domingo, 22 de fevereiro de 2015

Pesquisadores criam nanorobôs que caçam e destroem células cancerígenas


Já conhecemos alguns fatos fascinantes acerca do uso e desenvolvimento da nanotecnologia – este tema, inclusive, é uma das pautas que mais recebe atenção por parte da “Universidade da Google”. E pesquisas acerca deste profícuo ramo da tecnologia invadem, naturalmente, o campo da medicina. Fato é que pesquisadores do Centro de Câncer Devis da Universidade da Califórnia (UCDCC) publicaram nesta semana um estudo sobre a criação de nanopartículas capazes de combater células cancerígenas.
Sob o nome de “nanoporphyrin”, a nanotecnologia pode “caçar e destruir tumores com câncer pelo corpo”. O desenvolvimento deste promissor processo de identificação e combate à doença foi possível graças à instalação de um módulo de reconhecimento de tumores em nanorobôs. Estes pequenos caçadores inteligentes injetam drogas somente em células acometidas por câncer, destruindo, desta forma, os tecidos doentes.
As diretrizes de ação deste método são notavelmente mais eficazes do que as dos tratamentos realizados por meio de quimioterapia – o uso de substâncias químicas que afetam o comportamento celular e combatem tecidos cancerígenos acaba por danificar células saudáveis; problema este não notado pelos pesquisadores do UCDCC. Os estudos encontram-se ainda sob fase de desenvolvimento, mas horizontes inspiradores já podem ser vislumbrados às custas da parceria entre medicina e nanotecnologia.
Fonte: Tecmundo.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Olive Oil Compound Kills Cancer Cells In Less Than An Hour: All-Powerful Oleocanthal

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Oleocanthal, an antioxidant found in extra-virgin olive oil, has been shown to wipe 
out cancer cells in as little as 30 minutes. 

By the time you finish watching your favorite TV drama, somewhere in a faraway lab the cancer cells will already be dead. Oleocanthal, the primary phenolic compound found in extra-virgin olive oil, has been shown to eradicate cancer cells in less than an hour, giving scientists hope that targeted drug options in the future may be possible.
A team of researchers from Rutgers University and Hunter College published their recentstudy in the journal Molecular & Cellular Oncology. The findings add even more firepower to the argument in favor of olive oil, which has been shown in prior studies to shield our bodies against air pollution, improve our immune systems, protect aging bones, and perhaps even prevent the slide into Alzheimer’s disease.
Under normal conditions, unnecessary cells experience a process called apoptosis, a kind of cell suicide, which takes between 16 and 24 hours. In their tests, Onica LeGendre and David Foster of Hunter College, and Paul Breslin of Rutgers, found the cells of all forms of cancer they were studying got wiped out within 30 minutes to an hour. Apoptosis couldn’t have been the only process at work, they thought.
“We needed to determine if oleocanthal was targeting that protein and causing the cells to die,” said Breslin, a professor of nutritional sciences, in a university release.
What they found was that oleocanthal was destroying the cancer cells’ waste centers, known as lysosomes, which are larger than healthy cells and also more fragile. “Once you open one of those things, all hell breaks loose,” Breslin said. They provide a necessary stabilizing function for the cell. After oleocanthal did its damage, critical functions began to suffer and the cell soon died. Plus, healthy cells stayed intact. After oleocanthal “put them to sleep” for a day, they rebounded as if nothing had happened.
The study isn’t without its limits. Cell cultures provide a reliable model for understanding how an external substance affects a new biological environment, but cells aren’t as complex as rats, which aren’t as complex as humans. It will still be years before oleocanthal makes its way into a clinical setting, by which time other technologies may have already crowded it out.
As a proof of concept, however, the findings suggest a robust set of possibilities for the compound. Oleocanthal is just one of the many phenols — a type of antioxidant — that appears in extra-virgin olive oil. It’s no accident the stuff appears in so many of the world’s healthiest diets. In addition to the heart-healthy antioxidants, olive oil provides a rich source of healthy fats that may preserve brain health and improve memory.
"We think oleocanthal could explain reduced [cancer] incidence in Mediterranean diets where consumption is high," Foster told Medical Daily in an email. "And it is also possible that purified (higher-dose) could possibly be used therapeutically."  
Ultimately, the co-authors want to learn more about why oleocanthal targets and shrinks cancer cells specifically. “We also need to understand why it is that cancerous cells are more sensitive to oleocanthal than non-cancerous cells,” Foster said in the release. Even if consuming more olive oil won’t necessarily protect you from cancer today, budding research may help bring some of the ingredient into the hospital in the future.

