecimento da doença?
Talita Dalpra - Em dezembro de 2014 senti um pequeno nódulo na mama esquerda ao fazer o auto exame no momento do banho. Sendo assim procurei um ginecologista e fiz uma ultrassonografia, mas resultado foi "glândulas mamárias normais". Fui acompanhando este nódulo e, em 23 outubro 2015, senti que tinha aumentando. Ao fazer autoexame, expremi a minha mama. Saiu uma secreção amarela. Procurei novamente o ginecologista e fiz outro ultrassom. Em seguida, fiz uma biópsia. O diagnóstico foi câncer maligno de mama.

tudoparamulher.net - Como você reagiu à notícia?
Talita Dalpra - No primeiro momento, a minha reação foi de desespero. Chorava muito diante do médico, da minha mãe e do meu esposo. Eu pensava na minha filha de 3 anos, não queria morrer e deixá-la tão pequena. Foi o pior dia da minha vida. Uma dor que não cabia no meu peito tomou conta de mim. A palavra câncer me assustava muito, pois eu não tinha conhecimento de que a medicina de hoje é super avançada.

tudoparamulher.net - Como estava a sua vida no momento da descoberta?
Talita Dalpra - Eu trabalhava fora, saia de manhã e voltava no final da tarde para casa. Quase não tinha tempo suficiente para a minha família. Achava que era normal esta correria.

tudoparamulher.net - Como você conseguiu "digerir" o fato?
Talita Dalpra - No segundo dia do diagnóstico, já iniciei o tratamento no hospital Ceonc, em Cascavel, no Paraná. Cheguei naquele local e observei tantas pessoas com problemas maiores do que o meu, naquele momento eu ganhei forças. Ergui a minha cabeça e falei para mim mesma: agora eu vou lutar e vou vencer esta doença que veio atrapalhar o meu caminho.

tudoparamulher.net - Como foi a reação da sua família?
Talita Dalpra - Eu tive apoio do meu esposo, que é o meu companheiro da minha vida toda. Minha mãe que estava sempre comigo, nos ajudando, principalmente, nos dias de quimioterapia. A minha família me deu suporte em todos os momentos do tratamento. Os meus amigos me ajudaram financeiramente e com muitas palavras de apoio. A minha filha, em particular, me dava força no dia a dia para continuar esta caminhada. Eu sempre digo que eu lutei, mas este anjinho foi e está sendo uma guerreirinha do meu lado.


tudoparamulher.net - Como passou a ser a sua rotina?
Talita Dalpra - Após a quimioterapia eu ficava uns dias ruins, com as reações esperadas. Mas depois que passava eu seguia em frente. Sempre passeando, conversando com os meus amigos, aproveitando os momentos em família, curtindo a minha filhota amada, que está em uma fase maravilhosa de desenvolvimento.

tudoparamulher.net - Você demonstra que não se deixou abater pela doença. De onde vem a sua força?
Talita Dalpra - Sempre procurei estar bem, colocava um sorriso nos lábios mesmo com o coração doendo. Até porque, se as pessoas me vissem mal, ficariam mal também, principalmente minha filha e meu esposo, que estavam do meu lado 24 hs. Por isso, não me deixei abater. Quando eu estava muito triste, eu me ajoelhava e pedia a Deus mais força para continuar lutando e que alimentasse ainda mais a minha fé. Ele sempre me atendia e isso era maravilhoso.


tudoparamulher.net - O que mudou na sua forma de viver?
Talita Dalpra - A doença me trouxe muito aprendizado. Eu mudei muito a minha forma de viver. Agora eu aproveito muito mais o meu tempo com a minha família e com os meus amigos. Minha alimentação, minha saúde está em primeiro lugar. Diante de tudo o que eu passei, aprendi a ter mais cuidado comigo mesma.

tudoparamulher.net - Como é a sua rotina hoje?
Talita Dalpra - Eu acabei as quimioterapias em agosto e as radioterapias em outubro deste ano 2016, mas ainda continuo tomando herceptin por mais algum tempo devido ao meu câncer de mama ser agressivo, do tipo her positivo. Ainda não voltei ao trabalho, mas tenho consciência de que agora, por ter feito mastectomia parcial da mama e esvaziamento da axila, os cuidados serão maiores. Hoje coloco a minha saúde em primeiro lugar, pois é claro para mim agora que, na falta dela, não consigo fazer nada.

