sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Quest for the Cures... Continues (A visão sobre o Câncer de 28 Doutores, 11 Cientistas e 9 pessoas).

O objetivo de postar  alguns episódios da Série "A Verdade sobre o Câncer e como prevenir", é a de informar, que tem médicos, cientistas e pessoas, com idéias e experiências diferentes sobre o tratamento do Câncer. 

Seguindo a nossa missão de postar matérias sobre o Câncer, independente de seu tratamento ser tradicional ou não, para os nossos preciosos leitores.

É bom saber que temos outras possibilidades. E se houver interesse por uma determinada postagem, procure conversar com seu médico e obter mais informações sobre o assunto.

Atenção: 
Estas declarações não foram avaliadas pela U.S. Food and Drug Administration. As informações contidas na série abaixo e no site (www.thetruthaboutcancer.com), não se destina a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. 


Ótima série com 11 episódios, "A Verdade sobre Câncer e como prevenir", sob a visão de 28 Doutores, 11 cientistas e 9 pessoas contando os seus entendimentos, experiências e  histórias com o Câncer.







Fonte: The Truth About Cancer.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

The Quest For The Cures...Continues Episode 2: Your First Line of Defense

O objetivo de postar  alguns episódios da Série "A Verdade sobre o Câncer e como prevenir", é a de informar, que tem médicos, cientistas e pessoas, com idéias e experiências diferentes sobre o tratamento do Câncer. 

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Fonte: The Truth About Cancer.

The Quest For The Cures...Continues Episode 1: Modern Medicine & the Ca...

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Ótima série com 11 episódios, "A Verdade sobre Câncer e como prevenir", sob a visão de 28 Doutores, 11 cientistas e 9 pessoas contando os seus entendimentos, experiências e  histórias com o Câncer.







Fonte: The Truth About Cancer.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

“Não sou um cabelo e um peito! Sou uma pessoa divertida”

Bancária nunca teve vergonha de ficar careca e apostou no alto astral para se recuperar


andreaAos 19 anos, Andrea sentiu um nódulo. Por sorte, era benigno. Desde então ela seguiu uma rotina anual de ultrassom nos seios e mamografia. Aos 35 anos, apareceu outro nódulo, também benigno. Até que, de um exame para o outro, surgiram mais seis nódulos. E um deles era maligno.
A bancária Andrea Neves Serro, hoje com 44 anos, teve câncer de mama aos 42 anos. Mãe de duas filhas, Ingrid e Tainá, ela conta que passou por uma espécie de calvário. Era recém-separada quando tudo aconteceu. Contou com apoio das filhas e dos amigos. A família, diz ela, desapareceu quando sua situação foi se agravando. “A doença assusta, dá muito trabalho.”
O calvário que Andrea descreve em detalhes inclui endividamento para pagar despesas hospitalares, perda de imunidade quase total, dentes amolecidos, unhas escurecidas e uma sequela chamada neuropatia periférica, que a deixou três meses sem andar. Hoje, ela faz  fisioterapia e caminha, mas não como antes.
Internada no Hospital Santa Joana, em São Paulo, ela passou por momentos dramáticos. Estava sem forças, na cama. Mal conseguia falar quando ouviu de seu ex-marido a notícia dada por um médico: “Se a imunidade dela não melhorar ela vai morrer”.
Está viva e dá graças a Deus – é evangélica – por poder ver Ingrid, hoje com 22 anos, e Tainá, com 18, crescendo. “Elas ficaram o tempo todo comigo. A Tainá tinha 16 anos e me acompanhava no hospital, falava com o oncologista sobre meu estado de saúde”, lembra, emocionada.
O caso de Andrea é surpreendente. Ela nunca fumou, não era obesa, amamentou as filhas até 1, 2 anos de idade. Para completar, não tem casos de câncer de mama na família.  Ela fez o que é chamado de “quadrante” do seio direito. Retirou o tumor, mas manteve a mama. Brincando, ela compara com um abacate  e diz que tiraram “aquelas coisinhas pretas” de dentro.
Amigas para sempre
Animada, ela diz que gosta de sair, passear e aproveitar a vida que ganhou de volta. Um dos maiores apoios que recebeu durante a internação veio de pessoas em sua condição. Mulheres que tiveram câncer de mama. Principalmente do grupo Amigas do Peito (há vários grupos homônimos no Facebook – sempre de pacientes em recuperação).
As “amigas do peito” se encontram periodicamente, pelo menos uma vez por mês, para conversar, rezar, trocar ideias. No mês passado, quando conversou com o Se Toque, Andrea tinha um bom motivo para comemorar. Tinha marcado uma restauração para reconstruir um dos seios. “Isso já me dá uma alegria.”
O futuro ainda é incerto, porém. Não consegue imaginar sua vida em 10 anos. “Não sei se estarei viva.” Aposta nos próximos cinco anos, o tempo que os médicos dizem que significará a cura para ela. Diz ter aprendido muito com o câncer.
“Tem gente que tem vergonha de andar careca, põe peruca. Mas a gente não é um cabelo e um peito. A gente é mais que isso. Eu sou uma pessoa divertida”, diz.  “Eu vejo a vida de outra maneira. A gente tem que se preocupar com as coisas grandes.”
Fonte: setoque

