sábado, 30 de março de 2013

Depoimentos - Minha História

Superar o câncer de mama é possível. Nestes depoimentos feitos no site da Sociedade Brasileira de Mastologia, mulheres contam como venceram o câncer de mama com o suporte da família, a ajuda dos amigos, o acesso ao tratamento adequado e força de vontade.


- 40 anos   

Aos 39 anos de idade, depois de amamentar minha filha por seis meses, fui diagnosticada com câncer de mama. O que é pior: em estágio avançado (13 centímetros). Meu mundo quase caiu, mas não deixei! Afinal de contas, tinha um anjinho para criar, uma família que me deu todo apoio e muita, muita fé em Deus. Fiz quimioterapia de março a agosto de 2011 para diminuir o tamanho do tumor e fiz cirurgia (mastectomia radical) em 21 de setembro daquele ano. Hoje, um ano depois, estou muito bem, graças a Deus, que enviou um anjo para me salvar. Agora faço exames periódicos para controlar a situação. Posso dizer que nasci de novo!  

- 35 anos   

Em 27 de dezembro de 2010, descobri o câncer de mama. Como sofri, Jesus! Iniciei o tratamento em janeiro de 2011, fiz seis meses de quimioterapia e cirurgia TRAM mastectomia radical. Depois de dois meses de recuperação, fiz 37 sessões de radioterapia. Depois de seis meses da cirurgia, refiz o mamilo e agora estou fazendo acompanhamento de três em três meses. Não desejo isso para ninguém. Iniciei o tratamento quando faltava um mês para meu aniversario de 34 anos. Foi triste, doloroso, sofrido. Mas hoje estou bem.  

- 40 anos       

Sou vegetariana, não bebo nem fumo e com 37 anos fiz o auto exame da mama e percebi um nódulo e logo foi descoberto que era um câncer.Fiz cirurgia, quimioterapia e radioterapia.Como na época era professora nas redes municipal e estadual de ensino tinha que passar pela perícia das duas redes.Ou seja, tinha que me cuidar física e psicologicamente e enfrentar duas perícias.Passei por mastologistas, oncologistas, dermatologistas, psicólogos e psiquiatras.O cabelo e sobrancelha caíram.Tive opção de fazer 6 sessões de quimioterapia com 3 medicamentos ou 8 sessões 4 com 2 medicamentos e 4 com um tipo de medicamento.Preferi a segunda.As quatro primeiras sessões de quimio feita a cada 21 dias(químio vermelha)teve a duração de 40 minutos cada sessão de medicamento aplicado na veia.A primeira urina saia vermelha e ficava um pouco zonza para ir até o sanitário, mas depois de 20 minutos eu mesma pegava o carro e dirigia até a minha casa.Depois de 48 horas começava a ter um tipo de febre sem coriza e ficava assim por 7 dia s .Só comia ,não conseguia beber líquido,não dormia,não conseguia me concentrar em nada ,nem para assistir a tv conseguia.Ficava só deitada ou sentada, porém não sentia enjôos ,pois pedi para meu médico que não queria ter dores de cabeça e nem enjôos,graças a Deus, não tive, mas o meu cabelo caiu após 15 dias da primeira sessão de químio. Para fazer as outras quatro sessões demorava 4 horas para aplicação do medicamento na veia.(Taxol) ficava por dois dias com uma dor invisível não muito forte mas me incomodava um pouco, nessas sessões perdi a sobrancelha que ,para mim foi pior do que cabelo, pois para substituir o cabelo eu usava peruca ou lenço , mas para pintar ou cobrir a sobrancelha era difícil.pintava com um lápis de olho e manchava para dar o tom de que tinha algo lá.Não abria nem a porta para atender alguém sem as mesmas.Para não ter depressão, pensava que estaria triste só temporariamente e pensava sempre positivo e comecei a ir atrás de meus direitos .Comprei vários livros que falavam sobre a doença e procurei interagir com outros profissionais da área de oncologia e com pessoas que tiveram ou que estavam com a doença. Pesquisei muita coisa na internet e consegui lutar para adquirir meus direitos enfrentando todo o tipo de obstáculos burocráticos por parte de médicos, peritos, secretárias escolares, junta médica. Felizmente, temos à nossa disposição vários grupos de apoio que ajudam os doentes de câncer e seu a familiares.  

