sexta-feira, 16 de maio de 2014

Cientistas descobrem proteína capaz de ‘frear’ câncer de mama

Estudo provou que após o bloqueio da substância R-Ras 2 os tumores crescem, mas não se transformam em metástase nos pulmões.

Pesquisadores também constataram que a proteína R-ras2 também é capaz de desfazer bloqueios, desenvolvendo mecanismos alternativos
Foto: Agência O Globo
Pesquisadores também constataram que a proteína R-ras2 também é capaz 
de desfazer bloqueios, desenvolvendo mecanismos alternativos.


MADRI (ESPANHA) - Ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas pesquisadores espanhóis demonstraram confiança quanto a descoberta de uma nova proteína que, quando bloqueada, retarda o crescimento de tumores de mama para os pulmões. O grupo já está, inclusive, trabalhando em possíveis alvos terapêuticos para que testes sejam realizados, informa o jornal “El Mundo”.
A novidade é assinada por Xosé Bustelo, pesquisador do Centro de Pesquisa do Câncer de Salamanca (CIC), e por Balbinus Alarcón, do Centro de Biologia Molecular Severo Ochoa, em Madrid. 

Os resultados foram relatados na revista “Nature Communications”.

Os estudo analisou a proteína R-Ras2 (também chamado TC21) - que é muito semelhante a outra estrutura muito conhecida dos oncologistas, o gene Ras, que sofre frequentes mutações em muitos tumores humanos. Embora ambas sejam semelhantes estruturalmente - ao ponto de muitos cientistas acharem que têm papéis complementares -, os pesquisadores descobriram que R-Ras 2 desempenha papel importante na evolução do câncer de mama.


Tanto em linhagens celulares quando em modelos de ratos que foram submetidos ao enxerto de tumores humanos, Bustelo e seus colegas descobriram que ao bloquear a R-Ras 2, os canceres apenas cresciam, mas não resultavam em metástase nos pulmões - um dos locais favoritos das células do câncer de mama, uma vez que elas deixam o peito.
No entanto, nem tudo são boas notícias. Tal como nós seres humanos, os tumores sem R-ras2 também foram capazes de desfazer esse “freio” ao longo do tempo, desenvolvendo mecanismos alternativos. Segundo Bustelo, conhecer esses mecanismos é importante para que se crie uma estratégia de duplo freio.

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