Source: LeGendre O, Breslin P, Foster D. Oleocanthal rapidly and selectively induces cancer cell death via lysosomal membrane permeabilization (LMP). Molecular & Cellular Oncology. 2015.

Nova vacina israelense contra o câncer obtém ótimo resultado.



Não há dúvidas que o câncer é uma das doenças mais cruéis do mundo. Por décadas, os cientistas vêm tentando encontrar uma cura para o câncer, uma doença terminal que mata 8 milhões de pessoas no mundo todo a cada ano. Com 14 milhões de novos casos de câncer diagnosticados em todo o mundo a cada ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, a necessidade de prevenção é vital. Agora, uma empresa israelense de biotecnologia está desenvolvendo uma vacina para o câncer, que não é concebida para tratar a doença – mas para impedi-lo de voltar. 
A Vaxil BioTherapeutics, com sede em Nes Ziona, Israel, passou mais de meia década desenvolvendo a ImMucin, uma vacina profilática contra o câncer, que pode desencadear uma resposta em aproximadamente 90% de todos os tipos de câncer, de acordo com a empresa.
A ImMucin trabalha estimulando uma parte do sistema imunológico e ensinando-o a atacar certas células com certos marcadores que indicam a presença de câncer. Quando o medicamento é introduzido durante uma fase inicial do câncer, a esperança é de que enquanto o câncer de um paciente recua, o sistema imunológico é treinado adequadamente para saber quais células destruir e com quais não interferir.
Esta resposta imunológica foi consistente ao longo dos testes clínicos da Vaxil com a vacina ao longo dos últimos anos. A empresa realizou testes exclusivamente em pacientes com mieloma múltiplo até janeiro de 2014, quando iniciou os testes em pacientes com câncer de mama.

A fé e a força que fazem vencer



Era fevereiro de 1998, noite de domingo, assim como todos os outros, até então. Doraci Resner, estava em casa, com a sua família, quando passou pelo corredor e se espreguiçou. De imediato, estranhou, pois teve uma sensação diferente. Sentiu algo em seu seio que nunca havia sentido antes. Doraci não tinha o hábito de se auto-examinar. Na manhã seguinte, procurou um médico que fez o exame de ultrassom e concluiu que não era uma enfermidade grave. “Mas meu instinto dizia, que deveria procurar outro médico e realizar mais exames” comenta.

Fez um novo exame que constatou algo, mas precisava de exames mais completos.
Após exames de mamografia e outros procedimentos, Doraci recebeu a notícia mais difícil de sua vida. Estava com câncer. “Perdi o chão, foi barra pesada, tanto para mim quanto para minha família” diz emocionada.

Em abril, fez a cirurgia para retirada de ¼ da mama que havia o tumor, em seguida, teve que fazer longas sessões de quimio e radioterapia. “Lembro como se fosse ontem, das palavras do médico, quando fui diagnosticada com câncer: ‘Você não é a primeira e nem vai ser a última. Vamos te ajudar com 20% os outros 80% cabe à senhora lutar.’ Realmente fui muito forte, pensava em Deus e na minha família” diz.

A cirurgia que retirou o tumor, foi um sucesso. Doraci batalhou muito, nunca parou de trabalhar, mesmo estando aposentada e fazendo as sessões de tratamento contra o câncer. “Tinha muito medo de perder cabelo, mas isso não aconteceu, não precisei raspar o cabelo mesmo com todo o tratamento”. 

No ano de 2003, teve que fazer um exame de Raio-x do tórax, era procedimento normal. Foi quando ela recebeu mais uma notícia avassaladora. Foi detectado metástase, que é a formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra, mas sem continuidade entre as duas.  As células cancerígenas se desprendem do tumor primário, vão para outro local e se instalam formando um novo tumor. Devido esta metástase, Doraci teve cinco novos tumores, desta vez nos pulmões. Três de um lado e dois do outro. “Começou tudo de novo, achei que iria morrer.” revela.