- 39 anos   

Aos 35 anos, em fevereiro de 2007, casada, com um filho de 3 anos e meio, cheia de planos, enfermeira e trabalhando há 13 anos com oncologia pediátrica, fui surpreendida com um tumor de mama com cerca de 3 cm e com comprometimento de linfonodos axilares. Quando recebi a fatídica notícia, achei que não viveria por muito tempo, chorei e pedi a meu marido que cuidasse do nosso filho e que dissesse a ele o quanto eu o amava, o quanto tinha sido desejado. Algumas horas depois, ergui a cabeça, pensei nos meus direitos e que queria lutar, "arregacei as mangas e fui à luta". Neste momento já havia retirado o nódulo mamário, mas não os linfonodos, então iniciei a quimioterapia, que recebi por 8 ciclos, com diminuição total dos tumores da axila e depois fui para cirurgia onde foi feita a quadrantectomia (retirada de um quadrante da mama) e esvaziamento da axilar. A cirurgia foi um sucesso. Já recuperada realizei radioterapia, que também foi MUITO tranqüila. Hoje estou para ter alta do oncologista, continuo com acompanhamento do mastologista e desde do dia seguinte a cirurgia realizou fisioterapia, que alias foi o que ajudou a levar uma vida totalmente normal. Com a orientação da fisioterapeuta pude continua a pegar o meu filho no colo (o que era muito importante para mim naquele momento), a fazer atividade física começando com a hidroginástica e hoje faço musculação 5 vezes por semana.Voltei a passear, viajar, a fazer planos e a realizá-los, não esquecendo de todos que fizeram parte desta história e pelos quais tenho imenso carinho.  

- 27 anos   

Olá, Tenho 27 anos e faz dois anos que terminei o tratamento para câncer de mama. Quando tinha 11 anos tive câncer nos nódulos linfáticos e um dos tratamentos utilizados na época foi a Radioterapia. Provavelmente este meu recente tumor maligno foi conseqüência da radio e também de um episódio depressivo. Descobri um nódulo na mama direita realizando o auto-exame, na hora já sabia o que era. Meu companheiro é médico e no dia seguinte estava realizando a biópsia do nódulo. Realmente era câncer. Na mamografia mostrava uma grande área de nódulo e calcificações. O tumor era agressivo e respondia ao estrógeno (hormônio feminino). Iniciei então a Quimioterapia e usei também uma droga relativamente recente o Trastuzumab. Realizei a inibição do ovariano com Análogo de GnRH para diminuir o estrago no órgão e aumentar minha chance de engravidar. Após todo o tratamento químico fui submetida a uma mastectomia bilateral (retirada dos dois seios) por haver a possibilidade de um aparecimento de um outro tumor na mama "saudável". Foi a decisão mais difícil de todo o tratamento, pois meu sonho sempre foi amamentar meus filhos, mas se ficasse doente de novo as chances de ter filhos ia diminuir, então escolhi minha tranqüilidade. Nesta primeira cirurgia retirei as mamas e os linfonodos sentinelas do lado direito...... Alivio não tinha células malignas neles e não havia mais sinal do tumor na mama, ou seja, tive resposta patológica e clínica completa...isso melhorou muito o animo de todos. Após alguns meses enchendo a prótese - expansor - do lado direito com soro fisiológico e esperando a pele ficar saudável o suficiente para terminar a reconstrução, realizei a última cirurgia onde coloquei as próteses definitivas. Ficou ótimo!!! Durante todo o processo de enchimento da prótese e as cirurgias realizei fisioterapia para melhorar o fluxo linfático na região, tenho certeza de que isso ajudou muito na ótima recuperação e no resultado estético excelente. Durante todo o processo acreditei que iria ficar curada e sempre estava de bem com a vida. Meus familiares, médicos e minha fisioterapeuta tiveram grande participação, me mantendo tranqüila e no caminho certo. Gente não é uma experiência fácil, mas pode ser menos complicada se acreditarmos na força que temos de nos curar e de que a vida vale a pena. Ser vitima nessa situação só aumentará seu sofrimento e de todos ao seu redor. Faça brincadeiras com você mesma.......afinal tá cheio de mulher querendo colocar prótese de silicone e o convenio até cobre.......Abraço  