tudoparamulher.net - Você tem se dedicado a inspirar outras mulheres que passam pelo problema. Acredita que seja uma missão que você tem pela frente?
Talita Dalpra - Eu procuro sempre estar em contato com as guerreiras que estão enfrentando esta doença. Ganhei um grande aprendizado ao passar por isso e é um prazer enorme incentivá-las a seguir nesta luta, sem desistir. Até porque Deus jamais desiste de nós. Temos que ter fé e nos entregarmos a ele com todo o nosso coração.

tudoparamulher.net - Quais os seus planos agora?
Talita Dalpra - Não tenho mais o câncer, tenho certeza. Em breve, farei o exame de petscan para me certificar disso, mas confio no nosso Deus. Sei que ele fez um milagre em minha vida. Então, eu sempre vou estar ajudando a outras guerreiras, com palavras, orações, apoio, enfim, ajudar em tudo o que eu puder fazer. Assim que eu tiver alta pelo médico oncologista, voltarei ao meu trabalho com uma grande lição de vida.

tudoparamulher.net - O que você faria diferente hoje se tivesse a chance de voltar no tempo?
Talita Dalpra - Se eu pudesse voltar no tempo eu estaria muito mais perto da minha filha e do meu esposo. Eu administraria melhor o meu tempo. Porque ele é o resultado de tudo nesta vida. Às vezes, deixamos coisas importantes para trás e notamos como faz falta lá na frente.


tudoparamulher.net - O que a doença te ensinou até aqui?
Talita Dalpra - Esta doença me trouxe algo muito importante na minha vida que se chama oração. Busquei, juntamente com a minha família, Deus para me sustentar nesta tempestade. Ela ainda me mostrou o valor da vida, das pessoas, o valor de mim mesma. O quanto devemos ser gratos a Deus por estarmos vivos, ao lado das pessoas que amamos.

tudoparamulher.net - Você pensa na morte? Se sim, como lida com essa certeza que todos temos?
Talita Dalpra - É certo de que todos nós vamos morrer um dia. Nas minhas orações eu me entrego a Deus e falo que seja feita sempre a vontade Dele na minha vida. Mas eu peço a Deus que me deixe neste mundo até que a minha filha esteja formada, preparada para seguir um caminho certo.

tudoparamulher.net - Que recado você daria para as mulheres?
Talita Dalpra - Para estas guerreiras que estão enfrentando o câncer, colocar Deus na frente de todo o tratamento, pois Ele faz milagres. Devemos apenas ter fé e acreditar, pois a vitória é certa. Deus escolhe os seus melhores guerreiros para uma grande batalha. E confia em nós. Então, lutar sempre, desistir jamais. E lembrar a todas às mulheres que a nossa saúde deve estar em primeiro lugar. Façam sempre o autoexame para a prevenção do câncer de mama. Um diagnóstico precoce é muito mais positivo para a cura. Quero sempre lembrar que quando o nosso corpo não está bem, ele apresenta sintomas de alguma forma, por isso, temos que estar atentas a isso. Se cuidem, se amem, se toquem. Sintam os seus corpos. Pensem primeiramente em vocês.

tudoparamulher.net - Quais foram os momentos mais difíceis?
Talita Dalpra - O momento mais difícil para mim, além do diagnóstico do câncer de mama, foi quando caíram os meus cabelos. Minha filha ficou chocada quando me viu careca. Ela chorava muito e dizia que não era para eu ter feito aquilo com os meus cabelos. Eu tive que engolir o meu desespero naquela hora e explicar a uma criança de três aninhos o que estava acontecendo comigo.

tudoparamulher.net - Seu conceito de beleza mudou?
Talita Dalpra - Para não andar com cara de doente, no período das quimioterapias, comecei a ver os vídeos de maquiagem e comecei a me maquiar. Mesmo com 10 kg a mais que o tratamento me trouxe eu me acho bonita. Minha mama esquerda ficou menor e com uma cicatriz, mas quando eu olho para ela me lembro da minha caminhada e do quanto fui forte para chegar até aqui. Não tenho vergonha, me sinto sim uma guerreira de Deus.

tudoparamulher.net - Que tipo de ser humano você acredita ter se tornado?
Talita Dalpra - Tornei-me uma pessoa muito melhor e com uma vontade ainda maior de viver e de ajudar as pessoas. Tenho certeza de que agora sou uma mãe e esposa muito mais presente. Isso me deixa muito feliz.