Teve que reiniciar as sessões de quimioterapia, semanalmente, durante seis meses. Nessa época, Doraci cursava ensino superior em Letras, com especialização em Alemão. Desta vez, as sessões eram mais fortes e a deixavam mais cansada. “Como os sintomas de mal estar apareciam três dias depois das sessões de quimioterapia, eu me programava para que ficasse debilitada apenas nos finais de semana, assim poderia trabalhar e ir a aula os demais dias” relata.

Nesta segunda batalha, Doraci procurou ajuda e fortalecimento em Florianópolis, no CAPC – Centro de Apoio ao Paciente com Câncer. O Centro auxilia no tratamento psicológico do paciente diagnosticado com câncer. Doraci comenta que fez muito bem a ela, tanto que frequenta até hoje.

Ela se emociona ao contar que, durante a luta contra os novos tumores, recebeu a notícia que seria avó. “Foi isso que me deu ainda mais forças, pois precisava conhecer a minha neta.” Após algumas sessões de tratamento, foi detectado que alguns tumores foram desaparecendo de forma gradativa. Hoje em dia, Doraci ainda convive com dois tumores nos pulmões, porém os mesmos se encontram inalterados, não tiveram avanços desde aquela época.

E quando acreditavam que tudo estava controlado, estavam seguindo com todo tratamento para apenas controlar os tumores com os quais Doraci convivia, após um novo exame, em 2009, encontraram um novo tumor. Um novo choque para ela e para a família, afinal, era o terceiro câncer. “Me lembro quando chegava em casa todo dia após as sessões de tratamento, sempre pensava que iria morrer, nunca quis falar nada para ninguém, porque achava que as pessoas teriam pena de mim.” conta. 

O câncer era um novo tumor, não era metástase, porém havia se alojado na mesma mama que surgiu o primeiro câncer. Após as injeções, sessões fortes de quimioterapia e radioterapia, Doraci teve que retirar a mama por completo. “Foi complicado lidar com isso, mas estava numa fase que para mim, o mais importante era sobreviver. A estética, já não era o principal”.

Desde então, Doraci faz um tratamento com aplicações de injeção com intervalo de três semanas e exames regulares completos de seis em seis meses. “No fim já me acostumei com a situação. Mas o resultado do exame sempre é um tormento, quando pego os exames na clínica, vou para o banheiro para ver o diagnostico”.
Ela revela, muito emocionada, que todas essas situações fizeram com que ela desse mais valor a pequenas coisas. Que só se percebe a falta que algo faz, quando se perde aquilo. Que ter saúde, é algo normal, mas só quando a enfermidade aparece, que valoriza-se a vida.

Atualmente, Doraci tem 57 anos, trabalha em casa, ajudando na empresa da família, cuidando dos netos e da casa. Participa informalmente como voluntária na Rede Feminina de Combate ao Câncer de Pomerode.

Por fim, depois de todo o sofrimento, ela ainda deixa um recado: “Fazer o auto-exame é fundamental, o câncer pode ser curado quando diagnosticado com antecedência. As chances de se curar são grandes. Depois de tudo, me tornei uma pessoa mais humana. Agradeço a Deus todos os dias, por me fazer forte, por não ter aceitado a sentença de morte que o destino traçava. Eu tinha duas opções, fraquejar perante a dificuldade, ou ir à luta e vencer. Graças a minha fé, ao marido maravilhoso que tenho e as forças que criei junto da minha família, posso dizer em alto e bom tom, eu venci!”