Exames de Sangue para o Diagnóstico do Câncer de Mama

Bioquímica Sanguínea

Para um diagnóstico preciso é necessário a realização de exames no sangue como: hemograma completo, exames de coagulação, bioquímica sanguínea, eletrólitos, perfil hepático, hemossedimentação, proteína C reativa, colesterol e triglicerídeos, entre outros.

Marcador Tumoral


Os marcadores tumorais (ou marcadores biológicos) são macromoléculas presentes no tumor, no sangue ou em outros líquidos biológicos, cujo aparecimento e ou alteração em sua concentração, está relacionado com a gênese e o crescimento de células neoplásicas (câncer). 

Tais substâncias funcionam como indicadores da presença de câncer, e podem ser produzidas diretamente pelo tumor ou pelo organismo, em resposta à presença do tumor. Os marcadores tumorais, em sua maioria, são proteínas ou fragmentos de proteínas, incluindo antígenos de superfície celular, proteínas citoplasmáticas, enzimas e hormônios, que fornecem informações sobre o tumor e como ele poderá reagir aos diferentes tipos de tratamento. 

Os principais marcadores tumorais usualmente acompanhados são:

  • CA 15.3 - É o marcador tumoral por excelência do câncer de mama, é o mais sensível e específico. Quando associado com outros marcadores, como CEA, por exemplo, é importante para a escolha do seguimento do tratamento. Na fase inicial, apenas 23% dos casos apresentam aumento. A elevação do CA 15.3 após o tratamento indica recorrência ou metástase antes do paciente apresentar evidências clínicas.

  • CEA - O CEA (Antígeno Carcinoembrionário) é uma proteína normalmente encontrada em pequenas quantidades no sangue de pessoas saudáveis, mas ela se torna elevada em algumas pessoas que têm câncer. Por exemplo, um nível elevado de CEA tem sido achado em mais da metade das pessoas que têm câncer de cólon, pâncreas, estômago, pulmão ou mama. Muitas vezes, o aumento dos níveis de CEA pode sugerir que o tratamento atual não está funcionando.

  • MCA - O Mucin-like carcinoma associated antigen (MCA) é uma glicoproteína utilizada como marcador tumoral para o câncer de mama. Tem boa correlação com o CA 15.3, sendo útil na avaliação prognóstica e no controle terapêutico.

  • CA 27,29 - Similarmente ao antígeno CA 15–3, o CA 27,29 é encontrado no sangue da maioria das pacientes de câncer de mama. Exames seriados de CA 27,29 podem auxiliar o médico a verificar se o tratamento está funcionando. Após o término do tratamento, auxiliam na detecção da recorrência da doença.

