domingo, 28 de abril de 2013

Duas xícaras de café por dia reduz pela metade risco de câncer de mama reaparecer, segundo pesquisa

Cafeína combinada com medicação colabora na prevenção da doença, segundo especialistas


Beber duas xícaras de café por dia reduz pela metade o risco do câncer de mama voltar em pacientes que já tiveram a doença, de acordo com um novo estudo da Universidade de Lund, na Suécia. A informação foi publicada no Daily Mail nesta sexta-feira (26).
De acordo com a publicação, o café aumenta o efeito do remédio tamoxifeno, usado no tratamento da doença.
Para chegar a esta conclusão, os especialistas observaram o desenvolvimento do câncer de mama em 600 pacientes da região sul da Suécia durante durante um período de cinco anos. Cerca de 300 mulheres tomaram esta droga, que é prescrita em casos pós cirúrgicos.
Maria Simonsson, estudante de doutorado em oncologia na Universidade de Lund, disse que o índice de volta da doença entre os pacientes que tomaram a pílula junto com duas ou mais xícaras de café por dia foi menor.
Pesquisadores da mesma universidade já haviam ligado o consumo de café a um menor risco de desenvolver certos tipos de câncer de mama. Segundo eles, a cafeína tem demonstrado que ajuda a impedir o crescimento de células cancerosas.
Segundo a equipe, este estudo envolvendo o papel do café na prevenção e tratamento do câncer sublinha a necessidade de mais pesquisas, de acordo com a equipe.
Fonte: R7 - Saúde.


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mulher que lutou contra câncer posta foto de topless e faz sucesso na web


Imagem fez da canadense um símbolo de coragem entre as pacientes de câncer de mama.

O CLIQUE COMPARTILHADO POR KELLY EM SUA PÁGINA PESSOAL (Foto: Reprodução/Facebook)


Uma mulher que luta contra o câncer desde criança compartilhou no perfil de Facebook "Why We Ink" (exclusivo sobre memórias e tatuagens de quem enfrenta a doença) uma foto em que aparece de topless, revelando assim a tatoo com desenho de fadas que fez após a retirada dos seios. O clique de Kelly Davidson, 34 anos, está fazendo sucesso na web: desde que foi postado no início de abril, quase 100 mil pessoas compartilharam e mais de 700 mil seguidores curtiram. Os números indicam que Kelly tornou-se um exemplo de superação.

"Esse desenho é a minha medalha de honra e de força. Isso me lembra todos os dias da batalha que superei. Ganhei esta guerra e sei que vou vencê-la completamente", disse a canadense ao "Toronto Star". O histórico de Kelly com a doença começou aos 11 anos e, desde então, enfrentou três tipos: Hodgkin, câncer de mama e de tireóide. Aos 28 anos, teve que fazer uma mastectomia dupla. "Obviamente é devastador para qualquer pessoa perder os seios que, para a sociedade, nos definem como homens ou mulheres. Mas, no meu caso, eu abracei o destino", explicou ela ao jornal.

Ao invés da cirurgia reconstrutiva, Kelly optou por algo que a fizesse lembrar da vitória e tatuou a região afetada. "O desenho define a forma como eu chutei o balde. Meus seios não definem minha sexualidade. A fada me retrata e as borboletas ao redor representam o câncer que voou para longe. É uma metamorfose, tranformação do meu novo corpo", afirmou para a publicação, completando que "a doença não vai derrubá-la e que, se voltar, será banida novamente". 