- anos  

Saber que de uma hora para outra a vida pode ir embora... Nossa, dá um nó na garganta. Apesar de sabermos que isso acontecerá com todo mundo, a constatação de que pode estar mais perto é muito estranha... Nesse momento, algumas coisas ajudam muito. Um médico objetivo, seguro e ao mesmo tempo afetuoso, faz toda a diferença. Ter família ou amigos por perto é fundamental. Ter fé é muito importante. E também foi muito saudável não me isolar. No meu caso, preferi falar abertamente sobre o assunto com qualquer pessoa que perguntasse, pois acho importante que as pessoas saibam que o câncer pode ser tratado e curado. Em inúmeros casos, não é mais uma sentença de morte! Infelizmente, o câncer de mama tem afetado muitas mulheres, cada vez mais jovens. Eu tive com 44 anos, mas sei de casos de mulheres muito mais novas! Acho cada vez mais importante falar sobre o assunto! Sabe, tirar o mito, o estigma de morte que ronda a doença. Esse câncer em especial, mexe demais com a auto-estima. Eu que adoro calor, sol, ficava pensando em meus biquínis e regatas, achando que nunca mais poderia usá-los. E hoje, estou no sol, de biquíni, escrevendo essas linhas. E saber que iria ficar careca??? Essa, com certeza, foi a parte mais difícil. Engraçado, eu sabia que enfrentaria cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, e o que mais me incomodava era a carequinha... Me pergunto se os meninos são assim também... Isso demonstra que a auto-estima é muito importante para o dia a dia e também para a recuperação! Se sentir mais bonita, se cuidar, fazer algum esporte leve quando possível, continuar saindo, tudo isso nos deixa mais felizes e fortes, tenho certeza! Antes de meus cabelinhos caírem, fui a uma loja de perucas e lá me trataram com todo o respeito e carinho. Lá mesmo já raspei a cabeça e saí com uma peruca que adorei! Algumas mulheres preferem lenços ou a própria carequinha, mas eu me senti bem melhor com meu novo visual. Ela me dava segurança para tocar a vida de uma forma melhor. Eu lavava a peruca em casa, mas a cada 2 meses levava na loja para uma hidratação. Como demorava algumas horas, eles me emprestavam outra, geralmente um pouco diferente da minha e eu saía feliz com a súbita mudança de visual! Mulher é um bicho estranho mesmo, né? Meu filho também foi fundamental durante todo o tratamento. Nós amadurecemos juntos! E acredito que meus amigos queridos também aprenderam com a situação. Passar por todo o processo não é fácil, claro. Mas é possível, totalmente possível. E o melhor de tudo isso é ver que podemos melhorar nossas vidas, dar valor ao QUE e a QUEM realmente importa. Acredito que há uma predisposição para ter o câncer, mas o tipo de vida emocional e física que temos pode desencadear o processo. Pode parecer estranho, mas é o que realmente senti: passar pela doença foi como um "presente" que o Universo me deu para corrigir a rota de minha vida. Ainda tenho dúvidas, faço coisas que não quero, mas ajustei vários aspectos. Espero que eu não perca a chance que me foi dada para fazer essa "virada"! E não deixe a vida entrar em uma inércia que não faz bem. Parece que veio um vento muito forte e tirou tudo do lugar. Depois que passou, as coisas foram retornando para lugares diferentes e eu gostei da nova decoração! Tenho muito a agradecer, principalmente as pessoas que me ajudaram, meus amigos, meu filho e meus médicos que se tornaram tão queridos para mim. Teve um dia que me marcou muito: foi quando tive coragem de sair sem peruca! Eu estava insegura, com meu cabelo tão curtinho, mas meu filho fez questão de ir comigo à rua e me deu a mão com força. No momento em que senti o vento batendo em minha cabeça, foi uma das melhores sensações que já tive na vida! Enfim, teria tanto a dizer, mas o principal é contar com os outros, aprender a dar valor ao que realmente importa, ir em frente e NUNCA deixar o tratamento de lado, mesmo nos momentos difíceis. E saber que depois de dias difíceis, outros muito bons virão! Ainda em tempo, uma informação muito importante! Percebi meu nódulo no banho. Não tenho antecedentes na família, fazia meus exames anualmente. Ou seja, pegamos a doença no começo. Portanto, nunca devemos deixar de conhecer nosso corpo e cuidar de nossa saúde. A medicina faz a parte dela, mas nós temos que fazer a nossa!!  

