Dona Eca é um exemplo de determinação no combate ao câncer..
Apoio familiar e uma postura otimista são essenciais no combate à doença
Aos 52 anos, em novembro de 2015, após realizar o exame de mamografia, Eligiene Marafon foi surpreendida com um tumor de mama. “Me ligaram três dias depois de eu ter realizado o exame, falaram que teria que voltar lá para repeti-lo, pois havia dado um probleminha”. Ao voltar, e receber a notícia, descobriu a profundidade que o tumor se encontrava, logo, teve que fazer uma ecografia. A biópsia foi o próximo passo para ter a certeza, “peguei o resultado depois de vinte e dois dias, foi o meu ‘presente’ de Natal. Fiquei muito nervosa, convivi dias com aquele desespero, mas depois me agarrei à vontade de viver e à confiança em Deus”, revelou Dona Eca, como gosta de ser chamada.
Em janeiro de 2016, realizou a cirurgia, onde foi retirado um quadrante da mama esquerda. Em seguida, passou por seis sessões de quimioterapia.
Foi muito difícil, pois a gente passa muito mal. Fazia a quimioterapia toda quarta-feira a cada vinte e um dias, daí quando chegava a quinta-feira à noite eu já me sentia indisposta, na sexta-feira então, era cama, nem água me fazia bem, comenta Dona Eca.
O apoio da família foi muito importante para toda a fase de tratamento que Dona Eca enfrentou. A filha dela, que estava morando em Florianópolis vinha toda semana para ajudá-la. “Ligava para a minha menina na terça-feira de manhã e toda quinta-feira ela já estava aqui em casa. Esse apoio tanto dela, quanto do meu outro filho, me ajudou muito”. Além do apoio familiar, Eca teve também um suporte por parte de seus médicos, “meu primeiro médico, quando me deu o resultado, olhou para mim e disse: Essa doença não é fácil, mas se a senhora tiver fé e levantar a cabeça, vai conseguir”.
Mesmo sendo um tumor curável na maioria das vezes, principalmente quando diagnosticado em sua fase precoce, essa patologia ainda é a que mais assusta, sendo também o mais frequente entre as mulheres de todo mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para este ano é de mais de 57 mil novos casos a serem detectados.
De acordo com o médico oncologista Leandro Acosta, o câncer de mama seria “uma célula que aparece na região da mama da mulher, essa célula começa a se multiplicar e a crescer desordenadamente e sem barreiras. Atingindo outras estruturas e tecidos. O que leva a invadir a gordura, a pele e até mesmo a musculatura”, explica o especialista. Ele ressalta também, que essa doença tem uma maior chance de aparecer nas mulheres que: “primeiro menstruaram mais cedo, segundo, que pararam a menstruação mais tardiamente; terceiro, as mulheres que não tiveram filhos, logo, não tiveram aquela parada de hormônio durante a gestação; mulheres que tiveram filhos, mas, que não amamentaram; mulheres com histórico de câncer de mama na família, e mulheres que depois da menopausa fizeram a reposição hormonal”, conclui o oncologista.
Além dessas características, o médico acrescenta que em sua fase inicial, esse tipo de câncer não contém sinal e nem sintomas. Por isso, “para saber da manifestação da doença é muito importante a realização da mamografia, pois assim, a mulher consegue descobrir logo no início”, como o caso de Dona Eca. Ela descobriu o câncer cedo, o que garantiu um tratamento mais ágil, mas nem por isso menos complexo. O grande diferencial da luta dela contra o câncer é a forma como ela encarou a doença: com naturalidade, coragem e otimismo.
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