Sobre a autora: Carioca radicada na charmosa capital sergipana há mais de 20 anos Alessandra Franco é jornalista e editora-chefe do Portal Tudo Para Mulher

Fonte:  Lagartense




"O poder de Deus curou minha doença", diz cristã que venceu câncer de mama

Lucineia Amaral contou que a esperança fez com que ela continuasse acreditando na cura.

Apesar do tratamento, Lucineia teve de passar pela cirurgia de retirada da mama. 

É difícil manter o ânimo e a esperança quando se passa por um grave problema, como o câncer de mama. A dona de casa Lucineia Amaral, de 45 anos, pode testemunhar que a cura está aliada a resiliência na hora de vencer esse desafio tão árduo. A esperança sempre foi sua companheira de lutas e vitórias. Ela que foi vítima de um câncer na mama, conta que permanecer firme, sem desistir, ajudou no processo da cura.

Lucineia descobriu que estava enferma em meados de 2014 e 2015. Estava em casa, fazendo o autoexame quando sentiu um pequeno nódulo, do tamanho de um grão de feijão. Ela procurou o Sistema Único de Saúde (SUS) de seu bairro e, ao ser atendida, foi informada pela médica que estava tudo bem.

A dona de casa ainda suspeitava de que aquele caroço não era normal. Por isso, decidiu pagar por exames particulares em busca de alguma resposta. “Finalmente, depois de muitos exames e consultas com ginecologistas e mastologistas, descobri em janeiro de 2015 que eu tinha um tumor maligno na mama. Foi uma notícia terrível, é claro, mas preferi encarrar tudo com muita garra e ir em busca da cura”, disse.

Quimioterapia
“No mesmo dia em que foi constatado a presença do câncer, o médico me perguntou se eu preferia fazer o tratamento químico ou a cirurgia de retirada da mama. Pensei que se eu optasse pela retirada da mama, logo me veria livre da doença e também não iria precisar fazer quimioterapia e nem perder meus cabelos”, relatou.

“No entanto, as coisas não saíram como planejado. Meu câncer estava no grau 2 – numa escala de 0 a 5 –, por isso, precisava correr em busca da cura o mais rápido possível. Então, assim que saí da sala do médico, fui levada à quimioterapia. Comecei o meu tratamento, que durou 16 sessões. Foi durante a quimioterapia que os médicos perceberam o avanço do câncer. Logo após a descoberta, o tumor tinha evoluído para 5 centímetros”, contou.

Lucineia ressalta que foi muito difícil passar pela quimioterapia. “Logo na segunda semana de tratamento, meus cabelos caíram. Pouco tempo depois, perdi um dente. As minhas 20 unhas caíram e eu envelheci mais que a minha mãe, que já era uma idosa. Eu tinha aparência de uma mulher de 60 anos”, relembrou.

Apesar do tratamento, Lucineia teve de passar pela cirurgia de retirada da mama. Seu tecido mamário estava comprometido. “Além do tratamento químico, também precisei passar pela cirurgia. Por isso, sinceramente, eu não esperava, mas aceitei porque só assim me veria livre definitivamente da doença”.

A cura
A dona de casa recebeu a notícia de que estava curada em agosto de 2015. “Foi uma notícia maravilhosa e que só me mostrou o poder de Deus ao curar minha doença e ao capacitar médicos para me ajudar”, disse.

Lucineia diz que Deus lhe ajudou a passar por toda essa luta. Sua família também deu muito apoio emocional. “Devo muito ao meu marido e filhos por terem sido tão companheiros”. Ela também se referiu aos médicos que a ajudaram de tantas formas. “Tudo isso junto foi essencial na minha cura. Sobretudo, o mais importante de tudo é nunca desistir, mesmo quando uma doença como essa sobrevir. Decidi lutar pela minha vida e hoje represento o milagre da cura”, finalizou.

Fonte: Tropical FM.

Câncer de mama , uma reflexão sobre a própria vida


Não é fácil. Receber o diagnóstico de câncer de mama e enfrentar os tratamentos  com certeza fazem parte de uma fase de tensões, ansiedade e, para muitas mulheres, sentimentos de culpa.  Sobre esse último, é comum entre elas a busca por uma razão que justifique a doença , razão essa que para muitas parece estar ligada a suas ações: o que teria feito para isso, talvez esteja sendo castigada etc.

Somente quem passa ou passou por esse conflito emocional pode saber o quanto ele é marcante e o quanto superá-lo pode ser fundamental para enfrentar o tratamento sentindo-se forte, bela e merecedora de uma vida cheia de bons momentos.