- 36 anos

No final de 2009, aos 34 anos, durante o auto exame no banho, senti um cisto na mama direita. Fiquei preocupada e na mesma semana fui ao médico. Aquele cisto não era nada demais, mas tinha outro. Fiz os exames, biopsia, e se confirmou o câncer. A primeira sensação é que tudo é um pesadelo que não acaba. Mas o que fazer? Seguir em frente e me curar, com apoio incondicional do meu marido e da família. Encontrei médicos excelentes. Fiz uma adenomastectomia, que por opção, foi bilateral. A melhor decisão que tomei. Por que conviver com a dúvida e tensão do que poderia acontecer na outra mama? Na mesma cirurgia foi feita a reconstrução. Mas era só o início. Com os resultados da cirurgia em mãos e muitos anos de vida pela frente, a indicação foi fazer quimioterapia. A pior parte de todo o tratamento. Muito enjoo, mas muito enjoo mesmo. E o cabelo... caiu tudo. Nada que uma peruca, lenços e uma boa maquiagem não resolvam. Depois o cabelo cresce. Ainda teve a radioterapia. Muito tranquilo. Foi só cuidar bem da pele, todos os dias. E durante todo esse tratamento, fiz fisioterapia oncológica que iniciou logo após a cirurgia. Fantástico. Minha recuperação foi muito rápida. Para finalizar, faço exames periódicos e vou tomar remédio por 5 anos. Claro que tive que repensar nos meus planos de ter outro filho. Mas sigo um passo por vez, um dia após o outro. Hoje estou bem, cabelo curtinho, fazendo aula de pilates e cuidando da minha saúde! Sempre.  

quarta-feira, 20 de março de 2013

Exame de sangue pode detectar câncer com mais eficiência que mamografia

Objetivo é identificar os marcadores genéticos vinculados ao tumor e confirmar a utilidade da análise de sangue na hora de escolher o tratamento adequado para cada tipo de câncer de mama.


Uma análise de sangue pode se transformar em uma técnica de diagnóstico de câncer de mama mais eficaz que a mamografia, segundo informou nesta quarta-feira, 3 de Outubro de 2012, uma equipe de pesquisadores britânicos, financiada pela organização beneficente Cancer Research UK.



Cientistas esperam que análise de sangue possa detectar fases inicias do tumor - Divulgação
Divulgação
Cientistas esperam que análise de sangue possa detectar fases inicias do tumor

O estudo clínico será realizado pela Universidade de Leicester e o Imperial College de Londres e deve ser iniciado nas próximas semanas, na unidade de diagnóstico de câncer de mama do hospital Charing Cross, em Londres.

Os cientistas analisarão amostras de sangue de mulheres e compararão o DNA das participantes saudáveis com os daquelas que sejam diagnosticadas com a doença.

O objetivo é identificar os marcadores genéticos vinculados ao tumor e confirmar a utilidade da análise de sangue na hora de escolher o tratamento adequado para cada tipo de câncer de mama.

Os pesquisadores esperam que as análises de sangue revelem, além disso, quais pacientes estão mais propensas a desenvolver a doença novamente.

"Esta pesquisa significa que, talvez um dia, poderemos usar análise de sangue para detectar as primeiras fases do câncer, de modo que as mulheres poderiam fazer o exame uma vez por ano no lugar da mamografia", explicou o principal pesquisador, Jacqui Shaw, da Universidade de Leicester.

Na opinião do especialista, o avanço evitaria que as mulheres sofram uma ansiedade desnecessária antes de se submeter a uma revisão rotineira.

Segundo Charles Coombes, pesquisador do Imperial College de Londres, este tipo de estudo é "extremamente promissor" e, embora esta pesquisa esteja centrada apenas no câncer de mama, existem outras iniciativas focalizadas ao uso de análise de sangue como provas diagnósticas de outros tipos de tumores.
Fonte: Estadão.

