segunda-feira, 13 de junho de 2011

Organização Mundial de Saúde apresenta novas recomendações no Dia Mundial do Câncer

Cerca de 25% dos casos de câncer de mama e de cólon poderiam ser evitados se os pacientes praticassem exercícios físicos por pelo menos 150 minutos por semana - o equivalente a duas horas e meia -, advertem as novas Recomendações Mundiais sobre Atividade Física apresentadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

As novas recomendações foram apresentadas no marco do Dia Mundial do Câncer, celebrado nesta sexta-feira.

Segundo os últimos dados disponíveis, de 2008, 7,6 milhões de pessoas morreram de câncer, 460 mil das quais foram mulheres vítimas do câncer de mama e 610 mil pessoas que sofreram câncer de cólon.

Recentes pesquisas mostraram que dessas 7,6 milhões de mortes, 3,2 milhões estão relacionadas à ausência de atividade física.

De fato, calcula-se que 31% da população mundial não pratiquem nenhuma atividade física, o que torna a falta de exercício o quarto maior fator de risco para contrair câncer.

O primeiro fator é a pressão alta, seguido do tabaco e do excesso de glicose no sangue.

"O câncer pode ser prevenido e evitado porque muitos dos fatores que o provocam são conhecidos, mas são feitos muito poucos esforços para controlá-los", indicou em entrevista coletiva Eduardo Cazap, presidente da União Internacional para o Controle de Câncer (UICC).

Cazap assinalou que a cada ano são detectados 12 milhões de novos casos de câncer, 80% deles nos países em desenvolvimento, um número que deve duplicar até 2020.

Dos novos casos, 30% têm origem viral e somente 10% têm origem genética.

Diante deste panorama, a OMS decidiu estabelecer as Recomendações Mundiais para que se transformem em políticas públicas adaptadas a cada país.

Doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes, nesta ordem, causam 60% do total de mortes no mundo, o que equivale a mais de 35 milhões de mortes anualmente.

Já os tipos de câncer que mais matam são: de pulmão, de mama, de estômago, de fígado e de cólon.

"Não é importante falar apenas de prevenção, mas também de tratamento. Avançamos muito em diagnóstico e em tratamento, o problema é que só 10% da população mundial têm acesso a ele", disse Cazap.

Fonte: Estadão.

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