Em testes, o Palbociclib aumentou em 10 meses o tempo durante o qual as pacientes viveram sem que o câncer progredisse
Câncer: remédio impede multiplicação descontrolada de células causada pela doença
O medicamento aumentou de 10,2 meses para 20,2 meses o tempo durante o qual as pacientes viveram sem que o câncer progredisse em comparação com o tratamento atual, à base do medicamento Letrozol.
Usado há muito tempo no combate ao câncer, o Letrozol foi ministrado junto do Palbociclib nos testes da Pfizer. Hoje, o laboratório testa o novo tratamento com cerca de 500 pessoas ao redor do mundo.
"A comunidade médica e a Pfizer estão bastante entusiasmadas com os resultados da pesquisa", afirmou Eurico Correia, diretor médico da Pfizer Brasil.
Como funciona
Ingerido por via oral, o Palbociclib atua sobre os mecanismos de reprodução das células. O remédio evita a replicação descontrolada delas que costuma acontecer em pessoas com câncer.
O principal efeito colateral causado pelo Palbociclib é a queda no nível de glóbulos brancos do paciente. Além disso, os cientistas também constataram fatiga e anemia nas pessoas que tomaram o remédio.
Porém, Correia destaca que problemas comuns em tratamentos de quimioterapia (como queda de cabelo e diarreia) não foram constatados entre quem tomou o novo remédio.
Previsão para 2016
O Palbociclib ainda não tem expectativa de chegar às farmácias brasileiras. Hoje, a previsão da Pfizer é que o remédio ainda siga em fase de testes por, pelo menos, dois anos nos Estados Unidos até que seja aprovado por lá.
Fonte: Exame-Abril.
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