segunda-feira, 15 de abril de 2013

Pesquisadores da Unicamp desvendam papel de proteína em metástase


Agência FAPESP – Assim como os tecidos e órgãos humanos, os tumores são formados por agrupamentos de células que aderem e interagem umas com as outras. Se a adesão e a interação entre as células tumorais eventualmente for fraca, maior é a probabilidade de elas se soltarem e migrarem para outros órgãos e tecidos e dar origem à metástase (propagação de um câncer).
Pesquisadores do Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemocentro) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Sangue (INCT Sangue),apoiado pela FAPESP, desvendaram o papel desempenhado por uma proteína – chamada ARHGAP21 – nesses processos de adesão e migração celular.
Os resultados da pesquisa ganharam a capa do The Journal of Biological Chemistry, editado pela Sociedade Americana de Bioquímica e Biologia Molecular, e podem contribuir para o desenvolvimento de técnicas que possibilitem inativar essa proteína nas células tumorais para impedir o surgimento de metástases.
“O grande problema de um tumor é a metástase. Se conseguirmos bloqueá-la, será possível impedir a propagação de células cancerosas para outros órgãos e aumentar a chance de cura”, disse Karin Spat Albino Barcellos, primeira autora do artigo, à Agência FAPESP.
Barcellos conta que a ARHGAP21 foi sequenciada e descrita pela professora Sara Teresinha Olalla Saad, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do Sangue, durante o Projeto Genoma Humano do Câncer, realizado pela FAPESP em parceria com o Instituto Ludwig e concluído em 2002. Ainda não se sabia, no entanto, qual era o papel desempenhado pela proteína nas células.
Nos últimos anos, durante um Projeto Temático coordenado por Saad, Barcellos e outros pesquisadores participantes do estudo descobriram que a ARHGAP21 regula o citoesqueleto (responsável por manter a forma das células e as junções celulares) e atua nas proteínas Rho-GTPases – grupo de aproximadamente 20 proteínas que regulam o movimento, adesão, migração e diferenciação das células.
“Vimos que as Rho-GTPases precisam da ARHGAP21 durante a formação da adesão célula-célula, e que a ARHGAP21 participa desse processo ao ficar entre as junções celulares e, depois de algumas horas que ele é concluído, ela vai embora. Por isso, ainda não tínhamos conseguido ver a presença da ARHGAP21 no processo de adesão célula-célula”, explicou Barcellos.
Para observar o comportamento da ARHGAP21 nos processos de adesão e migração celular, o grupo fez em laboratório um experimento que simula o desenvolvimento de uma metástase.
Denominada transição epitelial-mesenquimal, a técnica de simulação in vitro de metástase já era explorada por grupos de pesquisa em outros países, como os do Departamento de Fisiologia e Desenvolvimento Biológico da Brigham Young University em Utah, nos Estados Unidos.
Ao fazer um estágio em Utah com a reserva técnica de seu projeto de pós-doutorado, realizado com Bolsa da FAPESP, no âmbito do Projeto Temático coordenado por Saad, Barcellos conheceu a técnica e decidiu replicá-la para analisar as funções da ARHGAP21em adesão e migração celular ao retornar ao Brasil.
Uma das hipóteses dos pesquisadores antes de iniciar o experimento era de que, como a ARHGAP21 tem um papel estratégico na adesão celular, ao retirá-la de células humanas tumorais de câncer de próstata durante os testes em laboratório, a sua migração e, consequentemente, a metástase, seria muito maior do que a observada em células cancerígenas com a proteína.
Ao aplicar nas células cancerígenas sem a ARHGAP21 frações de HGF – um hormônio produzido principalmente pelo fígado, que faz com que as células se separem uma das outras para formar os órgãos e tecidos na fase embrionária –, os pesquisadores constataram, no entanto, que elas nem se moviam e não ocorria metástase.
“No começo, achamos que estávamos errando em alguma fase do experimento, como esquecer de colocar o HGF. Porém, repetimos várias vezes o experimento e vimos que, de fato, sem ARHGAP21 as células cancerígenas não se soltam e não migram. Esse resultado nos surpreendeu”, afirmou Barcellos.
Os pesquisadores descobriram que, na realidade, a ARHGAP21 está localizada na via de sinalização do HGF das células e regula a transição epitelial-mesenquimal. As células sem a proteína na via de sinalização do HGF, por exemplo, sentem a presença do hormônio, mas não conseguem se soltar uma das outras.
“Demonstramos que é possível bloquear metástases induzidas por HGF por meio da inativação da ARHGAP21 em testes in vitro”, afirmou Barcellos. “Ainda não sabemos, no entanto, se é possível inativar essa proteína em humanos, porque ela deve exercer muitas outras funções, inclusive benéficas, nas células.”
Por meio de um novo Projeto Temático, também apoiado pela FAPESP e coordenado pela professora Sara Saad, os pesquisadores pretendem realizar simulações de diversos tipos de tumores em camundongos com células cancerígenas sem a ARHGAP21.
“Será muito importante testarmos isso agora em camundongos e ver se funciona para avaliar a possibilidade de utilizar a técnica em humanos para bloquear metástase”, disse Barcellos.
“Talvez seja preciso tirar a ARHGAP21 só das células com tumor ou bloquear o sítio da proteína que sente o HGF, para que a proteína possa desempenhar as outras funções benéficas”, estima.