  • CA 125 - A proteína CA 125 é produzida por uma variedade de células, particularmente por células de câncer de ovário. É o marcador tumoral utilizado principalmente para o câncer de ovário, sendo também útil para o câncer de endométrio e endometriose.

  • CA 19.9 - É um marcador tumoral do trato gastrointestinal, em câncer de pâncreas e trato biliar como primeira escolha e no câncer colorretal como segunda escolha. O CA 19.9 é um carboidrato de superfície celular, também conhecido como antígeno de Lewis.

  • Catepsina D - A catepsina D é uma endoprotease lisossomal ácida, encontrada em praticamente todas as células dos mamíferos, sendo um marcador tumoral muito utilizado em câncer de mama.

Fonte: Oncoguia.

Estadiamento do Câncer de Mama

O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se disseminou, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e a prever o prognóstico da paciente.

Sistema de Estadiamento TNM

O sistema de estadiamento utilizado para o câncer de mama é o sistema TNM da American Joint Committee on Cancer. O sistema TNM utiliza três critérios para avaliar o estágio do câncer: o próprio tumor, os linfonodos regionais ao redor do tumor, e se o tumor se espalhou para outras partes do corpo.

TNM é abreviatura de tumor (T), linfonodo (N) e metástase (M):

  • T - Indica o tamanho do tumor primário e se disseminou para outras áreas.
  • N - Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais ou se há evidência de metástases em trânsito.
  • M - Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo.

Tumor - Pelo sistema TNM, o T acompanhado de um número (0 a 4) é usado para descrever o tumor primário, particularmente o seu tamanho. Pode também ser atribuída uma letra minúscula "a" ou "b" com base na ulceração e taxa mitótica.

Linfonodo - O N no sistema TNM representa os linfonodos regionais, e também é atribuído a ele um número (0 a 3), que indica se a doença disseminou para os gânglios linfáticos. Pode também ser atribuída uma letra minúscula "a", "b", ou "c", conforme descrito abaixo.

Metástase - O M no sistema TNM indica se a doença se espalhou para outras partes do corpo.

  • Tumor Primário (T)

TX - O tumor principal não pode ser avaliado.

T0 – Nenhum sinal de tumor foi detectado.

Tis - Carcinoma in situ.

T1 - O tumor tem até 2 cm de diâmetro.

T2 - O tumor tem entre 2 cm – 5 cm de diâmetro.

T3 - O tumor tem mais de 5 cm de diâmetro.

T4 - O tumor tem qualquer tamanho e invadiu o tórax ou a pele.

  • Linfonodos Regionais (N)

NX - Os linfonodos regionais não podem ser avaliados.

N0 - Os linfonodos próximos estão livres.

N1 - O tumor se espalhou para 1 ou 3 linfonodos axilares e/ou linfonodos mamários internos. 

N2 - O tumor se espalhou para 4 ou 9 linfonodos axilares ou para os linfonodos mamários internos. 

N3 - Qualquer um dos seguintes: 
N3a - O tumor se espalhou para 10 ou mais linfonodos axilares, com pelo menos uma área da doença maior do que 2 mm, ou o tumor se espalhou para os gânglios linfáticos claviculares, com pelo menos uma área maior do que 2 mm. 
N3b - O tumor é encontrado em, pelo menos um linfonodo axilar e atingiu os linfonodos torácicos internos, ou se espalhou para 4 ou mais linfonodos axilares e pequenas quantidades do tumor são encontradas nos linfonodos mamários internos. 
N3c - O tumor se espalhou para linfonodos claviculares, com pelo menos uma área maior do que 2 mm.

  • Metástase à Distância (M)

M0 - Ausência de metástases à distância.

M1 - Metástases à distância.

  • Estágios do Câncer

Estágio 0 - Tis, N0, M0.

Estágio IA - T1, N0, M0.

Estágio IB - T0 ou T1, N1mi, M0.

