Abordagem usaria nanobastões como elementos de aquecimento para cozinhar pequenos tumores a partir do interior
Químicos da Rice University, nos Estados Unidos, encontraram uma maneira de implantar mais de 2 milhões de micropartículas de ouro em uma única célula de câncer.
A descoberta de uma molécula sintética pode acelerar o desenvolvimento de tratamentos anti-câncer que usariam os chamados nanobastões como elementos de aquecimento para cozinhar pequenos tumores a partir do interior.
As células de câncer de mama analisadas no estudo ficaram tão carregadas de nanobastões de ouro que suas massas aumentaram cerca de 13%, mas continuaram a funcionar normalmente. Embora o objetivo final seja matar o câncer, a estratégia é entregar partículas não tóxicas que se tornam mortais somente quando são ativadas por um laser.
Os nanobastões, que são aproximadamente do tamanho de um pequeno vírus, podem colher e converter a luz em calor inofensivo. Mas como cada bastão irradia um calor minúsculo, muitos são necessários para matar uma célula, no entanto, isso aumenta os riscos para os tecidos saudáveis.
RiceUniversity
Os cientistas que estudam nanobastões de ouro têm encontrado dificuldades para carregar um grande número de partículas em células vivas. Para começar, eles são de ouro puro, o que significa que eles não se dissolvem em solução a não ser que sejam combinados com algum tipo de polímero ou surfactante.
O mais comumente usado é o brometo de cetiltrimetilamônio, ou CTAB, um produto químico frequentemente usado em condicionador de cabelo. CTAB é um ingrediente chave para tornar nanobastões solúveis em água e facilitar sua ingestão pelas células, mas CTAB também é tóxico, o que o torna problemático para aplicações biomédicas.
Na nova pesquisa, a equipe liderada por Eugene Zubarev, descreveu um método para substituir completamente CTAB com uma molécula chamada MTAB que tem dois átomos adicionais anexados em uma extremidade.
Os átomos adicionais, um de enxofre e um de hidrogênio, permitem que MTAB forme uma ligação química permanente com nanobastões de ouro sem causar reações tóxicas.
Segundo os pesquisadores, demorou vários anos para identificar a melhor estratégia para sintetizar MTAB e substituir CTAB por ela na superfície dos nanobastões. Além disso, eles desenvolveram um processo de purificação que pode remover completamente todos os vestígios de CTAB de uma solução de nanobastões.
Fonte: iSaúde
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