ALIMENTOS FUNCIONAIS CONTRA O CÂNCER DE MAMA


Uma das grandes preocupações quando se trata da saúde da mulher é em relação ao câncer de mama. Este tipo de câncer consiste no desenvolvimento anormal das células da mama, que se multiplicam repetidamente até formarem um tumor maligno. Segundo pesquisas, estão predispostas a ter esse tipo da doença mulheres na menopausa, que tiveram menstruação precoce, fazem uso de álcool, engravidaram depois dos 30 anos, sofrem de estresse ou tomam anticoncepcional.

Mas, para o alívio de pessoas que sofrem deste mal ou aquelas que querem se prevenir, uma alimentação balanceada pode ser uma das principais armas contra a doença. A escolha dos alimentos antes, durante ou após o aparecimento destes tumores é de vital importância para o sucesso do tratamento. 

E, neste caso, os alimentos funcionais estão no topo da lista! Confira!

SOJA – possui tocoferóis, fitosteróis e fosfolipídios. Na soja, encontra-se a isoflavona, fitoestrógeno que tem ação estrogênica e antiestrogênica e também atua junto aos hormônios femininos diminuindo a circulação destes e reduzindo seus efeitos deletérios, o que contribui para a prevenção da doença.

LINHAÇA – também chamada de Linum Usoitassimum, é rica em lignana, que possui efeito protetor contra o câncer de mama. Trata-se de um fitosteróide que simula a ação do estrogênio e tem ação negativa em relação ao tecido mamário. Ou seja, a lignana neutraliza o efeito do estrogênio na mama, além de impedir a angiogênese, isto é, o aparecimento de novos vasos sanguíneos, o que evita a proliferação de tumores alimentados por sangue.

PEIXES – Os peixes de água salgada são ricos em ômega 3, substância que protege a mama de tumores. Também atua como anti-inflamatório e evita a degeneração celular. Sabe-se que muitos dos tumores de mama na sua fase inicial são estrogênios dependentes e a inibição de inflamação impede a produção de estrogênio.

CÚRCUMA – o açafrão da índia (CURCUMA LONGA) pode ser encontrado nas cores amarela e vermelha, e é um dos alimentos funcionais mais importantes. O cúrcuma é um fitoquímico que tem potencial anticancerígeno e mata células tumorais. A curcumina do curry indiano pode inibir o aparecimento de vasos sanguíneos que alimentariam o tumor.

Proteína leva o câncer da mama à cabeça, diz cientistas

A descoberta do composto pode ajudar no desenvolvimento de novas terapias contra a doença. Em torno de 20% das mortes em decorrência de tumores malignos nos seios acontecem devido à metástase cerebral.

Além de ser o mais comum entre as mulheres, o câncer de mama pode comprometer o funcionamento do cérebro. Segundo o neurologista Lixin Zhang, cerca de 20% das mortes em decorrência da doença são causadas pela metástase cerebral. Pela primeira vez, uma equipe liderada por ele conseguiu identificar a proteína responsável pela chegada das células cancerosas da mama ao cérebro. 