Estágio IIA - T0 ou T1, N1 (mas, não N1M1), M0; T2, N0, M0.

Estágio IIB - T2, N1, M0;  T3, N0, M0.

Estágio IIIA - T0 a T2, N2, M0; T3, N1 ou N2, M0.

Estágio IIIB - T4, N0 a N2, M0.

Estágio IIIC - Qualquer T, N3, M0.

Estágio IV - Qualquer T, qualquer N, M1.


Fonte: Oncoguia.

Classificando o Câncer de Mama

As amostras de biópsia de tecido mamário são analisadas no laboratório para determinar se o câncer de mama está presente e em caso afirmativo, a tipo que pertence. Alguns testes de laboratório podem ser realizados para determinar a rapidez com que um câncer evolui e, até certo ponto, quais tratamentos são susceptíveis de serem eficazes. Em algumas circunstâncias esses testes não são realizados até que todo o tumor seja removido cirurgicamente seja por cirurgia conservadora ou mastectomia. 

Se uma condição benigna é diagnosticada, nenhum tratamento adicional é necessário. Ainda assim, é importante que o médico explique se essa condição benigna pode determinar um aumento do risco de câncer de mama no futuro e o tipo de acompanhamento que você pode precisar. 

Tipos de Câncer de Mama 

O tecido removido durante uma biópsia ou cirurgia é analisado para determinar a presença (ou não) de câncer. Se houver tecido suficiente, o patologista pode determinar se o câncer é in situ (não invasivo) ou invasivo. Na análise da amostra da biópsia também se determina o tipo específico de câncer, por exemplo, se é carcinoma ductal invasivo ou carcinoma lobular invasivo. 

Em uma biópsia por agulha fina, em alguns casos, não são removidas as quantidades de células necessárias, por isso  é apenas possível dizer que células cancerosas estão presentes, sem determinar se o câncer é invasivo ou in situ.  

Os tipos mais comuns de câncer de mama, o ductal invasivo e o lobular invasivo, de forma geral, são tratados da mesma maneira. 

Grau do Tumor

O patologista também atribui uma nota para o câncer, que é baseada em quão a amostra de biópsia se parece com o tecido mamário normal e a rapidez com que as células cancerosas se dividem. O grau pode prever o prognóstico de uma mulher. Em geral, menor grau indica um câncer de crescimento mais lento e é menos provável de se espalhar, enquanto um grau mais alto indica um câncer de crescimento mais rápido, mais provável de se espalhar. O grau do tumor é um fator importante para a continuação (ou não) do tratamento após a cirurgia. 

O grau histológico do tumor se baseia no arranjo das células em relação às outras células; se formam túbulos; quanto se assemelham às células mamárias normais (grau nuclear); e quantas das células cancerosas estão em processo de divisão (contagem mitótica). Este sistema de classificação é usado para cânceres invasivos. 

  • Grau 1 (Bem diferenciado) - Tem células de aparência normal, que não parecem estar crescendo rapidamente e são organizadas em pequenos túbulos.


  • Grau 2 (Moderadamente diferenciado) - Têm características entre os tipos 1 e 3.


  • Grau 3 (Pouco diferenciado) - O mais alto grau, as células não têm características normais e tendem a crescer e se espalhar de forma mais agressiva.

Carcinoma Ductal In Situ

O estadiamento do carcinoma ductal in situ é baseado apenas em quão anormais as células cancerosas se parecem (grau nuclear). A presença de necrose (áreas de células cancerosas mortas) também é observada. O termo comedocarcinoma é frequentemente usado para descrever carcinoma ductal in situ com necrose. Os termos comedocarcinoma e comedonecrosis estão relacionados a um grau mais elevado de DCIS.