Fugindo dos aspectos meramente negativos, algumas mulheres decidem enfrentar esse momento como uma ruptura com sua vida anterior. Algumas chegam à conclusão de que não viviam de forma plena, que não estavam tempo o suficiente com quem amam, que há tempos já não faziam o que tanto gostavam.  Por isso, com o tratamento, surgem também novos planos, agora movidos por uma paixão maior e até então desconhecida.

Enfrentar a ideia de sua própria morte lhes permite superar o sofrimento  e relativizar os medos. Além disso, depois dessa experiência marcante, muitas descobrem a grandeza do amor e da amizade de familiares, amigos e até de pessoas que não pareciam tão  próximas. Esses sim são sentimentos que ajudam as mulheres em tratamento, renovando sua confiança e aumentando sua força e autoestima.

Fonte: Clinipam

Mu­lhe­res em tra­ta­men­to de cân­cer de ma­ma des­fi­lam em es­ta­ção do me­trô de BH

Com mo­de­los do­a­dos por uma ex-pa­ci­en­te do Má­rio Pen­na, mu­lhe­res em tra­ta­men­to de cân­cer de ma­ma des­fi­lam em es­ta­ção do me­trô, em cam­pa­nha pa­ra es­ti­mu­lar a pre­ven­ção da do­en­ça

Es­ban­jan­do ele­gân­cia e bom hu­mor, as pa­ci­en­tes des­fi­la­ram e con­ver­sa­ram com pas­sa­gei­ras so­bre a im­por­tân­cia do au­to­e­xa­me e da ma­mo­gra­fia (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press.)

Eram 15h, com mui­to mo­vi­men­to na pla­ta­for­ma da es­ta­ção, quan­do as seis mo­de­los, sen­do cin­co em tra­ta­men­to e uma acom­pa­nhan­te so­li­dá­ria, mos­tra­ram char­me, ele­gân­cia e mui­to bom hu­mor, mes­mo en­fren­tan­do, ou já ten­do pas­sa­do, pe­las ses­sões de ra­dio­te­ra­pia, qui­mio­te­ra­pia e de­mais eta­pas do tra­ta­men­to. “Fi­quei ca­re­quís­si­ma e aca­bei gos­tan­do des­se cor­te. Acho que vi­rei a Pi­nah 2016”, brin­cou a en­car­re­ga­da de re­cur­sos hu­ma­nos Shei­la Mar­ques, de 40 anos, ca­sa­da e mãe da ado­les­cen­te Mi­le­na, de 16, nu­ma re­fe­rên­cia à ex-pas­sis­ta da es­co­la de sam­ba Bei­ja-Flor, do Rio de Ja­nei­ro.

Mo­ra­do­ra do Bair­ro Pau­lo VI, na Re­gião Nor­des­te da ca­pi­tal, Shei­la, ves­ti­da de bran­co, des­co­briu, há oi­to me­ses, que es­ta­va com tu­mo­res na ma­ma, pes­co­ço, axi­la e fí­ga­do. “Tu­do co­me­çou com uma es­ca­ma­ção no bi­co do seio es­quer­do, vin­do um mês de­pois um ca­ro­ço”. Nes­se mo­men­to tão di­fí­cil da vi­da, re­ce­beu to­do o ca­ri­nho e aten­ção da fa­mí­lia e, na mes­ma in­ten­si­da­de, o aco­lhi­men­to no ins­ti­tu­to. “Ho­je te­nho cân­cer no fí­ga­do e con­ti­nuo lu­tan­do. Es­se des­fi­le é uma de­mons­tra­ção de que não po­de­mos de­sis­tir, de­ve­mos se­guir adian­te”, afir­mou a mu­lher sim­pá­ti­ca, que, kar­de­cis­ta, te­ve na es­pi­ri­tua­li­da­de boas res­pos­tas pa­ra a en­fer­mi­da­de.

Acom­pa­nha­da da ir­mã Mar­ga­re­th da Cu­nha Ne­to, “que dá for­ça pa­ra to­das”, se­gun­do Vâ­nia Dar­que de Sou­za, de 35, a ar­te­sã apo­sen­ta­da Gló­ria Je­sus da Cu­nha Mo­rei­ra, de 52, ca­sa­da, mãe de três fi­lhos e avó três ve­zes, con­tou que fa­zia o exa­me de ma­mo­gra­fia des­de 2011, em­bo­ra só te­nha re­ce­bi­do a “ca­ce­ta­da” do re­sul­ta­do em 2015. De azul e sem­pre sor­ri­den­te, ela con­fes­sou que cho­rou mui­to no iní­cio e de­ci­diu dri­blar a si­tua­ção com to­das as for­ças. “Por sor­te, o cân­cer es­ta­va no iní­cio, era um tu­mor do ta­ma­nho de um ba­gui­nho de fei­jão”, afir­mou Gló­ria, que tam­bém pas­sou pe­la que­da do ca­be­lo e ago­ra usa até um ar­co, real­çan­do os be­los olhos.