Oliver Sacks publica carta comovente sobre a vida com câncer terminal

Escritor e neurologista fala sobre seu legado e como vai viver os poucos meses que lhe restam. ‘Não posso fingir que não tenho medo. Mas meu sentimento predominante é de gratidão’

O professor e escritor Oliver Sacks
O professor e escritor Oliver Sacks (Getty Images/VEJA)


Oliver Sacks, escritor, neurologista e professor do curso de medicina da Universidade de Nova York, publicou uma carta aberta no jornal americano The New York Times sobre seus últimos meses de vida. Diagnosticado com câncer em fase de metástase, Sacks, de 81 anos, conta que se sentia bem e com saúde, até descobrir a disseminação do tumor pelo seu corpo. “Há nove anos fui diagnosticado com um tumor raro no olho, um melanoma ocular. A radiação e a cirurgia que removeu o tumor me deixaram cego daquele olho, porém, em casos raros ele se torna uma metástase. Eu estou entre os 2% desafortunados”, diz no início do texto.
Apesar da doença terminal, Sacks se mostra grato pela vida e fez de sua carta um comovente texto de despedida. “Eu me sinto feliz por ter usufruído mais nove anos de boa saúde e produtividade desde o diagnóstico original, mas agora estou face a face com a morte. O câncer ocupa um terço do meu fígado, e mesmo que ele avance devagar, este tipo da doença não pode ser parado.”
“Agora, cabe a mim escolher como viver os anos que me restam. Tenho que viver da maneira mais rica, intensa e produtiva possível”, diz Sacks antes de citar o filósofo David Hume, que ao descobrir que morreria aos 65 anos, escreveu sua autobiografia em um dia, em 1776. O escritor se diz sortudo por ter vivido mais de 80 anos, tendo trabalhado no que amava e sendo produtivo. “Nos últimos 15 anos publiquei cinco livros e terminei minha autobiografia (um pouco maior que as poucas páginas de Hume) que será publicada este ano. Também tenho diversos outros livros quase finalizados.”
“Nos últimos dias, pude ver minha vida de outro ângulo, como uma paisagem, e com um forte senso de conexão entre as partes. Isso não significa que me entreguei. Pelo contrário, me sinto intensamente vivo, e eu quero e espero, no tempo que me resta, aprofundar minhas amizades, me despedir das pessoas que amo, escrever mais, viajar se eu tiver forças, e alcançar novos conhecimentos. Mas também haverá tempo para um pouco de diversão (e até algumas tolices).”
“Tenho um novo senso de perspectiva. Não há tempo para o que é trivial. Tenho que focar em mim, no meu trabalho e nos meus amigos”, diz o escritor que promete ficar distante do noticiário, da política e dos problemas ambientais em seus últimos meses de vida. “Isto não é indiferença, mas desapego — ainda me importo com o Oriente Médio, com o aquecimento global, com a igualdade, mas estas coisas não são mais para mim, elas pertencem ao futuro. E eu fico feliz de ver jovens talentosos — como o que diagnosticou minha metástase. Sinto que o futuro está em boas mãos.”
“Não posso fingir que não tenho medo. Mas meu sentimento predominante é a gratidão. Eu amei e fui amado; doei-me e muito me foi dado; eu li, viajei, pensei e escrevi. Eu me relacionei com o mundo, o relacionamento especial entre escritores e leitores. Acima de tudo, eu fui um ser humano ciente, um animal pensante, neste belo planeta, e só isso já foi um enorme privilégio e aventura”, finaliza o escritor.
Sacks é autor de importantes obras literárias, entre elas EnxaquecaO Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu e Tempo de Despertar, texto que inspirou o filme homônimo estrelado por Robert De Niro e Robin Williams, indicado a três estatuetas no Oscar. 
Fonte: Veja.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Novidades no Tratamento do Câncer de Mama