Outros fatores importantes que podem afetar o prognóstico de uma paciente com carcinoma ductal in situ, incluem a margem cirúrgica (o quão perto a doença está  da borda da amostra) e o tamanho (quantidade de tecido mamário afetado pelo carcinoma ductal in situ). Os tumores in situ maiores, têm um alto grau nuclear ou necrose e são mais propensos a ter uma área de câncer invasivo, assim como também são mais propensos a recidivar após o tratamento. Se as células cancerígenas se encontram ou estão na proximidade da borda da amostra, aumenta o risco de recidiva. 

Receptor de Estrogênio e de Progesterona

Os receptores são proteínas em determinadas células que podem se ligar a determinadas substâncias, como hormônios, que circulam no sangue. As células mamárias normais e algumas células do câncer de mama contêm receptores que se ligam ao estrogênio e à progesterona. Estes dois hormônios muitas vezes estimulam o crescimento das células cancerosas da mama. 

Um passo importante na avaliação do câncer de mama é verificar se a amostra de tecido da biópsia tem receptores de estrogênio e de progesterona. As células cancerosas podem não ter receptor algum, um ou ambos os receptores. Os cânceres de mama com receptores de estrogênio são referidos como RE-positivo (RE+), enquanto que aqueles com receptores de progesterona são chamados RP-positivo (RP+). 

O câncer de mama com receptores hormonais positivos tende a crescer mais lentamente e são mais propensos a responder à terapia hormonal do que o câncer de mama sem esses receptores. 

Todos os cânceres de mama, deverão ser verificados para estes receptores hormonais ou na amostra de biópsia, ou quando são removidos cirurgicamente. Dois de cada 3 cânceres de mama têm, pelo menos, um desses receptores. Este percentual é maior em mulheres mais velhas do que em mulheres mais jovens. 

HER2

Um em cada 5 cânceres de mama têm uma proteína em excesso que promove seu crescimento denominada HER2. O gene HER2 instrui as células para produzir esta proteína. Os tumores com aumento dos níveis de HER2 são referidos como HER2-positivo. 

Mulheres com câncer de mama HER2-positivo têm muitas cópias do gene HER2, resultando em maior quantidade da proteína HER2. Esses cânceres tendem a crescer e se espalhar de forma mais agressiva do que outros tipos de câncer de mama. 

Todos os tumores de mama devem ser testados para o status HER2. As duas formas mais comuns para determinar o status HER2 são: 

  • Exame Imunohistoquímico - Detecta o número de genes receptores da proteína HER2 nas células cancerígenas.


  • Hibridização Fluorescente In Situ (FISH) - Detecta o número de genes HER2 nas células cancerígenas.

O exame FISH é considerado mais preciso do que o imunohistoquímico. No entanto, é mais caro e demora mais para se obter os resultados. Na maioria das vezes, o imunohistoquímico é realizado inicialmente. Se os resultados são 1+ ou 0 o tumor é considerado HER2-negativo. Pacientes com tumores HER2-negativos não são tratados com medicamentos como o trastuzumabe, que visam os receptores HER2. Se o resultado for 3+, o tumor é HER2-positivo. As pacientes com tumores positivos para HER2 podem ser tratadas com o trastuzumabe. Quando o resultado é 2+, o estado de HER2 do tumor não é claro. Isso geralmente requer a realização de FISH. Alguns centros também usam FISH para confirmar o status HER2, que mostrou 3+ por imunohistoquímica, enquanto outros somente fazem o FISH. 

A hibridização cromogênica in situ (CISH), um novo tipo de exame, funciona de forma semelhante ao FISH, usando pequenas sondas de DNA para determinar o número de genes HER2 nas células do câncer de mama. Mas, este exame procura por mudanças de cor (não fluorescência) e não necessita de um microscópio especial, o que poderia torná-lo menos caro. Neste momento, ele não está sendo utilizado tanto quanto o imunohistoquímico e o FISH.  

Taxa de Proliferação Celular e de Ploide 

O nível de ploidia das células cancerosas se refere à quantidade de DNA presente nas mesmas. Se existe uma quantidade normal de DNA nas células, são referidas como diploide. Se a quantidade é anormal, as células são descritas como aneuploides. Este tipo de exames pode determinar o prognóstico, mas raramente altera o tratamento e são considerados como exames opcionais. Esses exames não são recomendados como rotineiros para investigação e diagnóstico do câncer de mama.  