A descoberta foi divulgada na edição desta semana da Science Translational Medicine e aumenta as esperanças para o desenvolvimento de uma terapia que impeça a proliferação do tumor.

Inicialmente, os pesquisadores da Baylor College of Medicine, em Houston, e da Universidade do Texas, ambas nos Estados Unidos, isolaram as células tumorais circulantes (CTCs) em laboratório para aumentá-las e analisá-las. 

Durante essa etapa, eles identificaram uma proteína nas CTCs, denominada de epimolécula de adesão endotelial de células (EpCam), que seria uma espécie de assinatura celular, ou seja, um indício da existência de metástase. A EpCam foi, então, implantada em ratos com a ajuda de pequenos marcadores, que foram capazes de monitorar o crescimento e a movimentação das células. Como esperado, as células cancerosas que continham a EpCam produziram tumores cerebrais nos animais que são semelhantes aos observados em seres humanos. “Um dos próximos passos será descobrir estratégias de intervenção terapêutica para suprimir ou prevenir a colonização dos CTCs em órgãos distantes, como o cérebro”, diz Zhang. 

Fonte: Correio Braziliense - Ciência e Saúde.

Estudo vincula atividade física a menor risco de câncer de mama


A atividade física afeta a decomposição do hormônio estrogênio e contribui para diminuir o risco de câncer de mama nas mulheres na pós-menopausa, segundo um estudo apresentado nesta terça-feira na reunião anual da Associação Americana para Pesquisa do Câncer (AACR).
As conclusões do estudo ampliam o conhecimento dos mecanismos biológicos potenciais que vinculam a atividade física ao menor risco de tumores cancerígenos.
Estudos anteriores já indicaram que o aumento da atividade física poderia reduzir o risco de câncer de mama nas mulheres na pós-menopausa e que esta relação poderia estar ligada ao fato de que os exercícios diminuem os níveis de estrogênio endógeno.
No entanto, durante a conferência, Cher Dallal, um especialista em prevenção oncológica no Instituto Nacional do Câncer, afirmou que "poucos estudos avaliaram a influência da atividade física na decomposição de estrogênios nas mulheres na pós-menopausa".
Este processo, chamado metabolismo do estrogênio, resulta em uma variedade de moléculas chamadas metabólitos.
"Este é o primeiro estudo que considerou a relação entre a atividade física, medida por um acelerômetro, e um conjunto de metabólitos de estrogênio medidos na urina", explicou Dallal.
"Esperávamos que, a partir do uso de medições diretas para examinar esta relação, poderíamos entender melhor como estes fatores influem no risco de câncer entre as mulheres depois da menopausa", acrescentou.
Dallal e outros pesquisadores analisaram os casos de 540 mulheres sãs e na pós-menopausa no estudo Polonês de Câncer de Mamas, conduzido pelo Instituto Nacional do Câncer dos EUA entre 2000 e 2003. Nenhuma das participantes recebia tratamento hormonal pela menopausa.
Neste contexto, os pesquisadores mediram a atividade física com um acelerômetro, um pequeno aparelho que as mulheres levavam na cintura durante as horas de atividade física por sete dias.
Segundo Dallal, os acelerômetros proporcionam leituras objetivas da atividade física, ao contrário dos relatórios, um fator determinante para medição dos estudos anteriores.
Os pesquisadores analisaram as mostras de urina para detectar estradiol e estrona, dois estrogênios "mãe", além de 13 metabólitos diferentes de estrogênio, empregando um novo tipo de análise desenvolvido pelo Instituto Nacional do Câncer.
Dallal explicou que esta inovadora análise pôde detectar múltiplos estrogênios na urina, enquanto os usados em estudos anteriores só mediam um ou dois metabólitos individualmente.
Os pesquisadores também descobriram que a atividade física está vinculada com níveis mais baixos dos estrogênios "mãe". Além disso, os níveis mais altos de atividade física são vinculados com níveis mais baixos de quatro metabólitos de estrogênio específicos.

Fonte: UOL Saúde.