PRE­VEN­ÇÃO Na Es­ta­ção Cen­tral, há uma ex­po­si­ção que vai até o fim do mês, com fo­tos de mu­lhe­res que vi­ve­ram a bar­ra pe­sa­da do cân­cer de ma­ma e se sub­me­te­ram ao tra­ta­men­to no Má­rio Pen­na. No ver­so de car­tões com os re­tra­tos, a psi­có­lo­ga es­pe­cializa­da em on­co­lo­gia do ins­ti­tu­to, Adria­ne Pe­dro­sa, es­cre­veu pe­que­nos poe­mas, en­tre eles o se­guin­te: “Me for­mei ma­ma/me doei seio/me ca­lei cân­cer/me su­pe­rei pei­to”. Na ava­lia­ção da psi­co-on­co­lo­gis­ta, even­tos des­sa na­tu­re­za são im­por­tan­tes pa­ra res­ga­tar a au­toes­ti­ma, mos­trar a su­pe­ra­ção, in­cen­ti­var a rein­ser­ção so­cial, aca­bar com ta­bus e mos­trar que, mes­mo com a doen­ça, a be­le­za exis­te. “A vi­da con­ti­nua”, des­ta­cou.

Com um mo­de­li­to ama­re­lo, a pes­qui­sa­do­ra Ede­mil­da Lu­cie­ne, de 42, noi­va e mo­ra­do­ra em Con­ta­gem, fez ques­tão de agra­de­cer a equi­pe mé­di­ca do ins­ti­tu­to, en­quan­to a pro­fes­so­ra Edia­na Al­ves de Fi­guei­re­do, de 43, sol­tei­ra, mo­ra­do­ra de Ri­bei­rão das Ne­ves, tam­bém na Gran­de BH, deu gra­ças a Deus pe­los re­sul­ta­dos po­si­ti­vos do tra­ta­men­to. “Es­se des­fi­le é um de­sa­fio pa­ra mim, pois sou mui­to tí­mi­da. Aliás, es­tou no meu quin­to des­fi­le”, re­ve­lou com um sor­ri­so. Com um ves­ti­do ro­sa, ela dis­se que ou­tu­bro não é só ro­sa, co­mo diz a cam­pa­nha, “e sim de to­das as co­res”.

En­tre uma en­tra­da e ou­tra no ta­pe­te ver­me­lho es­ten­di­do na pla­ta­for­ma, as mu­lhe­res con­ver­sa­ram com pas­sa­gei­ras, a exem­plo da do­na de ca­sa Adria­na Gon­çal­ves, de 36, mo­ra­do­ra de Con­ta­gem, que es­pe­ra­va o trem na com­pa­nhia da fi­lha Thaís, de 18. Adria­na nun­ca fez au­toe­xa­me mui­to me­nos ma­mo­gra­fia, o que sur­preen­deu Shei­la, ami­gas e equi­pe do ins­ti­tu­to. “Ago­ra vou me preo­cu­par mais”, dis­se a do­na de ca­sa, que se­guia pa­ra a es­ta­ção El­do­ra­do. Já a es­ta­giá­ria de di­rei­to San­dras das Gra­ças, de 36, re­si­den­te em Con­ta­gem, dis­se que faz tu­do co­mo man­da o fi­gu­ri­no: “To­dos os exa­mes são im­por­tan­tes pa­ra a saú­de da mu­lher”.


Laço cor-de-rosa
O movimento conhecido como Outubro Rosa é destaque em todo o mundo, e o nome remete à cor do laço, na mesma cor, que simboliza a luta contra o câncer de mama e uma forma de estimular a participação da população, empresas e entidades. Tudo começou nos Estados Unidos, onde havia ações isoladas referente à doença e a necessidade de mamografia no mês de outubro – posteriormente, com a aprovação do Congresso daquele país, o outubro se tornou o mês nacional (norte-americano) de prevenção do câncer de mama. A história do Outubro Rosa começou na década de 1990, quando o laço cor-de-rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York e, desde então, promovida anualmente na cidade. A comemoração começou efetivamente em 1997.


Fonte: EM Digital.