A fração da fase S é a porcentagem de células numa amostra que replicam o DNA. Replicação do DNA significa que a célula se prepara para se dividir em duas novas células. A taxa de divisão das células cancerígenas também pode ser estimada pelo exame Ki-67. Se a fração da fase S ou o índice Ki-67 estão elevados, isso significa que as células cancerosas se dividem mais rapidamente, o que indica um câncer mais agressivo. 

Testes Genéticos Padrão 

Os pesquisadores descobriram que observar o perfil de expressão gênica pode ajudar a prever se um determinado tipo de câncer de mama em estágio inicial tem maior probabilidade de recidivar após o tratamento inicial. Dois desses testes, que avaliam os diferentes conjuntos de genes, já estão disponíveis: o Oncotype DX® e o MammaPrint® 

Oncotype DX - Esse exame é feito para verificar se o tratamento adicional (adjuvante) com quimioterapia (após a cirurgia) pode ser útil em mulheres com determinados cânceres de mama em estágio inicial que normalmente têm uma pequena chance de recidiva (como os que são receptores hormonais positivos). Este exame observa um conjunto de 21 genes nas células da amostra do tumor para determinar uma pontuação recorrente, que é um número entre 0 e 100: 

  • Pacientes com pontuação até 17 têm um baixo risco de recidiva se forem tratadas com terapia hormonal. Essas provavelmente não se beneficiariam de quimioterapia.
  • Pacientes com pontuação entre 18 e 30 tem um risco intermediário e algumas podem se beneficiar de quimioterapia. 
  • Pacientes com pontuação acima de 30 tem um risco elevado e são susceptíveis de se beneficiarem de quimioterapia associada à terapia hormonal. 

O exame estima o risco e ajuda a prever quem pode se beneficiar da quimioterapia. Ainda assim, ele não mostra com clareza se determinada paciente terá recidiva com ou sem quimioterapia. É uma ferramenta que pode ser usada, juntamente com outros fatores, para ajudar a orientar pacientes e médicos a decidirem se o tratamento adicional pode ser útil. 

MammaPrint - É usado para determinar qual a probabilidade dos cânceres de mama serem susceptíveis de metástases após o tratamento inicial. Esse exame analisa a atividade de 70 genes diferentes, para determinar se o câncer é de baixo ou alto risco. Até agora, porém, ele não foi estudado para ver se os resultados são úteis para orientar o tratamento. 

Classificações do Câncer de Mama 

A pesquisa sobre padrões de expressão gênica também sugere algumas novas maneiras de classificar os cânceres de mama. Os tipos atuais estão baseados em como os tumores se parecem quando vistos sob um microscópio. A classificação mais recente, com base em características moleculares, divide os cânceres de mama em 4 grupos. Esse exame, denominado PAM50, está atualmente disponível, mas ainda não claro se é mais útil na definição do tratamento do que os exames para determinar a presença de receptores hormonais e HER2: 

  • Luminal A e Luminal B - Os tipos luminais são os receptores de estrogênio positivo. O padrão da expressão genética destes cânceres são semelhantes aos das células normais que revestem os ductos e glândulas mamárias (o interior de um ducto ou de uma glândula é chamado de lúmen). Cânceres luminais A são de baixo grau, tendem a crescer de forma relativamente lenta, e têm um melhor prognóstico. Cânceres Luminais B geralmente crescem um pouco mais rápido do que os luminais A e seu prognóstico não é tão promissor.  


  • HER2 - Estes cânceres têm cópias extras do gene HER2 e, geralmente, aspecto de alto grau ao microscópio. Esses cânceres tendem a crescer mais rapidamente e possuem um pior prognóstico, embora muitas vezes possam ser tratados com sucesso com terapias específicas, como o trastuzumabe e o lapatinibe, que normalmente são administradas junto com a quimioterapia.