Muitas pesquisas sobre câncer de mama estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção, detecção precoce e tratamentos:
Causas do Câncer de Mama
Os estudos continuam mostrando fatores e hábitos do estilo de vida que alteram o risco de câncer de mama. Estudos em andamento estão avaliando o efeito dos exercícios, ganho ou perda de peso e dieta no risco de câncer de mama.
Estudos sobre o melhor uso dos exames genéticos para mutações no BRCA1 e BRCA2 continuam em um ritmo rápido. Os pesquisadores também estão explorando como as variações comuns do gene podem afetar o risco de câncer de mama. Cada variante do gene tem apenas um efeito modesto no risco (10 – 20%), mas quando tomados em conjunto podem potencialmente ter um grande impacto.
As possíveis causas ambientais do câncer de mama também têm recebido mais atenção nos últimos anos. Embora grande parte da ciência sobre o assunto ainda está em estágios iniciais, esta é uma área de pesquisa ativa.
Quimioprevenção
O fenretinide, um retinóide, também está sendo estudado como uma forma de reduzir o risco de câncer de mama. Em um pequeno estudo, reduziu o risco da doença, tanto quanto o tamoxifeno. Outros medicamentos, como os inibidores de aromatase, também estão sendo estudados para reduzir o risco de câncer de mama.
Carcinoma Ductal In Situ
Em algumas mulheres, o carcinoma ductal in situ se transforma em câncer de mama invasivo e, às vezes, uma área do carcinoma ductal in situ contém um câncer invasivo. Em algumas mulheres, no entanto, as células podem permanecer localizadas dentro dos dutos. A incerteza sobre como a doença vai evoluir, torna difícil as pacientes tomarem decisões sobre o tratamento. Os pesquisadores estão procurando maneiras de ajudar nesses desafios. 
Os pesquisadores estão avaliando novos métodos estatísticos para estimar as chances de um carcinoma ductal in situ se tornar invasivo. Alguns desses métodos estão baseados em informações clínicas disponíveis rotineiramente sobre a paciente e seu diagnóstico, enquanto outros também incluem informações sobre alterações nos genes do tumor. 
Outra área de pesquisa em debate entre os pesquisadores é se alterar o nome do carcinoma ductal in situ para algo que enfatize que este não é um câncer invasivo possa evitar o tratamento agressivo em algumas mulheres. 
Exames de Laboratório
  • Células Tumorais Circulantes
Pesquisadores descobriram que em muitas mulheres com câncer de mama, as células do tumor podem se romper e entrar na corrente sanguínea. Estas células tumorais circulantes podem ser detectadas por meio de exames de laboratório sensíveis. Esses exames ainda não estão disponíveis para uso geral, mas podem, eventualmente, ser úteis para determinar se o tratamento está funcionando em pacientes com câncer de mama metastático.
Exames de Imagem
Novas técnicas de imagem estão sendo estudadas para avaliar anormalidades provenientes do câncer de mama.
  • Cintilomamografia (Imagem Molecular da Mama)
Na cintilomamografia, o radiofármaco tecnécio sestamibi é injetado na veia, que se liga às células do câncer de mama e é detectado por uma gama câmara.
Esta técnica é recente e ainda se encontra em estudos para avaliar sua eficácia para uso na detecção do câncer de mama. Alguns radiologistas acreditam que esta técnica será muito útil na identificação de áreas suspeitas encontradas nas mamografias regulares. A pesquisa atual visa melhorar a tecnologia e avaliar sua utilização em situações específicas, como em mamas densas de mulheres mais jovens. Alguns estudos já sugerem que esta técnica pode ser quase tão precisa quanto a ressonância magnética. No entanto, este exame não irá substituir a mamografia.
  • Tomossíntese
Esta tecnologia é basicamente uma extensão da mamografia digital. Neste exame, a mama é comprimida enquanto o equipamento libera doses baixas de Raios X e se move sobre a mesma. As imagens obtidas podem ser combinadas tridimensionalmente. Esta técnica permite uma visualização mais clara das áreas com alterações, diminuindo a chance do paciente ter que retornar para repetir as imagens. Entretanto, o papel dessa nova tecnologia ainda não está claro para uso no rastreamento e diagnóstico.
Tratamento
  • Cirurgia Oncoplástica