Cientista investiga uso de cães para farejar câncer de mama

Animais já conseguem detectar câncer de próstata e bexiga.

Cachorro utilizado em pesquisa para descobrir se eles são capazes de detectar câncer de mama (Foto: Reprodução/BBC)Cachorro utilizado em pesquisa para descobrir se animais são capazes de detectar câncer de mama (Foto: Reprodução/BBC).
 
Uma cientista da Inglaterra está pesquisando se cães conseguem farejar casos de câncer de mama.

Até agora, pesquisas vêm se concentrando em desvendar, com o uso de cachorros, casos de câncer de próstata ou bexiga. Mas, agora, os cientistas estão tentando ampliar o uso deles nesses casos.
 
Claire Guest, que trabalha há anos na área, teve um câncer de mama diagnosticado em estágio inicial por um de seus cães.

Agora, Claire se uniu a outros cientistas e médicos para procurar a prova clínica de que cães conseguem farejar o câncer de mama.

Eles trabalham com Jobi - o primeiro cão a receber treinamento específico para identificar esse tipo de tumor.

A pesquisadora afirma que se, no futuro, eles descobrirem como o cachorro consegue detectar o câncer, também poderá ser possível fabricar máquinas que podem analisar o hálito ou a urina para detectar sinais da doença.

Pesquisadora teve câncer de mama em estágio inicial 'descoberto' por um de seus cães (Foto: Reprodução/BBC)Pesquisadora teve câncer de mama em estágio inicial 'descoberto' por cão (Foto: Reprodução/BBC)
 

Enfermeira supera câncer de mama com auxílio da corrida e celebra cura

Leila Milman, de 55 anos, disputou a Corrida da Mulher, no Rio, com sabor de superação. Saudável, seu novo foco agora é correr uma meia maratona.

Que a corrida auxilia na saúde, isso não é novidade para ninguém. Neste domingo, cerca de duas mil mulheres disputaram a Corrida da Mulher, prova disputada na Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cartões postais do Rio de Janeiro. Para uma delas, os 7,5km de percurso tiveram um gosto mais saboroso do que a celebração da prova em si: o de superação e cura.

A enfermeira militar Leila Milman, de 55 anos, descobriu que estava com câncer de mama há quatro. E foi através da corrida que Leila mudou sua saúde de maneira radical. Hoje, a enfermeira comemora a vitória da sua nova vida saudável e ativa, após cirurgia na mama e axila e tratamento com quimioterapia e radioterapia.

Leila Milman corrida da mulher eu atleta (Foto: Bebel Clark)
Leila Milman superou câncer com auxílio da corrida  (Foto: divulgação).
 
- Li o livro "Anticâncer" e o autor, que também havia superado a doença, recomendava correr cinco vezes por semana para casos de câncer de mama. Desde que iniciei o tratamento, passei a caminhar, depois subir ladeiras, trotar e finalmente correr. Hoje faço provas de 10km e já penso em disputar uma meia maratona em breve. Faço caminhadas em trilhas como a do pico da Tijuca e outras nos fins de semana, e assim tento manter uma boa performance.

Quanto ao segredo para a cura, Leila diz que é viver um dia de cada vez e curtir o momento presente, agradecendo por estar viva e com saúde.

 O importante é não parar, não se entregar e sempre continuar, ir em frente com muita espiritualidade para poder fazer o melhor para si e a humanidade.

Após a prova, Leila se orgulhava de ter servido de modelo para uma outra corredora.
- Corri com muita energia todo o percurso e o ponto mais alto foi ouvir de uma participante que ela tinha conseguido chegar até o final por ter se espelhado em mim. As mulheres realmente estão de parabéns pelas suas conquistas.

Fonte: Globo Esporte.

terça-feira, 5 de março de 2013

Oportunitas: células de câncer aproveitam caos para se reproduzir

Uma pesquisa britânica explicou a forma como as células de câncer se aproveitam do “caos” de seu para se espalhar pelo corpo. Segundo os cientistas responsáveis pelo estudo, as células cancerosas, que formam um tumor, são muito diferentes entre si e, assim, tornam-se mais resistentes aos medicamentos, facilitando sua proliferação.
 