  • Basal - A maioria destes cânceres é tipo triplo-negativo, isto é, não possuem receptores de estrogênio ou de progesterona e têm quantidades normais de HER2. Os padrões de expressão genética destes cânceres são semelhantes as células das camadas basais mais profundas dos ductos e glândulas mamárias. Este tipo é mais comum entre pacientes com mutações no gene BRCA1. Por razões que não são bem compreendidas, esse tipo de câncer é mais comum entre as mulheres mais jovens e em mulheres negras. Estes são os cânceres de alto grau que tendem a crescer rapidamente e têm um prognostico pior. A terapia hormonal e as terapias anti-HER2, como trastuzumabe e lapatinibe, não são eficazes contra esses tipos de câncer, embora a quimioterapia possa ser útil.  Muitas pesquisas estão em andamento para encontrar melhores formas para tratar esses cânceres. 

Espera-se que com essas novas formas de classificação da doença os médicos possam definir e individualizar o tratamento do câncer de mama, no entanto, são necessárias mais pesquisas nesta área antes de que isso seja viável.


Fonte: Oncoguia.

Outros Exames para Diagnóstico do Câncer de Mama

Estes exames podem ser feitos para fins de pesquisa, ainda não foi completamente delineada sua utilidade no diagnóstico do câncer de mama. 

Exame da Secreção Mamilar 

No caso de secreção mamilar, parte do líquido pode ser coletada para análise da presença (ou não) de células cancerosas. A maioria das descargas ou secreção do mamilo não é câncer. Em geral, se a secreção for leitosa ou verde clara é improvável que seja câncer. Se for vermelha ou vermelha acastanhada, sugerindo que contém sangue, pode, eventualmente, ser causada por câncer, apesar de uma lesão, infecção ou tumores benignos sejam as causas mais prováveis. 

Mesmo não existindo células cancerígenas no material coletado da secreção mamilar, não se pode ter certeza que não seja câncer de mama. Se a paciente tiver uma massa suspeita, será necessário fazer uma biópsia, mesmo que a descarga mamilar não contenha células cancerosas. 


Lavagem Ductal e Aspiração do Mamilo 

A lavagem ductal é um exame experimental desenvolvido para mulheres que não apresentam sintomas de câncer de mama, mas são do grupo de alto risco para a doença. Não é um exame para rastreamento ou diagnóstico do câncer de mama, mas ajuda a dar uma ideia mais precisa do risco de uma mulher de desenvolvê-lo. 

A lavagem ductal pode ser realizada em consultório médico ou ambulatório. É aplicado um creme anestésico para anestesiar a área do mamilo. É realizada a sucção para retirar pequenas quantidades do líquido dos dutos de leite até a superfície do mamilo, para localizar as aberturas naturais dos dutos. Em seguida, um cateter é inserido numa das aberturas. É injetada água salina no cateter para lavar cuidadosamente o ducto e recolher as células. O líquido ductal é sugado através do cateter e enviado para análise. 

A lavagem ductal não é realizada em mulheres do grupo de alto risco para câncer de mama. Ainda não está clara a utilidade desse exame e se será capaz de detectar o câncer em fase inicial. É mais provável que seja útil como um exame para avaliar o risco de câncer, e não como um exame de rastreamento para a doença. Mais estudos são necessários para definir melhor a utilidade deste exame. 

A aspiração do mamilo também avalia as células anormais em desenvolvimento nos ductos, mas é muito mais simples, porque nada é inserido na mama. O dispositivo de aspiração do mamilo usa copos pequenos que são colocados na mama. O líquido do mamilo retirado é enviado para análise. Assim como na lavagem ductal, o procedimento pode ser útil como um exame para avaliar o risco de câncer, mas não é um exame de triagem adequado o câncer. Esse exame também não comprovou detectar o câncer em fase inicial.


Fonte: Oncoguia.