A cirurgia conservadora da mama (mastectomia ou mastectomia parcial) é muitas vezes usada para o câncer de mama em estágio inicial. Mas em algumas mulheres, isso pode resultar em mamas de tamanhos e formas diferentes. Para tumores maiores, ela pode até não ser possível, e a mastectomia pode ser realizada. Alguns médicos utilizam uma combinação de cirurgia oncológica com técnicas de cirurgia plástica, conhecida como cirurgia oncoplástica. Isto envolve tipicamente a remodelação da mama, no momento da cirurgia conservadora inicial, e pode envolver a cirurgia da outra mama para torná-las simétricas. Esta abordagem é ainda bastante nova, e nem todos os médicos estão satisfeitos com ela.
  • Quimioterapia
O câncer de mama avançado é muitas vezes difícil de tratar, por isso os pesquisadores estão sempre buscando novos medicamentos.
Estão em fase de testes medicamentos para cânceres causados pelas mutações dos genes BRCA. Estes medicamentos chamados inibidores de PARP têm se mostrado promissores nos estudos clínicos para os cânceres de mama, ovário e metástases de próstata. Novos estudos estão em andamento para avaliar se esses medicamentos podem ajudar os pacientes sem mutações dos genes BRCA.
  • Terapia Alvo
As terapias alvo são um grupo de novos medicamentos que especificamente tiram vantagem das alterações genéticas nas células que causam o câncer:
  1. Drogas que tem como alvo o HER2 - Atualmente, estão em uso uma série de medicamentos que têm como alvo a proteína HER2, incluindo o trastuzumab, pertuzumabe, ado-trastuzumab emtansina e lapatinib. Outras drogas estão sendo desenvolvidas e testadas. Os pesquisadores também estão pesquisando e testando outros medicamentos.
  2. Medicamentos anti-angiogênicos - Para que o câncer cresça, os vasos sanguíneos devem se desenvolver para nutrir as células cancerígenas. Este processo é chamado de angiogênese. Alguns estudos detectaram que o câncer de mama cercado por muitos vasos sanguíneos tende a ser mais agressivo. Entretanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar isso.
  3. Bevacizumab - É um exemplo de medicamento anti-angiogênese. Embora se tenha constatado que o bevacizumab não é muito útil no tratamento do câncer de mama avançado, esta abordagem ainda pode ser aplicável no tratamento da doença. Várias outras drogas anti-angiogênicas estão sendo testadas em estudos clínicos.
  4. Outros medicamentos alvo - O everolimus é um medicamento que torna mais eficaz a terapia hormonal, aprovada para ser administrado com o exemestano no tratamento do câncer de mama avançado com receptores hormonais positivos em mulheres menopausadas. Em um estudo, o uso do letrozol com everolimus mostrou-se mais eficaz que o letrozol usado isoladamente para diminuir o tamanho dos tumores de mama antes da cirurgia. Ele também ajuda no tratamento do câncer de mama avançado com receptores hormonais positivo, quando adicionado ao tamoxifeno. O everolimus também está em estudo em combinação com a quimioterapia e trastuzumabe. Estudos com outros medicamentos similares ao everolimus também estão em andamento.
Muitos outros alvos potenciais para novos medicamentos contra o câncer de mama foram identificados nos últimos anos. Medicamentos baseados nesses alvos estão sendo estudados, mas a maioria ainda em estágios iniciais dos estudos clínicos.
  • Bisfosfonatos
Os bisfosfonatos são medicamentos usados para fortalecer e reduzir o risco de fraturas em ossos enfraquecidos pelo câncer de mama metastático. Entre os bisfosfonatos usados estão o pamidronato e o ácido zoledrônico.
Alguns estudos sugerem que o ácido zoledrônico pode ajudar outras terapias sistêmicas, como o tratamento hormonal e a quimioterapia a terem um efeito mais eficaz. Em um estudo, as mulheres que receberam ácido zoledrônico com quimioterapia tiveram seus tumores reduzidos mais do que às tratadas apenas com quimioterapia. 
Em outros estudos, a administração do ácido zoledrônico com outro tratamento adjuvante reduziu o risco de recidiva. Alguns estudos mostraram que o uso desses medicamentos com a quimioterapia adjuvante aumentou o risco de recidiva do câncer de mama em mulheres mais jovens. Em geral, os bisfosfonatos não devem ser usados como parte do tratamento padrão para o câncer de mama em estágio inicial.
Denosumabe
O denosumabe também pode ser usado para ajudar a fortalecer e reduzir o risco de fraturas ósseas por metástases. Atualmente, ele está sendo estudado para verificar se pode ajudar aos tratamentos adjuvantes a funcionarem melhor.
Vitamina D
Um estudo recente detectou que mulheres com câncer de mama em estágio inicial, com deficiência de vitamina D tinham uma maior probabilidade de ter metáteses. Entretanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar esta conclusão, e ainda não está claro se a ingestão de suplementos de vitamina D pode ser útil.