terça-feira, 20 de novembro de 2018

Por que é importante falar sobre terapia de reposição hormonal?


Muitas pessoas me perguntam dos motivos que levam uma Mastologista a falar sobre terapia de reposição hormonal (TRH) principalmente porque há uma relação muitas vezes equivocada entre a TRH e o profissional que trata do câncer e das doenças da mama.
Meu interesse por essa área iniciou quando observei que estava atendendo muitas pacientes que queriam saber mais sobre a TRH. Muitas destas pacientes eram encaminhadas por ginecologistas para que fosse feita uma avaliação se poderiam ou não fazer a reposição, principalmente em relação ao risco de câncer de mama.
O grande medo, quando o assunto é TRH, é a relação do tratamento com o câncer de mama, situação agravada após 2002, quando da publicação de diversos trabalhos que relacionaram o uso de hormônios à doença.
Como tenho formação em ginecologia, comecei a estudar mais e me aprofundei no assunto da TRH e menopausa com o objetivo de esclarecer as dúvidas e passar informações com mais embasamento para minhas pacientes. Uma das maiores descobertas foi que a TRH melhora, e muito, a qualidade de vida da mulher.
Existe mito?
Não é um mito. Tudo depende da maneira de como a TRH é realizada. Sempre que prescrevo uma terapia converso com a paciente, avalio os riscos e benefícios associados e tomamos uma decisão juntas.
Desmistificar
Quando iniciada da maneira correta e na idade certa, a TRH pode trazer mais benefícios do que malefícios à mulher. É muito importante fazer uma avaliação minuciosa de riscos relacionados tanto ao câncer de mama quanto a outros riscos associados como trombose, por exemplo.
Benefícios
Além da melhora na qualidade de vida, os benefícios da TRH, que são muitos, ajudam também na melhora do sono, do humor, da pele, trazem ainda proteção cardiovascular, manutenção da massa óssea e dão mais disposição à mulher.
Estudos
Existem vários estudos que comprovam os benefícios da TRH, tanto em relação à qualidade de vida quanto em relação à proteção cardiovascular. Em relação ao câncer de mama, temos primeiro que avaliar os exames para entender o risco de cada paciente. Trabalhos mostram que o estrogênio não é o grande vilão.
Segurança
Geralmente as pacientes que fazem a TRH são mais cuidadosas com seus exames e os mantém sempre em dia. E isso é uma segurança a mais, principalmente, quando falamos sobre câncer de mama. Ter exames como mamografia e ultrassonografia em dia, são fundamentais para que o diagnóstico possa ser feito o mais precocemente possível.
Idade
Não existe uma idade ideal para iniciar a TRH. Vai depender apenas da idade que a mulher entrar no período do climatério e menopausa, que pode ocorrer entre os 40 a 50 anos ou mais. É bom iniciar a TRH dentro dos primeiros cinco anos do início dos sintomas associados à menopausa. Passados mais de 10 anos do diagnóstico de menopausa, os benefícios já não são mais tão evidentes.
Dúvidas devem ser esclarecidas com a médica tendo em vista que cada paciente é um ser diferente e precisa ser avaliada com muita atenção e dedicação.
Fonte: CCR

As informações e sugestões contidas neste blog são meramente informativas e não devem substituir consultas com médicos especialistas.

É muito importante (sempre) procurar mais informações sobre os assuntos 

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