A pesquisa, publicada na revista especializada “Nature”, constatou que as células de câncer que usavam sua matéria-prima ficavam “estressadas” e cometiam erros ao fazer cópias de seus códigos genéticos. A maioria das células normais no corpo humano tem 46 cromossomos. No entanto, algumas células cancerosas podem ter mais de 100 cromossomos.
 
Além disso, tal padrão é inconsistente: células cancerosas podem ter números diferentes de cromossomos entre si. Para os cientistas, essa diversidade ajuda os tumores a não serem afetados pelos tratamentos e a “colonizarem” novas partes do corpo.
 
Os cientistas da organização Cancer Research UK e do Instituto do Câncer do University College de Londres tentam descobrir como o câncer se transforma em algo tão diverso, com células tão diferentes entre si. Anteriormente se acreditava que, quando uma célula cancerosa se separava para criar duas novas células, os cromossomos não eram divididos de forma igual entre as duas.
 
No entanto, Charles Swanton, que liderou a pesquisa, realizou exames células de um câncer no intestino e concluiu que há poucas provas de que isso ocorre. Cânceres são levados a fazer cópias deles mesmos. No entanto, se as células cancerosas não têm mais os tijolos de construção de seu DNA, elas desenvolvem o chamado “estresse de replicação de DNA”.
 
De acordo com a pesquisa, é a partir desse estresse que surgem os erros e os tumores diversos. É como construir uma ponte sem todos os tijolos e cimento o bastante para as fundações. Mas o pesquisador afirmou que o estudo prova que o estresse de replicação era a raiz do problema e que novas ferramentas podem ser desenvolvidas para lidar com isso.
 
Os pesquisadores identificaram três genes perdidos com frequência em células de câncer de intestino diferentes, que foram muito importantes para o câncer que está passando pelo processo de estresse de replicação de DNA. Todos estavam localizados em uma região do cromossomo 18.
 
Os próximos estudos vão investigar se esse mesmo estresse causa a diversidade em outros tipos de tumores.
 

Câncer de mama em mulheres jovens aumenta nos EUA

A incidência do câncer de mama avançado em mulheres de 25 a 39 anos nos Estados Unidos aumentou nos últimos 30 anos, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.

A pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association descobriu que os casos passaram de 1,53 por 100.000 habitantes em 1976 para 2,90 por 100.000 habitantes em 2009.

Segundo os pesquisadores, isto representa um aumento médio ponderado de 2,07% por ano durante o período de 34 anos.

Embora seja um aumento relativamente pequeno, "a tendência não mostra sinais de diminuição e pode indicar um aumento da importância epidemiológica e clínica", escreveram os autores do estudo, dirigido por Rebecca Johnson, do Hospital Infantil de Seattle e da Universidade de Washington (noroeste).

As estatísticas utilizadas para o estudo são provenientes dos registros de três institutos nacionais de vigilância, epidemiologia e resultados finais de câncer.

"A trajetória da tendência da incidência prevê que um número cada vez maior de mulheres jovens nos Estados Unidos apresentará câncer de mama metastático em um grupo de idade que já tem o pior prognóstico, rotinas de detecção não recomendadas, um seguro mínimo de saúde e a maior quantidade de potenciais anos de vida", segundo os autores.

Os pesquisadores descobriram que o maior aumento ocorreu entre as mulheres de 25 a 34 anos, com progressões cada vez menores nas mulheres mais velhas, medidas em intervalos de cinco anos. Não houve aumento estatisticamente significativo da incidência em mulheres com mais de 55 anos", escreveram.

Para as mulheres de 25 a 39 anos, o aumento foi "estatisticamente significativo" em mulheres negras e brancas não hispânicas desde 1992, quando as informações de raça e origem étnica começaram ser disponibilizadas nos dados utilizados.

"Quaisquer que sejam as causas - e é provável que exista mais de uma - a evidência observada do aumento da incidência do câncer de mama avançado em mulheres jovens exige corroboração e pode ser melhor confirmada com os dados de outros países", afirmaram os autores.

Fonte: Terra Notícias.